Vestígios



Anderson Potter: eh realmente as vezes ateh eu tenhu medo dela.... mas a coisa ainda naum fiko feia d vez...espere e verá, valew pelo coment!

Kika Martins: casal bonitinhu? Sei naum, completamente conturbado talvez... mas issu eh uma coisa q talvez aconteça um pouco pra frente, eu sei q a fic tah meio sem romance, mas pela personalidade dos personagens não dá pra coloca nd mtu mamão com açúcar neh? Jah voh avisando naum garanto nd, mas q os casais são legais pelo menos na minha cabeça são....espero q goste do cap... e qnt ao Malfoy, ele ainda tem mtu a aprender, valew pelo coment!

Luana Coelho: vc tem razão, mas acontece q eh difícil deixar os caps do jeito q eu imagino, e a freqüência de coments nem eh taum grande, mas eu prometo tentar melhorar, por enquanto eu espero q goste desse cap.... valew pelo incentivo!

Faye Alexa Drácon: Vc apareceu?!!!!!!!!! Me diz vai demora mtu pra começa a posta a nova fic? Vc tah msm acompanhandu issu aki? Cap. dedicado a mim? Nossa qnt coisa, brigada por lembra d mim e me avisa msm qnd começa a posta, jah toh curiosa!

Srta. Lups: CADE VC??????????????





Axu q jah enrolei d+, naum?
Espero q gostem do cap., BOA LEITURA POVO!!!!!!





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Cap.12: Vestígios...


“Seja o que for... Voldemort quer”. Aquelas palavras não lhe saíam da cabeça e instintivamente levou a mão ao cristal que jazia escondido sob suas vestes...

O que ele poderia querer com um simples cristal transparente? Uma pedra que não valia nem um nuque... Qualquer um que visse tomaria como vidro lapidado...

Como seu avô fazia falta... ainda podia sentir a textura das mãos enrugadas e gélidas sob as suas...

“Era um rigoroso inverno, as cortinas pendiam tristemente nas janelas, impedindo a visão dos flocos que neve que caiam do lado de fora daquele aposento fracamente iluminado...

Na cama de dossel um corpo fraco, velho e cansado sentia suas forças se esvaírem e a pouca vida que lhe restava ir embora... A seu lado uma criança mirrada, uma garotinha de seus nove anos tentava mantê-lo acordado segurando suas mãos numa tentativa inútil de dar um pouco de vida ao corpo acabado...

--Desista..._ murmurou tentando tirar as pequenas mãos da neta das suas.

--Nunca..._ respondeu simplesmente quando observava o avô pegar algo na mesinha do lado da cama...

Não entendia porque, mas sentia sua respiração falhar na mesma intensidade da fraqueza daquele homem, ele não podia deixá-la sozinha...

--Pegue!_ viu-o ordenar arfante ao lhe estender com a mão livre das suas um cristal transparente preso em uma tira de couro, um colar, sem entender não obedeceu_ isso era pra ter sido da sua mãe, mas hoje só você será capaz de portar tanto poder..._ explicou ainda com a mão erguida embora trêmula, oferecendo a pedra à neta.

--Não._ respondeu, ainda sem entender o que ele dizia, só sabia que não era boa o suficiente pra fazer o que quer que o líder quisesse.

--Sim_ contrapôs com uma firmeza que ela não sabia de onde vinha_ você é a nova líder Samantha, eu vou morrer e você é a única com força suficiente pra enfrentar o que virá..._ afirmou com a voz falha embora convicta.

Sentiu o desespero dele ao tentar fazer com que ela aceitasse.

--Enfrentar o que vovô? Eu só tenho nove anos!_ ele não podia deixá-la sozinha, era fraca... isso era tudo o que se repetia sem parar em sua mente quando evitava olhar o objeto que ele lhe estendia.

--Os sonhos..._ murmurou fracamente, quando a menina via o fraco brilho dos olhos dele se esvaírem aos poucos, tinha que sair dali_ nunca os ignore! Você sabe o que virá, é a nova líder, sua tia não terá força suficiente, você é a nova líder, só me arrependo por não ter tido tempo de ensinar todos os segredos da família...

--Você não vai morrer._ afirmou interrompendo as lamurias do avô.

--Vou._ aquilo tinha sido outro murmúrio fraco_ mas isso não significa que você deva perder a esperança..._ completou entendendo-lhe pela última vez a pedra...

Foi então, quando a pedra escorregava pra suas pequenas mãos que já haviam soltado a do avô que entendeu, só os líderes poderiam possuí-la...

E foi com um último olhar nos olhos do antigo líder que tomou sua primeira decisão... saiu do quarto e quando passou pela tia e pela prima murmurou num fio de voz, evitando encará-las...

--Ele quer vê-las..._ viu a prima entrar com a cabeça baixa no quarto antes de encarar a tia e responder a pergunta muda que ela lhe enviava ainda segurando a porta pra que ela voltasse_ não posso vê-lo morrer..._ murmurou triste e fraca, afastando-se com o cristal firmemente preso na mão direita... novamente sua fraqueza e inutilidade era comprovada”.



Respirou fundo antes de tirar a peça do pescoço e levar a altura dos olhos, analisando-a atentamente...

“Seria mesmo aquilo que o todo poderoso Lord Voldemort queria?” Questionou-se com ironia, sabia da estranha ligação de Harry com o dito cujo... Tinha plena consciência que o garoto não brincaria com uma coisa como aquela...

Não o conhecia era verdade...

“E assim deve continuar!”.

--Vocês me ajudariam mais me dizendo os porquês em vez de ficar me dando ordens sem sentido!_ resmungou irritada.

Novamente aquelas vozes trazidas pelo vento lhe avisando de forma incompreensível... Bufou frustrada ao notar que não haveria resposta aos seus resmungos novamente...

Sentiu uma leve brisa bater contra seu rosto quando desistia de analisar o cristal...

Respirou fundo de novo, quando viu marte brilhando vermelho no céu... e aquele brilho só lhe lembrou uma coisa, sangue...

“Tinha sete anos... o período em que os pesadelos se iniciaram e numa noite de insônia o estranho barulho de algo se arrastando pelo corredor despertou sua curiosidade...

Levantou-se da cama num pulo e abriu a porta do quarto a tempo de ver a porta do quarto do pai se fechar...

A felicidade e a saudade eram tamanhas, que não podia esperar pra dar boas vindas no dia seguinte...

Abriu a porta do quarto do pai sem fazer barulho, sob a cama com lençóis impecavelmente limpos jazia um corpo trêmulo escondido por uma capa de viajem negra...

Se assustou ao ver as condições do pai, sabia que ele não estava bem... e por isso não hesitou, continuou seu caminho rumo a cama e quando tocou o ombro do pai o que viu faria qualquer criança sentir medo...

Enormes e pontiagudos caninos manchados e gotejando sangue a mostra; o rosto pálido e macilento; os olhos azuis sempre cristalinos, no momento pareciam fendas opacas e sem vida... Tudo colaborando pra que as feições do homem se tornassem bestiais...

O homem ao notar quem o tocara e a quem estava assustando escondeu-se novamente em suas vestes em claro sinal de vergonha...

A garota, no entanto continuara imóvel, a respiração e as batidas do coração se normalizando aos poucos e apesar de saber o que aquela transformação significava continuou ali, a mão, ainda no ombro trêmulo do pai...

Aquele homem ainda era seu pai, a pessoa que amava e que sabia que a amava...

--Eu não tenho vergonha pai..._ murmurou a única coisa que sua mente infantil acreditava fazer com que o homem se voltasse pra ela novamente.

--Mas eu tenho..._ respondeu o homem ainda escondido de forma fria.

Foi então que entendeu, ele não queria amar, não queria ser amado, não queria respirar ou ter uma filha, ele só queria morrer...

Quando sentiu que as lágrimas começariam a cair deixou o quarto, e apesar de tudo pôde sentir exatamente o que ele sentia, agora ele estava como queria, sozinho e chorando... no fundo do poço que ele mesmo havia cavado depois da morte de sua mãe...”.



Piscou várias vezes e balançou a cabeça tentando afastar aquelas lembranças de si... Sentir-se culpada por existir não lhe tiraria as dúvidas, nem ficar se remoendo com as mortes que presenciara os traria de volta...

A única que poderia encontrar as respostas era ela mesma, de preferência que ninguém se envolvesse, o que ocorrera durante a tarde com Malfoy era um bom exemplo do mal que poderia causar as pessoas...já era insana o suficiente sem contar a ninguém que ouvia e sentia coisas não explicáveis e além do mais estava sempre fadada a estar no lugar errado na hora errada...

“Faziam poucos meses desde a morte do avô e a partir daí nunca se separou do cristal que ele lhe dera, um fardo ao qual já se acostumara, grande o suficiente pra ocupar a palma da sua mão, mas convenientemente pequeno o suficiente pra esconder por debaixo da roupa, porém simbolicamente possuía o peso de milênios...

Bateu de leve algumas vezes na madeira polida da porta a sua frente, mas como não obteve resposta abriu-a sabendo que o padrinho nunca trancava a porta de seu quarto, sorriu ao se lembrar do que aquilo significava... um convite mudo pra ir conversar com ele em seus momentos de insônia ou medo...

Piscou algumas vezes até se acostumar com o semibreu do quarto...

--Padrinho_ chamou em seu tom normal de voz._ o jantar será servido._ completou entrando no aposento.

Procurou pelo padrinho em todos os cantos do quarto, mas ele não estava lá...

Fechando os olhos sentiu o cheiro de chuva e ao notar as cortinas esvoaçando e o barulho do trinco da porta de vidro que dava pra varanda correu pra fechá-la... Riu divertida ao lembrar que sempre que passava uma temporada de férias ali, o grande Alvo Dumbledore se tornava uma verdadeira criança que a acompanhava quando brincava com o dragão e incentivava Ania a falar cada vez mais fazendo perguntas simples, como o que ela fizera durante a manhã...

Quando finalmente conseguiu fechar a porta, notou um fraco brilho sendo refletido na superfície já escura por causa das nuvens que tomavam o céu...

--Ele deveria tomar mais cuidado com coisas assim..._ disse divertida reconhecendo uma penseira sobre a mesa a um canto do aposento.

Analisou o quarto tentando encontrar o lugar do tal objeto ignorando o líquido que ainda jazia ali, era curiosa, mas aprendera a respeitar a privacidade alheia, principalmente depois que se descobrira legimente natural...

Vendo uma porta do guarda roupas de mogno entreaberta, foi rápida ao pegar a penseira e levá-la até lá, o jantar não a esperaria pra ser servido, mas quando depositava o objeto com todo o cuidado que tinha lá dentro não viu a dobra que havia no tapete que estava no chão e ao tropeçar sua mão acabou entrando em contato com a memória... o dia em que o diretor de Hogwarts encontrava-se com Sibila Trelawney no velho e malfadado pub ‘Cabeça de javali’ ”.


--Um galeão pelos seus pensamentos..._ uma voz rouca e cansada interrompeu quando descobrira uma estranha constelação no céu.

--Eu não daria nem meio nuque furado por eles..._ respondeu com pouco caso vendo o velho mestre se sentar a sua frente no parapeito da janela.

--Sempre modesta..._ viu ele comentar quando procurava algo no céu.

--Sempre tentando entrar na minha mente..._ retrucou astuta voltando a analisar a constelação que encontrara no céu antes dele interrompê-la_ Zairus conhece aquela constelação?

--O céu está quase limpo Samantha, não vejo nada de anormal...

--Um pouco abaixo de marte, pra direita..._ explicou, já acrescentado aquela constelação as suas ‘bizarrices’.

--Não há nada lá menina..._ ele tornou a afirmar virando-se pra encarar a garota.

--Dexa pra lá... Como sabia que eu estava aqui?_ perguntou sem fazer questão nenhuma de esconder que queria mudar de assunto.

--Você sempre olha as estrelas quando está com insônia ou quer fugir dos pesadelos... Procura nelas as respostas que os bruxos não lhe dão...

Ele havia respondido de forma simples, como se aquilo fosse uma mania normal entre as pessoas, era naquele tipo de conversa que ele demonstrava conhecê-la melhor que ela mesma ou qualquer outra pessoa que convivia consigo desde que nascera...

--Sabe quais são as semelhanças e diferenças entre você, meu pai, meu avô e meu padrinho?_ questionou fitando a figura maltratada a sua frente.

Ele só tinha um olho, azul claro quase branco...onde deveria haver o outro estava coberto por um tampão, as cicatrizes eram escondidas pelo cabelo e barba desgrenhados e mal cuidados, quanto as vestes, estas poderiam ser facilmente confundidas com as de um comensal da morte...

--Não, mas porque está me perguntando isso?_ ele respondeu com pouco caso, usando seu costumeiro tom frio e seco.

--É uma daquelas coisas que vem a nossa mente de repente e dependendo da forma como expomos se torna um comentário idiota_ explicou simplesmente.

--E qual seria seu comentário idiota?_ aquela pergunta tinha sido feita com tal grosseria que se não estivesse habituada sairia dali, pisando forte e o deixaria falando sozinho, mas como estava habituada só soltou uma risada simples antes de continuar...

--Você e meu pai desistiram, perderam a esperança; já meu avô e meu padrinho nunca vão desistir, mesmo depois da morte..._ disse simplesmente, mas apesar da expressão do homem a sua frente não ter mudado ela soube, aquilo tinha sido como um soco no estômago dele..._ está tarde é melhor voltar pro dormitório..._ completou já saindo da janela.

--E qual foi a sua impressão do jovem Potter?_ aquela pergunta foi feita de repente, quando colocava o pé no primeiro degrau pra descer da torre.

Zairus certamente tinha encontrado uma bela maneira de interromper seu torpor, já tinha começado a se perguntar quando ele perguntaria aquilo... ainda lembrava da primeira vez em que se encontrara com o “jovem Potter” nas palavras do velho mestre...

--A única que não deveria..._ murmurou tentando não responder aquilo diretamente.

--Qual?_ ele definitivamente queria contradizer as vozes...

--Eu o subestimei..._ disse retomando seu caminho antes que ele resolvesse fazer mais perguntas inúteis...







-- É sério mesmo que isso é pra mim?_ questionou entediada fitando as íris âmbar a sua frente_ Isso só pode ser piada..._ completou desapoiando a cabeça da mão quando a coruja negra saiu voando depois de largar a rosa em seu prato a tempo de ouvir a prima começar a reclamar a seu lado.

Por sorte o ocorrido no fim de tarde anterior não foi tão facilmente espalhado pelo castelo, mas no momento Hermione tinha acabado de explicar a Ania o porque, pelo menos até a parte que ela fora largada sozinha no corredor, de Sam ter recebido detenções de Snape até o fim do mês e perdido cem preciosos pontos da grifinória.

--Eu juro que eu mando esse miserável pro St. Mungus!

Aquela exclamação que pôde ser ouvida em todo o salão pegou os poucos alunos que ainda terminavam seus cafés da manhã tranqüilamente de surpresa, fazendo com que Neville não muito longe dali cuspisse seu suco por causa do susto e várias cabeças se voltassem para o trio de garotas que estavam no fim da mesa da grifinória, Hermione com os olhos quase saindo das órbitas por causa do susto, uma Ania enfurecida que se preparava pra ir a mesa da sonserina assim que localizasse seu alvo e Samantha com a costumeira expressão arrogantemente entediada.

--Eu já mandei Ania..._ disse por fim chamando a atenção da prima quando se levantava da mesa pronta pra rumar à aula de feitiços.

--Como assim?!_ questionou Ania escandalizada como se fosse uma criança que descobre que o natal foi adiado em plena véspera quando pegava o material e seguia a prima, já às portas do salão principal.
--Você não matou ele, matou?_ perguntou Hermione amedrontada porém repreendedora, lembrando-se do ocorrido na tarde anterior, mais precisamente quando os olhos da amiga tomaram uma coloração púrpura enquanto falava.

--Na verdade eu não faço idéia do que aconteceria se o Snape não tivesse chegado..._ “e se eu não tivesse cruzado com o protótipo...” completou em pensamento olhando pro chão.

--O que você fez Sam?_ perguntou Ania com uma estranha animação que fez Samantha levantar a cabeça e encará-la.

--Provavelmente ele deve estar gritando até agora... Não quero falar sobre isso Ania._ declarou sem sentir um pingo de orgulho do que fizera, vendo que a prima empolgada queria detalhes.

--Sam você acabou com a raça do sonserino mais detestável dessa escola e não quer falar sobre isso?

--Ania!_ repreendeu Hermione enquanto Samantha parou no corredor ainda encarando a prima.

--Sabe qual é a pior lembrança dele Ania?

--Não sei e não quero saber Sam... Ele é um Malfoy e nada mais é necessário... Só sei que ele tendo ou não ido pro St. Mungus ainda vai se ver comigo pelo que fez a Silfs._ retrucou Ania com determinação e ódio.

--Um dia ele mexeu nas coisas do pai dele e encontrou uma lembrança...

--Eu já disse que não quero saber!_ interrompeu Ania se irritando.

--A lembrança de quando a sua mãe, a tia Ametista morreu..._ continuou no mesmo tom pensativo, talvez até mesmo triste, como se não houvesse sido interrompida.

--Deve ter se orgulhado com o que o paizinho dele é capaz de fazer..._ retrucou Ania irônica novamente dando as costas a prima e rumando sozinha pra uma aula a qual não prestaria atenção, aquele era um assunto do qual acreditava nunca conseguir falar sem sentir ódio.

--O... o pai do malfoy... ele..._ gaguejou Hermione tentando compreender a situação.

--Matou a minha tia, a mãe da Ania..._ completou encarando a amiga embora sua atenção estivesse voltada pros gritos que ouvira na tarde anterior.

Tanto os do presente dados por Draco Malfoy, quanto os do passado, da lembrança... de Ametista d’Loryen.

--Co... como?_ gaguejou a monitora novamente se surpreendendo pelo fato daquilo não ser de conhecimento público.

--Ele foi inocentado... por falta de provas, e depois... muitos se esqueceram..._ explicou tornando a andar, não queria falar daquilo.







O fim de setembro passou rápido, deveres, aulas, treinos e o time de quadribol estava quase perfeito...

--Então Harry quando vai ser o nosso primeiro jogo?_ Rony parecia realmente empolgado, aparentemente a vitória de Lufa-lufa em cima da Sonserina alguns dias antes tornara-o ainda mais fanático pela vitória e posse da taça de quadribol.

--Primeiro fim de semana depois do dia das bruxas..._ respondeu distraído sem dar real importância pra tudo aquilo, tomando um gole de chá quente numa xícara que mais parecia um balde.

--Pronto, desculpe deixá-los sozinhos..._ do lado de fora da cabana do guarda caça uma chuva torrencial caia_ os filhotes se assustam com a chova..._ explicou colocando uma caixa em cima da mesa...

--Tudo bem Hagrid, mas o que você tem aí?_ perguntou Hermione se afastando da janela...

Os terrenos da escola mais pareciam um lamaçal, chovera o dia todo...

--Filhotes de unicórnio..._ explicou jogando uma enorme capa de chuva em um canto do aposento.

Com um sorriso Hermione se aproximou da caixa...Haviam dois pequenos animais que ainda tinham o pêlo resplandescentemente dourado, qualquer um confundiria com ouro... Tremiam levemente apesar de estarem dormindo sob confortáveis cobertas...

--Estou explicando sobre alguns animais da floresta pro terceiro ano... quero que eles percam um pouco do medo antes de mostrá-los..._ explicou Hagrid se referindo aos filhotes, mas a imagem que Harry tinha na cabeça era muito diferente dos filhotes a sua frente_ a mãe deles está lá fora... embaixo de uma estrebaria improvisada..._ completou servindo-se de chá.

--Hagrid..._ chamou pensativo se afastando pra perto da janela.

--Sim Harry?_ o garoto parecia concentrado demais em encontrar a mãe dos filhotes do lado de fora.

--Já ouviu falar em algum patrono em forma de unicórnio?_ tinha encontrado a mãe dos filhotes...

--Ora Harry...isso é impossível..._ respondeu o meio gigante rindo e se aproximando do garoto.

--Porque?_ questionou embora tivesse idéia da resposta que ouviria.

--Unicórnios são puros demais..._ respondeu simplesmente, quando a chuva dava indícios de cessar e o céu escurecia.

Quando Hagrid colocou a mão no ombro de Harry, o garoto continuou imóvel fitando a unicórnio se esconder do escuro... Embora o pêlo branco contrastasse muito com a paisagem.

--Acho que não é tão impossível assim Hagrid..._ comentou Rony rindo, sabia exatamente no que o amigo pensava_ o patrono da Samantha é um unicórnio_ completou lembrando-se da demonstração que a professora de defesa obrigara a garota e Harry a fazerem.

E certamente se Jade soubesse a forma do patrono da sobrinha não a teria obrigado a realizar o feitiço, já que depois que a garota soltou o patrono em forma de unicórnio o estardalhaço que se fez na sala não permitiu que a aula continuasse tranqüila...

--A Loryen?_ perguntou o homem, os olhos dele brilharam com a possibilidade.

--Essa mesma Hagrid..._ respondeu Hermione colocando a xícara de lado e parando de acariciar os animais_ está tarde, acho melhor voltarmos pro castelo...

--Tem algo errado..._ declarou Harry olhando pro céu, e ouvindo ao longe o que fora treinado pra reconhecer, problemas.

Os amigos se aproximaram, encarando uma enorme bola prateada que jazia sozinha no céu agora limpo e sem estrelas.

--Harry, ele já deve estar acostumado..._ murmurou Hermione imaginando o que se passava pela cabeça do amigo.

--Ele nunca vai se acostumar Hermione._ afirmou aguçando todos os sentidos_ onde ele está Hagrid?_ questionou sentindo o aperto em seu ombro aumentar, embora não cedesse ao peso que o amigo colocava ali.

--Dumbledore mandou ele se esconder na floresta nessa época..._ respondeu hesitante, vendo que a unicórnio parecia estranhamente agitada e sentindo o garoto se desvencilhar de sua mão_ mas na..._ não conseguiu dizer mais nada tamanho o susto que tomara.

Com uma rapidez impressionante, o garoto tomara a forma de um vulto negro e pulara a janela, correndo como um raio em direção a floresta.

--Harry..._ Rony chamara.

--Ele ficou maluco!_ Hermione resmungara.

E o guarda caça só pegara sua arma antes de sair pela porta e correr na mesma direção que o garoto tomara.








A floresta proibida nunca fora acolhedora com seus perigos escondidos, mistérios não resolvidos e árvores justapostas que atrapalhavam a locomoção...

Mas não era por isso que o ar estava denso e pesado, a cada metro que ultrapassava algo lhe chamava a atenção, sua sorte era poder se esconder nas sombras e farejar o perigo... Voldemort estava cada vez mais infiltrado ali, não em presença, mas em magia, na vida e consciência de cada um dos habitantes daquele lugar tão pouco respeitado por alunos baderneiros.

Zairus estava certo, não havia melhor forma animaga pra alguém como ele...

Uivou procurando indícios de resposta por parte do amigo lobisomem... nada, nem um simples ganido.

Farejou novamente... sangue, tentou apressar o passo, mas as árvores o atrapalhavam.

A magia daquele lugar era mais parecida com a fenda em que treinara do que com a simples floresta que conhecera aos onze anos...

Sombras se esgueiravam e o enganavam, ouvia sons e percebeu que até as corujas pareciam querer expulsá-lo...

Tinha que encontrar, estava ali em algum lugar, o cheiro de sangue ficava cada vez mais forte, sob suas patas a lama estava cada vez mais escorregadia e as raízes traiçoeiras...

Tinha certeza que se andasse por ali na forma humana já teria caído muitas vezes, escorregado, sido atacado e provavelmente não teria percorrido nem metade do caminho que percorrera...

O mapa do maroto nunca lhe fizera tanta falta...

Estacou notando que havia sangue a sua frente... Escorrendo pelo tronco de uma árvore que se parasse para analisar tomaria como milenar...

Folhagens eram movidas, o som de cascos se movimentando podia ser claramente ouvido e a terra remexida não muito longe dali...

Centauros, vários deles, estranhamente alertas e com pensamentos nada bons...

Nunca teve tanta necessidade de encontrar Lupin... mas só lhe restava seguir os rastros de sangue.



N/A: esperem e em breve terão surpresas dessa autora insana......

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