Consciência desconhecida



N/A:desculpa, desculpa, desculpa, desculpa....

CRONOLOGIA DE UMA AUTORA ATRAPALHADA:

dia10_ meu pc entrou em pane e me largou na mão.
dia11_ foi pro concerto e eu quase enfartei pensando q tinha perdido o cap.11.
dia13_ o pc volta.
dias 14 e 15_ minha mãe quase me dexa loka pra arrumar as coisas da viagem e eu nem ligo o pc.
dia 16_ eu viajo mas antes d viajar eu POSTO! o cap.11!

dia 25_ eu volto de viagem e descubro q o FeB deu pane tb e ainda perdeu o cap. postado!

fim da cronologia....

e então como foi o carnaval d vcs? o meu foi tranquilo sabem... uma semana soh comendo, dormindo e morrendo d tédio e pra piorar não consegui escrever mta coisa...

mudando d assunto, eu adorei os coments d vcs, as dúvidas são muitas mas eu juro q serão respondidas e esclarecidas no devido tempo, além do mais eu planejo algumas respostas jah no cap.12, mas como eh d praxe vcs tem que ver o 11 antes d mais nada não eh?

boa leitura...



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Cap.11:

Andava rápido pelos corredores, enumerando cada uma das qualidades de Beauxbetons de forma sonhadora.

--Ania, Beauxbetons não é tudo isso... tá certo, é tudo muito perfeito e glamuroso, delicado e as pessoas são muito chatas e sem muita coisa na cabeça...

--Sam! Não acredito que está dizendo isso, de todas as escolas pras quais você me carregou, essa foi a melhor! Depois de Hogwarts claro._ completou voltando-se pra Hermione que ouvia a conversa atentamente, parecia fascinada com os lugares onde as primas já haviam estudado.

--Eu nunca te carreguei pra lugar nenhum Ania você me acompanhava porque queria!_ resmungou Sam parando no corredor.

--Tá legal Sam, admito que você nunca me obrigou a ir a lugar nenhum... mas lá não era tão ruim assim como você diz!_ retrucou lembrando-se de algo que na sua opinião era realmente animador_ Hermione eu te juro, os franceses são realmente adoráveis!_ dizia tornando a caminhar e levando um susto com o que via a frente_ Por Merlin! Aquela garota tá usando maquiagem ou uma máscara?_ questionou olhando pra uma garota que falava com Rony e Harry a uns metros de distância, indignada com o mau uso de algo que na sua opinião era a salvação do mundo feminino.

Hermione soltou um risinho divertido, Ania realmente só parava de falar quando se assustava com coisas daquele tipo...

--Ela é a Cho..._ comentou simplesmente.

--Cho?! Que raio de nome é esse?_ questionou a morena novamente, parecia mais escandalizada a cada minuto que analisava o que a menina tinha no rosto.

--Ania não exagera, só não entendo porque ela está falando com o Rony e o Harry..._ perguntou-se em voz alta vendo a corvinal dar um sorriso.

--Está usando uma tal de AD pra dar em cima do protótipo de trasgo..._ comentou Samantha com descaso enquanto parecia procurar algo no livro que trazia nas mãos.

--Como você sabe?_ perguntou a monitora descrente, embora visse Harry sorrir meio torto pra garota a sua frente.

--Sabendo..._ murmurou parecendo achar o que procurava.

--Ela não é aquela garota que brigou com você no primeiro dia de aula?_ murmurou Ania ainda meio chocada.

--Acho que é..._ respondeu Sam com pouco caso retirando os olhos do pergaminho pra finalmente ver a garota_ Ania eu preciso passar na biblioteca antes da aula, depois a gente se vê..._ disse já se afastando.

--Ania eu...

--Tá, tá, vai lá com ela_ interrompeu já sabendo o que Hermione falaria_ enquanto isso eu vou tirar aquela coisa de perto dos meus amigos_ murmurou revoltada vendo o crescente desconforto de Harry.






--Bom dia!_ cumprimentou animada colocando-se entre os dois abraçando-os pelo pescoço e depositando um beijo no rosto de cada um. _Olá... eu sou a Ania_ disse se dirigindo à garota que agora estava a sua frente mirando-a com clara expressão de confusão.

--Bom dia Ania essa aqui é a Cho..._ respondeu Rony, já que Harry parecia segurar-se pra não rir e a corvinal parecia não querer falar tão cedo.

--Prazer em conhecê-la..._ cumprimentou Cho formalmente antes de voltar-se pra Harry_ Bom, Harry quando tomar sua decisão me avise tudo bem?

--Certo._ respondeu Harry prontamente antes da garota ir embora.

--Decisão?_ repetiu levantando uma sobrancelha e fazendo os amigos voltarem a andar.

--Ela queria saber se a AD voltaria a se reunir, mas eu disse que falaria com Dumbledore primeiro._ explicou Harry simplesmente quando Ania liberava os amigos de seu abraço pra descer as escadas.

--AD?_ repetiu deixando claro que não sabia o que era aquilo.

--Armada de Dumbledore, um grupo em que o Harry ensina Defesa contra as artes das trevas._ explicou Rony.

--Legal..._ comentou já se empolgando_ que tal vocês me falarem mais sobre isso enquanto tomamos um belo café da manhã antes de enfrentar a aula do morcegão velho?

--Tudo bem, mas antes de mais nada quero avisar que tem treino de quadribol hoje depois das aulas batedora..._ disse Harry quando viravam o último corredor antes do salão principal.

--Sim senhor, senhor capitão!_ exclamou divertida batendo continência.







--Menina, o que faz aqui...não deveria estar na aula?_ questionou uma voz conhecida em meio às inúmeras cabecinhas à sua frente.

Sorriu uma última vez antes que Hermione protestasse novamente contra o fato de ter levado a própria elfa pra Hogwarts.

--Pessoal eu agradeço por serem tão solícitos, mas eu quero falar só com a Silfs._ explicou quando alguns elfos já traziam bandejas abarrotadas de comida, depois da afirmação restou somente uma elfa com as mãos escondidas atrás das costas_ Na verdade tenho um tempo livre agora, mas como eu e minha amiga perdemos o café da manhã tomamos a liberdade de importuná-la..._ respondeu a pergunta da elfa notando que ela parecia mais encolhida que o normal.

--A menina nunca importuna Silfs... Essa velha elfa já estava com saudades, menina..._ os olhos da elfa brilhavam como se a qualquer momento ela fosse começar a chorar.

--Essa é Hermione Granger._ apresentou quando a amiga lançava um sorriso simpático à elfa.

--É uma honra conhecer uma amiga de minha senhorita..._ respondeu enquanto se curvava desajeitadamente, ainda com as mãos escondidas atrás das costas.

Samantha estreitou os olhos com aquela atitude atípica da elfa, Silfs sempre fora educada, gentil e prestativa, mas jamais a vira se curvar perante alguém que não fosse o líder da família...

--O prazer é todo meu Silfs..._ cumprimentou Hermione, constrangida com tanta formalidade.

--Silfs vai buscar comida pras senhoritas..._ disse a elfa sorrindo e se virando pra uma mesa não muito distante dali.

--Silfs..._ chamou Samantha sabendo que havia algo errado ao notar que alguns elfos olhavam Silfs receosos, algo como pena.

--Sim..._ respondeu a elfa retornado pra onde estava sem comida, porém com as mãos ainda escondidas.

--O que aconteceu?_ questionou calma abaixando-se pra ficar na mesma altura da elfa.

--Nada se... senhorita._ respondeu a elfa prontamente, embora sua voz estivesse receosa e se encolhia ainda mais, sinais claros de que havia algo errado, algo de que certamente não gostaria nem um pouco.

--Silfs mostre suas mãos..._ ordenou vendo a verdade nos olhos da elfa que tentava encarar o chão.

--Não há nada com o que se preocupar menina...

--Mostre suas mãos Silfs..._ ordenou novamente quando penetrou em uma lembrança que não a agradou nem um pouco.

A elfa enfim parou de esconder as mãos, e o que mostrou não foi nada agradável aos olhos... O que antes eram mãos finas e um pouco maltratadas pelo trabalho, no momento pareciam carne viva, completamente queimadas e tratadas de forma desajeitada com algum tipo de pasta amarelada e malcheirosa, certamente feita pelos próprios elfos...

--Quem fez isso?_ perguntou de uma forma que soube assustar Hermione ainda a seu lado horrorizada e emudecida com o que via, embora fosse o único jeito de fazer a velha elfa falar.

--Não se preocupe menina, essa elfa velha mereceu..._ Silfs já não segurava as lágrimas.

--Quem fez isso?_ questionou novamente no mesmo tom baixo e intimidador que vira seu avô usar várias vezes.

-Um...um... sonserino..._ a elfa gaguejou nervosa tentando evitar que a dona se enfurecesse.

--Quem?_ repetiu pela última vez amaldiçoando o infeliz que fizera Silfs colocar as mãos numa lareira acesa.

--O jovem Malfoy..._ não precisava de mais nada, pegou a própria mochila largada no chão e atravessou a cozinha rumo à saída com Hermione praguejando em seu encalço.

--Sam o que você vai fazer?_ aquela pergunta feita num tom de voz enérgico e temeroso parecia infinitamente mais distante do que realmente estava.

“Transformá-lo numa doninha, arrancar a pele dele com minhas próprias mãos, mandar o Ian tirar todo o sangue dele pra depois ele servir de brinquedo pro meu dragão...” retrucou em pensamento quando entraram em um corredor lotado de alunos que se dirigiam a última aula antes do almoço... Mas continuou muda, buscando à sua frente qualquer indício do dono de uma cabeça quase branca e platinada ou de um rosto fino e desdenhoso que certamente receberia cicatrizes e maldições tão profundas e dolorosas que nem o diretor do St. Mungus saberia curar... E ela se certificaria disso pessoalmente.

--Sam calma!_ Hermione enfim havia alcançado a amiga a ponto de conseguir puxar a capa dela e fazê-la parar bruscamente no meio do corredor que começava a se esvaziar_ Vamos falar com Dumbledore ou Mcgonagall, ele será repreendido... não adianta querer brigar com ele assim no meio dos corredores por mais que me desagrade ele é um monitor... Você pode levar uma detenção!_ tentou contrapor a monitora que já imaginava do que a amiga seria capaz.

Definitivamente Hermione ainda não havia entendido a real gravidade do que havia acontecido.

--Hermione ele fez aquilo de propósito!_ respondeu pausadamente encarando os olhos da amiga de forma que conseguisse fazê-la ver o mesmo que ela vira na mente de Silfs_ Fez pra me atingir, atingir a minha família, nos desafiar!_ continuou tendo consciência do olhar amedrontado que a amiga dirigia a si_ E isso eu não permitirei! Essa elfa é quase minha avó! Cuida de mim desde que eu nasci, cuidou da minha mãe e das minhas tias... Não vou esperar que outros resolvam meus problemas ou defendam aquilo de que eu mesma posso cuidar, e isso eu garanto... Quando encontrar aquele infeliz ele vai se arrepender do dia em que me subestimou e eu não estou nem aí se a conseqüência pros meus atos for ser expulsa de Hogwarts._ já não conseguia se conter e evitar que sua raiva fosse expulsa de si na forma de uma magia negra que nem ela mesma conhecia._ Você fala na libertação dos elfos, mas não sabe o real significado disso Hermione_ continuou com a voz baixa e perigosa, ao ver que a amiga tentaria fazê-la mudar de idéia_ Liberdade é muito mais do que autonomia ou conforto, um salário ou férias remuneradas... Qualquer um pode ter isso e ainda assim se sentir preso e acuado... Acredite, eu sei disso melhor do que ninguém... Mas no momento eu só sei que o Malfoy vai se arrepender..._ terminou de cuspir as palavras dando as costas a uma Hermione pálida e confusa.

Convenientemente quando Samantha havia começado a falar aquele corredor se encontrava vazio... E quando ela saiu pela primeira passagem que havia a sua frente deixando Hermione sozinha, o local ainda permaneceu silencioso por um tempo, até que um estudante passasse correndo por ali e estacasse ao notar a monitora paralisada embora sua face já não se encontrasse pálida...

--Hermione?_ questionou curioso parando em frente a garota_ Hermione você está bem?_ indagou novamente, agora abanando a mão à poucos centímetros do rosto da garota_ Hermione!

--A Sam vai fazer besteira..._ murmurou ela como se não visse o amigo a sua frente.

--Como?_ fosse lá o que houvesse acontecido tinha causado efeitos bem incomuns em Hermione.

--Ela vai acabar com o Malfoy..._ murmurou novamente antes de começar a piscar como se voltasse a realidade_ Harry?_ questionou confusa notando o amigo a sua frente.

--Hermione?!_ retrucou divertido vendo que a amiga enfim acordara.

--Você não deveria estar na aula?_ perguntou esquecendo o estado em que Samantha estava e já se preparando pra passar um sermão em Harry.

--Eu não... mas você não deveria estar tendo aula de runas?_ questionou irônico fazendo a amiga lembrar de seus horários.

--Por Merlin! A aula de runas!_ foi tudo o que a garota exclamou antes de sair correndo pro quinto andar deixando por sua vez um Harry confuso pra trás.






--Malfoy!

Só os passos da garota ecoavam por aquele corredor pouco usado das masmorras depois que o sonserino parou, respondendo ao chamado, em frente a uma tapeçaria grotesca onde um cavaleiro empunhava uma lança e fazia o sangue de um enorme dragão jorrar, era realmente uma cena nojenta.

--Loryen!_ exclamou sarcástico em resposta quando se virava.

A garota só parou quando estava a poucos centímetros de distância do sonserino que sorriu de canto e estreitou os olhos perante a expressão da sempre arrogante líder.

--O que faz uma deslocada como você descer às masmorras sendo que poderia desfrutar da preferência de um velho gagá?_ questionou irônico e divertido apesar da garota continuar fria e impassível a sua frente.

--Porque fez a minha elfa colocar as mãos numa lareira acesa?_ a pergunta veio pausada e carregada de ódio contido em cada palavra.

--Queria que pegasse uma carta..._ respondeu divertido e com pouco caso, mas ainda sem deixar de sorrir.

--Porque?_ repetiu a pergunta sem se contentar com aquilo, por mais necessidade de vê-lo se arrepender ou até mesmo de morrer que sentisse não conseguia deixar de tentar controlar o que existia dentro de si, sua pouca consciência ainda restante gritava suplicante pra que não perdesse o controle.

--Porque eu quis..._ respondeu debochado quando os olhos da garota a sua frente tomavam uma tonalidade incomum...

Naquele corredor não haviam janelas ou qualquer indício de uma ventilação direta mas o forte e inexplicável vento que passou por ali fez com que as vestes dos dois alunos balançassem embora eles continuassem imóveis encarando-se como numa batalha muda pra descobrir quem conseguia ser mais arrogante.

--Você não sabe com quem está lidando Malfoy...

--É agora a hora em que eu devo ter medo..._ retrucou sarcástico ignorando o arrepio que o tom de voz usado pela garota causara.

--Não... é agora que você se toca que pode se dar muito mal se continuar mexendo com as pessoas com as quais eu me importo...

--Duas perguntas..._ disse com seu melhor tom arrastado e cheio de desdém aproximando-se ainda mais da garota sem deixar de encará-la_ Desde quando uma elfa imunda pode ser classificada como “pessoa”? E por acaso se eu continuar “mexendo com as pessoas com as quais você se importa” você vai me matar como fez com o seu louco e decrépito vovôzinho?_ apesar de não ter deixado de sorrir irônico e se certificar que suas palavras foram ditas com todo o sarcasmo possível, nesse ponto não pôde deixar de tremer ao ver o efeito de suas palavras.

Os olhos da garota já não tinham mais as pupilas visíveis, o vento que tomava o corredor estava fraco, mas ao mesmo tempo ameaçador e Samantha já não era mais a Samantha controlada e calma, era na verdade o que mais dava medo a ela mesma... Era a parte fria, cruel e desumana que sempre tentava controlar e matar dentro de si antes que acabasse matando ou machucando alguém... Era simplesmente ódio.

--Primeiro... Lave bem essa sua boca antes de se referir a minha elfa como imunda quando sua mãesinha sempre carrega uma expressão de quem cheirou algo ruim e vomitou... Segundo, não eu não vou te matar, vou usar lembrança da pior dor que já presenciou nessa sua vidinha miserável e fazer com que você a sinta até que implore pra que eu pare._ ameaçou num tom que jamais usara.

--Adoraria vê-la tentar...

Fosse lá o que houvesse feito Draco Malfoy a usar seu tom desafiador, baixo e irônico novamente, sobrepujando o medo que sentia da garota a sua frente desapareceu no mesmo instante em que Samantha perdeu todo o controle que ainda mantinha sobre si... Uma magia densa, pesada e inegavelmente poderosa tomou o lugar do vento naquele corredor no mesmo instante em que a mente do sonserino foi invadida...

Os olhos do sonserino pareciam querer sair das órbitas quando suas barreiras foram rompidas com a mesma facilidade com que se segurava uma varinha, mas a garota a sua frente não segurava varinha alguma, só o encarava imóvel e impassível... Não conseguia se afastar, só pôde dar três passos cambaleando com dificuldade para trás quando ela enfim encontrara o que queria...

O medo foi transformado em pavor ao sentir os olhos sem pupilas a sua frente sobre si, o pavor se tornou horror enquanto ela permanecia imóvel, sua respiração falhava ao constatar que o pior ainda estava por vir, ela já sabia todos os seus segredos... mas ela podia fazer algo pior, realmente pior... e fez, foi então que o horror, o pavor e o medo não chegaram nem aos pés da dor...

A mesma dor que seu pai dizia com todo o orgulho que alguém poderia possuir por ter causado aquilo... Olhou pros próprios braços e viu sangue... O orgulho sádico e cruel de um comensal... Não queria gritar... Mas sentia cada célula do próprio corpo clamando por aquilo que significaria o mínimo de alívio... Era um Malfoy...

--É bom não é? Sente prazer agora? Sente orgulho do seu pai agora Malfoy?_ aquelas palavras soaram distantes embora ele tivesse certeza de que ela enfim se movera...

Estava fraquejando, não podia acreditar... mas não podia resistir...Estava no chão, encolhido como um bebê em busca do conforto do ventre de sua mãe...

Mas ele sabia quando agarrou a própria barriga e o gosto de sangue invadiu sua boca... o conforto não viria... Era pior que um cruciatus bem realizado, mais forte que um Imperius... Certamente um Avada Kedavra seria mais caridoso que aquilo...

--Por que está fazendo isso?_ questionou dolorosamente quando sentiu seus pulmões se comprimirem antes de latejarem como se fossem explodir juntamente com cada parte que se atrevesse a movimentar.

--Porque eu quero..._ a voz dela pareceu distante novamente, embora o pouco de racionalidade que ainda lhe restava em meio a dor concluísse que ela fora tão fria e sarcástica quanto ele ao afirmar aquilo... já não enxergava mais...

Esperava por um fim... Implorava pra que acabasse, mas não acabava... Não cessava...

--Por... favor faça parar..._ tentou murmurar embora duvidasse da capacidade das próprias cordas vocais.

Foi quando a dor pareceu atingir o ponto máximo... mesmo que conseguisse já não poderia mais gritar... já não podia mais se mover... e mesmo que quisesse não ouviria nada além dos gritos daquela mulher... provavelmente já não poderia mais viver... exatamente como seu pai queria que fosse o destino dela, tortura, dor e morte... então finalmente tudo foi parando, aos poucos, lentamente... sentiu como se enfim fosse saber o que era morte...







Turvo, vago e talvez até certo... Os gritos do garoto a sua frente faziam com que quisesse parar, mas não conseguia... Não era ela que fazia aquilo, mas ao mesmo tempo era... Mal, era algo que tinha dentro de si... “ Nada é completamente bom ou completamente ruim...” essa era uma das primeiras lições que seu avô lhe ensinara, mas com ela não podia ser assim... Tinha que ser completamente boa, livre de ódio, raiva e rancor... Os sonhos, as vozes, os avisos e os mal estares lhe diziam isso, lhe ordenavam... A cada grito que o sonserino a sua frente dava sentia vontade de chorar... queria parar, mas não conseguia...

Era como ter consciência em um sonho, mas ao mesmo tempo estar tão envolvida que não podia deixar de acreditar ser real... Sua mente lembrava de palavras as quais nunca ouvira e não entendia... Seu corpo se aproximava do garoto largado e encolhido no chão como se fosse necessário constatar mais de perto a dor dele... Murmurou perto dele coisas que sua consciência não discernia, ele gritava, mas não tinha conhecimento do próprio estado deplorável... Dizia haver sangue, o seu sangue, mas o chão se mantinha tão limpo como no momento em que ele se jogara ali... Queria controlar aquilo fosse o que fosse, mas não conseguia... Queria parar... Precisava parar...

--Pare com isso imediatamente Loryen!_ aquele grito enérgico fez com que seu corpo fora de seu comando e vontades levantasse a cabeça e se afastasse do garoto largado no chão, já perdendo a consciência.

Encarou o homem a sua frente sem ter consciência de que suas pupilas ainda não eram visíveis, não tivera consciência de tal coisa nem quando começava a ser dominada por aquilo... se mais tarde alguém lhe perguntasse como fizera os próprios olhos ficassem sem o que lhes dava visão ela mesma perguntaria do que a pessoa estava falando... a única coisa da qual tinha uma vaga consciência eram seus lábios curvados em um sorriso desdenhoso...

Já podia ouvir, ver e entender o que havia a sua volta... mas isso não significava que recobrara o próprio controle... Muda e impassível encarou o professor pronunciar palavras em latim perto do sonserino desacordado...

--Quero-a na minha sala amanhã às oito da noite, acaba de ganhar um mês de detenção e perder cem pontos pra sua casa, o diretor saberá o que você fez Loryen..._ disse num murmúrio perigoso, uma veia latejava ameaçadoramente em sua têmpora...

Aquelas palavras resvalaram por ela como se fosse um fraco vento, nada daquilo importava ou fazia diferença... Encontrava-se sob algo pior do que a maldição Imperius, talvez aquela fosse a sensação de ser possuída, o problema era que estava sendo possuída por algo que ela mesma criara.

--Me odiar não o fará melhor que o meu pai professor..._ o que a dominara fez com que a última palavra saísse com o mais puro e fino sarcasmo quando Snape atravessava o corredor com Malfoy flutuando a seu lado.

Não houve resposta além de um olhar ameaçador por parte do tão odiado professor de poções, não houve nenhuma palavra de resposta, reprovação ou despeito... O que pra qualquer aluno já indicava penosas e o mais dolorosas possíveis as noites de detenção aplicadas por Severo Snape...

Quando as sombras viravam o corredor a frente sentiu sua cabeça se erguer ainda mais e suas pernas começarem a se mover, quando na verdade tudo o que queria era se ajoelhar no chão e de alguma forma se auto-penitenciar por sua ignorância... Aquilo não era ela, ou pelo menos o que ela tentava ser... estava perdendo o controle e a consciência dentro de si mesma novamente... Seus olhos mantinham-se intactos, brancos e sem pupilas... Fosse o que fosse era forte demais, tinha que encontrar uma maneira de sair... Era como se tivesse trocado de lugar com o que ela fazia questão de trancar tão bem dentro de si... Era uma simples consciência num corpo que não mais controlava... Pelo menos até que com um baque tão repentino como quando começara tudo voltou ao normal...

Ao virar um corredor rumo a um lugar que ela não sabia onde daria acabou encarando um par de olhos verdes... Instantaneamente suas pupilas voltaram, ela voltara, confusa como sempre...

--Não acha que pegou pesado demais com ele?_ questionou o garoto encostado numa pilastra, encarando-a.

--Você que tem que aprender a ficar longe de mim..._ murmurou irritada deixando-o sozinho, embora o que na verdade queria era agradecer por trazê-la de volta e perguntar como fizera aquilo...






Treinar sozinho estava cada vez mais entediante. Desviou uma última vez da espada da armadura que enfeitiçara pra ter vida própria.

Não havia técnica nem traços de personalidade; coisas que só seres vivos de verdade poderiam ter; nos golpes do objeto, que com um último truque da espada que carregava nas mãos, se despedaçou debilmente caindo no chão com um estrondo...

Ficar ali sozinho depois da meia-noite estava se provando inútil, não havia como analisar os próprios erros ou risco de se machucar, nenhum desafio...

Os amigos tinham melhorado visivelmente em suas habilidades em feitiços e duelos, mas embora não tivesse vontade de menosprezar seus esforços, não havia como negar, não eram páreo pra ele.

Infelizmente a única pessoa que seria algum desafio o evitava e sinceramente não fazia questão nenhuma de mudar aquela situação.

Respirou fundo tentando conter a frustração antes de pegar um mapa largado de qualquer jeito perto da porta, perto de sua capa de invisibilidade...

Observou os pontinhos que representavam as pessoas, os corredores daquele andar estavam quase vazios, uma oportunidade perfeita pra colocar a capa e voltar a torre da grifinória... Mas antes de sair inconscientemente voltou sua atenção pra um ponto solitário na torre de astronomia... riu irônico ao se lembrar que nos últimos dias sempre que olhava pro mapa durante a noite, geralmente depois do toque de recolher dos alunos, ela estava lá... Sempre sozinha.





N/A2: axu q dpois dessa o Malfoy vai tomar mais cuidado com o q faz... mas não se preocupem o próx. cap. eh menos sangrento...mas mesmo assim a postagem dele soh depende dos comentários de vcs, msm q digam pra mim tira issu e reescreve... toh esperando heim?





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