Capítulo 12
N/A: Capítulo pequeno, mas até que eu não demorei né? Bom aproveitem o capítulo!!!
Capítulo Doze
— Quase todos os convidados já chegaram — a srta. Sibila anunciou, excitada, enquanto Angelina dava os últimos retoques no penteado de Hermione. — Está na hora de fazer a sua entrada triunfal, querida.
Hermione levantou-se, obediente, mas sentiu os joelhos trêmulos.
— Eu teria preferido receber os convidados junto a tio Sirius e lorde Potter. Assim, poderia conhecer um de cada vez e não estaria tão nervosa, agora.
— E também não causaria metade do impacto que vai causar!
Hermione examinou-se pela última vez no espelho, aceitou o leque que Angelina lhe entregou e ajeitou a saia.
— Estou pronta — falou sem muita convicção.
Quando passavam pela balaustrada, Hermione parou para observar o imenso hall de entrada, transformando em um magnífico jardim, com vasos de samambaias gigantes e enormes cestos de rosas brancas. Respirou fundo e se pôs a subir a escada para o andar superior, onde se localizava o salão de baile. Lacaios vestidos uniformes formais, de veludo verde, ornados com galões dourados, ocupavam posições estratégicas, ao lado de pedestais de mármore que davam suporte a outros cestos de rosas. Hermione sorriu para os criados que conhecia e cumprimentou os demais com um discreto aceno de cabeça. McLaggen encontrava-se no topo da escada e, ao alcançá-lo, Hermione perguntou:
— Seu dente não voltou a incomodá-lo? Não deixe de me avisar, se isso acontecer, pois não é trabalho nenhum preparar outro cataplasma.
Ele sorriu com profunda devoção.
— Não senti mais nada, depois que a senhorita preparou o último, milady.
McLaggen esperou até que Hermione se afastasse, para murmurar ao lacaio ao lado:
— Ela é uma grande dama, não acha?
— A mais grandiosa que já vi — o outro concordou. — Exatamente como você previu no primeiro dia.
— Ela vai tornar a vida muito melhor para todos nós, até para o patrão, assim que passar a dormir na cama dele. Vai lhe dar um herdeiro, e isso o fará feliz.
Slughorn encontrava-se na entrada do salão, as costas eretas, pronto para anunciar o nome de quem chegasse. Hermione se aproximou, sentindo as pernas mais trêmulas do que nunca.
— Dê-me um instante para recuperar o fôlego — pediu. — Então, poderá nos anunciar. Estou muito nervosa — confessou.
Um esboço de sorriso iluminou as rígidas feições do mordomo, ao examinar a mulher espetacular a sua frente.
— Enquanto recupera o fôlego, milady, permita-me dizer que adorei ouvi-la tocar Beethoven, ontem à tarde. Aquela sonata é uma das minhas favoritas.
Hermione ficou tão satisfeita e surpresa pela inesperada cordialidade do austero Slughorn, que quase se esqueceu da multidão assustadora que apinhava o salão.
— Obrigada — agradeceu com um sorriso. — E qual é a sua predileta?
Embora parecesse chocado pela demonstração de interesse dela, ele respondeu.
— Tocarei para você, amanhã — Hermione prometeu.
— É muita gentileza sua, milady! — Slughorn replicou, um tanto tenso; mas, quando se virou para anunciá-la, sua voz transbordava de orgulho: — Lady Hermione Granger, condessa de Ravenclaw... e srta. Sibila Trelawney.
Uma corrente de expectativa pareceu tomar conta do salão, quando cerca de quinhentos convidados se viraram ao mesmo tempo, ansiosos para ver pela primeira vez a americana que, agora, usava o título da mãe e que, em breve, receberia outro, ainda mais cobiçado, de Harry, lorde Potter.
Viram uma exótica deusa morena, envolta por um vestido em estilo grego, de seda azul, que combinava com seus olhos brilhantes e realçava as curvas voluptuosas de seu corpo. Luvas longas cobriam-lhe os braços, e os cabelos sedosos encontravam-se presos no topo da cabeça, de onde caíam em uma profusão de cachos dourados, entremeados de fios de safiras e brilhantes. Também viram o rosto delicado, de beleza inesquecível, com seus contornos bem definidos, o nariz perfeito, lábios generosos e uma fenda minúscula e intrigante no queixo.
Ninguém que a observasse suspeitaria que os joelhos da jovem beldade estavam prestes a vergar de nervosismo.
O mar de rostos sem nome, com olhos fixos nela, pareceu se abrir à medida que ela desceu a escada. Então, Harry surgiu do meio da multidão, aproximou-se e estendeu-lhe a mão. Hermione aceitou-a com um gesto automático e ergueu um par de olhos arregalados de pânico, em um silencioso pedido de socorro.
Inclinando-se para ela, como se tivesse um elogio muito particular a fazer, Harry murmurou-lhe ao ouvido:
— Está apavorada, não está? Quer que eu comece a apresentá-la aos convidados agora, ou prefere dançar comigo e deixar que a observem mais um pouco?
— Que alternativa! — Hermione sussurrou com uma risada quase histérica.
— Mandarei a orquestra começar — Harry decidiu sabiamente ordenando com um aceno de cabeça que os músicos dessem início a uma valsa. Levou Hermione até o centro da pista de dança e tomou-a nos braços. — Sabe dançar valsa?
— Isto é hora de perguntar?
— Hermione! — Harry pronunciou-lhe o nome em tom severo, embora continuasse sorrindo para manter as aparências. — Você é a mesma jovem que ameaçou, com incrível frieza, estourar os meus miolos com uma arma. Não se atreva a se acovardar justamente agora!
— Não, milorde — ela replicou, tentando desesperadamente acompanhá-lo à medida que ele iniciava os passos da valsa.
Percebeu que Harry dançava com a mesma elegância natural com que envergava o caríssimo traje de gala.
De repente, os braços dele se apertaram em torno da cintura de Hermione, forçando-a a uma proximidade de tirar o fôlego.
— Quando um casal dança — explicou —, os dois costumam conversar, ou flertar. Do contrário, quem estiver olhando vai concluir que nenhum dos dois está satisfeito com seu parceiro.
Hermione se limitou a fitá-lo, sentindo a boca muito seca.
— Diga alguma coisa, diabos!
A imprecação, pronunciada com um sorriso tão galante, fez Hermione soltar uma gargalhada e, por um momento, ela se esqueceu da audiência. Tentando obedecer-lhe, disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça:
— Dança muito bem, milorde.
Harry relaxou e seu sorriso tornou-se mais largo.
— Isso é o que eu deveria dizer a você.
— Vocês, ingleses, têm regras para tudo! — ela retrucou em tom de zombaria.
— Não se esqueça de que agora, você também é inglesa, minha cara. A senhorita Sibila a ensinou a dançar muito bem. O que mais aprendeu?
Ligeiramente contrariada pela insinuação de que ela não sabia dançar, Hermione respondeu:
— Pode ficar tranqüilo, pois garanto que já sei tudo o que os ingleses consideram necessário a uma jovem refinada, de bom nascimento.
— Pode ser mais específica?
— Além de tocar piano, sou capaz de cantar, dançar sem tropeçar e bordar com pontos precisos. Além disso, sei ler em francês e me curvar diante de membros da realeza com profunda reverência. Ao que parece, na Inglaterra, espera-se que uma mulher seja absolutamente inútil.
Harry atirou a cabeça para trás e soltou uma sonora gargalhada. Em sua opinião, Hermione era uma incrível combinação de contrastes intrigantes: sofisticação e inocência, feminilidade e coragem, beleza e humor. Possuía um corpo criado para as carícias masculinas, um par de olhos que poderiam levar qualquer homem à loucura, um sorriso que era ao mesmo tempo ingênuo e sensual, além de uma boca... uma boca que, definitivamente, convidava a um beijo.
— É falta de educação olhar para uma mulher assim — Hermione protestou, mais preocupada em manter as aparências do que com a direção do olhar de Harry.
Ele ergueu os olhos depressa.
— Desculpe.
— Disse que devemos flertar enquanto dançamos — ela lembrou-o. — Não tenho nenhuma experiência no assunto. E você?
— Mais que suficiente.
— Muito bem. Vá em frente e mostre-me como se faz.
Surpreso pelo convite, Harry fitou os olhos incrivelmente marrons e se perdeu neles. O desejo tomou conta de seu corpo e seus braços a apertaram.
— Você não precisa de aulas — murmurou com voz rouca. — Está se saindo muito bem.
— Do que está falando?
A evidente confusão de Hermione devolveu a sanidade a Harry.
— De que você está prestes a se meter em encrencas que nem sequer sonhou.
A um canto do salão, lorde Thomas examinou lady Hermione da cabeça aos pés.
— Linda — concluiu, dirigindo-se ao amigo. — Eu lhe disse que era magnífica, na primeira vez em que a vimos, no dia em que chegou a Londres. Nunca vi mulher igual. Ela é divina... um anjo.
— Uma beldade! — lorde Finnigan concordou.
— Não fosse por Gryffindor, eu a cortejaria — Thomas anunciou.
— Mas, para conquistá-la, você teria de ser dez anos mais velho e vinte vezes mais rico, embora eu tenha ouvido dizer que o casamento ainda não está decidido.
— Nesse caso, cuidarei para que ela me seja apresentada, ainda esta noite.
— Farei o mesmo — lorde Finnigan replicou.
Então, os dois saíram à procura de suas respectivas mães, a fim de providenciar as apresentações adequadas.
Para Hermione, a noite foi um grande sucesso. Temera que os membros da ton fossem iguais a lady Brown, mas a maioria deles pareceu aceitá-la de bom grado em seu círculo fechado. Na verdade, alguns, particularmente os cavalheiros, se mostraram bastantes efusivos em suas atenções e elogios. Mantiveram-na cercada praticamente o tempo todo, solicitando apresentações e danças, disputando a sua atenção e pedindo permissão para visitá-la. Embora não levasse tais manifestações muito a sério, Hermione tratou a todos com gentileza e cortesia.
Ocasionalmente, avistava Harry em meio aos convidados e sorria consigo mesma. Ele estava mais atraente do que nunca, no impecável traje preto, que combinava com os cabelos fartos e contrastava com a camisa branca e o sorriso arrasador. Perto dele, os outros homens pareciam pálidos e insignificantes.
Muitas outras mulheres pensavam o mesmo. Hermione percebeu isso, quatro horas depois, quando dançava com mais um de seus admiradores, notando que várias delas flertavam com Harry ostensivamente, ignorando o fato de ele ser, supostamente, o noivo de Hermione. Com secreta compaixão, ela observou uma loira muito bonita esforçar-se para prender a atenção dele, com olhares e sorrisos insinuantes, enquanto Harry permanecia apoiado a uma pilastra, sem esconder o profundo tédio que a acompanhante lhe causava.
Até então, Hermione imaginara que ele só tratava a ela com aquela atitude de zombaria que tanto a irritava. Porém, deu-se conta de que Harry parecia tratar todas as mulheres com tolerância fria. Sem dúvida, era a isso que Luna havia se referido ao dizer que ele era rude e nem um pouco cavalheiro. Mesmo assim, as mulheres eram atraídas para ele como mariposas para uma chama perigosa. E por que não?, Hermione perguntou-se ao vê-lo livrar-se da loira e se encaminhar para lorde Weasley. Harry era definitivamente irresistível.
Ronald Weasley olhou para Harry e, então, apontou para os admiradores de Hermione, que se acotovelavam ao lado de Sibila Trelawney, esperando que a musa retornasse da pista de dança.
— Se ainda pretende encontrar um marido para ela, Harry, não vai ter de esperar muito. Ela acaba de se transformar na grande sensação da temporada.
— Ótimo — Harry replicou, lançando um olhar indiferente para os rapazes e dando de ombros.
N/A: Ah, o amor!!! E ae? Gostaram? Ainda tem muita agua pra rolar! Só vou deixar duas pistas, um casamento arranjado e um noivo esquecido. Será que alguem faz ideia do que ainda vai acontecer?
Comentemmmmmm
Bjs,
Jéssica Malfoy
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