Capítulo 9
N/A: Outro capítulo enorme, eu queria dedicar esse capítulo Rhina que me implorou pra postar hoje, se não fosse por ela eu provavelmente sópostaria amanhã, rsrs. *-* - Jessica preguiçosa
Capítulo Nove
No meio da tarde seguinte, Hermione ainda não conseguira tirar o beijo arrasador de Harry da cabeça. Sentada na grama, ao lado de Bichento, afagava a cabeça do animal, enquanto ele roía o osso levado por ela. Observando-o, voltou a se lembrar da atitude de Harry depois do beijo e sentiu o estômago se contorcer quando comparou a própria inocência com a experiência e sofisticação dele.
Como ele fora capaz de beijá-la e abraçá-la, como se estivesse prestes a devorá-la com paixão, para então fazer piadas a respeito? E como ela conseguira se fingir indiferente, quando ainda se sentia atordoada e seus joelhos ainda tremiam? E, depois de tudo isso, como ele podia fitá-la com aquele olhar frio e adverti-la para que não cometesse o mesmo erro de “muitas outras mulheres”?
O que o levara a pensar assim? Definitivamente, Harry era impossível de compreender! Hermione se esforçara para se tornar amiga dele e tudo o que conseguira fora ser beijada de maneira inesperada e... arrasadora. Tudo lhe parecia muito diferente na Inglaterra. Refletiu que, talvez, aquele tipo de beijo fosse comum entre os ingleses. Se fosse assim, ela não teria motivo para se sentir zangada, ou culpada. Infelizmente, não conseguia se livrar de nenhum dos dois sentimentos. Ao mesmo tempo em que foi invadida por uma intensa saudade de Draco, sentiu-se envergonhada por ter retribuído, ao menos em parte, o beijo de Harry.
Ergueu os olhos ao ouvir o som de cascos a distância e constatou que Harry cavalgava para o estábulo. Como ele fora caçar pela manhã, Hermione conseguira evitar o confronto, ganhando tempo para se recompor. Porém, seu sossego estava chegando ao fim, pois a carruagem do conde Weasley estacionava diante da mansão. Com um suspiro resignado, Hermione se pôs de pé.
— Venha, Bichento. Vamos avisar lorde Potter de que o conde e a condessa chegaram. Assim, pouparemos o pobre senhor McLaggen de uma caminhada inútil até o estábulo.
O cachorro fitou-a com seus olhos inteligentes, mas não se moveu.
— Já está na hora de você parar de se esconder das pessoas! Não sou sua criada, sabia? Logo vou me recusar a trazer sua comida até aqui. Slughorn me contou que você costumava ser alimentado no estábulo. Venha, Bichento! — ela repetiu, decidida a controlar ao menos aquela parte de sua vida.
Vendo que ele se punha de pé, deixando claro que compreendera o comando, insistiu com voz irritada:
— Bichento, estou começando a ficar impaciente com machos arrogantes. Venha! — Deu alguns passos adiante, antes de chamar de novo: — Venha, Bichento!
Desta vez, o cachorro obedeceu e a seguiu. Encorajada por aquela pequena conquista, Hermione marchou para o estábulo, de onde Harry saía, carregando seu rifle de caça.
Diante da mansão, o conde Weasley ajudou a esposa a sair da carruagem.
— Lá estão eles — apontou na direção do estábulo e, tomando o braço da esposa com um gesto carinhoso, começou a atravessar os gramados, sussurrando-lhe ao ouvido: — Sorria. Você parece estar caminhando para um carrasco!
— Pois é como me sinto — Luna admitiu com um sorriso maroto. — Sei que vai rir de mim, mas lorde Potter me assusta. E não sou a única a ter medo dele!
— Harry é um homem brilhante, Luna. Obtive lucros enormes com os investimentos que ele gentilmente me recomendou.
— Acredito, mas continua sendo uma figura ameaçadora. Além do mais, ele tem a capacidade de dar respostas desconcertantes, que deixam as pessoas profundamente embaraçadas. No mês passado, ele disse à senhorita Abbot que detesta mulheres que passam o tempo todo com um sorriso tímido nos lábios, especialmente quando seguram seu braço enquanto sorriem.
— E como a senhorita Abbot reagiu?
— O que ela poderia fazer, se estava justamente segurando o braço dele e sorrindo naquele exato momento? Foi extremamente embaraçoso! — Ignorando a gargalhada do marido, Luna continuou: — Simplesmente não consigo entender o que as mulheres vêem nele, para se derreter toda vez que ele está por perto. É verdade que lorde Potter é rico como um rei, com seis grandes propriedades e uma renda de... Deus sabe quantas libras por ano. E, é claro, será o próximo duque de Grimmauld. E sou obrigada a admitir que é um homem muito atraente e...
— E você não entende o que as mulheres vêem nele? — Ron a interrompeu em tom de zombaria.
Luna sacudiu a cabeça e baixou o tom de voz, uma vez que se aproximavam do casal.
— Ele não tem boas maneiras. Ao contrário, é direto demais em suas respostas e comentários, completamente sem tato!
— Quando um homem é perseguido, sem trégua, por sua fortuna e título, deve ser desculpado por perder a paciência vez por outra.
— Você pode pensar assim, mas, de minha parte, sinto profunda solidariedade pela pobre senhorita Granger. Imagine como a pobrezinha deve estar aterrorizada por ter de viver sob o mesmo teto que ele!
— Não sei se ele está aterrorizada, mas tive a impressão de que se sente muito solitária e que está precisando de uma amiga que a ajude a compreender os costumes ingleses.
— A menina deve estar muito infeliz — Luna comentou com simpatia, observando Hermione que, agora, falava com Harry.
— O conde e a condessa acabaram de chegar — ela o informava em tom neutro.
— Já vi. Estão vindo para cá. — Harry replicou, olhando para o casal que se aproximava, e, quando voltou a encarar Hermione, ficou petrificado, os olhos fixos em algo atrás dela. — Saia daí! — ordenou em voz baixa, empurrando-a para o lado e levando o rifle ao ombro.
No mesmo instante, Hermione ouviu Bichento rosnar e, de súbito, compreendeu o que Harry pretendia fazer.
— Não! — gritou, atingindo o rifle com a mão e, em seguida, caindo de joelhos e passando os braços em torno do cachorro. — Você está louco! O que Bichento lhe fez para ser privado de alimento e agora, morto? Por acaso, ele também nadou no seu riacho... ou se atreveu a desobedecer a uma de suas ordens?
Harry baixou o rifle lentamente, até o cano estar apontado para o chão. Então, com voz excessivamente calma, que contradizia a expressão tensa e a palidez em seu rosto, falou:
— Hermione, este não é Bichento. Bichento é um collie que emprestei aos Weasley há três dias, para reproduzir.
A mão de Hermione, que afagava carinhosamente a cabeça de “Bichento”, imobilizou-se no ar.
— Ao menos que minha vista, ou meu raciocínio, não esteja funcionando bem — Harry continuou —, o animal que você está abraçando, como uma mãe protegendo o seu bebê, é pelo menos metade lobo.
Hermione se levantou bem devagar.
— Mesmo que não seja Bichento, ainda é um cachorro, não um lobo — persistiu com teimosia. — Ele reconhece o comando “venha”.
— É parte cachorro — Harry a corrigiu.
Então, na intenção de afastá-la dali, segurou-a pelo braço. O gesto provocou a reação imediata do animal, que se colocou em posição de ataque, rosnando e exibindo as presas. Harry soltou o braço de Hermione e moveu a mão lentamente na direção do gatilho.
— Afaste-se dele, Hermione — comandou.
Os olhos de Hermione encontravam-se fixos na arma.
— Não faça isso! — ela o advertiu, histérica. — Não vou permitir! Se atirar nele, atirarei em você. Sei atirar melhor do que sei nadar. Harry! Esse animal é um cachorro e só está tentando me proteger de você. Qualquer um perceberia isso. Ele é meu amigo. Por favor, não atire.
Aliviada, viu Harry retirar o dedo do gatilho e voltar a baixar o rifle.
— Muito bem, pare com isso — ele resmungou. — Não vou atirar nele.
— Vai me dar sua palavra de cavalheiro? — Hermione persistiu, ainda mantendo o corpo entre Harry e o corajoso animal que tentava protejê-la.
— Dou minha palavra.
Hermione começou a se mover, mas a lembrança de um comentário de Harry a fez parar.
— Você me disse que não é um cavalheiro e que não tem princípios. Como posso ter certeza de que vai manter a sua palavra?
Harry teve se esforçar para esconder o divertimento e a admiração provocados pela jovem que não só defendia a vida de um lobo, mas também se atrevia a desafiá-lo, cara a cara.
— Prometo manter minha palavra. Agora, pare de se comportar como Joana D’Arc.
— Não sei se posso acreditar em você. Faria a mesma promessa ao conde Weasley? — Hermione insistiu.
— Está abusando da sorte, minha cara — Harry a advertiu com voz macia.
Embora pronunciada com suavidade, a frase soou extremamente ameaçadora. Percebendo que Harry não estava brincando, Hermione obedeceu e deu um passo para o lado, mas o animal se manteve em posição de ataque, o olhar feroz fixo no suposto agressor.
Harry, por sua vez, também observava o animal, o rifle ainda em punho. Desesperada, Hermione ordenou ao seu mais novo amigo:
— Sente-se!
Para sua surpresa, depois de hesitar por um segundo apenas, ele obedeceu.
— Viu? — ela se virou para Harry, aliviada. — Ele foi bem treinado por alguém. E sabe que a sua arma pode feri-lo. É por isso que continua observando você com desconfiança. É um cão inteligente.
— Muito inteligente — Harry confirmou com ironia. — O bastante para viver na minha propriedade, bem debaixo do meu nariz, enquanto todos os habitantes da região tentamos caçar o “lobo” que vem invadindo galinheiros e aterrorizando a vila.
— É por isso que sai para caçar todas as manhãs? — Quando Harry assentiu, Hermione pôs-se imediatamente contra a possibilidade de o animal ser expulso dali. — Bem, ele não é um lobo, é um cachorro, como você pode ver. Além disso, eu mesma tenho cuidado de alimentá-lo todos os dias. Portanto, ele não terá mais motivos para invadir galinheiros. E é inteligente e compreende o que eu digo.
— Nesse caso, talvez deva dizer a ele que é, no mínimo, falta de educação ficar aí sentado, esperando pela oportunidade de morder a mão que, indiretamente, o está alimentando.
Hermione lançou um olhar para o fiel protetor, antes de voltar a encarar Harry.
— Acho que, se você estender a mão para mim de novo e eu disser a ele que não deve rosnar, ele vai compreender. Vamos, tente. Estenda a mão na minha direção.
— O que seu gostaria mesmo de fazer é estender a mão para o seu pescoço e esganá-la — Harry murmurou, mas fez o que ela pediu e segurou-lhe o braço.
Imediatamente, o animal retomou a posição de ataque e se pôs a rosnar.
— Não! — Hermione comandou com firmeza.
No mesmo instante, o lobo chamado Bichento hesitou, relaxou e lambeu a mão dela.
— Pronto. Deu certo. Cuidarei dele e garanto que ninguém mais terá preocupações com um lobo na vizinhança.
Harry não resistiu à coragem, nem ao olhar de súplica que Hermione lhe dirigiu.
— Trate de acorrentá-lo — falou com um suspiro resignado. — Pedirei a Slughorn que informe os criados de que ele não deve ser molestado, mas se o seu cachorro se aventurar em outras propriedades, será morto. Embora ele nunca tenha atacado ninguém, os fazendeiros costumam valorizar suas galinhas, além de suas famílias.
A fim de evitar discussão, Harry virou-se para cumprimentar os Weasley e, só então, Hermione se lembrou da presença deles.
Mortificada, forçou-se a virar para encarar a mulher que Harry considerava um modelo de bom comportamento. Em vez do desdém que Hermione esperava encontrar no semblante da condessa, lady Weasley a fitava com aparente admiração, além do esforço para conter o riso, é claro. Depois de fazer as apresentações, Harry se afastou com o conde, discutindo assuntos de negócios, deixando Hermione sozinha com a condessa.
Lady Weasley foi a primeira a quebrar o silêncio:
— Posso acompanhá-la, enquanto acorrenta seu cão?
Hermione assentiu, torcendo as mãos.
— Deve pensar que sou a mulher mais mal-educada do mundo — murmurou, embaraçada.
— Não. Acho que é a mais corajosa.
— Só porque não tenho medo de Bichento? — Hermione indagou, surpresa.
— Porque não tem medo de lorde Potter — a condessa a corrigiu, sem mais poder conter o riso.
Examinando a bela loira e seus trajes elegantes, Hermione reconheceu a malícia divertida em seus olhos, bem como a oferta de amizade em seu sorriso. Dando-se conta que finalmente encontrara uma alma gentil naquele país pouco amigável, sentiu o ânimo se elevar.
— Para ser sincera, estava aterrorizada! — admitiu, enquanto tomava o caminho para os fundos da casa, onde amarraria seu cachorro, até convencer Harry a permitir que ele entrasse em casa.
— Mas não demonstrou, o que é muito bom, pois tenho a impressão de que toda vez que um homem se dá conta de que uma mulher tem medo de alguma coisa, ele usa isso das maneiras mais horríveis. Por exemplo, quando meu irmão Luke descobriu que eu tinha medo de cobras, colocou uma na minha gaveta de lenços. Eu ainda nem tinha me recuperado do susto, quando meu outro irmão, Louis, colocou outra na minha sapatilha de dança.
Hermione estremeceu.
— Tenho pavor de cobras — confessou. — Quantos irmãos a senhora tem?
— Seis, todos homens, e capazes de fazer as piores coisas para mim, até que aprendi a me vingar à altura. E a senhorita, tem irmãos?
— Não, só uma irmã.
Quando os cavalheiros terminaram sua discussão de negócios e se juntaram às damas para o jantar, Hermione e Luna já se tratavam pelo primeiro nome e se encontravam a apenas um passo de um amizade sólida. Hermione já explicara à condessa que seu noivado com lorde Potter não passara de um grande erro cometido por Sirius, embora com a melhor das intenções, e falara sobre Draco. Luna por sua vez, confidenciara que seus pais haviam escolhido lorde Weasley para seu marido, mas, pelo modo como os olhos dela brilhavam cada vez que o mencionava, era evidente que o adorava.
O jantar transcorreu em meio a um clima alegre, enquanto Hermione e Luna comparavam suas aventuras de infância. Até mesmo lorde Weasley contribuiu para a conversa descontraída, contando seus feitos de garoto. Ficou claro para Hermione que os três guardavam lembranças adoráveis da infância, tendo vivido cercados pelo carinho dos pais. Harry, porém, recusou-se a falar de suas próprias experiências, embora demonstrasse interesse genuíno no relato dos demais.
— Sabe mesmo usar uma arma de fogo? — Luna perguntou a Hermione, com ar de admiração.
— Sim. Draco me ensinou a atirar, pois queria ter com quem competir, quando praticasse tiro ao alvo.
— E você conseguiu se transformar em uma adversária para ele?
— Sim. Na primeira vez em que ele colocou a arma em minhas mãos, segui as instruções, mirei e acertei o alvo. Não me pareceu tão difícil.
— E depois disso?
— Foi se tornando cada vez mais fácil.
— Gosto de esgrima — Luna contou. — Meu irmão, Richard, costumava praticar comigo. Basta ter alguma força no braço.
— E vista boa — Hermione completou.
Lorde Weasley sorriu.
— Eu costumava fingir que era um cavaleiro medieval e criava torneios para combater os cavalariços. Geralmente, eu me saía muito bem, mas é claro que um criado jamais teria coragem de derrubar um futuro conde de seu cavalo. Portanto, creio que não era tão bom quanto calculava ser.
— Costumava brincar de cabo-de-guerra, na América? — Luna voltou a se dirigir a Hermione.
— Claro! Invariavelmente, eram os meninos contra as meninas.
— Isso não é justo! Os meninos são sempre mais fortes.
— Não, se as meninas escolherem um local onde exista uma árvore e passarem a corda, sem querer, é claro, pelo troco — Hermione corrigiu com uma piscadela marota.
— Que vergonha! — Harry protestou às gargalhadas. — Vocês trapaceavam!
— Verdade, mas como as probabilidades estavam sempre contra nós, não se pode considerar tal artifício uma verdadeira trapaça.
— O que sabe sobre probabilidades? — ele inquiriu em tom de provocação.
— Está se referindo aos jogos de cartas? Para dizer a verdade não só sou capaz de calcular as probabilidades de várias rodadas, como também sei distribuir as cartas de maneira a produzir os resultados desejados. Em outras palavras, sei exatamente como roubar no jogo.
— Quem a ensinou?
— Draco. Ele dizia serem apenas “truques” que havia aprendido na escola.
— Lembre-me de nunca apresentar esse tal de Draco em nenhum dos clubes que freqüento — lorde Weasley comentou. — Ele não viveria por muito tempo.
— Draco não trapaceia — Hermione apressou-se em defender o noivo. — Acha importante saber como a trapaça é feita, para que não nos tornemos vítimas de jogadores inescrupulosos.
Reclinando-se na cadeira, Harry estudou Hermione com interesse. Era fascinante a facilidade com que ela se comportava diante dos convidados, deixando-os à vontade e garantindo que todos participassem da conversa. Também notou a maneira como seus olhos se iluminavam todas as vezes que ela mencionava Draco e como aquele sorriso radiante contagiava o ambiente.
Hermione era inocente, cheia de vida, sem o menor traço de uma menina mimada. Apesar de sua juventude, seu comportamento apresentava uma sofisticação natural, certamente nascida de uma mente sagaz e de uma inteligência invejável.
Harry sorriu consigo mesmo ao se lembrar da coragem com que Hermione se lançara na defesa do cão que, como ela havia anunciado antes do jantar, passaria a se chamar Wolf, que significa “lobo”, em inglês. Ele conhecera alguns homens corajosos, mas jamais encontrara uma mulher de verdadeira coragem. Lembrou-se da reação tímida de Hermione ao seu beijo e do desejo arrasador que ela provocara em seu corpo.
Hermione Granger era cheia de surpresas, cheia de promessas, Harry concluiu, continuando a estudá-la sub-repticiamente. Havia um toque de beleza exótica em cada traço de seu rosto, mas seu encanto ia muito além, envolvendo-lhe o riso musical e os gestos graciosos. Algo dentro dela a fazia brilhar como uma jóia perfeita, que precisava apenas dos complementos necessários, como roupas elegantes que lhe enaltecessem a beleza, uma casa magnífica onde reinaria como soberana absoluta, um marido capaz de domar-lhe os impulsos mais ousados, uma criança ao seio...
Absorvido em sua observação detalhada, Harry se lembrou de seu próprio sonho, havia muito tempo perdido, de ter uma esposa para alegrar sua mesa, uma mulher para ter nos braços, à noite, e afastar o escuro vazio que lhe ocupava o peito, uma mulher capaz de amar os filhos que ele lhe desse...
Sacudiu-se mentalmente, livrando-se dos tolos e ingênuos sonhos da juventude, bem como dos ideais jamais satisfeitos. Havia levado tais sonhos a sério, carregando-os para a vida adulta e se casando com Cho. Fora mesmo tolo ao acreditar que uma mulher bonita pudesse transformar aqueles sonhos em realidade. Ora, fora muito mais que tolo por imaginar que uma mulher se importasse com amor e filhos, ou com qualquer coisa que não fosse dinheiro, jóias e poder. Franziu o cenho com expressão sombria ao se dar conta de que a bela Hermione era responsável pelo súbito retorno daquelas lembranças a sua mente.
N/A: Volteiiiii, rsrs! Que surpresa com o bichento hein? E ae? Gostaram da Luna? Ela vai ser uma grande amiga da Hermione nesse mundo novo em que ela se encontra! Ai , o Harry é tão perfeito, e respondendo aos comentários, simmmmmmm esse casamento ainda vai dar uma confusão, continue lendo e comentando pra saber.
Bjssss,
Jéssica Malfoy
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