Em Casa
Hermione Granger estava sentada no sofá da antiga casa de Sirius, inquieta. Todos os membros da Ordem dormiam em seus quartos, menos ela, sentada de frente pra porta, esperando qualquer notícia ou aparição inesperada, e Luna, que dormia ao seu lado numa poltrona recentemente comprada pela Sra. Weasley. Ocasionalmente ela fechava os olhos, mas acordava alguns minutos depois, seja de pesadelos em que ela via Harry sendo morto por comensais da morte, seja pelo barulho de passos lá fora. Monstro também já marcara presença por ali algumas vezes, quando veio, difamando os nascidos trouxas e rogando pragas para que Harry Potter nunca mais voltasse.
Foi quando Luna acordou com um salto e andou até a janela. Hermione viu o seu sorriso se abrir até as orelhas, e ela correr para abrir a porta, cantarolando uma estranha cantiga. Alguns segundos depois, Harry Potter entrava na porta, com um ar muito cansado e sangrando de diversas partes do corpo. Junto a ele, apoiado nos ombros de Luna, vinha um estranho homem loiro, Segurando um enorme cajado brilhante e ferido gravemente. A garota deu um grito, correu até Harry e pulou em cima dele, que desabou no chão. Os olhos de Luna brilhavam intensamente agora.
Alguns minutos depois, quando Harry estava deitado no sofá e o homem loiro descansava na poltrona, ouviram-se passos vindos da escada quando a Sra. Weasley, Gina e Rony apareceram, de pijama. Após uma recepção alegre, Harry e o homem loiro tomado banho, Rony perguntou:
– Cara, o que aconteceu?! A gente tava doido atrás de ti!
Harry contou toda a história à medida que os presentes na sala arregalavam os olhos.
– ...O que eu ainda não entendo é porque eles não me mataram, e porque Voldemort não apareceu por lá.
– Foi a minha interferência – Falou pela primeira vez o homem loiro, com uma voz rouca e quase inaudível.
– Os lobisomens estavam incapazes de se comunicar com outro alguém com a minha presença por lá. Por isso que quando eu me ausentei pra cuidar de alguns assuntos no ministério, eles te atacaram Harry. Os lobisomens têm medo de errarem em algo, por isso não agiram logo. Assim que eu saí, eles se comunicaram com o Lorde, que já estava a caminho. Se eu não estivesse por lá...
– O Lorde teria me matado. – Completou Harry, num ar preocupado.
– Exato. – Concordou o Loiro. – Antes de o ministério ter ficado sob o controle d’Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, o Setor de Aurores e de Objetos Mágicos estava pesquisando sobre algo relacionado à um Espelho. Diz-se que, através daquele espelho, pode-se ver o futuro. Ainda não se tem certeza, mas eles achavam que Voldemort estava atrás daquele espelho. Supõe-se que, se ele olhar através do espelho e ver o seu próprio futuro, ele poderia alterá-lo.
– O... O Ministério está sob o controle de Voldemort?! – Gaguejou Rony, arregalando os olhos para o homem loiro, que acenou que sim com a cabeça.
Rony, agora, tinha noção do perigo que estavam correndo. Um misterioso homem do ministério, que está sendo controlado por você-sabe-quem, aparece numa casa de lobisomens, levando Harry junto. Ele supostamente ‘interfere’ por um tempo na comunicação destes com o meio exterior, mas depois vai embora do local, deixando-os livre para chamar o Lorde a hora que quiserem. Agora esse homem do ministério sabe a localização do Quartel general da ordem, podendo revelá-la a qualquer um dos súditos de Voldemort apenas entrando no ministério.
Harry pareceu perceber o incomodo de Rony, pois murmurou algo como “vou dormir”, puxou Rony pela gola do casaco e, juntos, subiram as escadas.
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Os dois homens já haviam revirado a mansão mais de dez vezes. Nem sinal do espelho. Porém, O Lorde garantira que ele estaria ali. Os comensais já tinham usado todas as magias de detecção que conheciam, além de terem procurado por portas escondidas. Não haviam achado nenhuma, apesar do esforço. Talvez Voldemort tivesse seguido a pista errada, afinal, aquele animago loiro não era totalmente confiável.
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– Certo, agora me fala... O quê que você pensou naquela hora? – Perguntou Harry Potter, quando ele e Rony haviam chegado ao seu quarto e trancado a porta.
– Olha Harry... Eu sei que ‘cê confia muito nesse teu amigo bruxo... mas o quê que a gente sabe sobre ele? Além disso... Como é que a gente via poder confiar nele, com o ministério sendo controlado por Você-Sabe-Quem e ele sendo funcionário de lá?
– Ah, qual’é, Rony... Você sabe, o cara salvou minha vida... Eu devo minha VIDA a ele...
– E daí?! O cara aparece numa casa de lobisomens com você nas costas. Ele SUPOSTAMENTE te salvou... Mas suponhamos que ele seja mesmo aliado de Você-Sabe-Quem... Então, ele não salvou sua vida. Ele estaria entre os comensais da morte, atacando à Hogsmeade e a nós!
– E porque ele não me matou? Porque Voldemort não apareceu por lá, pra me matar ele mesmo, se o cara for aliado dele?
– Harry... Olha, cara, você confia mais em quem, num cara que é seu amigo há seis anos, ou num cara que você conheceu há três dias?
Nesse momento, Hermione entrou no quarto. Os dois pararam imediatamente de conversar, olhando para a porta e sentando nas camas.
– Certo... Olha, seja lá qual for a conversa que vocês tão tentando esconder de mim, eu só vou perguntar sobre ela depois de falar o que eu vim pra falar. Aquele cara... O animago... Ele talvez possa não ser quem você pensa que ele é Harry! – Disse a garota, sentando na cama ao lado deste. Rony lançou a Harry um olhar triunfante, que, por sua vez, ficou com um pouco de raiva.
– Ah! Agora tá todo mundo contra mim?! Bom... Continuem assim! – Respondeu ele, saindo do quarto.
Rony e Hermione se entreolharam e deram um suspiro. Ainda era noite e eles ainda tinham que aproveitar as poucas horas de sono que lhes restavam. Hermione caminhou até seu quarto e Rony se deitou.
Lá fora, Harry caminhava. Luna caminhou até ele e ambos sentaram-se na grama. As estrelas brilhavam em conjunto com a lua cheia. Uma estrela, bem acima deles, brilhava mais forte que as outras. Uma lágrima escorreu pela face de Harry. Luna também chorava, e ambos se abraçaram. Gina Weasley observava tudo, ao longe. Suas bochechas queimavam. Ela entrou na casa e subiu até seu quarto. Essa noite, ela teria um sono inquieto.
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O garoto acordou com a claridade do ambiente. Já deviam ser dez horas, e ele estava sentado no jardim de sua casa. Ao lado dele, uma garota loira com aproximadamente um ano a menos que ele dormia, com a cabeça encostada em seu ombro. Harry tirou o cabelo do rosto e acordou Luna. Ambos tinham adormecido olhando as estrelas. Ele se levantou e estendeu sua mão. A garota segurou sua mão e se levantou. Juntos voltaram pra casa.
Lá dentro, os participantes da ordem tomavam café-da-manhã. Ninguém notou as duas pessoas que entraram pela porta dos fundos e subiram silenciosamente as escadas. Harry seguiu para seu quarto, separando-se de Luna na entrada do mesmo.
Rony dormia profundamente. Harry bagunçou sua cama, bagunçou seu cabelo e acordou o garoto. Rony reclamou e se cobriu com o lençol. Harry riu e se sentou em sua cama.
– Anda, cara, acorda... os outros já tão tomando café-da-manhã lá embaixo!
Rony acordou e se vestiu rapidamente com a simples menção da comida. Ao chegarem no andar de baixo, Gina olhou com uma cara fora do comum pra Harry, disse algo do tipo “depois quero falar com você” e subiu. Os dois se sentaram à mesa e comeram.
Pride tomava café junto com os outros. Ele murmurou um “bom dia” para os garotos e saiu de casa, apoiando-se em seu cajado e com sua habitual catola negra na cabeça. Antes de fechar a porta, Harry pode ver o reflexo do sol nos cabelos loiros do homem.
Harry acabou o café e subiu ao quarto de Gina. Luna estava sentada em sua cama, penteando os longos cabelos loiros.
– Luna, ‘cê viu a Gina? – perguntou o garoto.
– Ela desceu a pouco tempo, eu creio que ela tenha ido ao jardim... – murmurou ela, olhando pela janela.
Harry murmurou um obrigado e saiu em direção ao jardim. Gina já o esperava.
– Harry... o que foi aquilo ontem a noite? Pensa que eu não percebi você voltando do jardim junto com Luna?
Harry olhou pra ela com uma cara assustada e se sentou. Eles iam ter uma longa conversa, e ele estava cansado.
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N/A: Hey! E acabamos o quinto capítulo... espero que estejam gostando da fic... bom, é só isso mesmo...
E, bom... Eu acho que seria legal se vocês comentassem de vez enquando... sei lá, pra’gente num ter a sensação de que tamos escrevendo pras paredes.
Bom... abraços e novamente obrigado por tarem lendo nossa fic...
~Vier Bee e Gabi~
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