Poção Intente II.
N/A: Novamente nome provisório. Sem imaginação pra fazer nome de capítulo. ^^'
Capítulo 16.
Poção Intente II.
- Não me lembre disso. Até aquele momento eu estava agüentando ficar sem falar com ele, mas agora não dava mais - Hermione tentou se explicar. Ela parou um pouco e prestou atenção em Gina. - O que está lendo? - ela se inclinou um pouco para dar uma olhada no livro.
- Estou estudando. Não é muito legal não lembrar de quatro anos de estudos - ela passou a página.
- Vem, cá. Eu te ajudo - Hermione puxou o livro um pouco mais para perto e começou a explicar a matéria para Gina.
Já estava de noite. Já havia passado o jantar. Harry já tinha falado com Dumbledore sobre as aulas de Oclumência, começariam na quinta. Estavam os quatro no Salão Comunal. Harry e Rony jogavam xadrez bruxo, e Hermione ensinava alguns feitiços para Gina.
- Desiste, Harry! Você já perdeu - disse Rony convencido de que iria ganhar.
O amigo olhou o jogo por um momento. Tinha apenas dois peões e o rei. Já, Rony, tinha quase metade do exército dele. Harry segurou o rei e pensou por um tempo. O derrubou.
- Desisto - disse antes de se encostar totalmente na cadeira.
- Ganhei! Você não tinha chance - Rony começou a recolher as peças. - Outra partida? - perguntou animado.
- Não. Já chega. Perder três vezes seguida não é legal.
Rony riu.
Harry observou Hermione por um tempo, enquanto Rony acabava de juntar as peças.
- Hermione, posso falar com você um instante? - perguntou hesitante e se levantou da mesa, ainda encarando-a.
A garota parou de explicar algo a Gina e se virou. Gina também olhou para Harry.
- Claro - ela se levantou do sofá.
Rony olhou para os dois que estavam em pé. Pegou o jogo, rápido, foi até Gina, levantou-a do sofá e a jogou para a escada do dormitório feminino, antes de se dirigir à escada do dormitório masculino e subir. Harry e Hermione apenas observavam os dois, sem entender. Gina olhou para a situação e ainda demorou alguns segundos para cair a ficha. Ela murmurou algo como “Opa” antes de subiu as escadas correndo. Harry revirou os olhos. Hermione se sentou no mesmo lugar que estava antes. O garoto se sentou no sofá, também, mas na outra ponta.
- É sobre a Sra. Weasley - começou Harry, encarando-a. Se eles estivessem realmente bem, e nada daquilo tivesse acontecido, Hermione estaria, agora, deitada no colo de Harry, e ele mexendo no cabelo dela. Mas haviam coisas, que nem eles mesmo sabiam o que eram, que os impediam de estar perfeitamente bem.
Hermione se ajeitou no sofá e, apenas com o olhar, deu permissão para ele continuar a falar.
- Logo depois que nós chegamos na Toca, eu fui falar com a Sra. Weasley. E ela disse que era a responsável pelo vento forte - Hermione apenas balançou um pouco a cabeça, como se dissesse que lembrava do dia. - E você disse que ela não havia feito aquilo por querer. E, bem, você estava certa.
- Eu já sabia que ela estava sob imperius. Só precisava de alguém que me confirmasse. E eu acho que é sobre isso que você quer falar comigo, não é?
- Isso. Fred e Jorge vieram aqui agora de tarde. Eles sabiam--
- Eu sabia! Desconfiei deles.
Harry olhou para ela sem entender, e apenas com o olhar pediu uma explicação.
- No dia após o… - ela parou. Não tinha como, tinha que lembrar do casamento de qualquer jeito. Respirou fundo e abaixou um pouco a cabeça, o suficiente para não encará-lo. - … após o casamento, quando o Sr. e a Sra. Weasley foram comprar os materi--
- Pode levantar a cabeça e olhar para mim - ela hesitou, mas mesmo assim o fez, lentamente. Pegou Harry sorrindo. - Se lembra que eu esqueci de tudo? - ela sorriu também.
- Bom, resumindo a história - continuou ela -, quando eles chegaram, a Sra. Weasley não sabia o que tinha acontecido, não lembrava do... - novamente teve dificuldade para continuar - ... casamento. E Fred ou Jorge, não lembro direito quem foi, disse que sabia do que estava acontecendo. Pedimos para falar, claro, mas o outro gêmeo desmentiu, e disse que não sabiam de nada - explicou, fazendo alguns gestos. - Claro que desconfiei deles.
Harry levou a mão ao queixo e ficou a pensar.
- Eles também me contaram a mesma história... Que a Sra. Weasley não se lembrava de nada. Onde eu estava nesse dia? - perguntou mais para si mesmo, se culpando mentalmente.
- Trancado no quarto, sem querer falar ou ver ninguém. Rony foi te procurar nesse dia.
- Não lembro perfeitamente. Mas acho que sei quando foi… Ah! - ele olhou um pouco para o lado querendo se lembrar daquele dia. - A manhã após o casamento. Que eu deixei o quarto da gente uma bagunça? - perguntou levantando o olhar rapidamente para Hermione. Ela riu. Ele realmente havia deletado da cabeça dele aqueles acontecimentos, e agora era um motivo de piada. Não se importava mais em falar sobre eles. A garota balançou a cabeça confirmando. - Nossa, ainda não me desculpei por aquilo.
- Vamos voltar ao assunto. A Sra. Weasley estava sob imperius. Quem a enfeitiçou? Por que ela? Qual o motivo? - Ela contava nos dedos. Harry olhava para ela com a sobrancelha levantada. - O que foi?
- Sra. Weasley estava sob imperius, Draco Malfoy está no meio disso. Pode ter sido ele quem a enfeitiçou; Ela, pois tem ligação com você; Porque alguém quer te matar. Mais alguma pergunta?
- Por que eu? - perguntou meio baixo, como se tentasse descobrir algo que tenha feito de errado para quererem matá-la.
- Isso foi o que Jorge me perguntou - Harry suspirou e abaixou um pouco a cabeça. - Acha que Draco pode ser um comensal? - ele levantou a cabeça um pouco e olhou para ela como se temesse a respota dela.
- Não vejo outra explicação para ele estar no meio de tudo isso. - respondeu Hermione, sinceramente.
- Não tenho certeza se querem te matar só porque é minha amiga. Voldemort quer me atingir, matando você - o tom de Harry soou sombrio nos ouvidos de Hermione, que fez um arrepio subir pelas suas costas. - Mas isso não vai acontecer. Se ele quiser te matar, vai ter que passar por mim primeiro - ele a encarou, como se estivesse passando segurança para ela apenas com o olhar.
Hermione apenas deu um meio sorriso no canto da boca.
- Eu vou subir. Está tarde. Boa noite, Hermione - ele se levantou.
- Boa noite, Harry.
Ele se dirigiu até a escada do seu dormitório, e olhou para trás, para onde Hermione estava sentada.
- Não vai subir?
- Não. Vou ficar mais um tempo aqui em baixo, pensando - respondeu sem sem virar.
O garoto se dirigiu novamente até o sofá e se sentou no mesmo canto que se encontrava antes. Ela apenas o acompanhou com o olhar.
- Quando você resolver subir, eu subo.
- Tudo bem - ela se ajeitou no sofá, de um jeito que ficasse com as costas encostadas completamente no sofá, e a cabeça para trás, fazendo-a mirar o teto.
- Quer se deitar? - perguntou Harry olhando para frente, sem encará-la.
Ela virou um pouco o rosto para o lado e voltou a mirar o teto.
- Não, obrigada. Só quero pensar um pouco.
Ficaram ali, em silêncio, os dois mirando o teto, por longos dez minutos.
- Obrigada - disse, finalmente, Hermione se levantando. - Preciso desse tempo pra tirar tudo da minha cabeça e conseguir dormir tranqüila - explicou ela.
- De nada - ele se levantou. - Se precisar é só gritar - ele sorriu. Hermione retribuiu o sorriso e subiu.
- Como foi a conversa? - perguntou Rony, curioso, quando Harry entrou no quarto.
- Normal - respondeu ele simplesmente, se dirigindo até sua cama.
- Até que enfim já estão se falando. Não era muito legal ficar falando só com um ou com o outro.
- Rony! - Harry o repreendeu, calmo, fazendo-o parar de falar. - Boa noite - o garoto fechou a cortina da sua cama.
- Boa noite - o ruivo fez o mesmo.
“Eu desisto, Hermione. Desisto de tentar te esquecer. Agora só o tempo vai decidir o que vai acontecer entre a gente”.
Harry fechou os olhos e dormiu.
O domingo amanhaceu ameaçando chover. Nada de especial aconteceu naquele dia. Harry e Rony passaram a tarde toda fazendo deveres acumulados da semana, e Hermione agradecera mentalmente por não estar igual a eles. Vez ou outra ajudava Gina com deveres, e a ensinava a matéria que ela não lembrava. Harry e Hermione ainda não estavam perfeitamente bem, mas já se falavam bem mais. E quando saiam os quatro juntos, não andavam mais separados por Rony e Gina, já se encontravam lado a lado.
A segunda-feira chegou. Harry havia descoberto que Neville havia substituído Rony, e Parvati, temporariamente, o cargo de Hermione, como monitores.
- Vamos, Madame Pomfrey, estou com pressa - disse Hermione, impaciente, na Ala Hospitalar.
As aulas do dias já haviam acabado e a garota tinha de ir até lá para trocar o curativo. A mulher mexia em alguns materiais na mesinha ao lado. Novamente passou aquela mesma pomada gelada, e enfaixou uma parte do braço de Hermione.
- Obrigada - disse a garota e saiu.
Foi até a sala do professor Adam. Bateu três vezes. Não escutou ninguém pedindo para entrar. A porta foi aberta e por ela Hermione pôde ver o senhor a encarando.
- Srta. Granger, entre - disse educadamente, dando espaço para ela entrar.
Hermione o fez. Deu uma olhada na sala. Estava bem mais arrumada agora. As poções estavam concentradas em apenas uma parte do local, em cima de prateleiras organizadas uma em cima da outra. Sua escrivaninha estava no lado oposto ao das poções, no lado direito da sala. O homem foi até sua cadeira e fez um gesto para Hermione sentar na cadeira da frente.
- Creio que veio conversar sobre a enorme capacidade que teve na aula passada.
- Não sei se posso chamar assim, mas é sobre isso mesmo. Desculpe não ter vindo antes, andei meio ocupada - ela se explicou.
- Não se preocupe. Foi até bom, pois andei fazendo umas pesquisas sobre o assunto - ele depositou um bloco de pergaminhos em cima da mesa. - Parabéns, você bateu o record. 2 minutos, contando que tem...
- Quase 16. Faço esse sábado.
- ... 16 anos - concluiu ele. - Agora... - ele parou, percebendo o olhar que Hermione depositava sobre aqueles pergaminhos. - Se quiser dar uma olhada - ele os virou, e empurrou um pouco para frente. Ela pegou. Deu uma olhada rápida em algumas das folhas.
- Será que o senhor podia me emprestar, para dar uma lida? - perguntou, hesitante, levantando o olhar para ele.
- Ah, claro. Se quiser, conversamos outro dia.
- Não, não - ela deixou os pergaminhos no colo. - Quero que isso se esclareça logo - ela sorriu.
- Bom, então, vamos lá. Do começo. Você seguiu todo o procedimento, sem alterar nada?
- Do mesmo jeito que o senhor disse para fazer.
- Se concentrou, pensou no garoto, bebeu a poção, disse o nome e simplesmente apareceu? - ele ainda não conseguia acreditar que ela havia conseguido em tão pouco tempo.
- Sim, mas - suas bochechas assumiram o leve tom de vermelho -, como sabe que foi exatamente “no garoto”?
- Você foi a única da turma que conseguiu pelo meio do amor - ele ajeitou os óculos. - E esse amor deve ser por um garoto, estou certo?
O tom de vermelho, que agora estava mais forte, foi o suficiente para responder a pergunta dele.
- Bom, você é namorada dele?
Hermione balançou a cabeça negativamente.
- No momento estávamos brigados. Não falava com ele.
- Isso não importa muito. O que vale é o você você sente - ele pensou por um tempo. - Pelo o que eu li, isso pode acontecer quando a pessoa que será a “vítima” também tem a mesma ligação, no caso amorosa, com a pessoa que será o “assassino”, no caso com você - a garota pareceu entender cada palavra que o professor havia falado e mantinha o olhar um pouco baixo, como se estivesse pensando.
“Mas, se Harry realmente gostasse de mim, ele poderia ter conseguido também. Mas ele precisava pensar em mim…não tem parentes, tirando seus tios. Argh, isso está ficando mais complicado ainda.”
Adam continuou:
- Mesmo estando brigados, sabe se ele sente a mesma coisa?
Hermione deu ombros.
- Mas, mesmo assim, isso até hoje nunca aconteceu. Eu li que haviam chances de acontecer. Pessoas casadas já tentaram, mas nunca conseguiram num tempo igual ao seu. E você nem é namorada dele! A única explicação seria um amor incomparável. Mas na sua idade... - ele parou. Queria achar outra explicação para aquilo, algo mais objetivo e óbvio. Não tinha como ser apenas um amor enorme e uma concentração surpreendente.
- Vocês são amigos há quanto tempo?
- Esse é o sexto ano de amizade.
- Desde que entraram em Hogwarts - falou mais para si mesmo. Hermione murmurou algo, confirmando. Ele voltou a pensar.
- A distância influencia em algo? Quero dizer, é a mesma coisa estando do outro lado do mundo ou estando ao seu lado? - ela o olhou como se temesse a resposta.
- Em nenhum caso acho que isso influenciou. Ainda vou ter que fazer muitas pesquisar sobre isso. Tem que ter uma explicação para o que houve - ele abaixou a cabeça e levou a mão ao queixo. - Se eu tivesse apenas o nome... - ele pensou um pouco alto, o suficiente para Hermione escutar.
- Sr. Potter - ele levantou a cabeça, lentamente. - Harry James Potter - disse Hermione, simplesmente.
O professor arregalou um pouco os olhos e ajeitou os óculos. Sabia muito bem quem era Harry Potter. Ele suspirou.
- Ele é um garoto normal... - parou subitamente. Algo lhe veio à cabeça. Lembrou do que havia lido, em um dos pergaminhos da pesquisa. - A não ser que... Não, não pode ser. Isso é raro de acontecer - Hermione olhava para ele com uma sobrancelha levantada. - Mas... Não existe outra explicação - ele deu uma pausa. - Srta. Granger?
- Sim?
- Primeiramente vou lhe explicar algumas coisas sobre essa poção, e depois tente acompanhar meu raciocínio - ela simplesmente balançou a cabeça positivamente. - Ela foi criada há muito tempo, e tem muito a ver com cobras. Bruxos diziam que esses animais tinham uma ótima visão, e certamente têm, por isso que nela, você vê através dos olhos de outra pessoa, como se quisesse localizá-la. Essa poção era usada mais pelas mulheres que queriam ver se seus maridos estavam vivos ou mortos, depois que iam para a Guerra. Como eu disse, ela leva em torno de cinco minutos para obter o resultado. Bom, no seu caso, o tempo para conseguir executá-la foi mais rápido. E o único meio de acontecer isso era olhando através dos olhos de um... - ele suspirou. - ... ofidioglota. - ele deu uma pausa. Hermione entendia tudo. - Por isso que até hoje isso nunca aconteceu. Esse dom é raro, Srta. Granger. Sabe me dizer se o Sr. Potter é ofidioglota?
Hermione balançou a cabeça positivamente, hesitante.
- Por que eu não pensei nisso antes? - disse como se estivesse se culpando.
- Por que no caso do ofidioglota, o tempo necessário para obter o resultado da poção é menor?
- Porque ele consegue falar com cobras. É como se uma parte da cobra pertencesse ao corpo dele, a parte de comunicação, e como ele já tem essa ligação com o animal, o tempo do resultado da poção é menor, no caso, apenas, para quem for olhar pelos olhos dele. Por isso que você conseguiu realizar com tanta rapidez. Além de contar com o amor enorme por ele.
Hermione corou, chegando a ficar da cor do cabelo de Rony.
- E por que não o contrário? Digo, por que ele não consegue ver através dos olhos de outra pessoa com essa mesma rapidez?
- Ai está. É ele que possui o dom. É como se você entrasse no corpo dele e olhasse com os olhos dele. Ele só conseguirá com a mesma rapidez se olhar com os olhos de uma pessoa que também é ofidioglota - pausou. - Acho que agora está tudo explicado.
- É - disse ela vagamente. - Acho que sim - deu uma pausa. - Só mais uma dúvida. Conseguimos olhar pelos olhos de alguém que está morto?
- Pergunta interessante. Sim e, ao mesmo tempo, não - a garota olhou para ele sem entender. - Você vê, mais vê uma escuridão. Não aparece nada. Apenas a escuridão.
- Mas se a pessoa estiver viva, mas com os olhos fechados?
- Você vê como se estivessem abertos, normalmente.
- Ah - ela deu uma pausa. - Bem, acho que vou indo. Ainda quero pegar o jantar - ela se levantou, segurando o bloco de pergaminhos. - Obrigada, professor.
- Não há de quê. Ah, você ainda continua com o recorde - ela sorriu.
Foi até a porta. Segurou na maçameta... se lembrou de algo.
- Professor - disse se virando -, sobre o nome que eu te falei. Quero que fique apenas entre aluna e professor. Não me leve a mal, mas é um segredo meu, ok?
- Não se preocupe, Srta. Granger. Foi muito bom conversar com você - ele sorriu.
- Obrigada, novamente - ela abriu a porta e se retirou.
- Por que a demo... o que é isso? - perguntou Rony se referindo ao bloco de pergaminhos nas mãos dela. Ele tentou pegar.
- Não - ela os levantou. - Estava falando com o professor Adam. Ele me emprestou isso, é uma pesquisa - ela passou por Rony e sentou ao lado de Harry. - É tediante para você ler isso, Rony - disse divertida. Harry riu. O ruivo apenas fez uma careta e voltou a comer. Ela se serviu.
- Vão fazer algo de interessante hoje á noite?
- Já está de noite, Rony - lembrou Harry.
- Digo, depois do jantar.
- Vou para a biblioteca - respondeu o moreno.
- E eu vou ler isto - disse Hermione, vagamente, mostrando os pergaminhos.
A noite passou rápido. Rony ficou conversando com Neville, que dizia como era legal ser monitor. Em uma parte da noite, Hermione também foi para a biblioteca pesquisar mais sobre a poção Intente. Harry ainda continuava lendo aquele mesmo livro de feitiços que havia achado.
Quinta-feira. O trio estava na aula de transfiguração. Minerva explicava o jeito mais fácil de transfigurar um objeto pequeno.
- É como um feitiço de ilusão. Você consegue transformá-lo em outro objeto, e ainda fica mais fácil se eles tiverem uma forma semelhante ou a mesma massa. Um exemplo seria transformar um pedaço de madeira em um livro. E também há a transfiguração de uma pessoa, podendo se transformar em um objeto. Formem duplas, e tentem transfigurar o amigo em um objeto.
Logo a sala estava repleta de objetos diferentes e fortes gargalhadas que os amigos davam. Harry ria de Rony que havia se tranformado em um cabide. Ele voltou ao normal.
- Isso é estranho - disse ele meio tonto, se sentando. Harry riu da cara dele.
- Em que eu me transformo?
- Sei lá... uma abóbora - disse o ruivo divertido.
- Onde está o Harry? - perguntou Hermione chegando por trás de Rony. Ela deu uma olhada ao redor, não achava ele.
Ele se virou e apontou para baixo. Hermione olhou aquela abóbora, de tamanho médio, isolada no chão. Ela riu e num balanço de varinha, Harry voltou ao normal.
Ele olhou para o próprio corpo.
- Isso realmente é muito estranho - a garota riu novamente da cara que ele fez.
A aula acabou. Harry se despediu dos amigos e rumou direto para a sala do diretor.
- Olá, Harry - disse Dumbledore ao ver o garoto entrando. - Essa aula não será longa. Vou começar devagar com você. Sente-se - disse mostrando a cadeira da frente. Ele guardou alguns pergaminhos que estavam mexendo.
- Vou me esforçar mais agora.
- Pois bem, você ja sabe o que precisa fazer, então vamos direto ao ponto. Você conseguirá apenas com a prática - Harry balançou a cabeça. - Agora, pense em qualquer coisa.
Harry ia fechar os olhos. Levantou o olhar para ele novamente.
- Não se preocupe. Não estou lendo sua mente, ainda. Vá em frente.
Ele foi ousado. Pensou logo na conversa que teve com Hermione, com ela pedindo para voltarem a ser amigos. Depois de um tempo, Dumbledore voltou a falar.
- Tem 15 segundos para tirar tudo da sua cabeça, agora.
Harry abriu os olhos rápido. O mais velho já começava a contar nos dedos o tempo. Tirou tudo da cabeça. Não pensou mais em nada. Aquele ultimo pensamento teimava em entrar na sua mente. Fechou os olhos e deixou a mente vazia.
- Estou entrando - avisou Dumbledore.
Harry continuava de olhos fechados, se concentrando, fechando os olhos com força. Alguns segundos se passaram.
- Srta. Granger na sua cabeça. Isso é novidade para mim - disse Dumbledore divertido e sorriu.
Harry abriu os olhos, mas não o encarou. Apenas suspirou pesadamente, como se tivesse perdido algo, e abaixou um pouco o olhar.
- Já sabia que não conseguiria na primeira vez. Quer tentar novamente?
Harry não falou nada, apenas balançou a cabeça confirmando. Novamente fechou os olhos. O ano passado, no Ministério, feitiços voando, a profecia, Sírius morrendo, Belatriz, Voldemort...
Foi tudo tão rápido. Dumbledore novamente o alertou, e ele tirou tudo da cabeça.
- Confesso que agora foi mais dificil para entrar, mas, mesmo assim, acho que deve se concentrar mais. Você consegue mais que isso.
Harry ainda ficou pouco mais de dez minutos na sala do diretos. Em nenhum das tentativas ele conseguiu.
- Pode ir. Semava que vem venha no dia que achar melhor.
Harry se levantou.
- Professor, amanhã terá treino de Quadribol, mas será que eu poderia treinar sozinho até mais tarde um pouco? - perguntou Harry hesitante.
- Claro. Mas cuidado na volta para o Filch não te pegar.
O garoto sorriu.
- Até logo, professor.
- Até mais, Harry.
Ele saiu e foi direto para o Salão Principal.
- Como foi, Harry? - perguntou Hermione, curiosa, quando ele se sentou ao lado dela na mesa.
- Um pouco assustador. É estranho saber que Dumbledore lê seus pensamentos quando ele bem quiser - respondeu irônico. Ele se virou para Rony. - Lembre-se do treino amanhã.
- Não esqueci.
Voltaram para o Salão Comunal e fizeram os deveres do dia.
- Eu tenho que pegar meu distintivo nesse sábado, não é? - perguntou Hermione, vagamente, para Harry que se encontrava na ponta oposta do sofá. Ela lia aquele mesmo livro que vivia debaixo bos braços dela: “A era do desconhecido”. Um livro trouxa que falava sobre o passado e um possível futuro para as pessoas que viviam naquele mundo.
- É, sim - ele olhou para ela. Olhou aquele livro. - Hermione, deixa eu ver esse livro - pediu Harry, carinhosamente.
Ela levantou o olhar para ele. Olhou a página que estava, fechou o livro e mostrou a capa.
- Não. Deixa eu segurar ele, e olhar melhor.
Ela reabriu o livro e voltou a ler na mesma página que estava antes.
- Estou lendo.
- Por favor.
- Depois - ela ainda prestava atenção no livro.
Harry desistiu.
- Boa noite, então - ele se levantou e foi em direção a escada.
- Ficou chateado? - Hermione fechou o livro novamente e olhou para ele.
- Não - respondeu ele se virando. - Apenas um pouco excluído.
A garota deu uma olhada no local. Rony ensinava a Gina como jogar xadrez bruxo, e ela lia um livro. Ele estava mesmo excluído.
- Tá bom, toma - ela estendeu a mão por cima do sofá, segurando o livro.
Harry o observou por um tempo.
- Não, obrigado. Depois eu vejo, estou com sono. Boa noite - ele se virou e subiu.
- Ok. - Disse ela para si mesma. Se ajeitou no sofá e retornou a leitura.
- Vamos, Rony. Você ainda não pegou nenhuma! - gritou Harry tirando a visão do pomo e olhando para o amigo mais ao longe. - Concentre-se!
- Estou tentando! - respondeu o ruivo, nervoso, no mesmo tom, sem encará-lo.
Já passava das 6 e meia da noite. O capitão olhou para a arquibancada. Alguns alunos da Grifinória estavam lá, junto com Hermione, que observava o treino não muito empolgada. Harry sorriu. Voou devagar até a arquibancada e ficou flutuando em frente a ela.
- Quer voar um pouco? - Perguntou ele sem olhar para Hermione. Olhava para o treino.
Ela riu sarcasticamente.
- Harry, cuide do seu pomo, e deixa de brincadeira - respondeu ela, rindo, sem dar muita importância.
Ele olhou para ela.
- Estou falando sério. Vou treinar hoje á noite mesmo. Vem logo, eu sei que você quer - disse divertido. Ele sorriu marotamente.
A garota o encarou por um momento. Aquilo era só diversão. Era uma sexta-feira, não teriam mais nenhuma aula no dia. Por que não?
- E se eu cair? - perguntou preocupada.
- Não se preocupe, você não passa do chão - respondeu o moreno como se não se importasse.
- Harry! - Hermione o repreendeu. - Vem mais pra cá.
Ele sorriu e aproximou mais a vassoura.
- Pula.
- Meu Deus, o que eu estou fazendo? - Ela passou uma perna. Passou a outra e ficou equilibrada naquele ferro da arquibancada, que impedia as pessoas de cairem. Olhou para baixo. - Harry, vem mais para cá! - Ela foi indo para frente e se jogou para cair em cima da vassoura.
Harry afastou a vassoura e ela passou direto. Ele riu. Mergulhou rápido e a pegou por baixo.
- Seu... LOUCO! - Ele riu. - Nunca…mais.. faça isso! - ela se ajeitou na vassoura e segurou firme.
- Ficou com medo?
- Lógico. Já basta o da Sra. Weasley, e você ainda me faz isso!
- Enquanto eu estiver aqui, você não cai - ele colocou a mão esquerda na barriga dela, e a segurou. Ela sorriu. - Pronta para pegar o pomo?
Hermione virou um pouco a cabeça para trás.
- Pegar o pomo? - repetiu ela descrente.
- Claro. O que você acha que está fazendo em cima dessa vassoura?
- Voando - respondeu como se fosse óbvio.
- Isso... para pegar o pomo - ele mergulhou mais uma vez, sob um grito agudo de Hermione.
O achou. Começou a voar rápido na direção dele, com Hermione ainda gritando.
- Pega, Hermione!
- Claro que não, Harry!
- Deixa de besteira e pega logo.
Ela esticou a mão, hesitante. Desequilibrou, fazendo Harry a segurar com mais força. Ela voltou.
- Eu vou cair!
- Vai nada. Estou lhe segurando! Estica a mão e pega!
Ela balançou a cabeça, confirmando.
Harry virou para o lado direto, seguindo o pomo. Ela novamente estendeu a mão. Estava muito perto. Ele afroxou um pouco a mão. Hermione foi para frente, como se fosse cair. Segurou o pomo e Harry a puxou de volta, precisando de um pouco mais de força.
- Quase que você não volta dessa vez - disse o moreno com uma mistura de preocupação e brincadeira.
- Bom, se eu tivesse caído, eu não passaria do chão - ela sorriu sarcasticamente.
- Estou falando sério.
- Harry! - ela se virou um pouco, o suficiente para conseguir olhar para ele. - Eu não caí. Calma, isso não me impedirá de voar mais vezes para pegar o pomo - ela sorriu.
- Claro que não - ele desceu a vassoura. Hermione saiu primeiro que ele. Harry segurou a vassoura e olhou para cima.
- Treino encerrado! -gritou ele. As artilheiras treinavam Rony no gol, e os batedores estavam treinando do outro lado do campo. - Podem ir - ele se voltou para Hermione.
- Gostou?
- É, foi legal. Essa coisinha é legal - ela observava o pomo enquanto o girava.
- É. Você está sentindo a mesma coisa que eu senti no meu primeiro ano, quando eu o peguei pela primeira vez - eles caminhavam em direção ao vestiário.
- Mas eu não o peguei sozinha, e nem o peguei me jogando da vassoura e quase o engolindo - disse divertida.
Ele apenas sorriu e entrou no vestiário. Tomou um banho, se trocou e deixou os objetos lá. Hermione esperava por ele e Rony. Depois de alguns minutos já estavam no Salão Principal, jantando.
- Rony! - Harry soltou o garfo, havia se lembrado de algo. - Precisamos conversar, urgente!
Rony colocou a cabeça um pouco para frente para conseguir enxergar o amigo. Hermione estava entre os dois.
- Sobre...?
- Aqui não. Depois a gente fala.
- Se eu não poder escutar... - disse Hermione já se levantando.
- Não - Harry a puxou para ela se sentar novamente. - Pode deixar, depois eu falo com ele. Ainda temos tempo.
- Então eu realmente não posso escutar?
- Por parte, sim. Digamos que você - ele abaixou um pouco a cabeça e coçou a nuca -... é parte do assunto.
- Como?!
- Não, calma. Bom, se você disser o que tem aqui - ele pegou o braço esquerdo dela e mostrou o curativo -, digamos que não precisaremos mais ter essa conversa.
- Ah, não, Harrry! Você ainda quer saber o que tem aqui? - perguntou a garota sem acreditar.
- Eu não quero - ele se levantou da mesa e chegou perto do ouvido dela. - Eu vou descobrir de qualquer jeito.
Hermione revirou os olhos e voltou a comer.
- Rony, vem cá. - ele puxou o amigo pela gola e o tirou da mesa. - Precisamos conversar agora.
O ruivo o seguiu até sair do Salão Principal.
- Diga.
- Estava pensando aqui... Ah, esquece. Vou direto ao ponto. Você me disse que a Gina tinha te dito, que Hermione estava gostando de um garoto e que o nome dele estava em todos os livros dela - ele balançou a cabeça confirmando o que ele dizia. - Mas, quais livros? Tem os livros do colégio e os livros que ela lê!
- Eu sei lá. Devem ser os do colégio.
- Sim, mas pense comigo. Gina te disse isso quando estávamos na férias, então estaria tudo escrito nos livros do ano passado!
Rony resmungou algo e levou a mão á cabeça.
- Droga. E agora?
- Se dermos sorte, poderá estar naquele livro que ela vive lendo - respondeu o moreno vagamente.
- Eu acho melhor perguntar para a Gina em quais livros estão escritos.
- Rony! - Harry o repreendeu. - Gina perdeu a memória, se você não se lembra!?
- Então somos só nós dois?
- É, só nós dois. E se tivermos sorte, poderá estar naquele livro. E quando o pegarmos, veremos quem é o garoto, e, se minha hipótese estiver certa, descobriremos o que tem no braço dela.
- Cara - Rony deu uns tapinhas no ombro dele -, você é um gênio!
Harry sorriu satisfeito.
- Vá acabar de comer, tenho que ir treinar. - Eles se despediram e cada um rumou para um lugar.
____________________________________________________
N/A: Pronto, capítulo 16, depois de anos!
13 páginas de Word.
Erros ortográficos não liguem. Meu beta tá sem PC, recuperação é phoda!
Então eu tive que betar. ^^'
Enfim, comentem aí. O que vocês estão achando e talz.
Próximo capítulo?
O melhor de todos!
Tá, dizem que é o segundo melhor, porque o melhor é o do beijo [lógico]
Mas, enfim. É perfeito! Eu babo aquele capítulo, e choro também. *-*
Depois coloco um trechinho no Menu da FIC. =)
Capítulo 17 pronto, esperando comentários.
Ahh.
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=29095723
Entra, entra?! *-*
Comentem, comentem!
=°°°
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