Um presente do Eleito.



Quarto capítulo – Um presente do Eleito




Harry caminhava por um lugar desconhecido. Olhou em volta e viu que estava rodeado de altas montanhas de picos gelados. Não tinha idéia de quanto tempo estava andando. Mais a frente viu animais enormes. Parou para observá-los. Lembrou-se de quando tinha dez anos e estava andando pelo zoológico junto com seus tios, Duda e o amigo dele, Pedro. “Elefantes!!!”. Mas onde estou? Continuou andando. Depois de algum tempo, observou que havia algumas pedras e que uma pessoa encapuzada estava sentada na mais baixa delas, de costas para Harry. Foi aproximando devagar. A pessoa pareceu notar que alguém estava aproximando, pois se levantou lentamente. Ao ver isto, Harry procurou por sua varinha, mas ela não estava com ele. O estranho começou a tirar o capuz e virou-se. Harry estacou. Não podia ser. A mesma cabeleira branca, o mesmo olhar penetrante, a mesma grande barba, os mesmos óculos de meia lua.
- Dumbledore... – murmurou
De repente acordou. Manteve os olhos fechados para que não esquecesse o que viu em seu sonho. Abriu os olhos e só enxergou borrões laranja em movimento. Assustado, procurou desesperadamente por seus óculos. Quando achou, colocou-os rapidamente. Só então respirou aliviado quando viu que os borrões eram os jogadores dos Chuddley Cannons voando pelos pôsteres no quarto de Rony. Quarto do Rony? Como cheguei aqui? O que aconteceu? Onde estão Remo e Gui? O ataque dos comensais. Uma enxurrada de pensamentos invadiu sua cabeça. Levantou-se e andou pelo quarto tentando lembrar o que aconteceu. Quando foi até a janela, viu pela posição do sol que já devia estar próximo do meio-dia. Andou mais um pouco. Ao se virar para um espelho, notou que estava de pijama. Resolveu então se trocar para procurar seus amigos e comer alguma coisa, pois os roncos de seu estômago estavam piores que do Rony. Desceu as escadas tentando lembrar o que havia acontecido quando foram atacados. Lembrava de Gui e Remo sendo estuporados, Bellatriz lançando a cruciatos nele, o brilho que a casa dos tios emanava e o canto da fênix... A fênix de fogo... Lembrou do vôo dela e quando ela veio em sua direção. Depois disto, a única lembrança era de Alvo Dumbledore sentado naquela pedra perto dos elefantes.
Ficou tão absorto em suas lembranças que só notou que havia chegado à sala da Toca quando escutou um grito e foi sufocado por uma massa de cabelos castanhos emaranhados.
- HARRY!!! – gritou Hermione. – Que bom que você acordou. Estava tão preocupada... Como você está? Está passando bem? Não está sentindo nada? Não est...
- Dá um tempo pra ele Mione. Ele acabou de acordar.
Mione soltou Harry e virou-se com um olhar fulminante para Rony que se encolheu na poltrona começando a corar. “Até parece a minha mãe”, pensou ele.
- Ora Ronald Bilius Weasley, claro que estou preocupada com Harry, ainda mais que o prof. Lupin não quis explicar nada do que aconteceu na casa de Harry e aqui ontem. Com certeza aconteceu alguma coisa muito grande. Você leu o Profeta Diário? Viu o que estava escrito nele?
- Não me chame de Bilius, Mione. Claro que vi só que...
- Dê um tempo vocês dois. O Harry acabou de acordar. Como você está passando querido? – perguntou a Sra. Weasley que vinha da cozinha e estava dando um daqueles abraços que Harry sempre gostou. – Está sentindo alguma coisa? Como você está magro. Gui havia me falado que você estava bem alimentado. Venha comer algo, querido.
- Obrigado, senhora Weasley. Estou bem. Só não estou lembrando de muita coisa. – disse dando um sorriso para seus amigos e dando uma olhada pela sala procurando por uma certa ruivinha. – Onde estão todos? Remo e Gui estão bem? Onde está Gina? O que saiu no Profeta?
- Calma querido. Venha comer primeiro. Enquanto você come, nós conversamos.
- Cara, você não lembra de nada? Foi de arrepiar! Nunca tin...
- Agora não Rony. Você ouviu sua mãe. Deixe Harry comer alguma coisa.
- Ah Mione, dá um tempo. Você também ficou impressionada.
- Claro que fiquei! Todos ficaram.
- Mas o que aconteceu? O que foi tão impressionante assim? – Perguntou Harry que estava sorrindo diante a discussão dos dois amigos. “Esses dois não mudam nunca”.
- Pra cozinha agora, os três. E vocês dois, – a Sra. Weasley apontou para Rony e Mione – parem de discutir.
Ela passou o braço pelos ombros de Harry num gesto protetor e o levou para cozinha sendo seguidos por Rony e Mione.


Molly Weasley serviu generosas porções de comida para Harry. Rony que já havia almoçado estava comendo de novo. Mione lançava olhares de reprovação para Rony enquanto ele devorava sua comida.
- Os gêmeos estão trabalhando. Gui está dormindo ainda, se bem que não precisava. – falou a Sra. Weasley dando uma piscadela enigmática para Mione e Rony. – Gina está dormindo também. Ela passou a noite inteira ao seu lado. Disse que só dormiria quando você acordasse. Mas ela não agüentou e adormeceu também. Coitada. Ela estava tão preocupada com a demora de vocês. Aliás, todos estávamos... Lupin saiu, mas disse que volta para conversar com você. Aceita mais comida Harry?
- Obrigado, Sra. Weasley, mas acho que Rony vai querer mais.
Harry deu uma risadinha enquanto Mione dava um bufo de impaciência.
- Não querido, ele não vai querer mais, pois se continuar a comer desse jeito, não vai conseguir andar. Francamente Ronald, acho que se você fosse um animago, você se transformaria num avestruz.
Rony corou violentamente enquanto Hermione gargalhava perante a observação da matriarca Weasley. Os quatro foram para sala. Quando sentaram Harry já atirou a primeira pergunta:
- O que aconteceu?
- Vamos esperar o Remo chegar. A Fleur também está vindo para cá. Arthur conseguiu o dia de folga e foi buscá-la. Dissemos que tínhamos uma surpresa para ela. Acho que será pra você também, já que não se lembra do que aconteceu. Se bem que o responsável por esta surpresa é você. Do que você se lembra querido?
- Bem, lembro quando saíamos da casa de meus tios. Daí apareceu Greyback. Ele conjurou a Marca Negra e logo em seguida diversos comensais aparataram. Lupin estava atacando eles enquanto Gui nos protegia. Eu estava debaixo da capa da invisibilidade. Gui foi atingido e logo depois Remo também foi. De repente a casa começou a brilhar. Uma fênix de fogo apareceu e veio em minha direção. Só lembro até aí.
- Não se lembra de mais nada? – perguntou Mione. Lupin já havia falado alguma coisa, mas disse que preferia conversar com algumas pessoas antes e não disse mais nada.
- Não Mione, é só isso.
Rony olhava impressionado para o amigo. Levantou-se e foi até a lareira. Pegou um Profeta Diário e jogou para Harry.
- Dê uma olhada nisso.
Harry olhou para a primeira página e assustou-se. Havia uma foto de pelo menos vinte comensais da morte. Todos presos pelo que parecia ser um feitiço.

Um presente do “Eleito”.


Nesta noite, houve um ataque de Comensais da Morte na Rua dos Alfeneiros, em Surrey, na residência em que o jovem Harry Potter mora com seus tios. A Marca Negra foi vista por membros da patrulha do Quartel dos Aurores. Porém, quando o Esquadrão de Aurores do Ministério chegou ao local tiveram uma surpresa: dezenove Comensais estavam presos por um feitiço. Segundo fontes fidedignas no Ministério, o feitiço era tão forte que os Aurores tiveram que transportar todos os prisioneiros juntos, pois não conseguiram anula-lo. Somente depois de muito esforço coletivo e contando com ajuda dos Inomináveis é que conseguiram separa-los.
Os aurores revistaram a propriedade onde ocorreu o ataque, mas não encontraram nada. Durante o interrogatório, no qual foi usado
Veritasserum, a poção da verdade, todos os Comensais afirmaram a mesma coisa: que foram mandados Por-aquele-que-não-deve-ser-nomeado para que capturassem Harry Potter, mas que ao chegar no local, haviam dois bruxos acompanhando o “Eleito”. Os dois bruxos foram atingidos após duelarem, mas em determinado momento, após uma estranha luz que tinha como fonte a casa, Harry Potter foi atingido pelo que parecia ser uma ave de fogo.
Os Comensais da Morte não souberam explicar o que aconteceu com o “Eleito”. Disseram que estava envolto numa esfera de energia e que, sem nenhum esforço aparente, aprisionou todos eles. Bellatriz Lestrange, que também estava presente no ataque, também foi atacada, mas segundo o depoimento de seus comparsas, Harry Potter apenas disse alguma coisa para ela e aparatou perto de seus companheiros. Pegou os dois e desaparatou.
Outro detalhe deste ataque foi que Harry Potter conseguiu anular a Marca Negra. Segundo o depoimento dos Comensais, aparentemente ele com um único movimento de varinha, fez com que ela desaparecesse. Como é sabido, a Marca Negra é conjurada por um feitiço poderoso e difícil de ser desfeito. Tanto que, às vezes, a Marca de você-sabe-quem fica pairando por dias no local onde foi conjurada. Segundo o auror Charles Silverplate, a Marca Negra desapareceu poucos minutos depois que foi conjurada. “Praticamente vimos quando ela apareceu, mas como estávamos de vassouras, demoramos um pouco para chegar no local. Não dava para aparatar, pois não conhecíamos o lugar. Não demoramos mais que dez minutos para chegar. Neste intervalo a Marca Negra sumiu. Bem, o resto vocês já sabem. Lá estavam os Comensais. Todos presos. E lhe digo mais. Se foi mesmo Harry Potter quem conjurou aquele feitiço, coitado do Comensal que passar em seu caminho.”
Ninguém sabe do paradeiro do “Eleito”. Segundo nossas fontes, o Ministro Rufus Scrimgeour também está curioso para saber como foi que Harry Potter conseguiu este feito. Quanto aos dois bruxos que o acompanhavam, suas identidades estão sendo mantidas em segredo.
Só nos resta torcer para que o “Eleito” continue a prender comensais. Só assim a comunidade mágica conseguiria dormir em paz.
Mais informações sobre a remoção para Azkaban e identidade dos comensais nas páginas cinco e seis.



- Eu não entendo. O que aconteceu? Não me lembro de nada disto. Só lembro de um sonho que tive com Dumbledore, mas isto foi antes de acordar.
- Nós também não estamos entendendo nada, cara! – Rony ainda mantinha um olhar assustado. Harry não percebeu enquanto estava lendo. Por diversas vezes Rony, Mione e a Sra. Weasley trocaram olhares intrigados.
- Mas Harry, você não sabe o que pode ter acontecido? – perguntou Mione.
Harry olhava perplexo para o jornal. “Será que realmente fui eu quem prendeu todos aqueles comensais?”
- Não Mione. Não faço nem idéia. – Ele descansou o jornal nas pernas. – Vou contar o que me lembro. Não é muita coisa. Nós íamos vir para cá mais cedo. Quando estáv...
- Nós quem? – interrompeu Rony.
- Se liga Rony. Harry, Gui e o professor Lupin. – sibilou Hermione.
Rony ia retrucar quando a Sra. Weasley deu um olhar fulminante em sua direção fazendo com que ele murchasse na poltrona.
- Continue querido, por favor. – A Sra. Weasley pediu ainda olhando para Rony.
- Quando estávamos para sair, Fawk...
Os quatro se viraram para a escada. Um barulho de passos apressados chegava à sala. Quando estavam levantando ouviram o grito:
- HARRY!!!
Quando ele escutou aquela voz, seu coração pareceu falhar uma batida. Como era doce aquela voz. Mesmo quando estava gritando. Gina pulou no pescoço dele e começou a soluçar.
- Ah Harry! Fiquei com tanto medo. Acordei e passei no quarto do Rony e você não estava lá. Fiquei com tanto medo que tivesse acontecido algo com você. Vocês não chegavam. Fiquei desesperada.
- Calma Gina, está tudo bem. Não precisa ficar assim. Eu estou aqui.
- Venha querida. Deixe Harry nos contar o que ele se lembra. – Molly Weasley tinha um sorriso estampado no rosto. “Como estes dois podiam se acertar.” – Venha. Sente se comigo.
Com muito custo Gina soltou Harry. A Sra. Weasley levou Gina para o sofá em que estava sentada antes. Harry, Mione e Rony também sentaram. Ele ficou olhando para Gina com um sorriso enorme. “Como ela está maravilhosa! Por que tudo tem que ser assim? Como vou conseguir me afastar dela?” Ele aspirava o ar com força para sentir mais o perfume pelo qual tanto desejou sentir enquanto estava na casa de seus tios.
Gina havia parado de chorar e agora sorria ao ver seu amado Harry Potter sentado são e salvo na sala de sua casa. Mione e a Sra Weasley sorriam enquanto olhavam o casal sorrindo um para o outro. Rony olhava para os três impaciente.
- E então, o que aconteceu? – perguntou cortando o barato de Harry.
- Ahn? A sim. Onde eu estava mesmo? Certo. Então agente ia sair da casa mais cedo, só que Fawkes apareceu. Ele trazia um recado de Dumbledore.
- Como assim: um recado de Dumbledore? Harry, Dumbledore está... morto.
Harry olhou para o chão e ficou calado alguns segundos. A sala ficou em silêncio. Quando levantou a cabeça, seu olhar demonstrava tristeza. Gina levantou-se e foi até ele. Agachou-se e lhe deu um abraço.
- Não fique assim Harry. Nós sabemos o que Dumbledore significava pra você, mas tenho certeza que ele gostaria que você ficasse de cabeça erguida, bem como Sírius.
Ele afrouxou o abraço e olhou para Gina.
- Obrigado Gina. Você tem razão. Sírius e Alvo não gostariam de me ver assim. Por favor, sente-se aqui. – disse sorrindo para ela. – Não sei como Mione, mas acho que Fawkes já devia ter sido instruído por Dumbledore caso acontecesse algo com ele. Ele também levou instruções para Remo.
- Mas quais eram as instruções? – perguntou Rony.
- Somente Remo leu a carta. Ele apenas nos disse que tínhamos que esperar dentro da casa até que estivesse próximo à meia-noite, e que saíssemos minutos antes.
- Por que então vocês demoraram, se podiam ter vindo pra Toca logo que saíram da casa, pouco antes da meia-noite?
- Porque só podíamos sair de lá depois que desse meia-noite.
- Mas por que isso? – questionou Gina.
Hermione que escutava tudo com muita atenção respondeu:
- Com certeza deve estar ligado ao fato de Harry ter chegado à maioridade e com a proteção mágica que cercava a casa.
- Tudo bem Mione. Até eu já tinha deduzido isto.
- Não é isto que eu quis dizer, Sr. Rony “Grosso” Weasley. A questão é que Alvo Dumbledore é quem protegeu a casa quando deixou Harry na porta dos tios. Que tipo de feitiço ele usou? Qual a necessidade de Harry ter tido que esperar a maioridade enquanto ele poderia ter saído da casa e evitado este ataque? O diretor queria que Harry ficasse lá até determinado momento. Por quê?
- Será que não está relacionado com a fênix de fogo que me atingiu?
- O que? – Gina ficou espantada quando Harry disse que foi atingido. – O que te atingiu?
- Uma fênix. Uma fênix de fogo. A partir daí não me lembro o que aconteceu. Foi tudo muito estr...
Novamente todos se calaram e olharam para a escada. O barulho de passos estava aproximando da sala. Porém, não eram os passos desabalados de Gina. Gui entrou na sala vestido de calça jeans e camiseta. Um grande sorriso estampado no rosto. Harry estava pasmo. Não sabia o que dizer. Onde estavam as cicatrizes? Como Gui podia estar aparentando tanta saúde depois do ataque que recebeu?
Todos olhavam de Harry para Gui com uma expressão divertida. Gui andou até o meio da sala e encarou Harry, que levantou, mas parecia que não conseguia dizer nada. Os dois se aproximaram. Gui tinha lágrimas no rosto, bem como a Sra. Weasley, Gina e Hermione. Mas eram lágrimas de alegria. O sorriso no rosto de Gui mostrava que eram lágrimas de alegria.
- Sabe Harry. Quando Greyback me feriu, confesso que tive vontade de morrer pelo medo do que poderia acontecer. Nós convivemos com um lobisomem e sabemos o que ele já passou e o que ele passa. Não sabia se conseguiria suportar o que Remo agüenta. Mas felizmente, tive pessoas que me apoiassem naquela hora sombria. Fleur, minha família – virou-se e sorriu para sua mãe – Mione, meus amigos e você. Quando eu e Remo fomos à sua casa conversarmos com seus tios, confesso que não lhe conhecia muito bem. Claro que sempre soube de seu caráter, sua humildade e de sua lealdade. Sempre estivemos próximos, mas com diversos problemas com que tivemos que nos preocupar. Eu te agradeci na sua casa por ter entrado em nossas vidas. Obrigado de novo. Não tenho palavras para dizer o quanto sou grato a você.
Os dois se abraçaram muito emocionados. Em pouco tempo todos que estavam na sala se juntaram num abraço mútuo de felicidade.
- Gui, não estou entendendo. – disse afastando - Fui eu quem fez isso?
- Só posso dizer o que me contaram Harry, pois cheguei aqui desmaiado. Quando acordei era você que estava desmaiado com esta ruiva maluca te abraçando e chorando desesperadamente. – falou dando uma piscadela para a irmã que corou.
Harry sorriu para Gina, que continuava corada. Mas isto não impediu que ela retribuísse o sorriso. “Como vou conseguir ficar longe desta ruiva? Como?”
- Então é isto aí cara. – Rony colocou a mão em seu ombro – Os Weasley têm uma grande dívida com você. Primeiro você salvou Gina do basilisco, depois salvou meu pai no Ministério. Aí chegou minha vez. Se não fosse aquele bezoar eu tava perdido. Agora Gui também está em dívida com você.
Houve alguns segundos de silêncio. Harry virou-se e encarou seu melhor amigo.
- Você Rony, e você Mione, - disse olhando para a amiga – sabem mais do que qualquer pessoa no mundo o que já passei vivendo com meus tios. Antes de entrar para Hogwarts, quando dizia “minha família”, dizia achando que aquele tratamento que recebia dos Dursleys era o tratamento de uma família comum. Mas então... – sua voz ficou embargada – mas então eu conheci vocês. Nunca tinha recebido tanto carinho e atenção como vocês me deram. Não digo a atenção por ser famoso, ou isso ou aquilo. Não. Vocês me deram amor. Nós três temos uma ligação tão intensa, que faz com que seja praticamente impossível nos separar. Às vezes lembro quando conheci vocês no Expresso de Hogwarts. Você Rony, preocupado por ter que sobressair devido seus irmãos serem destaques em alguma coisa. Preocupado com dinheiro. Besteira. Você não imagina o tanto que é especial. Eu agradeço, pois foi a partir daquele momento que eu comecei a fazer parte de uma família. Obrigado por esta oportunidade. No dia que Gui e Remo foram à casa de meus tios dizendo que ficariam lá, Gui disse uma coisa que me tocou muito: que gostaria que eu viesse ao seu casamento como um irmão. Quero que vocês saibam que os considero como irmãos. Não de sangue. O sangue não importa, mas de irmãos de coração.
Rony e Harry se abraçaram, ambos muito emocionados. Aliás, todos na sala estavam emocionados.
- Obrigado por toda a consideração querido. – Molly enxugava as lágrimas com um lenço. – O que posso dizer é que eu e Arthur consideramos você como um filho. Não só você, mas você também Hermione. Quem sabe todos nos juntamos numa família de verdade?
A temperatura subiu sensivelmente dentro da sala, pois Gina, Rony, Mione e Harry coraram violentamente. A Sra. Weasley sorria ao ver a reação dos garotos enquanto Gui gargalhava até não poder mais. Quando tudo voltava ao normal, a porta abriu.
- GUI!!! – Fleur entrou correndo pela sala, sendo seguida por Remo e Arthur Weasley. Ao ver a noiva, Gui levantou do sofá que havia sentado e quase foi derrubado pelo abraço que recebeu. Fleur chorava e falava sem parar. Todos sorriam diante da cena, menos Gina que fazia uma cara de quem ia vomitar.
- Por que você está com esta cara maninha? Precisava ver como você estava ontem. – disse um Gui todo sorridente para Gina que mostrou a língua pra ele.
- Oh Gui mon querrido, mon amorr. O que aconteceu? Quando seu pai me contou que você e o Professorr Lupin forram atacados fiquei louca.
- Arthur! – Molly encarava o marido com um olhar nada amigável enquanto os garotos, Gui e Remo riam ao ver o Sr. Weasley se encolhendo. Fleur continuava abraçada com Gui. Chorando sem parar. – O que foi que combinamos? Se não me engano, não era para falar para ela que havia sido um ataque.
- Eu sei, Molly querida. Mas ela desconfiou e começou a me pressionar. Estava ficando muito difícil de esconder, e...
- Arthur Weasley! Desde quando você é homem de se deixar pressionar?
O rosto de Arthur já estava no tradicional tom avermelhado dos Weasleys. Rony aproximou de Harry e cochichou:
- O que minha mãe está dizendo é verdade, cara. A única pessoa que consegue pressionar papai é ela.
- Tudo bem mamãe. Não tem problema.
- Só não queria que ela se assustasse Gui. – Molly havia criado uma grande admiração por Fleur depois da reação que a nora teve na enfermaria de Hogwarts – e além do mais, ela é tão sensível.
Desta vez Gina quase vomitou de verdade. Remo, Rony, Harry e Hermione riam da cara que Gina fazia enquanto o Sr. Weasley respirava aliviado pois sua esposa desviava sua atenção para Fleur que continuava chorando no ombro de Gui.
- Venha querida, sente-se aqui. Isto, acalme-se. Vou preparar um chá pra você. E você Arthur, depois precisamos conversar.
O Sr. Weasley engoliu em seco e apenas confirmou com a cabeça. Molly estava conseguindo afastar Fleur de Gui quando sua nora olhou pela primeira vez para o rosto do noivo.
- Oh, meu Deus! – e desmaiou.
- Ora, francamente! – bufou Gina.
- Fleur!!! – Molly gritou enquanto Gui amparava a noiva.
Lupin se adiantou já com a varinha em mãos, apontou para Fleur e murmurou: enervate. Fleur começou a abrir os olhos e deparou com o sorriso de Gui. A Senhora Weasley que tinha corrido até a cozinha já voltava com uma poção revigorante.
- Mas Gui, o que aconteceu com seu rosto?
- Venha querida. Vamos subir que explicarei tudo. – Virou-se para Harry e deu uma piscadela.
Enquanto o casal subia as escadas todos se acomodaram na sala. O Sr. Weasley sorriu para Harry. Remo pegou o Profeta que estava na mesa de centro e deu uma olhada na manchete: Um presente do Eleito. .
Todos estavam em silêncio. Foi Molly quem quebrou o silêncio:
- Então Remo, conseguiu descobrir alguma coisa?
- Bem Molly, conversei com um especialista em feitiços. Ele está pesquisando.
- Mas quem é este especialista? – Rony perguntou.
- Ninguém mais, ninguém menos que o professor Flitwick.
- Mas como você conseguiu encontrá-lo? Ele está em Hogwarts? – Foi a vez de Arthur perguntar.
- Bem, fui até a escola na esperança de encontrá-lo lá. Mas Minerva me informou que Filio havia ido passar uns dias em casa. Ela me passou a localização da casa e fui até lá. Conversei com ele, expliquei o que havia acontecido. Flitwick ficou satisfeitíssimo em poder ajudar. “Tudo que puder fazer para ajudar Harry, eu o farei.” Estas foram suas palavras. Expliquei para Minerva também. Ela vai pesquisar na escola.
- Será que eles descobrirão algo professor Lupin?
- Acredito que sim Hermione, e por favor, me chame de Remo. Não sou mais seu professor. Como Harry disse quando estávamos em sua casa, ele me considera como um tio. Sei que é pedir muito para que você e Rony me considerem como tal, mas posso dizer que vocês podem me considerar como um grande amigo mais velho, inclusive você Gina, pois é assim que considero todos vocês. Ah..., e Hermione, isto me faz lembrar uma coisa: Flitwick pediu que você pesquisasse sobre feitiços de proteção. Não feitiços individuais, mas outros tipos. Nas palavras de Filio: “Peça a Srta. Granger para procurar também, Lupin. É bem possível que ela consiga mais resultados do que eu e Minerva juntos.” – concluiu Remo sorrindo para uma Hermione toda corada.
- Mas você não tem nenhuma idéia Remo?
- É difícil falar Harry. Você lembra de alguma coisa, algo em particular?
- Lembro do ataque, de você e Gui sendo atingidos, a casa brilhando e da Fênix de fogo que me atingiu.
- Basicamente o que vi. Eu havia sido estuporado, mas quando a fênix saiu da casa eu já estava acordando. O que posso dizer é que nunca vi uma demonstração de poder tão grande. Nem de Dumbledore, nem de Voldemort. – todos na sala, com exceção de Harry e Hermione ficaram incomodados quando o nome do Lorde das Trevas foi dito, porém Remo não deu importância e continuou – Você pode até não lembrar, Harry, mas você conseguiu parar um feitiço negro com as mãos e ainda conseguiu reverter este feitiço lançando contra o comensal que havia te atacado.
Todos olhavam impressionados para Harry. Já tinham lido no Profeta. Mas ainda não conseguiam imaginar como ele havia feito aquilo. Se defender de um feitiço era uma coisa, pois haviam diversos tipos de feitiços escudos, mas parar uma azaração das trevas com a mão e ainda reverter seu efeito era praticamente impossível.
- Harry, - chamou o Sr. Weasley – e a Marca Negra, como conseguiu desfazê-la?
- Não sei Sr. Weasley. Não me lembro. Mas será que isto realmente importa? É apenas uma imagem.
- Não Harry, não é apenas uma imagem. Não é qualquer bruxo que consegue conjurar a Marca. É necessário ter muita maldade intrínseca à sua alma e seu coração. Não é um feitiço conjuratório comum. É arte das trevas. Para você ter uma idéia, foi necessário o trabalho conjunto do Departamento de Mistérios, do Departamento de Feitiços Experimentais e do Quartel General de Aurores para que fosse desenvolvido algo para que anulasse a Marca Negra. Poucos sabem o contra-feitiço usado, mas sabemos que é necessário mais de três bruxos qualificados para que a Marca desapareça. Pelo depoimento dos Comensais você conseguiu sozinho e aparentemente com um feitiço simples.
Todos ficaram em silêncio novamente. Lupin levantou-se e foi até a janela da sala. Ficou parado por uns instantes olhando os gnomos andando pelo gramado d’A Toca. Virou-se para Harry e disse:
- Dumbledore sempre disse que você tinha, ou melhor, tem um poder que Voldemort não tem e desconhece que você o tenha. A capacidade de amar, de sacrificar, servir... se doar às pessoas que você ama.
- Ele já me disse isso, mas não entendo como vai me salvar de Voldemort, e...
- Você não está entendendo o que Remo está dizendo. – Gina levantou e foi até onde ele estava sentado. – Você não se lembra do que aconteceu ontem quando chegaram aqui. Quando você começou a curar Gui, uma aura dourada começou a emanar e crescer até envolver a sala, e a fonte desta aura era você. Todos tiveram uma sensação indescritível, era como... era como... era como se não existisse o mal, mas somente o bem, o... amor.
- Isso mesmo Harry, e posso dizer que senti tudo isto antes, quando você pegou Gui e chegou perto de mim ainda na frente da casa de seus tios. Estava muito debilitado, mas posso dizer que melhorei quase que instantaneamente.
- Cara, foi uma das melhores sensações que já senti! – disse um Rony todo animado – Só sinto uma coisa desse tipo quando estou perto de... - Rony parou de falar repentinamente como que tivesse sido silenciado por um feitiço. Suas orelhas estavam em brasa.
- Quando está perto de ...? – alfinetou Gina.
- Ahn... deixa pra lá. – sussurrou. Mas todos notaram o olhar de esguelha que foi dado na direção de uma garota de cabelos castanhos.
- Bem, então é isto. – disse a Sra.Weasley – Acho que ainda teremos que pensar muito a respeito disto, mas por hora quero que vocês subam para descansar um pouco.
- Mas senhora Weasley, não conseguimos chegar a praticamente lugar algum. E...
- Calma Harry, ainda conversaremos mais, não se preocupe. Teremos uma reunião da Ordem, onde definiremos algumas coisas. Acho que por hoje você deve descansar. Não acontecerá nada... por hoje. – disse Arthur Weasley, porém Harry não deixou de observar um brilho nos olhos dele.
- Vamos Rony, Harry e Gina. Vamos subir. – Hermione chamou e começou a se dirigir para escada. – Hei, vamos logo, venham.
Os garotos começaram a subir para o quarto de Rony. Ao entrarem no quarto, Gina que vinha mais atrás fechou a porta. Ninguém falava, todos absortos em seus pensamentos. Foi Harry quem quebrou o silêncio:
- Então... o que vocês tem feito?
- Nada demais cara, Mione fica lendo o tempo inteiro, você conhece a peça. Gina fica ajudando mamãe e lamentando e eu fico olhando para elas. Mamãe não deixa que nos afastemos muito da casa.
Quando ouviu que Gina ficava lamentando, ficou preocupado. Olhou para ela, mas não perguntou nada. Gina que observou o olhar dele, resolveu mudar de assunto.
- Como foi na casa de seus tios?
- Bem... nada mau, bem, quero dizer... não está sendo fácil pra mim, e agora tenho todo o mundo bruxo voltando a atenção para o “Eleito”.
- Não se preocupe com isto Harry – Mione aproximou-se – você sabe que pode contar conosco. Estaremos sempre do seu lado pro que der e vier.
- Isso mesmo cara, afinal, somos ou não somos uma família? – perguntou Rony que também havia se aproximado.
- Nós nunca deixaremos você sozinho, Harry. Nunca. – Gina parou de frente para ele. “Meu Deus, como ela está linda!” . Ele olhou para os amigos, uma lágrima solitária escorreu pelo rosto.
- Vocês não imaginam como são importantes para mim. – disse olhando para cada um dos amigos – Sem vocês não sou nada. Obrigado.
Demorou o olhar um pouco mais em Gina, que também notou o olhar que se fixou nela. “Será que ele vai me aceitar de novo?”
Neste momento a porta abriu e a Sra.Weasley apareceu.
- Gina, Mione, vocês poderiam vir aqui me ajudar? – chamou a matriarca dando uma mínima piscadela.
- Ahn... claro senhora Weasley, já estamos descendo. Vamos Gina?
- Claro. Depois conversamos mais. – se aproximou de Harry e beijou seu rosto. Olhou nos olhos dele e disse: - você que não imagina o quanto é importante para nós, especialmente para mim.
Deu as costas e saiu do quarto junto de Hermione. Harry ficou olhando para um brasão dos Cannons que estava pregado atrás da porta do quarto, mas nem enxergava o que havia nele. Só queria continuar sentindo aquele perfume floral que tanto gostava.
- Terra para Harry Potter! Terra para Harry Potter! Hei, acorda cara.
Quando se virou para olhar Rony, um grande travesseiro laranja atingiu em cheio seu rosto. Rony já tinha deitado em sua cama rindo sem parar.
- Assim não vale cara, você me pegou desprevenido, mas vou vingar. – voltou seu olhar para porta, mas o único intuito disto era apanhar sua varinha, pois já que era maior de idade, por que não usar um pouco de magia?
- O que tem de tão interessante nesta porta? Você não para de olhar para ela!
Nesse momento Harry virou e mentalizou Levicorpus e apontou a varinha para Rony. Ele foi içado e ficou de cabeça para baixo. O rosto tão vermelho como um pimentão.
- Hei cara, me desce daqui.
- Viu como é atacar alguém distraído? – perguntou Harry que deitou na cama para rir um pouco.
- Para com essa palhaçada, me desce daqui!
Rony já estava querendo gritar. Harry sentou e mentalizou liberacorpus. Rony caiu em cima da outra cama com cara de poucos amigos.

- Deixa quieto, ainda te pego. Você vai ver. – Mas logo começou a rir. – Mas que você levou uma grande travesseirada, isso levou. Tinha me esquecido que agora você pode fazer magia fora da escola também.
- É, eu também tinha me esquecido. Só falta agora o Ministério causar problemas por causa da aparatação.
- É claro que não vai dar problemas. Não depois do presente do Eleito.

Harry estava pensativo. Rony lhe disse uma coisa em que não havia pensado: que agora podia fazer magia. Havia esquecido que tinha sido seu aniversário. Estranho é que aparentemente ninguém tinha lembrado. “Esquisito”. – pensava – “Todos sempre lembram.”
- Harry, algum problema?
- Não cara. Nenhum problema. Só estou um pouco cansado. É só isso.
Rony olhava para o amigo. Sabia que tinha alguma coisa incomodando, mas resolveu não perguntar.
- E com relação aos Horcruxes, você já pensou em algo?
- Não. Eu estava com a cabeça muito cheia. Aliás, ainda estou.
- A Mione teve uma idéia. Se realmente ela estiver certa, vai facilitar um...
- Rony, vamos fazer o seguinte: vamos falar disso depois, OK? Deixa passar um pouco de tempo. O ataque, Dumbledore...
- Beleza cara, você é quem sabe. Depois a gente conversa mais. Por que você não dá uma descansada? Vou ver se mamãe está precisando de alguma coisa.
- Sua mãe ou a Mione? – Perguntou com um sorriso bobo.
- Claro que é minha mãe. Por que seria a Mione?
- Eu é que pergunto: por que seria a Mione?
Rony saiu do quarto sem dizer nada. Harry deitou-se e ficou olhando para o teto inclinado do quarto. “Que idéia que Hermione teve?” Virou-se para a janela e ficou olhando para o céu azul claro. “Será que esqueceram meu aniversário?” Com esses pensamentos adormeceu.


Quando Gina e Hermione chegaram na sala, Remo e o casal Weasley estavam conversando.
- Você falou com os Gêmeos, Arthur?
- Falei eles vão preparar tudo. Disseram que não precisamos nos preocupar.
- Ótimo! – exclamou a matriarca – Remo, você poderia chamar o pessoal da Ordem?
- Claro Molly, sem problemas. Mas será que ele não desconfiou de nada?
Mione que estava sentada ao lado de Lupin respondeu:
- Acho que não. Ele ainda está meio que perdido depois do que aconteceu ontem.
- Acho que a ficha ainda não caiu, coitado. Tem que agüentar tanta coisa... – Gina falava enquanto secava uma lágrima.
- Mas ele não está sozinho, ele tem com quem contar: Nós! Nós nunca deixaremos ele sozinho. Nunca. – Rony que havia acabado de chegar na sala assustou todos quando falou.
Hermione sorria para ele. Nunca tinha visto Rony falar daquela maneira. Sempre soube que podia contar com ele. Sua lealdade e coragem sempre foram admiráveis. Porém, não foi isto que havia chamado sua atenção. Ela sempre percebeu a atenção que o ruivo dedicava a ela, todas as crises de ciúme... Era só mencionar Vitor Krum para que ele explodisse. Será que ele gostava dela desta forma?
Hermione foi acordada de seus devaneios quando a Sra. Weasley passou por ela para abraçar o filho.
- Oh meu querido, nos orgulhamos muito de você.
- Isso mesmo Rony, como pais, podemos dizer que somos muito felizes com relação aos nossos fílhos. – disse Arthur emocionado.
- Que isso gente, também não é pra tanto. – murmurou Rony.
- Claro que é pra tanto, maninho. Não existem muitas pessoas neste mundo que se iguala a você.
- Você é muito especial, só que ainda não percebeu. E não imagina o tanto que é importante para mi... ahn... quero dizer, para nós. – Hermione corou, mas manteve a cabeça erguida quando se levantou e beijou o rosto de Rony. Depois que ela se afastou, Rony colocou a mão no rosto, como se aquele gesto pudesse reter um pouco mais a sensação do beijo que havia recebido.
- Bem, vou indo então. Tenho muito que fazer. Até logo! – Remo se despediu de todos e saiu para o jardim, desaparatando logo em seguida.
- Tenho que voltar para o Ministério, querida. Deixei muito trabalho para fazer.
- Um momento Arthur. E sua folga? Quero conversar com você a respeito de uma coisa que quero fazer.
- Não pode ser depois?
- Não, tem que ser agora. Vamos para cozinha. E vocês, dêem uma ajeitada no jardim. E nem pensem em nos escutar.
Hermione sorriu para Rony, que também sorriu. Gina revirou os olhos: “Espero que desta vez estes dois se entendam.”




Quando Harry acordou já havia anoitecido. “Nossa, dormi demais.” Levantou-se e trocou a roupa. Quando abriu a porta, achou que estava tudo muito silencioso e escuro. Não costumava ser assim. Desceu as escadas tentando ouvir alguma coisa. Para ele, era estranhamente anormal ver a Toca daquele jeito. Sempre foi uma casa alegre e agitada, uma bagunça ordenada que ele adorou desde a primeira vez que visitou a casa dos Weasley, mas todo aquele silêncio e escuridão não eram normais. Chegou na sala e encontrou a mesma escuridão. “O que está acontecendo aqui? Onde estão todos?”
- Rony! Mione! Gina! Sra. Weasley?
Ninguém respondeu. Ficou parado no escuro e pensando no que poderia estar acontecendo. Foi quando escutou um leve ruído do lado de fora da casa. Automaticamente puxou a varinha que estava no cós da calça e começou a caminhar lentamente em direção à porta. Encostou o ouvido na porta e ficou escutando. Escutou diversos ruídos, mas não conseguiu distinguir nenhum. Foi abrindo lentamente a porta. A varinha preparada. O silêncio predominava agora, até os barulhos que escutara antes desapareceram. Depois que abriu a porta totalmente, ficou parado sob o portal, a varinha erguida pronta para qualquer coisa. De repente, dois fachos de luz, um dourado e outro vermelho dispararam de um ponto do jardim em direção ao céu estrelado. Harry acompanhou suas trajetórias apreensivo: “Mas que diabos é isto?”
Os dois fachos se encontraram e explodiram com grande estrondo. Harry fechou os olhos devido à claridade que emanou da explosão. Quando abriu os olhos e olhou para o céu, viu grandes letras vermelhas e douradas tremeluzindo: “FELIZ ANIVERSÁRIO HARRY!!!”
Diversas luzes acenderam, revelando um grande número de pessoas e mesas repletas de bebidas e comidas.
- Surpresa!!! – gritaram todos os presentes para um Harry sorridente.
- Uau!!! Pensei que vocês haviam esquecido.
Rony, que foi o primeiro que chegou até ele respondeu de forma bem simples:
- Nunca meu irmão, nunca! – após dizer isto, os dois se abraçaram.

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È isso aí galera, taí o quarto. Demorei pra postar pois andei meio ocupado e não estava tendo tempo pra escrever. Prometo que tentarei postar o quinto mais rápido.

Não ficou do jeito que gostaria que ficasse, mas é que faltou inspiração. O cap. ficou meio piegas, mas achei que era necessário mostrar toda a ligação entre Harry Potter e seus amigos. No quinto vai haver ação, eu juro solenemente.

Gostaria de agradecer às seguintes pessoas: Ellessar, Hitaro, J.M. Flamel e Aluado_T pelos comentários.
Não vou exigir que as pessoas comentem para que eu poste novos capítulos. Não vou deixar de escrever por causa de falta de coments. Os coments devem ser espontâneos. Fico pedindo comentários porque é muito bom ter um reconhecimento sobre o que você está fazendo. Mesmo que o comentário seja uma crítica, ajuda muito para que se faça uma fic que agrade o maior número de pessoas. Portanto, comentem, diga o que estão achando, mande e-mails com sugestôes. Falem mal, falem bem, falem o que vocês quiserem, mas deêm sua opinião/sugestão.


Novamente, obrigado e um abraço.



Rubeo

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