Dearest



N/A: Padfoot de volta. Já pensaram como Frank Longbottom deve estar se sentindo com relação à Alice? Pois bem, eu pensei... pensei e Lily também... então...PAM!!... a idéia me atingiu... Uma songfic!! Ok, não é bem uma songfic, mas serve (sorri) Música: Dearest; cantor: Ayumi Hamasaki; no final de cada parte da letra terá a tradução da música pois esta está em japonês.

Saudades Bião!!

Padfoot

A aproximidade dos exames, mais da última partida de quadribol, que já fora adiada diversas vezes, estavam deixando os marotos ansiosos e com mal-humor. Remo passara novamente a não fazer travessuras com os amigos e concentrando-se nos estudos, como antes das duas semanas de férias de Natal, fazendo com que Pedro e Sirius se sentissem solitários, o segundo muito entediado. Tiago já tinha com o que se preocupar tendo Alice como ‘namorada chiclete’, passando todo o tempo com ele, indo aos treinos de quadribol e participando do seu grupo de estudos. Parecia que a menina não tinha nada melhor para fazer com suas amigas, o que de fato era verdade, pois nenhuma delas, com exceção de Marlene, falava com ela, devido ao fato de estar namorando o Potter.

Laila, Lua e Lílian se sentavam sempre na mesma mesa da biblioteca para repassar as matérias do ano letivo. Lílian estava encontrando tanta dificuldade em parar de pensar em Tiago que transformou seu livro em uma jaca, ao invés de uma tartaruga, como tinha proposto Laila, que estava tão preocupada com a amiga e com seu desempenho no último jogo, que se esquecera de anotar o feitiço de animar que com certeza cairia na prova de Feitiços. Lua, a única que conseguia estudar deixando seus sentimentos de lado, principalmente porque Remo e ela já estavam se falando normalmente, ajudava as amigas com suas dificuldades, em destaque, Lílian que nunca fora muito boa em Transfiguração e que não parava de chorar quando se lembrava que parara na Ala Hospitalar, desmaiada, quando Tiago lhe contou a bomba de estar com uma das suas melhores amigas, que o amava. Os horários das aulas também haviam sido mudados, causando mais confusão na cabeça delas.

Frank, juntamente de Letícia, Carla e Lana passavam horas e horas no salão comunal da Corvinal conversando sobre algumas questões das provas que provavelmente teriam maior dificuldade, que o menino esquecera-se de Alice, embora seu coração continuasse partido. Contudo, lembrava-se muitíssimo bem que ela era a causa da sua infelicidade, por causa do seu descaso, mas não esperava que esta gostasse mesmo de Tiago, um sujeito que já fizera Lily derramar lágrimas. Não queria que sua Licinha sofresse nas mãos do maldito Potter.

--Frank? Está me ouvindo? –pergunta Lana, observando o olhar sonhador do rapaz.

--Hã? Ah... pois é, contem-me mais sobre suas provas do ano passado, quem sabe assim não garanto uns pontos extras...—folheia o livro de Poções, cuja matéria não era seu forte.

--Mas... eu acabei de lhe contar tudo. –Lana parecia desapontada com a falta de interesse de Frank em sua conversa. Sabia que o garoto estivera pensando em Alice, afinal ele a amava. Lana não compreendia o que Frank conseguia ver em uma garota tão sem talento e inteligência.

--Perdoe-me, Lana. –pede sincero, pegando na mão da garota—Estava com a cabeça longe daqui. –dá um beijo no rosto, enquanto Letícia e Carla se entreolham –Vou me deitar. Boa noite. –sobe as escadas.

--Acho melhor desistir dele, Lana. –aconselha Carla, olhando preocupada a amiga tristonha.

--Realmente, Bombom. –concorda Letícia, chamando-a pelo apelido –Não queremos vê-la desse jeito, magoada por causa de um menino mais novo. Deixe-o ir... será melhor para os dois.

--Mas... eu gosto de Frank. –fica cabisbaixa –Não consigo mais parar de pensar em como ele é humilhado pela Amon, como eu poderia fazê-lo feliz, como os beijos que ele me dá não são verdadeiros, como, mesmo ele tentando, não consegue gostar de mim... mais do que uma amiga. –lágrimas escorrem de seus olhos pretos como jabuticabas. As amigas a abraçam.

Frank Longbottom, vindo de uma família antiga de bruxos das Galés, com aptidão em Feitiços, Transfiguração, Trato de Criaturas Mágicas e Herbologia, que cursava a casa Corvinal, casa dos sábios, simplesmente não conseguia entender como alguém poderia dispensá-lo, como Alice fazia.

Todos diziam que ele era um ótimo rapaz, amigo, sincero, leal... recebia elogio dos professores por ser esforçado... sua mãe só lhe sabia dizer o quanto era orgulhosa por gerar um menino tão perfeito... mas... a única pessoa que interessava de verdade... estava namorando, oficialmente, outro... uma pessoa que realmente era bem mais cobiçada do que ele jamais seria, embora fosse tão prepotente que não percebia o quanto fazia uma certa ruiva sofrer... Por que Tiago Potter e não ele?

A amava tanto!! Desde o primeiro dia que a vira no trem e ela disse: “Sou Alice Ellen Amon, prazer”, com um sorriso nos lábios. Tentou se aproximar, tornou-se amigo das garotas, dava presentes no terceiro ano, quando iam para Hogsmead juntos, a consolava mesmo sem saber o por que do choro... agora, já sabia, era pelo Potter... e não por ele.

Frank, que desenhou tantas coisas, imaginou tantas outras, escreveu mais poemas do que podia recordar... encontrava-se deitado em sua cama, de bruços, de olhos fechados, cansado demais de sentir amor sem ser correspondido, cansado de continuar atrás de quem não lhe dava o devido valor. Adormecera em conflito interno, de como poder, definitivamente, esquecer aquele sorriso que iluminava seu coração.

--Alice... –resmungou antes de cair no sono, depois de decidir que conversaria com ela, daria a última investida, saberia se poderia nutrir aquele amor.

Sonhou com um casamento, uma noiva impecável de tão bela, uma família perfeita, com um filho de excelentes resultados em Hogwarts... um futuro com sua esposa... uma esposa que não conseguia ver o rosto no sonho, embora soubesse que seu coração clamava apenas por uma... uma que era desejada pelo resto de seus dias... uma que simplesmente era tudo para ele.

Hontou ni taisetsuna mono igai

Subete sutete shimaetara

Iiki no ni ne

Genjitsu wa tada zankoku de

Sonna toki itsudatte

Me wo tojireba

Waratteru kimi ga iru

Ah- Itsuka eien no

Nemuri ni tsuku hi made

Douka sono egao ga

Taemanaku aru you ni

“Seria bom se pudéssemos deixar de lado e jogar fora

tudo menos o que realmente interessava, mas

a realidade é cruel.

Em bons tempos,

eu vejo você sorrindo

sempre que eu fecho meus olhos.

Até o dia que eu alcance o sono eterno,

aquele rosto sorridente

terá que ficar comigo sem falhar.”

Lílian Evans não conseguia dormir, rolava de um lado para outro em sua cama.

“Eu te quero tanto Tiago!! Queria poder expressar isso... queria deixar de ser tão orgulhosa e medrosa... para poder ficar ao seu lado. Não sou a melhor... não te faço feliz... mas a Lice vêm fazendo... te vejo sorrindo com ela... te vejo... estranho comigo... um pouco frio... distante...”, pensava consigo, de olhos bem fechados. Sentia o calor das lágrimas escorrerem pelo seu rosto, passando por suas sardas, algumas se perdendo a caminho da boca, permitindo-a sentir seu gosto salgado de infelicidade.

“A culpa é minha, eu bem sei. Se fosse uma verdadeira Grifinória, venceria meu temor, as suas fãs. Estaríamos juntos há tempos, e eu teria seu sorriso para mim, somente para mim.”

“Não devia ter acreditado nas Sonserinas, sabendo que desde sempre todos tentam acabar com nossa amizade... e com sucesso, finalmente...”, ri desgostosa, abrindo os olhos. Estavam tão brilhantes, intensos, vivos, que Tiago, se os visse naquele momento, teria largado sua idéia de esquecer a ruiva em dos tempos, demasiado era seu amor por aqueles olhos verdes-esmeralda.

Lily sentou-se na cama, dando um demorando suspiro. Colocou-se de pé, foi até sua mochila, apanhou um pedaço de pergaminho, a pena e o tinteiro, com o cuidado para não fazer barulho. Seus olhos verdes percorreram quarto, demorando-se em uma cama vazia, a de Alice. A amiga deixara o dormitório para passar para o de Marlene, a única que não lhe virara a cara, para a desaprovação de Endora.

“Desculpa... mas não será assim...”, pensou Evans antes de começar a escrever uma mensagem no bilhete. Dobrou-o, colocou no bolso interno de sua capa preta e tornou a deitar-se na cama, “Não permitirei que sejamos machucados novamente... cansei de sermos passados para trás... cansei de ver você se importando e eu não... agora é a minha vez”, pensou por fim, dormindo logo em seguida.

Hito wa mina kanashii kana

Wasure yuku Iki mono dakedo

Ai subeki mono no tame

Ai wo kureru mono no tame

Dekiru koto

Ah- Deatta ano goro wa

Subete ga bukiyou mo de

Toomawari shita yo ne

Kitsuzuke atta yo ne

“As pessoas são tristes, então

elas vão e esquecem, mas...

Por aquilo que eu amo,

por aquilo que me dá o amor, eu farei o que posso.

Naquele tempo atrás, quando nos encontramos,

foi tudo desajeitado.

Nós fomos pelo caminho mais longo, não é?

Nós nos machucamos, não é?”

Era quinta-feira, o sol estava se pondo, o gramado se encontrava dourado, enquanto os céus estavam vermelho fogo. Tiago voava veloz à procura do pomo, no treino de quadribol, Sirius jogava os balaços para Magno Wood, que os rebatia, Endora, Laila e Edgar faziam pontos com a goles, com jogadas difíceis de serem pegas pelo provável goleiro adversário da Sonserina, e Yasmin Pewit mandou Michael Johnson, um moreno que cursava o sétimo ano como ela e tinha tentado vaga no time como artilheiro, arremessar uma grande bola que ela havia conseguido, para treinar sua defesa. Lá do alto, Tiago olhava o pôr-do-sol admirado. Lembrava tanto uma ruivinha... olhou para a floresta... lembrou-se ainda mais dos seus olhos verdes. Suspirou e viu o pomo a alguns palmos do chão. Preparou-se para mergulhar, era sua especialidade. Pegou o pomo em questão de minutos, parou o mergulho e desceu da vassoura.

Alice vinha em sua direção toda sorridente. Agarrou-o pelo pescoço e lhe deu um beijo, depois o abraçou. Sirius deu uma risada, sabia que Tiago detestava aquilo, pois o atrapalhava a treinar, além de Alice não ser Lily.

--Vou me trocar, Lice. Encontre-me na escadaria de mármore. –disse se livrando e afastando da namorada.

--Tudo bem. –sorriu em resposta, saindo andando do campo.

--Que amor, Pontas! –debocha Sirius, pousando também.

--E como! –sarcástico, andando rumo ao vestiário. Entrou, tirou os óculos e foi para o banho.

--Até quando você vai agüentar? Já faz uma semana que estão juntos e sua animação é do mesmo tamanho do amor que sinto pela minha mãezinha. –Sirius entra no chuveiro.

--HÁ HÁ! Muito engraçado, Black! Mas eu tenho que esquecer a Lily... e este é o único jeito.

--Quer dizer que não vai se vingar do Dave?

--Não.

--Pontas...

--Escute, Almofadinhas. Já fiz de tudo pela Lily. TUDO. Não vou mais me rebaixar. Estou farto de ser o único de nós dois que verdadeiramente luta por nosso amor. Estou fora!

--Bem... se é assim...

--Mas eu posso bolar um plano para o Johnny, se você quiser...

--Não. Eu queria que aprontássemos todos juntos... mas já que não é possível, depois eu me ajeito com ele.

Tiago sai do banho enquanto Sirius continua lá (demorado como sempre! ‘O’ príncipe!). Estava se secando quando ouviu a porta do vestiário se abrir e alguém entrar. Achou que era um dos companheiros de time. Ouviu uma porta de armário abrir e fechar rapidamente, e logo passos indo até a porta e fechando-a novamente. Pontas pegou seus óculos e foi lá no armário ver. Não tinha absolutamente ninguém, quem quer que fosse já tinha ido.

--Quem que entrou? –quis saber Sirius, que agora se enxugava.

--Não sei, não se demorou. –responde colocando o uniforme da escola. Vai até seu armário e o abre, cai um bilhete enquanto coloca seu uniforme da equipe no armário. Pega e lê:

“Encontre-me na árvore próxima ao lago, à meia-noite. Vá sozinho! PRECISO lhe falar!!

L.E. “

--Quem é L.E.? –Sirius aparece com a toalha amarrada na cintura, espiando pelo ombro de Potter.

--Sirius! Que feio, lendo bilhete dos outros! –ralha rindo, pensando em quem poderia ser...

--Bobão! –Sirius mostra a língua –Querendo esconder alguma coisa de mim, é? Que amigo. –cara de cachorro abandonado.

--Claro que não, Almofadinhas. –revira os olhos rindo—Recebi isso agora. Vai ver quem entrou deixou aqui...

No momento Laila entra e passa pelos dois, toda suada.

--Hey, Lalita! –chama Pontas—Viu quem entrou aqui?

--Hã? –fala a sem entender – Não, não vi ninguém entrando aqui. –anda até o banheiro e volta, pensativa – Na verdade, só a Lily que entrou, mas foi rápida... não sei o que ela veio fazer... mas... por que a pergunta?

--Nada. –Tiago conectou. L.E. é Lílian Evans! “A Lily que me ver?!”, pensou surpreso.

--Tudo bem. –vira-se para o banheiro, mas volta a virar e olha para Sirius –Aqui não é lugar para ficar indecente, Black. Tem mulheres aqui. –sai, deixando Sirius mirando-a.

--Doida! Quantas não queriam me ver assim?! –resmungou indo colocar seu uniforme da escola.

Tiago estava estarrecido, mirando o bilhete deixado por Evans. Seria um engano? Talvez ela quisesse dar isto a outro mas errara o armário. Sentiu uma onda de felicidade e insegurança. Resolveu que ia ao seu encontro.

Lílian estava sorrindo de orelha a orelha enquanto caminhava em direção ao castelo, imaginando a cara surpresa de Tiago ao descobrir que era ela, imaginando o sorriso magnífico que tanto amava. Passou pelos portões, entrou e se deparou com Alice. A amiga mostrou-se inquieta quando a ruiva passou por ela. Não agüentou e soltou:

--Desculpa! –Lily se virou.

--Como disse? –quis saber, ainda sorrindo.

--Desculpe-me, Lily, se estou namorando o Tiago, mas... eu sempre gostei dele, então não podia perder a chance de ser feliz. –baixa a cabeça.

--Tudo bem. –Lice a olha com desconfiança—Sério. Está tudo bem, afinal você não pode desistir dos seus sonhos, assim como eu também não posso. –continuou a subir a escada, ainda mais risonha, deixando Alice confusa.

Ah- Itsuka eien no

Nemuri ni tsuku hi made

Douka sono egao ga

Taemanaku aru you ni

Ah- Deatta ano goro wa

Subete ga bukiyou de

Toomawari shita kedo

Tadori tsuitanda ne

“Até o dia que eu alcance o sono eterno,

aquele rosto sorridente

terá que ficar comigo sem falhar.

Naquele tempo atrás, quando nos encontramos,

foi tudo desajeitado.

Nós fomos pelo caminho mais longo, não é?

Nós chegamos lá no final.”

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