Ares de mudanças bruscas

Ares de mudanças bruscas



N/A: Perdão pela demora gente!! É que a vida aqui anda muito corrida, com prova toda sexta-feira e simulado no sábado. Mas aqui estou eu novamente, e com mais confusões marotas!! Espero que gostem.
Um beijo para cada um de vocês, e perdão mais uma vez pelo sumiço!!
Padfoot

Era uma segunda-feira monótona, com um clima um tanto tempestuoso. Parecia que o céu sentia a desavença entre os garotos, embora, pela primeira vez, os marotos realmente não tivessem provocado a confusão.
Estavam Lily, Lua e Alice na aula de Estudo dos Trouxas, anotando as fantásticas funções de uma torradeira, quando Remo entra atrasado, muito afobado, como se tivesse acabado de correr quinhentas milhas em cinco segundos.
--Perdão pelo atraso, professor Henrique. Estava anotando algumas detenções. –explica Remo, sentando-se ao lado de Magno Wood. Wood tinha bombado na matéria por causa dos seus ‘maravilhosos’ resultados T’s nas provas e por ter deixado o curso por um ano, então mesmo estando no último ano, sua aula era com os quintanistas.
--Tudo bem, Lupin. Sei que os deveres de monitor são desgastantes. –sorri o belo professor, com seus olhos verdes brilhantes. Henrique Beaut era o professor mais cobiçado pelas alunas, todas notavam sua elegância e beleza, seu sorriso e jeito meigo de ser.
--Principalmente com certos marotos por aí! –implica Lílian, soltando raios pelos olhos verdes-esmeralda. Estava ainda mais insuportável que o normal quando se tratava em falar mal dos rapazes, principalmente do Potter.
--Pára, Lily! –pede Lua—Não comece uma discussão.
--Ora! É apenas a verdade! –responde indignada, emburrando.
Alice se vira (estava sentada com Marlene atrás de Lua e Lily) e olha a reação de Remo, que continuava calmo, sem um pingo de irritação com a implicância da ruiva.
--Está calminho hoje, Lupin? –pergunta com desdém.
--Sempre estou, Amon. –responde sorrindo, no que a garota vira para frente e cutuca Lílian.
--Lily, acho que estamos cometendo um erro. Não me parece que os marotos falariam mal de nós.
--Olhe, Alice, você não tem por que estar com raiva por não estar envolvida, mas não tente tirar nossa razão. –corta Lily rispidamente, tornando a anotar algumas coisas sobre como o pão fica moreno.
--Grossa! –resmunga Alice. Lílian ouve e se volta perigosa para a amiga e sussurra:
--Se está achando ruim, Licinha, vá reclamar com o Ti! –Alice fica pálida de fúria.
--Pelo menos ele tem a mim!
--Mas não é você quem ele ama! –responde arrogante com um sorriso vitorioso, ambas falando baixo para que Remo não as ouvisse.
--Por enquanto, Lilyzinha! Quanto mais você o destrata mais tenho chances. –sorri e continua a escrever calmamente. Tira o sorriso do rosto de Evans.
--Você sempre gostou dele, não é mesmo? –fala rancorosa –Mas jamais poderá ficar com ele!
--E por quê? –enciumada.
--Porque mesmo sofrendo com minhas pisadas, o seu coração é meu! –ainda mais arrogante. Se vira.
--Háhá! –sarcástica—Até quando, não é Lily? Um dia Tiago verá o quanto é fútil e completamente ridícula! Na verdade, acho que ele já se tocou disso, pois não está mais tentando convencê-la a voltarem a conversar como fazia antes... ou está? –sorri.
--Guardem os cadernos e... até a próxima aula! –anuncia Henrique consultando o relógio. Alice se levanta rapidamente, puxando Marlene pelo braço, enquanto Evans permanecia sentada, refletindo como Lice estava certa... Potter não a procurara desde sábado... um dia de espera... um dia sem gritos... era estranho ver como sentia falta... ‘Alice é perfeita para Tiago. Pelo menos não teria que vê-lo sofrer por minha causa.’
--Bobagem, Lily. –fala Laila, a caminho da aula de Runas Antigas –Alice pode sim pensar gostar de Tiago, mas todas sabemos que o Frank é o homem de sua vida.
--Talvez Frank goste de ruivas. –responde descontente.
--Acredito que prefira Lana’s da vida. –intromete Endora –Afinal os dois se tornaram o casal mais comentado da Corvinal, não é mesmo?
--Ainda bem que nos lembrou disso, End! –ri Laila, pegando na mão de Lílian—Assim essa ruivinha aqui não se precipita. E agora, voltando ao assunto ‘eu, Lílian Evans, sou a pior escolha’, pense bem, Liloca. O Tiago morre por ti, e se até hoje não desistiu, mesmo com o seu desprezo forçado, não será amanhã que o fará. E quanto a amores, você está melhor que eu nesse quesito, pois o Sirius nem se importa comigo, então não reclame com o bolso cheio de galeão.
As três entraram na sala repleta de cartazes, com letras estranhas, prontas para serem decifradas em mais uma aula da professora Sandra Weilber, a mulher gordinha e socada da voz mais enjoativa que os alunos já tinham escutado de tão aguda. As carteiras eram divididas em grupos de quatro alunos, para que as traduções ficassem mais fáceis de serem elaboradas. Luanna estava guardando um lugar para as amigas, que logo se sentaram, Endora ao lado de Lua, de frente para Laila que estava sentada ao lado de Lily.
Enquanto a ruiva assistia à aula, os marotos tinham sua versão da história.
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O tumultuado fim de semana dos garotos passou como um estralar de dedos, sem mais brigas ou resoluções. De fato, as garotas não estavam falando mesmo com os marotos, ou seja, Tiago Potter estava depressivo demais para pensar em uma vingança concreta contra os corvos que tinham ido a Hogsmead com suas mulheres.
--Ora, Pontas! Você deve ter algo planejado! – dizia Sirius, com a parte de baixo de seu pijama, esperando Remo acabar de tomar banho, na segunda-feira de manhã. Olhava ansioso para seu amigo, que ficara cabisbaixo desde sábado –Não podemos deixar aqueles idiotas impunes! Elas são NOSSAS!
--Sei disso, Almofadinhas! –responde cansado e nervoso. Não agüentava mais Sirius em seu encalço, doido para saber o que iam aprontar. Não tirava o rosto de Lílian de seus pensamentos... ‘aquele momento foi decisivo. Agora está acabado mesmo, Lily’, ele não acreditava nisso, não poderia deixar sua ruiva crer em palavras falsas novamente... mas estava cansado de ser visto como o vilão sempre, a cada briga que tinham... ‘Por que tem que ser assim, Lily?’
--Cale-se, Almofada, e deixe nosso gênio do mal trabalhar! –ri Lupin, saindo do banho, já arrumado pra ir tomar o café da manhã.
--Acho que o Pontas perdeu o jeito. –provoca Pedro que voltava do café.
--Que horas você acordou, Rabicho? –pergunta Sirius, colocando sua cabeça para fora da porta do banheiro ao ouvir a voz do amigo.
--Cinco. –boceja –Estava com tanta fome que tomei um banho me arrumei e desci para a cozinha. –passa a mão pela barriga, satisfeito.
--Só você mesmo, Rabicho. –fala Remo, revirando os olhos e pegando seus materiais –Vou tomar café. –abre a porta do quarto.
--Vou com você, Aluado. –Pedro dá meia volta e Remo o encara.
--Vai?
--Sim, mas não vou comer. Darei umas voltas pelo castelo, afinal tenho que ficar em forma para minha admiradora.—sorri demente.
--Pelo menos um de nós que não sofre por mulheres. –resmunga Tiago, pensativo.
--Você que pensa... –Pedro baixa os olhos— Minha admiradora não responde quem é! Diz que prefere ficar anônima, que assim eu não poderia dizer não... mas o que ela não entende é que eu NÃO direi não. – faz uma careta e Tiago sorri. Não era o único desprovido de sorte no amor.
--Pare com essa mania de pensar que é o único que sofre com este desentendimento, Pontas. –fala Remo sério, percebendo pela feição do amigo maroto o que se passava em sua mente.
--Não se preocupe, lobinho. –ri Pontas – Daqui a pouco isso passa e estarei pronto para acabar com aqueles malditos corvos! –dá um soco no ar, que faz Aluado sorrir e descer acompanhado de Rabicho para o café matinal.
Tiago suspira ao ver-se só. Estava cansado da solidão sem sua amada ruiva. Estava cansado de sofrer tanto, de tentar entender o porque da frieza de Lílian. Tinha qualquer garota da escola! Várias já ofereceram algo mais ‘ousado’ ao rapaz! Para que continuar atrás de uma garota que não o amava? ‘Será que não ama?’, pensou após um suspiro longo, carregado de mágoa, ‘Não sei porque ainda creio em um sentimento recíproco, se já ganhei tantas provas de que sou muito pouco para ela. Tantas confusões e mentiras são mais do que sinais... sinais para que eu desista... desista de amá-la. Mas... por que é tão difícil de deixar esse sentimento que me consome, que é tão real e necessário para mim, ir... ir para longe... sem retorno? Por que sinto seus olhos gelados tão quentes, enquanto suas ações são tão contraditórias quanto? Por que ainda penso isso e não me levanto dessa cama e começo a azarar quem encontrar no caminho? É... acho que farei isso’, ele se levanta, mas torna a sentar, ‘Não... não quero dar-te mais motivos para me desprezar.’
--Hey! Pontas! –escuta ao longe a voz de Sirius –Vamos!! Aula de Adivinhação se esqueceu? –Almofadinhas joga a mochila de Pontas e ambos rumam para o Salão Principal, comer para depois ter a aula mais tediante (depois de História da Magia). O veadinho da cornuálha estava empolgadíssimo com seu dia.
Sirius olhou a saleta abafada, cheia de pufes, e escolheu uma mesa próxima a outra com uma única ocupante, uma garota morena, dos cabelos pretos e compridos, baixa, embora sentada não desse para reparar em seu tamanho, bonita que tentava fingir, mas não tirava os olhos dos recém chegados.
Sirius vivera sem conhecer a amizade sincera, nem nenhum interesse por trás, e o amor, um sentimento puro, de fino fio, quase imperceptível à primeira vista, mesmo que lá esteja. Agora já não tinha certeza do que sentia. Na realidade, sabia, todavia preferia guardar para si a resposta, para uma ocasião que julgasse a certa para expô-la ao mundo.
--Troca de lugar comigo, Ed? –pergunta Laila a Edgar Bones. O menino fica desconcertado e responde com outra pergunta:
--Não prefere minha companhia? –a menina faz com que sim com a cabeça e senta-se ao lado do rapaz. Sirius sente o sangue correr mais rápido, pulsando incontrolavelmente, como se a veia fosse demasiada pequena para tanto sangue.
--Temos de fazer algo, Pontas! –diz com uma sobrancelha erguida, como toda vez que saía do sério –Não agüento ver Laila desse jeito comigo.
--Então corra atrás dela, oras. –responde cansado, respirando pesado, quase dormindo ao cheiro do insenso de camomila. Seus olhos pesaram.
--Como assim? Você não vai fazer nada quanto a Evans? –pergunta surpreso –Pontas? –Tiago adormecera.
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Estavam todos os estudantes reunidos nas quatro mesas das casas. Na mesa da Grifinória um grupo se destacava. Laila, Lua e Lily sentadas na beirada da esquerda da mesa, próxima a dos professores, Alice, Marlene e Endora no meio da mesa, e na extremidade oposta, os marotos.
--Nunca sentamos separados. –suspirou Aluado –Quer dizer, somente no quarto ano.
Tiago continuava pensativo, até ouvir o comentário feito por Lupin.
--Não me lembro disso. –disse.
--Bem... as meninas sentavam em uma extremidade, e nós na outra... não podíamos ficar perto uns dos outros que saía briga, principalmente entre você e Lílian –o coração de Pontas se espremeu no peito—A Lalita preferia se distanciar de Almofadinhas sem fazer alarde enquanto Alice tentava se aproximar de você, Pontas.
‘É mesmo... Alice!’, Tiago se levantou e sentou-se ao lado da garota de cabelos negros e pele branca, que se surpreendeu com o garoto ao seu lado.
--Lily está logo ali, Ti. –o informou apontando para a garota mau-humorada que não comia nada, apenas encarava o vazio da parede.
--Vim por sua causa, Lice. –disse com um sorriso, o único que conseguira dar. Sentia-se um covarde pelo que acabara de decidir... mas não tinha escolha... devia deixá-la ir, sem nenhuma obrigação de aturá-lo... deixá-la para não sofre ainda mais.
--Hã? –estava boba. Como assim Tiago Potter prefere ver Alice Amon ao invés de Lílian Evans? Era real?
--Isso mesmo que ouviu. Vamos passear pelo castelo? Temos horário vago depois do almoço, e... depois do passeio podíamos ir para a aula juntos. –sorri maroto. Não sabia como ainda podia sorrir, com seu coração despedaçado... sendo totalmente arrancado do peito por garras fatais de um hipogrifo ofendido... quase sem ar... prestes a chorar... mas capaz de lutar para sua felicidade... decidido... não voltaria atrás.
--Claro! –sorri radiante. Finalmente seria completamente feliz com Tiago ao seu lado, como sempre sonhara! –levantou-se acompanhada pelo maroto, passou pela mesa da Corvinal e viu Lana e Frank. O garoto observou tristemente o casal passando, enquanto Lana sorria abraçada ao seu braço. Alice não deixou de sentir um comichão na barriga por ver a menina com Frank, embora gostasse de ser vista com Tiago por ele. Quem sabe assim o Longbottom fizesse algo para impedir... ‘Por que eu quero que ele atrapalhe? Não é o Ti que eu quero?’, mas os pensamentos foram varridos de sua mente quando o fã clube do Potter lançou olhares mortíferos a ela. Sentiu-se importante.
--Lily... –começou Lua, vendo que a ruiva olhava os dois, seus olhos marejados de lágrimas tão salgadas quanto ao ciúme e tristeza que sentia.
--Tudo bem, Lua. Imaginei que um dia ele finalmente desistisse. –responde completamente acabada, sem saber o que sentir, oca—Pois bem... vou ir a Madame Pomfrey... não me sinto muito disposta.
--Vamos te levar lá. –fala Laila se levantando e segurando a mão da amiga.
--Obrigada. –continuava com os olhos cheios de água, mas não conseguia chorar, se expressar, apenas andar sem rumo.
Ao passarem por um corredor, Lalita, Evans e Lua viram Lice e Tiago se beijando calorosamente. Lílian não podia crer em seus olhos verdes fascinantes, que o moreno adorava.
Tiago viu que foi pego e virou-se para as três.
--Estou namorando Alice agora. –anunciou mirando Laila que estava horrorizada – Pode viver em paz agora, Evans.
A ruiva sentiu sua perna bambear com a notícia, sua visão escurecer, sua respiração fraquejar...
--Lily! –gritou Laila quando a menina desmaiou.
Tiago ficou imóvel vendo sua amada desacordada e Lua colocando-a em suas costas.
--Não vai fazer nada, Tiago? –quis saber Alice que ajudava Laila colocar Lílian nas costas de Lua.
--Não. Depois a visito. –seguiu seu caminho, como se nada tivesse acontecido, embora sentisse que tinha largado seu coração lá. Não podia mais voltar atrás, estava decidido. Para ele, Lílian Evans não passava de uma simples aluna. Uma lágrima rolou do seu olho esquerdo, e Tiago fez questão de limpá-la para impedir outras de cair.

N/A: Um pequeno texto que fiz:
To com saudades, Bião!!

Sabe quando uma forte dor aparece no peito, parecendo que o mesmo vai explodir? Quando os pulmões não conseguem mais captar o oxigênio que está à sua volta? Quando um fechar de olhos nos transporta para um passado feliz, repleto de amizade, cumplicidade e briguinhas banais, e você não quer voltar à realidade?
Pois bem, é isso o que sinto neste momento. Na verdade é tudo isso e mais um pouco, porque eu sei que haja o que houver, por mais que a dor da saudade lateje, eu jamais poderei saná-la...
Por que esse vazio no meu peito?...
Porque uma grande pessoa, um ser maravilhoso, especial, deixou minha vida sem aviso prévio, sem dizer quando volta... SE volta!!
Tudo o que sempre senti por ti não mudará nunca!!
Ok, agora está sendo difícil de superar tudo, mas sei que um dia a carga estará leve... embora os sentimentos não mudem.

Laura o/
A gente não se falava muito mas eu tenho toda a certeza de que você era a garotinha mais especial!!

Sejam felizes!!
Não se deixem levar pelas lágrimas que derramamos aqui...é que ainda estamos aprendendo a lidar com a perda.

Te.αmo Bião

~<3

Grata pela paciência.

Padfoot

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