PESADELOS



A comida era muito boa, o vinho de primeira, feito por elfos espanhóis e armazenado por anos a fio. O local também era de primeira, é lógico. Afinal, Malfoys não levam suas mulheres para qualquer lugar. E o Gold Hotel, mesmo com todas essas modernidades pseudotrouxas que tomaram conta do mundo bruxo nos últimos anos, continua sendo o lugar de mais classe e bom gosto que galeões podem pagar. E há o interessante detalhe que essa jóia rara do mundo mágico me pertence, como não poderia deixar de ser.

Eu e Michele fizemos amor, comemos, bebemos, rimos, fizemos amor novamente, e agora resolvemos descer para jantar no aristocrático restaurante do hotel. O lugar me traz ótimas lembranças. Títulos dos Cannons foram comemorados neste lugar. A aposta que fiz com Éden Perfumo sobre a possibilidade de Potter marcar quinhentos pontos. O primeiro título europeu dos Cannons...

Acho que estou ficando sentimental com a idade. A verdade é que Michele parece me conhecer muito bem. Se ela fosse bruxa eu perguntaria se é por acaso uma legilimente.

- Qual o problema, Draco? – a moça me pergunta, percebendo que eu parei mais tempo do que devia fitando uma taça de vinho.

- Nada mesmo... – eu respondo sem muita convicção.

- Eu conheço você. Tem alguma coisa te perturbando – ela me diz no seu inglês perfeito, mas que denuncia um leve assento do seu idioma natal, o que eu acho adorável.

- Você quer se casar comigo? – pergunto de uma vez – Você sabe... a gente se diverte junto, eu gosto da sua companhia. E Harry me disse...

- Espere um pouco! – ela me diz ligeiramente contrariada – O que Harry tem a ver com isso?

- Harry? Quem falou em Harry? Eu estou aqui falando de casamento e você fica falando do “testa rachada”. Eu deveria ficar com ciúme!

- Não me enrole, Draco! O que o Harry tem a ver com isso? E pare de chamar seu amigo desse jeito. Você sabe que eu não gosto!

Pronto! Vocês perceberam que eu pisei na bola, como dizem os trouxas, ou como dizemos nós bruxos, montei na vassoura pelo lado errado.

- Bem... – tento explicar tímido – Harry me disse que eu deveria...

- Não diga mais nada, Draco!

- Eu bem que falei que você tem idade para ser minha filha...

- CALE A BOCA! – ela grita, atraindo a atenção dos clientes ricos e aristocráticos do hotel. Não que escândalos sejam novidades nesse restaurante. Ricos e aristocráticos adoram um showzinho, como todo mundo.

Um olhar enviesado da minha parte, contudo, afasta imediatamente os curiosos. Uma jovem loura volta a se preocupar com a sua sobremesa. Ser Draco Malfoy e principalmente ter a fama de ser Draco Malfoy tem lá as suas vantagens.

- Michele, eu...

- Nenhuma palavra! Você acha que isso tem alguma coisa a ver com a idade?

- Maldito Potter! – eu praguejo entredentes.

- Isso não tem nada a ver com Harry Potter também! – ela diz, um pouco mais baixo, mas ainda assim cheia de mágoa – Tem a ver com você! E comigo! Eu não acho que Harry o tenha obrigado a fazer alguma coisa. Bem que a Senhora Potter me disse que às vezes você é um idiota!

- Ei!

- Adeus, Draco! – ela me diz já se levantando – Você sabe aonde me encontrar quando quiser conversar a sério por livre e espontânea vontade e não porque Harry lhe deu idéias ou porque você precisa me fazer um favor. Eu não sou uma donzela indefesa! Pensei que isso estava claro para você!
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Sim, os idiotas passam as noites sozinhos. Toni M’Bea, na sua implacável sabedoria africana disse isso uma vez para Apollo Cole. Na dúvida entre procurar Michele e ir atrás do “Santo Potter” e lhe dar umas bordoadas (como se eu conseguisse!), resolvo continuar com as minhas memórias. Há coisas que eu escrevo aqui que certamente não presenciei, mas posso adivinhar como se passou.

Potter era (e é até hoje) um sujeito de hábitos regrados. O tipo do cara que dorme cedo e levanta cedo. Talvez a convivência com os seus parentes trouxas que o escravizavam tenha criado esses hábitos monásticos insuportáveis. Bom, um cara que havia casado com uma garota como Gina talvez tivesse muitas razões para ir cedo para cama, se é que vocês me entendem. Hum.... Mal posso esperar para ver a cara do velhote metido a santo quando eu lhe mostrar isso!

Mas eu estou divagando. Deve ser de novo a idade. Muito bem. Potter está agitado no seu sono. Há tempos ele não tinha esse tipo de sonho. Voldemort. O Lorde das Trevas lhe oferecendo algo. Algo que era terrível e ao mesmo tempo confortável. Que lhe traria paz, mas ao mesmo tempo Harry sabia que não haveria paz alguma no mundo se ele apenas por um minuto, apenas por mais de um segundo ficasse tentado a aceitar a proposta daquele monstro. Ele se sentiu nauseado e fraco. Voldemort não pode ter um filho, pensou de repente, movendo-se dentro das brumas do sonho como se afundasse em areia movediça. Não há filhos. Não do Lorde das Trevas. Por que esse pensamento agora? O que esse pensamento tinha a ver com a lembrança da luta final contra Voldemort?

- NÃO! – gritou Harry, acordando sobressaltado e suado e sobressaltando também a jovem ruiva que dormia ao seu lado.

Algumas mulheres perguntariam para o seu homem a razão do grito e do sobressalto. Algumas mulheres exigiriam saber imediatamente a razão do seu esposo acordar gritando. Outras apenas o abraçariam e esperariam que ele estivesse mais calmo antes de pedir qualquer explicação. Gina Potter era exatamente esse tipo de mulher.

Quando ela decidiu passar o resto da vida com Harry, sabia que o rapaz de olhos verdes e cicatriz não esqueceria facilmente dos horrores a que foi submetido quando nem mesmo possuía idade para compreendê-los. Aquela ruiva bonita sabia que ser esposa do famoso Harry Potter significava também ajudar o homem que amava a lidar com seus fantasmas e seus pesadelos.

Fantasmas e pesadelos que nós, jovens de uma geração marcada pela guerra, carregaríamos para o resto da vida. Talvez os de Harry fossem apenas um pouco mais terríveis ou mais assustadores, mas na verdade todos nós possuíamos tais pesadelos.

A nossa geração de bruxos sabia que algumas coisas eram grandes demais para que carregássemos sozinhos. Daí a importância da amizade que as pessoas dessa geração aprenderam a valorizar. Os casamentos longos e felizes, os laços familiares sólidos e a aversão que desenvolvemos à falsidade, aos truques mesquinhos e às baixezas em geral.

Mas, no despertar confuso do Eleito, nos braços de Gina, só uma frase martelava a sua mente: “Ele não tem um filho!”.
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Havia inúmeros feitiços que protegiam a Mansão Malfoy. Provavelmente um inimigo seria despedaçado se atravessasse os seus portões imponentes. Mesmo assim, graças aos últimos acontecimentos, havia seguranças dia e noite dentro dos seus muros. Goyle havia se mudado para lá e comandava pessoalmente a segurança. Harry não precisava saber (pelo menos assim eu pensava), mas havia seguranças também no condomínio onde ele residia, que tomavam conta dele, da esposa e do casal Weasley, seus vizinhos. Armstrong III em pessoa, provável futuro presidente da Federação Internacional de Quadribol havia me apresentado à firma de segurança internacional mais confiável do mundo bruxo.

Surpreendentemente, um dos seguranças contratados para vigiar o meu sócio telefonou (a maioria dos bruxos havia começado a usar celular naquele período), tirando-me da cama às quatro da manhã. Potter havia montado numa vassoura e voava, aparentemente na direção da mansão.

- Deixa ele comigo – foi a única coisa que eu disse.

Normalmente durmo pouco e não estava muito longe do meu despertar normal em dias úteis. Quando um quase congelado Harry Potter foi conduzido à minha presença por um dos elfos da casa, eu já o esperava com uma xícara de um excelente chá bruxo estimulante. Tão congelada como ele e parecendo furiosa com o marido, estava Gina.

- Esse maluco acordou de madrugada com a idéia fixa que precisava falar com você – disse Gina enquanto executava um feitiço para aquecer a si e ao esposo.

- Você não precisava vir... – ia dizendo Harry.

- Você está duplamente maluco se imagina que eu iria deixá-lo sair sozinho uma hora dessas parecendo um lunático! – bufou a ruiva – E ainda acordando o Draco!

Enquanto a sua esposa reclamava, Harry parecia voltar aos poucos ao normal, percebendo o absurdo aparente da situação.

- Vamos nos acalmar, sim? – intercedi – Já que vocês estão aqui, vamos tomar um chá e esclarecer porque o Harry precisava tanto falar comigo a esta hora.

- Desculpe, Draco – disse o meu sócio um tanto sem jeito – Agora parece estúpido, mas eu tenho certeza que você sabe algo sobre o suposto filho de Voldemort.

Fiquei pasmo na hora. Como aquele maldito grifinório poderia saber?

- Harry, isso é maluquice – disse Gina, aconchegando-se ao marido – Não é? – ela me perguntou ligeiramente desconfiada, quando viu minha cara de surpresa – Não é? – a ruiva repetiu a pergunta.

- Ele sabe que não é, Gina – acrescentou Harry – Me conte essa história do filho do Voldemort.
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Três dias atrás, Demetrio Vasilykus me mandou uma mensagem através de uma coruja, sobre os boatos que circulavam entre alguns bruxos adoradores das trevas na Europa Central. Eram sobre um suposto filho do Lorde das Trevas, que vinha reunindo adeptos através de emissários desconhecidos e até de um bem conhecido, o norte-americano Norman Benton.

Cumprindo a promessa que havia feito a Severo Snape, imediatamente informei o meu ex-professor a respeito dos mencionados boatos. Severo me disse, preocupado, que havia recebido a mesma informação nas últimas horas. Um suposto filho de Voldemort ou alguém que se passava por tal vinha recrutando adeptos. O chefe do setor de segurança do ministério havia pedido sigilo. Não seria bom assustar as pessoas por causa de um mero rumor. Eu não havia dito nada a Harry! Como o “garoto-cicatriz” ficara sabendo era um mistério.

Contei a ele a respeito do relatório do meu informante e também sobre a conversa que tive com Snape. No final, Gina nos olhava abismada. A xícara de chá, esquecida fria na sua frente. Estávamos agora na sala de jantar.

- Harry... – ia dizendo a ruiva.

- Eu sinto muito, Gina – desculpou-se o meu sócio, aparentemente sem motivo.

- Sente muito? – perguntou a ruiva, surpresa.

- Vou deixar vocês sozinhos um pouco – eu disse, imaginando que o casal tinha coisas para conversar.

- Não é necessário – contestou Harry – Há coisas que vocês precisam saber. Eu deveria ter dito antes...
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Era sexta-feira de uma primavera ainda muito fria. Havia uma folga na Liga Inglesa, pois as seleções nacionais entrariam na fase final da disputa da Copa Mundial. Na segunda-feira os ingleses, bem como os outros selecionados, recomeçariam os treinos para as rodadas decisivas das eliminatórias européias. Na antevéspera, com mais um show dos seus artilheiros, os Cannons haviam triturado o time Flechas de Appleby por quatrocentos e dez a vinte. Eu havia oferecido uma vantagem de cem pontos nas apostas. Ganhei vários milhares de galeões graças a Harry, Gina e Toledo.

Feitas as contas, meu sócio vinha me dando tantos lucros que não era nada demais ele me acordar às quatro horas da manhã, ainda que fosse uma manhã fria como aquela.

Como Harry não parecia nada bem, insisti que ele repousasse num dois vários quartos de hóspedes da mansão.

- Há coisas a respeito da batalha final contra Voldemort que eu não disse para ninguém – confessou o Eleito horas antes, parecendo bastante perturbado pela revelação.

- Eu sempre imaginei isso – disse a sua esposa, aparentando, contudo, muita tranqüilidade. A ruiva colocou a sua mão sobre uma das mãos de Harry que estava sobre a mesa da sala de jantar e seus dedos se entrelaçaram – Quero que você saiba que isso não muda nada o que sinto por você.

“Potter, seu sortudo desgraçado!”, pensei, cheio de despeito. Quando uma mulher olharia daquela forma para mim? Claro, eu era idiota demais para perceber que havia uma mulher que me olhava “daquela forma”. Às vezes não percebemos o que está a um palmo do nosso nariz!
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Ewan MacCalister estava a se revelando um ótimo informante. Desde o episódio do atentado contra Cris Toledo, meses atrás, o auror escocês vinha se infiltrando em determinados círculos suspeitos e trazendo para Severo Snape, responsável pelo setor de segurança do Ministério da Magia, informações bastante valiosas a respeito desses grupos. Para o auror MacCalister era fácil infiltrar-se em certos círculos. Pelo simples fato de ser ele era um membro em potencial destes mesmos círculos.

Alguns bruxos de famílias aristocráticas vinham nos últimos tempos recebendo certas “mensagens” de fontes anônimas. Era obviamente um teste. Se o bruxo denunciasse às autoridades, rapidamente as mensagens paravam como por encanto. A ausência de denúncia implicava em continuar recebendo-as.

Eram os discursos antitrouxas de costume e pregações em favor de uma “Nova Era”, que segundo os autores das mensagens, começaria em breve. Aos já iniciados e livres de suspeitas, o discurso tornava-se uma verdadeira chamada à rebelião. E conclamava as pessoas a cerrar fileiras em torno do Herdeiro, como estava sendo chamado o suposto filho do Lorde das Trevas.

Isso não significava que o subordinado de Severo Snape fosse um opositor ferrenho de tais idéias. Muito pelo contrário. O rapaz apenas possuía um senso de preservação muito maior do que o tamanho do ódio por mestiços e nascidos trouxas. Ou por Harry Potter.

Desde que demorara a atender o alerta do Beco Diagonal, instruído por um dos “mensageiros”, e obedecera, Snape havia deixado claro para o Senhor MacCalister que a sua vida e o seu futuro estavam nas mãos do ex-professor de Hogwarts. Desde então vinha atuando sob a supervisão direta do chefe do setor de segurança e não do chefe do Escritório dos Aurores, que seria seu superior imediato.

- Não fique tentado a apoiá-los, auror MacCalister – disse Snape antes de dispensar o jovem escocês.

A frase, dita com um quase imperceptível toque de maldade, ficou flutuando no ar enquanto o auror se retirava da sala do seu chefe.
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Grávida ou não, Hermione continuava adorável. O seu marido, bem, ele continuava o seu marido. Sabem como é... Ruivo e tudo o mais. Eles ocupavam a mesma poltrona espaçosa e Rony a enlaçava amorosamente. Toni M’Bea ajeitou o corpanzil no sofá, ao lado da sua esposa. No outro sofá estavam Harry e Gina, enquanto eu ocupava uma cadeira de espaldar alto na sala de estar. Muita coisa haveria de ser resolvida e revelada naquele aposento da Mansão Malfoy.

Potter, sempre o cara mais certinho do mundo, disse que precisava revelar algo aos amigos. Segundo ele, não apenas Gina, mas também os casais Weasley e M’Bea, além dos pais da sua esposa, mereciam saber a verdade. Harry comoveu a todos, dizendo que os que estavam ali presentes eram mais do que seus amigos, eram a sua família.

O Ministro Weasley chegou logo em seguida, acompanhado de Molly, desculpando-se pelo atraso. Livrou-se rapidamente da sua segurança pessoal e os elfos de serviço na mansão trouxeram cadeiras para os pais de Rony e de Gina. Do círculo íntimo de Harry, apenas Toledo não estava presente, pois havia, juntamente com Andy, tomado uma chave de portal para a América do Sul onde iniciariam os treinos com as suas respectivas seleções.

- Desculpe preocupar a todos – disse Harry, parecendo bastante tenso – Mas eu acho que lhes devo algumas explicações. Eu vou entender se vocês depois disso quiserem distância de mim...

- Não seja tonto, Harry! – protestou o Weasley mais jovem.

- É sério, Rony – reafirmou o Eleito – Há coisas que vocês deveriam saber sobre a minha luta contra Voldemort que eu nunca contei.

- Bem eu vou deixar vocês... – eu ia dizendo. Não achei que aquela reunião exigia a minha presença.

- Eu gostaria que você também ficasse, Draco – disse Harry, pela primeira vez naquele dia com tranqüilidade – Você tem sido um bom amigo.

- Não acredito que deixemos de ser amigos, independentemente do que tenha ocorrido – afirmou Toni com convicção. A sua voz impressionante tornava qualquer frase uma verdadeira declaração de princípios.

- Veremos... – murmurou o meu sócio de maneira sombria – Devo dizer que só conversei sobre esses fatos com o Professor Dumbledore e que ele me disse que eu deveria relatar o que vou contar a vocês quando eu me sentisse seguro. Infelizmente eu não me sinto nem um pouco seguro. Tenho sido incomodado por pesadelos e alguns poderes que eu nunca quis vêem se manifestando contra a minha vontade.

Como todos se calaram preocupados, Harry continuou:

- Quando conversei com Draco depois da partida de quarta-feira, percebi que algo o incomodava. Fiquei pensando sobre isso e mesmo sem me dar conta, acabei captando alguns pensamentos dele.

- Você é um legilimente? – questionou Hermione. Aquele era um dom bastante raro nos bruxos e a amiga nunca havia visto Harry demonstrar qualquer habilidade nesse sentido. Ele tinha inclusive dificuldade em praticar a oclumência.

- Esse é o problema – respondeu o “garoto que sobreviveu” – Eu nunca tive esse dom. Mas Voldemort tinha. Assim como a habilidade de falar com as cobras.

- E o que tem isso? – perguntou Gina. Ela estava visivelmente preocupada com o estado de ânimo do esposo – Todos nós sabemos que você é um bruxo muito poderoso. Nós o vimos em ação durante a guerra!

- Mas, Gina, eu nunca manifestei poderes de legilimente antes...

- OK. Você manifestou isso agora! Qual o problema? – bufou a ruiva.

- Eu posso sentir nesse momento a emoção de cada um de vocês nessa sala! Esse é o problema! Eu não quero isso! Não quero agora e não queria quando Voldemort me ofereceu o poder absoluto!

- Ele o que? – perguntaram Rony, Gina e Hermione ao mesmo tempo.

- Poder. O maldito Poder! A única coisa com a qual eles se preocupava – quase gritou o Eleito – O que ele achava que poderia tentar qualquer pessoa!
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OK. EU SOU UM CARA MAL. E SEM TEMPO! ALGUÉM AINDA SE INTERESSA PELA HISTÓRIA? SE A RESPOSTA FOR “SIM”, PROMETO FAZER TUDO PARA ATUALIZAR RÁPIDO! NO PRÓXIMO CAPÍTULO, GRANDES REVELAÇÕES!




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