A CASA DOS GRITOS
-Vou falar com Rufo Scrimgeour, ele conseguirá um lugar seguro para você e sua mãe. -respondeu Harry.
-O ministro da magia! Por que você acha que ele irá me proteger ao invés de me colocar em Azkaban? -perguntou Malfoy.
-Eu o conheço, há algum tempo ele vem me pedindo um favor, que eu me recusei a fazer, não era certo sabe, mas agora pode vir a ser útil, e agora tem o meu depoimento. -concluiu Harry.
Ele tinha lembrado de quando foi resgatar Sirius na sala dos mistérios no ministério da magia, havia uma porta lacrada a qual ele não conseguiu abrir. Dumbledore lhe havia dito que atrás daquela porta tinha um poder com qual Harry poderia derrotar Voldemort, Harry sabia também que de alguma forma, tinha amor na sala, mesmo ainda não entendendo como isso poderia ajudar a derrotá-lo Harry achou melhor investigar, pois se Dumbledore disse, realmente deve ser algo muito valioso, então o garoto lembrou-se da conversa que tivera com o professor.
"-Mas eu não tenho perícia e poder incomuns. -protestou Harry, sem conseguir se refrear.
-Tem, sim -disse Dumbledore com firmeza. -Você tem um poder que Voldemort nunca teve. Você pode...
-Eu sei! -interpôs Harry impaciente. -Sou capaz de amar! -E foi com extrema dificuldade que deixou de acrescentar: "Grande coisa!"(...)
-Você ainda é jovem demais, Harry, para compreender a pessoa extraordinária que você é."
Harry não sabia como, mas o que quer que esteja atrás daquela porta o ajudará a vencer Voldemort e ele fará o que puder para conseguir tal arma.
-Você vai depor a meu favor Harry? Mesmo depois de tudo que eu fiz? -perguntou Malfoy emocionado.
-Sim, eu vou. Você não é bem... Inocente, mas se arrependeu, e...
Mas de repente calou-se.
-Que houve Harry?
Mas Harry não respondeu, estaria ele cometendo o mesmo erro de Dumbledore que confiava em Snape? Erro esse que lhe custou a vida.
-Que aconteceu Harry? -insistiu Malfoy.
Mas também não seria justo negar o perdão a alguém que está verdadeiramente arrependido.
Diante desse conflito Harry não sabia o que dizer ao garoto à sua frente. Tentou pensar em o que Dumbledore lhe diria em uma situação dessas, foi quando percebeu que não precisaria tentar imaginar o que o ex-diretor lhe diria, era mais fácil perguntar.
-Por que eu não pensei nisso antes! -exclamou Harry, que agora tinha uma expressão mais leve e feliz.
-O que você tem Harry?
-Não posso explicar agora Malfoy, mas por hora é mais seguro que você fique aqui, pedirei para alguns aurores vigiarem a casa até segunda, quando voltarei para terminaremos nossa conversa.
-Ei Harry, por que só na segunda, eu posso ajudar muito, sei de muitas coisas, o que vai fazer até lá?
-Por enquanto é segredo, mas segunda conversaremos.
Dizendo isso Harry saiu da Toca, avistou seus amigos com Narcisa, mãe de Draco, sentados ao redor de uma mesa que a Sra. Weasley conjurara.
-Sra. Malfoy, pode entrar, Draco está lhe esperando.
Narcisa, agora desamarrada, mas com um bracelete que Harry reconheceu como uma Gemialidade Weasley pelo emblema, em um dos braços, e outro na sua mão.
-Você a soltaram? -perguntou Harry.
-Sim, mas não se preocupe, ela não poderá ir a lugar algum, aquele bracelete, você viu? -perguntou o Sr. Weasley.
-Ãn, sim.
-Aquilo foi genial, vende como água no deserto, segundo Fred e Jorge, mas eu acredito, já vi muitos aurores carregarem alguns nos bolsos, para impedir os bruxos das trevas de aparatar numa captura.
-Legal, mas eu preciso que vocês me façam um favor. -disse Harry.
-Manda ver Harry, o que você quer que a gente faça? -perguntou Tonks animada.
-Bem, preciso que a senhora - disse para a Sra. Weasley. -convoque uma reunião imediata com alguns membros, pode ser só os que estiverem disponíveis, não preciso de muitos. E enquanto isso, quero que Lupin, Tonks e o Sr. Weasley fiquem aqui vigiando caso apareça algum comensal da morte.
-Sim Harry, pode deixar com a gente. - confirmou Tonks.
Lupin e o Sr. Weasley confirmaram com a cabeça.
-Já estou indo Harry. - disse a Sra. Weasley prontamente.
-Vamos para a sede agora Sra. Weasley, preciso fazer umas coisas antes da reunião. - falou Harry em tom de urgência.
Dizendo isso eles aparataram para a sede, enquanto os outros ficaram apostos vigiando a Toca. Chegando a Sra. Weasley foi convocar alguns membros para a reunião e Harry foi para o quarto em que tinha um quadro de Fineus Nigellus, ex-diretor de Hogwarts.
-Fineus, Fineus. - chamou Harry para o quadro vazio.
Depois de um tempo Fineus chegou.
-O que aconteceu? A Diretora me mandou vir imediatamente quando eu lhe disse que você estava chamando. - disse Fineus apressadamente.
-Eu gostaria muito de falar com a prof. McGonagall, na verdade eu quero pedir autorização para ir à Hogwarts conversar com o quadro de Dumbledore, é muito importante. -disse Harry sem rodeios.
-Ok, vou falar com ela então. - respondeu o quadro.
Harry desceu as escadas para a reunião, os membros da Ordem já estavam à sua espera na sala de reuniões. Ao entrar Harry não pôde deixar de notar as expressões de curiosidade dos aurores que o olhavam atentamente a procura de alguma pista do que seu líder iria tratar em uma reunião urgente. Geralmente Harry apenas dizia para que eles continuassem em seus postos, e ouvia os relatórios e discutia-os, mas ainda faltavam oito dias para a próxima reunião, que agora era a cada quinze dias.
-Bem, sei que vocês estão todos curiosos para saber o motivo da reunião.
-Serei breve, não se preocupem, - continuou Harry. - Acontece que hoje, mais cedo eu e Moody capturamos três comensais da morte.
Harry teve que parar de falar devido ao alvoroço causado pela notícia, muitos cochichos, em questão de segundos a sala estava completamente barulhenta.
-Hem, hem, - pigarreou Harry em uma imitação perfeita de Dolores Umbridge. - Silêncio por favor, preciso ser breve pois ainda tenho muito a fazer. - dizendo isso Harry lançou um olhar severo aos aurores presentes que se calaram no mesmo instante.
-Bem os comensais são, Draco Malfoy, Narcisa Malfoy, e Severo Snape.
Mas novamente a sala debulhou-se em cochichos.
-SILÊNCIO - berrou Harry que agora já estava irritado e todos se calaram novamente.
-Snape conseguiu fugir, - continuou. - mas descobrimos que os Malfoy, mãe e filho estavam fugindo de Voldemort, meu Deus vocês podem parar com isso. - Harry repreendeu os aurores pela cara de espanto que faziam ao ouvir o nome de Voldemort e também para evitar novos cochichos. - Eles fugiam de Voldemort e tentaram pedir ajuda à Moody que não sabendo de nada os atacou, mas foi atacado por Snape, mas já está no St. Mungus recebendo cuidados, - acrescentou Harry para que a sala continuasse em silêncio. - Depois eles nos contaram a história e eu sugeri que ficassem na Toca até eu poder falar com Rufo Scrimgeour, e assim decidir o que fazer, entretanto é perigoso que eles fiquem lá sem proteção, portanto quero que cinco de vocês vão vigiar a Toca até eu falar com o ministro da magia, alguém se oferece?
Então cinco aurores levantaram as mãos.
-Digam seus nomes, por favor. - disse Harry.
-James Rave, senhor. - falou um homem alto, encorpado com um manto verde limão e olhos bem escuros.
-Tracy Witney, senhor - falou uma mulher baixa, um pouco gordinha, de cabelos lisos escorridos.
-John Witney, senhor. - falou um homem bem parecido com a aurora que se apresentou anteriormente, só que mais alto.
-Susi Valysh, senhor. - agora era uma mulher bem atraente, lembrava um pouco a Tonks, mas tinha cabelo cor de palha, bem menos chamativo.
-Allyson Broock, senhor. - um homem de feições duras, parecia ter tido muitos combates, pois em seu rosto tinham várias cicatrizes, mas que por incrível que parecesse não o deixavam feio.
-Muito bem, - continuou Harry - acho que já sabem o que fazer, mas mesmo assim irei explicar para não haver dúvidas. Quero vocês cinco vigiando a Toca até segundas ordens, não deixe ninguém entrar, a não ser eu, e quem eu indicar, mais tarde faço isso em particular, e é um trabalho sigiloso, por isso não contem nada a ninguém. E ninguém deve sair também, para nada, está entendido?
-Sim. - responderam em coro.
-Ok então, estão dispensados, - disse Harry ao aurores que estavam na reunião. - exceto vocês cinco, quero que me aguardem um instante aqui. - disse agora para os aurores que iam vigiar a Toca.
Dizendo isso Harry saiu porta a fora juntamente com uma dúzia de aurores, que se dirigiam para fora da sede. Harry subiu as escadas em direção ao quarto, Fineus já o aguardava.
-A diretora de Hogwarts manda avisar que o aguarda hoje, sexta-feira às dezenove horas, e disse também para você usar a lareira, é mais seguro.
-Obrigada Fineus. - agradeceu Harry.
Fineus desapareceu do quadro, Harry viu que faltavam dez minutos para dezenove horas, então desceu, pediu um pouco de pó de flu para a Sra. Weasley que lhe entregou sem entender muito, mas quando Harry lhe disse que ia à Hogwarts ela disse que mandasse um beijo para Rony e fez várias recomendações, quase esquecendo que seu filho já era um adulto, Harry ouviu todo para não parecer indelicado.
Quando deu dezenove horas despediu-se da Sra. Weasley e sumiu na lareira.
-Ah, Harry, bem na hora. - disse a professora McGonagall com um tom preocupado na voz. - o que houve?
-Preciso falar com o quadro do professor Dumbledore, é muito importante. Senhora - acrescentou Harry. - depois digo o motivo, por favor.
-Bem, siga-me então. - disse McGonagall a Harry.
Passaram pelos corredores desertos, Harry ficou imaginando o que acontecera com os alunos e nem reparou que já estavam em frente à estátua de um gárgula que Harry sabia ser a entrada da sala de Dumbledore, onde ficavam os quadros.
-Acidinhas. - disse ela e a estátua abriu espaço para uma escada circular a qual Harry subiu apressadamente.
Avistou o quadro do diretor e rumou em sua direção. Dumbledore estava dormindo despreocupado, como se estivesse em paz, Harry pensou se o verdadeiro Dumbledore também estaria assim.
-Ãn... Professor? - arriscou Harry com um pouco de receio em incomodar o diretor.
-Haham, Harry, ha quanto tempo não o vejo. - disse o diretor cordialmente. - Como você está?
-Estou bem, - mentiu Harry - bem... Eu gostaria de conversar um pouco com o senhor.
-Diga Harry, estou ouvindo.
Harry então lhe contou todo o acontecido, sobre Snape, Malfoy, Moody, a reunião que tivera com os membros da Ordem, Dumbledore ouviu displicentemente, teve um momento em que Harry pensara que não estava prestando atenção e parou, mas o diretor disse para que ele continuasse.
-O que o senhor acha? Devo confiar em Malfoy?
-Harry, Harry... - disse Dumbledore sonoramente - Você ainda não aprendeu a usar a arma mais poderosa que possui, a arma a qual seu inimigo não possui, e nem pode mais possuí-la, sua capacidade de...
-Minha capacidade de amar, - falou Harry sem emoção - mas de que isso adianta? Como isso pode me ajudar a tomar uma decisão dessas?
-Siga seu coração Harry.
-Mas...
-Harry, eu não sou o Dumbledore, sou apenas uma impressão dele, siga seu coração e saberá o que fazer, e quando chegar a hora da batalha final se fizer o mesmo também saberá o que tem que ser feito, apenas isso meu caro.
Harry não pôde argumentar, pois o professor sumira do retrato. Saiu da sala, ainda mais confuso que antes, McGonagall o aguardava do lado de fora com uma expressão séria e preocupada, mas pareceu aliviar-se ao vê-lo.
-Professora, será que posso passar a noite aqui? Eu marquei de me encontrar com meus amigos amanhã em Hogsmeade.
-Hum, isso é contra o regulamento Harry, e também seu quarto já está ocupado.
Harry corou um pouco, ainda não se acostumara a ser chamado pelo nome por McGonagall, então disfarçando perguntou:
-Quem está no meu quarto?
-Seu primo, Dudley Dursley, ele era um tanto grandinho para ficar no quarto com os alunos do primeiro ano, achei mais conveniente deixá-lo em seu quarto.
Ele fez cara de espanto, tinha esquecido que o primo estava em Hogwarts, e mais tinha esquecido que Duda era bruxo, ainda não tivera tempo de digerir a revelação, aconteceram tantas coisas.
-Ãh, sim, claro. - respondeu ainda pensando no primo.
-Sinto muito, mas não posso fazer nada. - lamentou a professora McGonagall. Harry percebeu que ela realmente lamentava.
Então uma idéia lhe veio à mente.
-Mas é claro... Como eu não pensei nisso antes. Professora se houver um lugar para que eu fique aqui no castelo, eu posso ficar?
Minerva pensou um pouco, parecia procurar pelo cérebro algum lugar no castelo em que Harry pudesse ficar, mas pela expressão não pareceu ter encontrado nenhum.
-Pode sim, mas não há nenhum lugar.
-Há sim, a sala precisa - a sala precisa era um lugar secreto no castelo, Harry o descobrira no quinto ano, era sua sede da AD, a sala podia transformar-se em qualquer uma dependendo da necessidade da pessoa, lembrou de Dobby que cuidara de Winky - posso dormir lá.
O rosto de Minerva iluminou-se, pelo visto não tinha lembrado da sala.
Harry despediu-se e foi para a sala precisa, pegou uns atalhos que conhecia, passou três vezes pelo corredor na frente da enorme tapeçaria retratando a insensata tentativa de Barnabás, o Amalucado, ensinar balé aos trasgos, pensando "preciso de um lugar para dormir, preciso de um lugar para dormir, preciso de um lugar para dormir", então uma porta materializou-se à sua frente no que antes era uma parede sólida.
Harry girou a maçaneta e a porta se abriu, havia uma enorme cama, cabia dois dele nela, um guarda roupa, que ao abrir notou estar cheio de roupas e todas cabiam nele. Pijamas, blusas, mantos, meias, capas, etc. Era um quarto bem grande, com uma lareira no canto à esquerda, do lado oposto à cama, uma mesa redonda mais ao centro com uma cadeira confortável, uma mesinha de cabeceira ao lado da cama. Harry trocou-se, pôs seus óculos na mesinha de cabeceira e ficou pensando, ainda era cedo para dormir, queria ver Gina, mas resolveu fazer isso amanhã no desjejum, seria uma grande surpresa, não só para ela, mas para todos os seus amigos que o aguardariam em Hogsmeade, voltou então a pensar em Duda e Malfoy, e também nas palavras de Dumbledore que não faziam o menor sentido para ele, como o amor pode matar Lord Voldemort? Pensou ele.
Harry adormeceu perdido em seus pensamentos e teve um sonho muito estranho, ele já estava acostumado a ter esses sonhos, mas antes era seu inimigo que penetrara em sua mente, agora ele sabia que realmente era um sonho.
Estava correndo em direção a Gina mas não conseguia alcançá-la, ela dizia que o amava, estava parada mas quanto mais Harry se aproximava, mais ela se afastava feliz, sorrindo para ele e mandando-lhe beijos, de repente apareceu Snape ao seu lado.
-Expelliarmus. Harry foi atingido pelo feitiço do comensal e foi lançado um metro para o lado, quando viu passar um jorro de luz verde que quase o acertou por pouco, não via mais Gina, nem Snape. Quem apareceu agora foi Lord Voldemort que gargalhava freneticamente, estava muito feliz por algum motivo. Harry sentiu sua cicatriz arder em brasa, era uma dor quase insuportável, como se seu inimigo tivesse lhe lançado a maldição imperdoável cruciatus, da tortura, o garoto contorcia-se e repentinamente ouviu-o dizer "Avada Kedavra", outro jorro de luz verde veio em sua direção, ele não podia fazer nada, dessa vez atingiu-o bem na testa, exatamente no local de sua cicatriz. Essa foi a ultima coisa que viu. Uma luz verde.
Harry acordou assustado nesta manhã, estava lavado de suor e pelo estado de seu lençol, debateu-se a noite toda. Olhou ao redor procurando algum sinal de perigo, mas não viu nada. O que poderia ter significado aquele sonho? Será que ele finalmente cairia perante Voldemort. Harry expulsou esses pensamentos da cabeça e vestiu-se para ver os amigos.
O teto do Salão Principal estava serenamente azul, raiado de leves farrapos de nuvem, como nos quadrados de céu que se viam pelas janelas de caixilhos.
Ao chegar para o café da manhã, viu que Gina, Rony, Hermione, Luna, Neville, Duda e uma outra garota que Harry não conhecia, mas que era bem bonita, estavam cochichando na mesa da Grifinória, nem repararam quem se aproximava.
-Bom dia a todos. - disse Harry com um enorme sorriso no rosto, finalmente estava revendo as pessoas que mais gostava e isso fazia muito bem a ele.
Os garotos olharam perplexos para Harry, e não conseguindo conter a felicidade, todos voaram em cima dele em um agradável e demorado abraço coletivo, exceto a garota que ele não conhecia.
Gina deu-lhe um beijo, que segundo Harry, parecia o melhor que já dera, Harry sentiu-se tão bem que esquecera completamente seu sonho.
-Ah Harry, que bom vê-lo, mas você não ia se encontrar conosco em Hogsmeade? - perguntou Hermione preocupada, como se o fato dele vir fosse sinal de que algo muito horrível acontecera.
-Ah... Na verdade sim... Mas eu cheguei ontem à noite, vim falar com o quadro de Dumbledore, então resolvi dormir aqui mesmo, eu estava na sala precisa. - esclareceu Harry.
-Vem, vamos tomar café cara. - convidou Rony.
-É sim meu amor, você deve estar faminto. - concluiu Gina.
Harry tinha esquecido que estava com fome quando viu os amigos, sentia-se tão bem, mas depois das palavras de sua amada sentiu seu estômago roncar tão alto que pensou que todos tinham ouvido, lembrou-se que também não jantou ontem.
-Hum... Na verdade estou com muita fome. - riu Harry sentando-se à mesa e devorando um prato de ovos com bacon e suco de abóbora.
Enquanto tomavam café Pansy Parkinson, uma garota da Sonserina, veio na direção do grupo, e para espanto de Harry deu um longo beijo em Duda. Harry olhava perplexo para ambos, não estava entendendo nada.
-Harry, aconteceram muitas coisas enquanto você estava fora. - disse Mione ao ver a expressão de Harry.
-Hum, eu acho que já podem me contar não? - perguntou Harry.
Duda corou.
-Ok, eu conto. - adiantou-se Gina - Duda chegou esse ano em Hogwarts, como você já deve saber, não sei como mas o chapéu seletor o mandou para Grifinória, mas ele logo fez amizade com Crablle e Goyle, se parecem um pouco - falou agora cochichando ao ouvido de Harry para Duda não ouvir - foi aí que conheceu a Pansy, foi amor à primeira vista, estão namorando desde então.
-Ah... - disse Harry ainda perdido para Pansy - Mas você não gostava do Malfoy?
-Não, eu nunca me apaixonei por ele, éramos apenas amigos, eu gostava de ficar com ele só isso, e também no último ano ele estava muito esquisito, a gente se afastou um pouco, mas com o Duda foi diferente - Pansy deu um suspiro ao terminar de responder.
-Hum... mas e...
-Ah, e esta é Naty, - disse Mione, adivinhando o que Harry ia perguntar. É a nova apanhadora da Grifinória.
-E é muito boa. - acrescentou Gina.
A garota corou. ela era realmente bonita, tinha cabelos castanhos escuro levemente ondulados, e olhos de mesma cor, era de uma estatura mediana e tinha um rosto angelical, a pele branca, mas levemente bronzeada, não era gorda, mas não era magra tampouco, estava em forma.
-Estou no quinto ano, Natália Silva, mas pode me chamar de Naty, todos me chamam assim, prazer. - apresentou-se a garota.
-Prazer. - respondeu Harry sem saber o que dizer.
-Bem, continuando - prosseguiu Gina - a Lilá está tentando reconquistar meu irmão...
-Ah, nem pensar eu volto com ela - interrompeu Rony - foi muito difícil conseguir terminar.
Todos riram menos Duda, Pansy e Naty, que não entenderam.
-Rony por que você não toma uma iniciativa em relação à Mione? -perguntou Gina em tom de acusação.
Hermione e Rony coraram, as orelhas dele estavam vermelho vivo.
-Ah, qua-qual é, a Mione é minha amiga. - gaguejou Rony.
-Ah é, então por que você está tão vermelho? - perguntou Gina como se fizesse um xeque-mate.
Rony não respondeu.
-Então, nós vamos ou não à Hogsmeade? - perguntou Duda. - Eu sei que vocês já foram, já sabem como é mas eu não e estou muito ansioso.
-Isso, vamos à Hogsmeade. - concordou Rony alegrando-se profundamente por Duda mudar de assunto.
Todos levantaram-se da mesa e rumaram para o povoado de Hogsmeade. Harry foi abraçando Gina, Duda com Pansy, Naty, Mione, Luna, Neville e Rony, um pouco constrangidos foram atrás dos casais.
Visitaram a Dedosdemel, Duda estava encantado com a quantidade de doces de todos os tipos, Harry comprou um saco cheio de bolos de caldeirão, bombons explosivos, varinhas de Alcaçuz, Feijõezinhos de todos os sabores e sapos de chocolates.
Uma hora depois os amigos saíram da loja com belos sorrisos estampados em seus rostos. Visitaram o Três Vassouras, onde tomaram cerveja amanteigada, que Duda adorou.
-Gente... Temos que ir à Casa dos Gritos. Lembra Harry, nós íamos lá. - lembrou Hermione.
-Temos mesmo que ir Mione? - perguntou Harry que estava muito feliz em rever Gina e seus amigos.
-Harry! - exclamou Hermione, com um olhar ameaçador.
-Ah, tá bem então, vamos.
Todos se levantaram da mesa que ocupavam e foram para a Casa dos Gritos, Duda parecia maravilhado com tudo, Harry percebeu que Pansy tirava todas as dúvidas dele, ela parecia realmente gostar de Duda. Harry ficou feliz pelo primo.
Ao chegarem Harry perguntou:
-E então Mione, o que você tinha de tão importante para nos contar que tivemos que vir aqui?
Mione respondeu quase sem tomar fôlego:
-Bem, em primeiro lugar, você lembra que ficou de nos dar um reforço em Defesa Contra Artes das Trevas para que possamos ensinar aos novos membros, ah eu estou com a lista dos novos membros, depois te mostro. Em segundo lugar, bem... Acho que fiz algum progresso com aquele espelho, não encontrei nada que me ajudasse na biblioteca, nem na ala restrita, o que não foi uma grande surpresa, mas o Rony me ajudou muito, Fred e Jorge também, nós nos comunicamos por corujas. - acrescentou a garota quando viu a expressão de Harry. - E eu tenho certeza, não existe ninguém melhor que eles para esse tipo de coisa.
Harry pegou a lista de Mione, era enorme, e analisou-a.
-Nossa Mione, tem muita gente mesmo.
-É estamos tendo um trabalhão. - acrescentou Rony.
-Duda, você também está na AD? - admirou-se Harry.
-É estou. - respondeu sem jeito.
-Você também Pansy?
-Qual o espanto Harry, eu sou uma ótima bruxa sabia!
-Vocês estão trabalhando muito mesmo. E pelo que pude perceber a maioria dos membros novos são do quarto ano pra baixo, por quê?
-Bem, tem poucos membros do quinto e do sétimo ano pois eles vão prestar os NOM'S e os NIEN'S esse ano, não tem muito tempo sabe, já os alunos do sexto, não sei porque tem poucos, acho que eles pensam que sabem se defender sozinhos. - Agora era Neville que falava.
-Mas como não tem tempo, nós criamos a AD no quinto ano não? - indignou-se Harry.
-Ah, eu não sei...
-Shiiii.
Harry surpreendeu a todos interrompendo Neville.
-O que houv...
-Shiii, fiquem quietos, eu ouvi alguma coisa lá em cima.
PLACT. Ouviu-se outro ruído, agora mais forte, era como a descarga de um carro com defeito. Não havia dúvidas, alguém chegara.
-Saquem suas varinhas, podem ser comensais. - ordenou Harry.
Todos ficaram apostos, subiram cuidadosamente as escadas, Harry na frente. O que será que pode estar nos aguardando, pensou o líder.
# FIM DO DÉCIMO PRIMEIRO CAPÍTULO #
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