UM DIA DE SOL



Sem saber o que os esperavam, subiam as escadas cautelosamente, apostos para a qualquer instante atacar qualquer vulto que parecesse hostil.
-Muito bem, no três. - disse Harry em frente à porta no andar de cima. - Um, dois, TRÊS!
Harry empurrou a porta, que se espedaçou no chão de tão velha que estava, entraram todos no quarto a procura do bruxo que aparatara. Os olhos de Harry corriam freneticamente pelo aposento a procura de qualquer sinal de movimento, mas não conseguiu ver nada, lembrou-se da primeira vez em que entrou no quarto, vira seu querido padrinho, e também Rabicho, o traidor. Alguma coisa estava errada, Harry ouviu alguém aparatar no quarto, no entanto não havia ninguém, o quarto estava completamente vazio, as janelas vedadas com tiras de madeira, que deixavam apenas frestas de luz entrar, o que deixava o lugar ainda mais aterrorizante. E um silêncio sepulcral.
De repente algo caiu do teto, gritando, em cima deles, eram dois, Harry nem tivera tempo de pensar, nem de lançar algum feitiço para defender seus amigos, os dois bruxos estavam sem cabeças.
Espere um momento... Sem cabeças, quem andaria sem cabeça por aí? Pensou Harry
A resposta veio mais rápido que o esperado. Eles tiraram algo que parecia um chapéu da cabeça que finalmente foi revelada, eram Fred e Jorge Weasley com mais uma de suas Gemialidades.
-Caramba! Nunca mais façam isso, quase mataram a gente do coração. - reclamou Rony, que estava branco como um fantasma.
-Vocês levam tudo na brincadeira mesmo, poxa, podiam ter avisado que viriam, não chegar de surpresa e ainda assustar todo mundo. - brigou Hermione.
-Ei... Nós não levamos tudo na brincadeira não! - indignou-se, mas em tom de ironia, Jorge.
-Fazemos coisas muito sérias. - completou Fred do mesmo jeito.
-Viemos porque conseguimos concluir a 'operação espelho dos marotos'.
-Assim que terminamos, viemos. Não agüentaríamos esperar para podermos dizer o que descobrimos - completou o Fred.
-Mas o que vocês descobriram? - perguntou Harry ansioso.
-Bem, a Mione nos pediu ajuda para descobrirmos alguma coisa sobre esse espelho. - disse Jorge mostrando o espelho com um ar muito satisfeito.
-Pesquisamos muito, afinal somos bons nisso. - riu Fred.
-Olha só Harry, esse espelho serve para você se comunicar com o dono do outro espelho quando estiverem separados.
-Mas isso certamente você já sabe...
-Então Tentamos descobrir o que acontece quando o dono do outro espelho some carregando-o.
-Se é que o Sirius estava com ele quando caiu no véu negro.
-Se ele não estava, fica difícil saber o que aconteceu, pois você terá que chamar pelo novo dono, caso alguém tenha o achado e o esteja usando.
-Mas se ele o carregava quando... Bem, se ele estava com o espelho, tem grandes chances de descobrirmos o que aconteceu.
-O feitiço desse espelho é muito forte Harry, vamos tente falar com Sirius.
Os gêmeos falaram tudo alternadamente, um completando o que o outro dizia.
-Não vai adiantar, eu já tentei... - disse Harry infeliz.
-Mas você esperou pela resposta? - perguntou Fred.
-Não se sabe ainda que maldição tem o véu negro Harry, se é capaz de anular o espelho do maroto... - completou Jorge.
-Isso mesmo Jorge, eu duvido muito que o tenha destruído, tente Harry, - encorajou Fred - pose demorar um pouco, mas acho que vai conseguir.
-Por que você acha isso? - perguntou Harry ainda incrédulo.
-Harry, Harry...
-Você esqueceu com quem está falando?
-Somos os gêmeos Weasley. - falaram em coro desta vez.
Harry pegou o espelho, aproximou-o do rosto, ainda sem saber se acreditava nessa teoria ou não, não queria se iludir e depois quebrar a cara, mas a possibilidade de entrar em contato com o padrinho era maravilhosa demais.
-Sirius... - chamou Harry para o espelho dos marotos que ganhara do padrinho no quinto ano de Hogwarts.
Nada aconteceu...
Harry olhava esperançoso para o espelho que apenas refletia seu rosto ansioso por uma resposta, sabia que aquilo era quase impossível, mas era muito bom ter a perspectiva de revê-lo.
Todos olhavam apreensivos para Harry e para o espelho em sua mão, ninguém se atrevia a falar qualquer coisa. Alguns minutos depois Harry olhou para os gêmeos e disse tentando parecer displicente:
-Eu disse que não adiantava... Tinha tentado antes e não consegui.
-Calma Harry, você tem que esperar.
-Pode ter muita interferência, ainda não sabemos para onde ele foi mandado.
Gina se aproximou de Harry nesse momento, segurou em sua mão e o incentivou com o olhar. Harry entendeu a mensagem e chamou novamente.
-Sirius...
Mais um longo silêncio percorreu o quarto, não havia resposta. Entretanto depois de algum tempo aconteceu uma coisa muito estranha. O espelho começou a "chiar", como uma televisão trouxa em preto e branco, o que chamou a atenção de todos, aos poucos uma figura disforme do que pareceu um contorno do que foi o rosto de Sirius apareceu paulatinamente no espelho. Harry não podia conter a felicidade de revê-lo, tinha tanta coisa para perguntar, tanto a dizer, mas não conseguiu dizer nada, ficou contemplando o rosto do padrinho que era cada vez mais nítido no espelho.
Os outros se amontoaram atrás de Harry para ver também
-Harry? Ah Harry, eu sabia que conseguiria! - disse uma voz emocionada que saía do espelho, lembrava muito a voz de Sirius, mas estava um pouco diferente, parecia que sua voz estava muito fraca e que não sorria a muito tempo, como quando o viu pela primeira vez neste mesmo quarto.
-Sirius... É você mesmo? - perguntou Harry mais emocionado ainda.
Mas Sirius não respondeu, ouviu-se apenas um soluço do espelho, Harry entendeu o porquê, também estava prestes a cair em lágrimas.
-Ah Harry, estou com tantas saudades de você, me diga como está? O que tem acontecido por aí? E... Quem são todas essas pessoas? - perguntou o padrinho.
Quando Sirius falou Harry lembrou que seus amigos estavam ao seu lado, melhor estavam atrás dele para ver o que acontecia, estavam tão atônitos quanto ele.
-Hum... São meus amigos, depois eu explico, mas... E você como está? Eu pensei que nunca mais fosse te ver.
-E talvez nunca mais me veja mesmo Harry, esse espelho é algo realmente curioso, eu não sabia que ainda podia conversar com você, já tinha perdido as esperanças.
Rony percebendo que a conversa era particular, com um gesto da mão pediu a todos que saíssem, e saíram discretamente porta a fora. Estava agora apenas Harry no quarto.
-Eu também, mas... que bom que posso vê-lo novamente.
-Harry... o que aconteceu enquanto eu estava hum... fora?
-Muita coisa, mas não quero falar disso, quero saber se tem um meio de tirá-lo daí.
-Temo que não Harry, tem sido uma tortura ficar aqui numa semi-vida, vagando sem destino, como se estivesse num mundo que não existisse, que... - mas ele parou.
-Por isso mesmo tenho que tirá-lo daí. - disse Harry decidido.
-Não Harry, não há como. Você sabe disso.
-Não eu não sei, só sei que se você está vivo vou buscá-lo, seja lá onde for.
Antes que Sirius pudesse protestar a imagem no espelho ficou ainda mais borrada, como se uma televisão velha em preto e branco estivesse saindo de sintonia. Paulatinamente, em pouco tempo não se enxergava mais nada além do rosto de Harry no pequeno espelho. Ele ainda ficou um tempo mirando-o na esperança do padrinho reaparecer, mas foi em vão.
Harry saiu do quarto e encontrou seus amigos cochichando quase inaudivelmente no lado de fora.
-Temos que buscá-lo. - disse Harry decidido para todos. - Sei que ele está vivo, e vou trazê-lo de volta. - acrescentou olhando os rostos perplexos de todos que o encaravam como se tivesse dito algo extremamente... Impossível.



EM CONSTRUÇÃO...
VOU POSTAR CONFORME ESCREVO.
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