O PATRONO INESPERADO



Harry estava caminhando por um corredor que ele julgava familiar, entrou numa porta e se deparou com várias outras portas iguais que começaram a girar, o que o deixou um pouco tonto porque ele tentava fixar o olho na porta a qual tinha entrado, chegou perto de uma delas e girou a maçaneta. Viu um arco negro, e começou a ouvir as vozes que vinham de lá, lembrou do padrinho e isso o fez sentir muita raiva pois se ele estava morto agora era porque Harry tinha sido obtuso o suficiente para não aprender oclumência, pelo menos era o que ele achava, mas desta vez ninguém morreria por sua burrice pois o garoto tinha treinado o verão inteiro aproveitando a ausência de seus tios.
Ele fechou a porta, e novamente elas começaram a girar. Harry dirigiu-se a uma delas e tentou abrir, mas foi inútil, então ele percebeu que aquela era a porta lacrada do ministério da magia, a qual deveria guardar uma poderosa arma, mas sem saber como abri-la, Harry ouviu um barulho como o de alguém batendo em algo, como se fossem bicadas, ele não entendeu pois não via nada.
Ele fechou os olhos para se concentrar no ruído mas quando os abriu novamente estava em seu quarto e Edwiges estava bicando a janela querendo entrar. Quanto tempo havia se passado desde então?
Harry abriu a janela e apanhou um pergaminho que sua coruja trazia amarrado na perna, mas ao fazer isso notou que havia muitos dementadores ao redor da casa, percebeu que já era tarde, olhou para um relógio em seu quarto e viu que marcava 11:48h. fechou a janela rapidamente e pôs-se a ler o que estava escrito:


[i]Querido Harry

Não há ninguém na Toca, estamos todos na sede da Ordem mas estou indo pra lá imediatamente para te esperar e assim conversarmos melhor.
Devido a situação, você pode levar seus parentes sim mas eles não poderão ficar muito tempo nem ir para a Ordem, seria muito perigoso.
Quando você chegar conversaremos melhor.

Atenciosamente Molly[/i]


Harry então arruma seu malão com seus pertences mais importantes o mais rápido possível, já que agora faltava pouco para meia noite, quando o feitiço de proteção acabaria, quando ele abriu a porta Duda estava próximo com sua mala feita (ainda não desarrumara das férias com os pais na casa de verão), foi quando Harry lembrou-se dos tios e antes que pudesse dizer algo seu primo adiantou-se:
-Harry, vamos sair daqui, eles estão por todos os lados, vamos logo.
Então Harry lembro que o primo poda vê-los, mas não tinha tempo para pensar nisso agora, não agora, com uns 30 dementadores rondando a casa.
-Ok, vá chamar seus pais Duda.
Harry jamais pensou que pudesse dar uma ordem a Duda, e menos ainda que ele fosse obedecer.
-Tá bem... É que eu chamei mas...
-Mas o que? - falou Harry com rispidez.
Papai disse que está muito cansado e voltou a deitar. Mamãe me disse para eu pegar minha mala e ir com você, ela sabe que eles estão aqui mas tem medo da reação do meu pai quando ele souber que ela sabe. É que não foi muito bom da última vez.
-Ãh, quando ele quis me expulsar você quer dizer -falou Harry friamente.
-Ah... Bem... na verdade não, mas...
Duda foi interrompido antes que pudesse terminar a frase.
-Não temos tempo pra isso, não sei quanto a você mas eu não quero ficar sem alma sabe, deve ser bem desagradável, e também não quero que ninguém aqui nesta casa fique pois apesar da ótima recepção que tenho aqui vocês são a única coisa que sobrou da minha família, então vê se esquece a reação de seu pai e vá chamá-lo agora se não quiser que eu mesmo vá fazer isso, entendeu! -zangou-se Harry
Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa ouviram o barulho da porta se abrir, uma enorme e disforme mão preta entrando, seguida de um capuz negro,e tudo ficou frio. Não tinham mais tempo, eles chegaram, e foram entrando um a um, pela porta, pela janela, por todas as entradas, e Duda soltou um grito de desespero que podia ser ouvido a uns 100 metros. A sala já estava cheia, dementadores por toda a parte.
Então os garotos ouviram um barulho vindo da lareira, mas não tinham tempo de ir ver o que era. Valter e Petúnia, os tios de Harry, saíram do quarto assustado com a agitação, Petúnia soltou um gemido quase inaudível pois estava paralisada pelo pânico, já Valter ia em direção aos garotos berrando:
-O QUE É QUE VOÇÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM O MEU FILHO, HEIN RAPAZINHO. SE VOÇÊ ACHA QUE VAI SAIR LIVRE DESSA ESTÁ MUITO ENGANADO, NÃO IMPORTA O QUE OS VIZINHOS VÃO FALAR QUERO VOÇÊ FORA DA MINHA CASA SEU PIVETE, E... Que você pensa que está fazendo? Que diabos de feitiç...
Mas ele não conseguiu terminar a frase, Harry o vou se encolhendo num canto assustado, incompreendendo o acontecido, Petúnia correu para perto de Harry e disse:
-Tira a gente daqui, eu sei que você pode!
Mas como ela poderia saber, ninguém além de Dumbledore, que estava morto, sabia que ele podia aparatar. Então ele ouviu um grito de socorro vindo da cozinha e reconheceu a voz.
Como poderia esquecer, era a Sra. Weasley, ela também não sabia que ele podia aparatar e deveria ter se tocado e vindo buscá-lo, não podia ir embora e deixá-la para os temíveis dementadores, então ele se concentrou em uma lembrança feliz, viu ele saindo da detenção com Snape e entrando na sala comunal da Grifinória, todos estavam comemorando a vitória no quadribol, então Gina correu em sua direção e lhe abraçou, e ele sem pensar na quantidade de pessoas que tinha ao redor deu um delicioso beijo em Gina, era o primeiro beijo deles, o que Harry pensou que jamais aconteceria pois Gina talvez já tivesse o esquecido e Rony era seu melhor amigo, mas aconteceu e Harry se sentiu muito feliz com aquela lembrança, então ele gritou:
-[i]Expecto Patronum.[/i]
Então um cervo prateado e brilhante surgiu e começou a lutar com os dementadores, Harry viu Duda fechar os olhos como se estivesse se concentrando muito em alguma coisa mas não parou para perguntar, desceu as escadas correndo para resgatar a Sra. Weasley, quando viu um dementador iniciando o beijo, Harry ficou desesperado.
Como explicaria isso a Rony, seu melhor amigo, e a Gina, a Jorge, a Fred. Harry então chamou seu patrono para enfrentar o dementador que atacava a Sra. Weasley, e ele deu uma cabeçada no dementador que voou longe, a maior parte dos dementadores já tinham sido derrotados restavam apenas dois, um estava na sala que a Sra. Weasley espantou depois que recobrou a consciência e outro estava indo atacar Duda, Harry não podia fazer nada já que seu patrono já havia sumido e Molly não conseguia conjurar direito pois estava muito fraca, então Harry viu algo que ele jamais pensou ver.
Duda puxou uma varinha do bolso de sua jaqueta, que mais parecia uma lona de circo feita com jeans de tão grande e gritou o mais forte e decidido possível:
[i]-EXPECTO PATRONUM!!!![/i]
Então uma nuvem prateada disforme saiu da ponta da varinha de seu primo, parecia uma névoa, mas que por mais absurdo que pudesse ser espantou o dementador, Harry e a Sra. Weasley ficaram boquiabertos, atônitos, sem saber se o que viram era realidade ou um novo efeito do ataque do dementador, ou até mesmo um sonho, pensou Harry, Petúnia caiu no chão sem forças mas ainda consciente. Seu filho acabara de conjurar um patrono, não era perfeito mas era um patrono.
Valter não viu nada, pois ficou encolhido no canto sob o efeito das criaturas.
Mas de onde Duda tirou a varinha, não se vendem varinhas em qualquer esquina e mesmo que ele tivesse somente um bruxo pode fazer feitiços, o que estaria acontecendo? Então o transe de Harry foi quebrado por Duda que disse:
-Anda vamos sair logo daqui antes que eles voltem!
Harry subiu as escadas com Molly para poder se reunir aos Dursley.
-Harry querido a lareira fica por aqui, temos que ir logo -disse uma Sra. Weasley preocupada.
-Não vamos usar pó de flu, vamos aparatar, meu tio jamais concordará em entrar pela lareira -disse Harry seguro.
-Mas Harry querido você ainda não sabe aparatar. Lembra que não fez o teste ano passado, o pó de flu é mais seg...
-Não, vamos aparatar -interrompeu Harry um pouco grosseiro.
Terminou de subir as escadas e disse para que todos segurassem o mais forte possível nele, então sentiu sua tia segurá-lo firmemente e Duda quase arrancar seu braço de tão forte que segurava.
-Nem tão forte, tá.
Mas não surgiu efeito. Valter estava voltando ao normal quando perguntou:
-O que está acontecendo aqui moçinho? Não mandei você ir embora? Anda o que você faz aqui ainda?
-Preciso que o senhor segure em mim, AGORA!
Valter pensou em dizer mais algumas coisa ao sobrinho mas a Sra. Weasley o segurou com força e sumiu e Harry quando percebeu que todos o seguravam firmemente também aparatou.
#FIM DO 2° CAPÍTULO#

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