A EXPLICAÇÃO DO BRUXO
A pareceram então na Toca, estava vazia, como se não fosse habitada há algum tempo, a Sra. Weasley abriu a porta, Petúnia e Duda iam entrando quando foram interrompidos.
-ISSO É SEQUESTRO! VOU AVISAR AS AUTORIDADES, VOCÊS NÃO VÃO FICAR LIVRES DESSA VEZ, PRIMEIRO DESTROEM MINHA COZINHA, DEPOIS MINHA CASA, E DO NADA ME FAZEM SUMIR E APARECER NESTE LUGARZINHO IMUNDO! -berrou Valter sem entender o que acontecia.
-CALA A BOCA, AGORA! -gritou Harry mais alto que o tio -Não sei se você percebeu, mas nós acabamos de salvar a sua vida então se não quiser agradecer, que não seria nenhuma novidade, fica quieto e entra logo na casa, se não quiser que eu lhe deixe aqui parar os dementadores virem buscá-lo e roubar sua alma.
Valter ainda pensou em argumentar mas Petúnia lhe lançou um olhar ameaçador que o fez desistir e entrar mesmo que de má vontade naquela casa que ele ficou imaginando quem poderia morar em tal lugar.
Harry sentou-se numa cadeira e ficou pensando por alguns minutos no que ocorrera, ninguém disse uma só palavra nesse período, lembrou-se do patrono inesperado do primo, e do que ele lhe dissera pouco antes sobre os dementadores, tinha alguma coisa errada, Duda jamais poderia ter visto os dementadores nem feito um feitiço por mais simples que fosse, ainda mais um patrono, como tal coisa poderia acontecer? Foi quando um idéia lhe veio a cabeça. De que outra maneira ele poderia resolver este mistério senão perguntando ao próprio Duda, afinal ele deveria saber, ninguém carrega uma varinha ou faz um feitiço daqueles sem saber, principalmente se for um trouxa, então Harry perguntou ao primo, a pergunta que ele deveria ter feito desde o começo mas que não dera muita importância.
-Hum... Duda?
Subitamente as pessoas acordaram para a realidade, era como se todos também tivessem tentando entender o que aconteceu.
-Que foi Harry?
-É que... Como você consegui ver os dementadores? Por que você foi me avisar? E também como você faz aquele feitiço, melhor, pra começar, como você tem uma varinha?
-É que, bem...
-Você lembra do verão retrasado? -perguntou o primo.
-Como poderia me esquecer, quase fui expulso de Hogwarts e de casa por tentar salvar nossa vida. -resmungou Harry.
-Dá pra parar de reclamar e me ouvir!
-Tá bem, então, fala logo.
Todos pareciam estar atentos ao que o garoto fosse falar menos Valter que olhava incrédulo para o lugar que o cercava, ficou um bom tempo olhando um relógio, mas não tinha números, mas sim a foto de nove pessoas todas apontadas para onde estava escrito "perigo mortal", e o mais estranho as foto se mexiam, viu também um, ou pelo menos parecia ser um armário com muitos livros de um homem bonito com um enorme e impecável sorriso, ficou observando cada detalhe da casa e enumerando seu defeitos enquanto todos prestavam atenção na conversa dos garotos.
-Bem, desde aquele dia coisas estranhas têm acontecido comigo, sabe. Uma vez eu estava na sala de aula e um professor disse que eu era...
-Continua -pediu Harry.
-Não importa o que ele disse, mas sim que eu fiquei com muita raiva e de repente quando ele foi sentar a cadeira sumiu, do nada sabe, ninguém entendeu o que aconteceu, nem mesmo eu, até uma coruja ir ao meu quarto com uma carta endereçada a mim, fiquei sem ação, nunca recebi cartas de corujas, menos ainda porque só quem usa corujas são... Ãh, bruxos.
-Mas de quem era a carta? -perguntou Harry se interessando cada vez mais pela conversa.
-Vê se não me interrompe -disse Duda.
-Desculpe, mas continua.
-A carta era de Alvo Dumbledore.
Então todos, inclusive Valter, fizeram uma cara de espanto, como Alvo Dumbledore poderia escrever uma carta para Duda? E por que ele nunca disse nada? Ignorando a reação de todos Duda continuou.
-Eu ando com a carta desde então, olhem só.
ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS
Diretor: Alvo Dumbledore
(Ordem de Merlim, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)
Prezado Sr. Dursley,
Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.
O ano letivo começou em 1° de setembro, mas como você só descobriu seus poderes bruxos agora começará no ano que vem com o restante dos alunos do primeiro ano. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.
Atenciosamente,
Alvo Dumbledore
Diretor
Todos ficaram mais pasmos ainda com a carta, e então entendendo a pergunta que todos ali presentes queriam fazer respondeu-a antes mesmo que fosse feita.
-Desde então eu pego escondido os livros antigos do Harry pra estudar magia, eu sabia que a reação do papai não seria nada boa se ele soubesse que eu também era bruxo, então jamais retornei a carta, e me informei de onde comprar alguma coisas, então descobri, com muita dificuldade onde era o Caldeirão Furado e pedi para alguém me ajudar a ir ao Beco Diagonal de lá, então fui ao banco, troquei meu dinheiro trouxa por galeões e comprei uma varinha e alguma outras coisas que não importam agora.
Bem desde então tenho estudado muito, já aprendi muita coisa, por isso eu saía tanto, eu dizia que ia à casa de algum amigo meu mas eu ia à casa da Sra. Figg treinar algumas coisas sabe, bem ninguém nunca percebeu. Ela que tentou me ensinar a conjurar o patrono, não que ela conseguisse mas me disse como fazer, passei o último ano tentando mas sem sucesso, nem sei como consegui fazê-lo agora a pouco.
-Mas Duda, você deveria ter me contado -disse Harry muito surpreso com a revelação.
-É que eu não queria que ninguém soubesse, ainda lembro o que o papai disse pra mamãe aquele dia.
-O que foi que você ouviu Dudinha? -perguntou Petúnia.
-Isso eu acho melhor não falar, a senhora sabe do que eu estou falando -disse Duda
-De que vocês estão falando? -perguntaram Harry e a Sra. Weasley.
-Ãhn... De nada não, continue Dudinha.
Harry percebeu que sua tia queria mudar de assunto, mas afinal não importava o que seu tio tinha dito, o que importava era o que tinha acontecendo, acabara de descobrir que seu primo era um bruxo e mais, que ele escondeu isso de todos e pegou seus livros escondido, afinal Harry não levava todos para Hogwarts.
-Eu também comecei a ler o Profeta Diário que chegava para o Harry, eu lia bem depois parar não chamar a atenção -continuou Duda -e bem, resumindo, foi assim que aconteceu.
-ATÉ VOCÊ MEU FILHO, PENSEI QUE TINHA SE LIVRADO DO SANGUE RUIM DA SUA MÃE! -brigou Valter.
-Não fale assim da mamãe -protestou Duda.
-Bem que eu sabia que casar com alguém assim poderia acabar nisso, mas não, eu preferi ir em frente e olha só no que deu.
-Cala a boca, nunca mais fale assim da minha mãe -ordenou Duda, que parecia decidido.
-Quem você pensa que é pra falar assim comigo garoto? -provocou Valter.
-Sou seu filho. -respondeu Duda.
-A, não é não, eu não tenho filhos bruxos, você me envergonhou muito mocinho, todos vocês. E você hein Petúnia, só você mesmo pra me dar um filho bichado como esse e...
[i]-Petrificus Totalus![/i]-disse Duda apontando a varinha para seu pai.
Os braços de Valter grudaram dos lados do corpo. As pernas se juntaram. Com o corpo inteiro rígido ele balançou no mesmo lugar e, em seguida, caiu de cara no chão, duro como uma pedra. Os maxilares de Valter estavam trancados de modo que ele não podia falar, somente os olhos se moviam, mirando-os aterrorizados.
Petúnia soltou um gritinho se susto e Harry prevendo a pergunta que faria disse:
-Esse é o feitiço do corpo preso, muito bom Duda!
Então todos ouviram um barulho vindo de fora da casa, como se alguém tivesse aparatado.
-Quem é? -perguntou uma Sra. Weasley amedrontada.
# FIM DO TERCEIRO CAPÍTULO #
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