Reflexão



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- Minha história? – perguntou Ana confusa – Como assim, minha história?

- Como você foi parar no Brasil!- disse Molly sentando-se ao lado da garota – Você não quer saber o que realmente aconteceu contigo!

- E descobri com era minha mãe? – perguntou Ana sarcástica – Nunca!

- Vamos Ana! Não fale assim tão mal dela – disse Molly sincera – Você não sabe o real motivo dela ter te deixado.

-Sei qual é o real motivo: Medo, isso sim – disse Ana bufando.

- Pode ser que sim, mas, também pode ser que não – disse Molly calma – Você pode está fazendo um julgamento errado dela, e pode se arrepender mais tarde. Vamos. O que é que custa você saber da sua história? – e viu que a garota estava quase cedendo – Olhe, vamos fazer assim. Você me dá o seu veredicto antes que anoiteça ok? Dou-lhe o dia todo para pensar no assunto combinado?

Ana pensou alguns segundos:

- Combinado então – disse por fim.

- Agora, vamos tomar café – disse Molly levantando-se da cama – Aposto como você está morrendo de fome, desde ontem. Vamos descer para a cozinha.

- Não! – disse Ana de repente – A senhora poderia trazê-lo para mim, aqui no quarto.

- Ora Ana – disse Molly colocando Miara no chão e ajudando a garota a levantar-se – Sei que fizeram muito mal a você anteontem, mas, ninguém vai lhe perturbar, eu garanto e além do mais, os meninos estão dormindo e os membros da ordem estão ocupados com o ministério, hoje.

Ana resitou, mas, saiu do quarto e desceu a escadas junto com a Senhora Weasley e entraram na cozinha, encontrando-a vazia:

- Sente-se – disse Molly antes de ir para o fogão preparar o café.

- Certo – disse Ana sentando-se a mesa, na mesma hora em que Tonks adentrava na cozinha e sentava-se na frente da garota.

- Bom dia – desejou Tonks um pouco alegre.

- Bom dia – disse Ana um pouco recitante.

- Bom dia, Tonks – disse Molly enquanto colocava o café para Ana que logo começou a comer – Nossa que fome.

- Ela deve ter passado por maus e bocados durante o aprisionamento – disse Tonks carinhosa – Não é?

Ana confirmou com um movimento com a cabeça e votou a comer. Tonks olhou para Molly com um olhar preocupado, recebendo o mesmo olhar de volta:

- Ana – disse Tonks acariciando a mão da garota – Nós não vamos te machucar – disse carinhosa – Peço desculpas pelo que os outros fizeram com você. Mas, só queremos o seu bem!

- Meu bem é está longe daqui, isso sim – disse Ana terminando de tomar café – Obrigada Senhora Weasley! – disse saindo da mesa e depois, da cozinha.

- Acho que ela ainda não se acostumou com a nova vida – disse Tonks num suspiro.

- Mesmo assim, temos que faze-la se acostumar – disse Molly triste.

- Não sei Molly – disse Tonks calma – Ela é cabeça muito dura, igual à mãe biológica.

- Ainda bem que não puxou ao pai – disse Molly num suspiro – Você sabe o que ele queria fazer com ela, não sabe?

- Sei sim, Molly! – disse Tonks um pouco com raiva – Ainda bem que não o fez por que seria horrível.

- Concordo! – disse Molly tirando o prato de Ana da mesa.

Ana que estava atrás da porta, ouviu a conversa e foi subindo as escadas, pensando naquilo que acabou de ouvir. Entrou no quarto e sentou-se na cama:

- O que meu pai queria fazer comigo? – disse Ana confusa e viu que Miara pulou no seu colo – Ai Mi! Que confusão está na minha cabeça – disse coçando atrás da orelha da gata – Não sei se aceito ou não! Bem, vou dá uma volta de Skate para ver se consigo colocar as idéias em ordem – colocou a gata no chão, levantou da cama, pegou o skate e saiu do quarto.

Na cozinha:

- Será que ela vai aceitar? – disse Tonks preocupada.

- Não sei! Tentei, mas... – disse Molly, mas, parou ao ouvir um barulho de porta – Será que... – Correu para fora da cozinha, mas, a porta já havia sido fechada.

- Acho que ela fugiu como ela havia fugido antes – disse Tonks ao chegar à sala.

- Será que ela vai embora? – perguntou Molly mais preocupada ainda.

- Acho que não – disse Tonks calma – Acho que ela foi tomar ar, para pairar a cabeça e botar as idéias em ordem.

Lá fora:

Ana andava de skate, distraída com seus pensamentos, quando trombou com alguém, derrubando ambos:

- Ora você é cega? – disse a garota (cabelo loiros queimados, olhos azuis, muito bonita, mas, fria como gelo) que Ana tinha derrubado.

- Arre! Foi sem querer – disse Ana levantando-se e ajudando-a a levantar-se – Estava apenas distraída e não te vi.

- Distraída com o que? – disse a garota bufando – Vocês skatistas são todos uns grossos.

- Epa! – disse Ana ficando um pouco irritada – Não fale mal de mim, por favor. Não estou com cabeça para rebater, loiras burras.

- Loira burra é a sua mãe – disse a loirinha irritada – E por que não some da minha frente, e me deixa em paz?

- Bem minha mãe não é loira, mas, é burrinha – disse Ana recolocando o skate no chão – E quanto ao seu pedido, com maior prazer – disse antes de impulsionar e sair da vista da loira – Garota idiota – disse quando estava longe.

Quase de noite:

Ana volta silenciosamente para a mansão, mas, esbarra com Tonks ao entrar:

- Ai de novo não – disse Ana braba.

- Muito bem, mocinha – disse Tonks irritada – Onde você esteve?

- Isso não interessa a ninguém – disse Ana indo em direção as escadas.

- Interessa a Senhora Weasley – disse Tonks friamente – Ela passou o dia todo, preocupada contigo, sabia? Todo mundo percebeu isso. Mas, acho que isso não te interessa pelo que vejo não é?

-Por que ela se preocuparia? – disse Ana calma – Não sou nada dela.

- Mas, você é como uma filha – disse Molly entrando na sala e indo correndo abraçar a garota – Você me matou de susto sabia? Pensei que tinha te levado de novo.

- Não – disse Ana sufocada com o abraço – Eu apenas estava dando algumas volta de skate.

- Nunca mais faça isso, ouviu? – disse Molly séria – É muito perigoso andar lá fora...

- VOCÊ NÃO É NINGUÉM PARA MANDAR EM MIM – gritou Ana furiosa – EU ANDO QUANDO E ONDE EU QUISER OUVIU BEM?

- Ok então! – disse Molly fria – Já que é assim que agradece a minha preocupação, faça o que quiser da vida – disse magoada subindo as escadas.
Ana viu a besteira que fez, mas, já era tarde demais. Correu até o quarto, arrumou as coisas que tinha lhe pertencia:

- Miara, acho que já é hora de irmos nessa – disse Ana fechando a mala – Você vem comigo – disse fazendo a mala encolher-se com um feitiço e guardou-a no bolso – Bom temos que fugir daqui sei lá! – disse sentando-se na cama e começando a chorar.

Mais tarde:

Molly um pouco magoada ainda, saiu do quarto e desceu a escadas, ia passando pelo quarto de Ana, ia ignorar, mas, começou a ouvir choro dela, e isso tocou o seu coração. Abriu devagar a porta e viu Ana deitada na cama olhando para o nada, agarrada a uma foto da família. Parecia que estava com os pensamentos longe dali. Aproximou-se devagar da cama e sentou-se nela:

- Eles estão com você Ana – disse Molly alisando os cabelos da garota – Basta você acreditar que sim, que eles estarão com você.

- Sinto falta – disse Ana sentando-se e enxugando as lágrimas – Sei lá! Saber que nunca mais os verei dói – disse soluçando.

- Oh querida – disse Molly abraçando-a – Não chore! Vamos. Sei que você é forte. Eles estão com você, sempre. Mesmo que você não os veja, eles estão te vendo de algum lugar. Isso eu tenho certeza que estão.

Ficaram alguns minutos em silêncio enquanto Ana deixava o choro parar e Molly abraça-la. Ela afastou-se da mulher e suspirou:

- Desculpe por ter brigado com você – disse Ana sincera.

- Só lhe desculpo, se você aceitar vê o que aconteceu com você no passado, topa? – disse Molly enxugando o rosto da garota com a blusa.

- Ok! Eu pensei muito e resolvi em aceitar o pedido – disse Ana sincera – vamos?

N/A: Capitulo longo não? :D... desculpem pela demora do capitulo, ma,s tive sérios problemas com o computador e não tive tempo de postar. Blz? Comentem e prometo que posto o próximo o mais rápido possível. Blz? Bjs! Fui!

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