Meu coração, pra você.



Correspondências & Acordos
Capítulo 7 – Meu coração, pra você.

P.S: Eu amo esse capítulo. Demorei um pouco mais pra postar ele, muita coisa acontecendo. É pequeno, mas deixa sua mensagem. Extremamente R/H dessa vez, mas com C/H também, então se não gostam de yaoi/slash, sumam . Obrigado pelos reviews! 1300 hits já ^^ No capítulo 8, muita coisa vai acontecer, então aproveitem a calmaria.

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Os quatro chegaram no que pareceu segundos ao gramado.

“Harry!” gritou Hermione, indo na frente dos meninos. Ele não estava em nenhum lugar que pudesse ser visto. Hermione respirou aliviada. Depois dos gêmeos e de Ron resmungarem e darem mais uma olhada no horizonte, procurando Cedric e Harry, eles voltaram, sem sucesso. Quando entraram no castelo, Harry estava parado, sem Cedric, olhando para eles.

“O que foi aquilo, Harry?” perguntou Ron.

“Aquilo o quê?” perguntou Harry, sabendo do que Ron estava falando.

“Você beijou ele.”

“Que diabos você está falando, Ron?”

“Nós sabemos o que C é agora, e não vai nos enganar.” Disse Fred, enquanto George concordava com a cabeça, para em seguida sairem andando, deixando o trio sozinho.

“Você sabe do que eu estou falando, Harry.” Disse Ron.

“Harry, eu acho que podemos contar pra ele.” Sugeriu Hermione.

Harry hesitou por alguns segundos, pensativo, e então disse “Ok” em um tom baixo. Ele, Ron e Hermione se sentaram em um canto, enquanto Hermione contava tudo.

Ron não havia engolido a história completamente. Mas serviria por enquanto. O que aliviou Harry, no entanto, foi saber que ele não ficou tão contra como ele esperaria que Ron ficasse: seu amigo simplesmente ignorou a situação e se esforçava para ver tudo de um ponto de vista igual e natural, por mais difícil que fosse.

“Só não vem com essa pra cima de mim, Harry.” Disse Ron, num tom quase de pedido porém mesclado com pretensão.

“Se mata.” pediu Harry.

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Quando Ron pediu que Hermione o encontrasse no corredor do sétimo andar às sete da noite, ela sabia que era para Ron se redimir pelos acontecimentos anteriores.
Do lado oposto de uma enorme tapeçaria, Ron a esperava, assim que ela chegou, com uma porta (que ela nunca havia visto antes) em sua frente.

“Hey.” Disse Hermione, animada.

“Essa é a Sala Precisa, Hermione. Eu mal posso esperar pra você ver o que tem aqui dentro.”

Ele abriu a porta e então os dois entraram. Uma mesa imensa, de cerca de dez metros de comprimento, toda de verniz, reluzindo, em um tom escuro, se encontrava no centro e, no meio dela, um candelabro. A sala estava toda iluminada em lâmpadas de meia-luz, o que dava um tom aconchegante. No final da sala, havia uma cama, toda branca e também imensa. A sala era toda regada por pétalas de rosa e lírios no chão, enquanto que, por alguns buracos na parede, haviam pequenas fontes de água, criando o mais agradável som da correnteza. Um toca-discos ficava ao lado da cama.
No centro da mesa, havia todos os tipos de comida: Hermione tinha certeza de que não tinha sido Ron que havia cozinhado aquilo.

“Pobres elfos.” Disse Hermione, num suspiro.

”Ah, eles só fizeram a comida. Vamos, você vai gostar. Sente.” Pediu Ron.

Eles comeram, um em cada ponta da mesa, enquanto conversavam. Naquele mesmo momento, o jantar estava sendo servido no Grande Salão e, até aonde Hermione podia julgar, esse era muito melhor.

Depois de comerem, Ron ligou o toca-discos e uma linda sinfonia começou a tocar.

“Você realmente está recompensando.” Disse Hermione.

“Eu te falei que ia conseguir, não?”

“Ouvi falar dessa sala. Ela dá tudo que a pessoa precisa, e só aparece também quando -”

“...realmente necessitada.” Completou Ron.

Os dois deram um passo a frente e Ron, segurando a mão direita de Hermione, a chamou para dançar.

”A festa de fim de ano é semana que vem.”

“Fred e George vão tentar contrabandear bebidas alcóolicas dessa vez.”

“Meu Deus. E você realmente acha que isso vai funcionar?”

”Eu espero que sim.”

“Ron.” Hermione chamou sua atenção por seu comentário.

“Desculpe. Mas ah, ia ser legal.”

“Não faz bem.”

Silêncio.

“Gostou das rosas?”

“Tudo está lindo.”

“Hermione.”

“Sim?”

Eles já estavam dançando bem juntos agora.

“Nada.”

Hermione encostou a cabeça no ombro de Ron.

”Ron.”

“Sim?”

“Você acredita na gente? Juntos.”

“É claro que eu acredito.”

“Acha que vai durar bastante?”

“Eu espero que sim. E vou me esforçar também...”

“Eu só queria uma prova, às vezes.”

“De que vai ser pra sempre?”

“Aham.”

“Eu posso te dizer uma.”

“Pode?” perguntou Hermione, levantando a cabeça.

”Você completa as minhas frases e eu, as suas. Sinceramente, acho que é só isso que é preciso.”

Hermione riu e então beijou sua bochecha. Ron virou o rosto quando ela estava virando para se apoiar em seu ombro de novo e a beijou.

Depois do beijo, Ron pegou a mão de Hermione e a colocou em seu peito.

“Tá sentindo ele batendo? Meu coração.” perguntou.

“Sim. Tá rápido.” Observou Hermione.

“É porquê a partir de hoje ele está sendo dado pra você.”

“Romântico.”

“Funciona?”

“Você tem dúvidas, Ron?”

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Harry havia se perguntando aonde diabos Ron e Hermione haviam se metido.

Como em um acordo mudo, Harry esperou todos os alunos voltarem aos seus dormitórios depois do jantar e, pelo visto, Cedric havia entendido a mensagem e ficado lá, também.

Quando o Grande Salão estava vazio, Harry foi andando em direção à mesa de Cedric e, quando estava chegando, o menino mais popular da Lufa-Lufa se levantou e, agarrando Harry pelos ombros, o jogou contra a parede. Cedric abaixou suas mãos do ombro para as mãos de Harry e mordeu seu pescoço.

“Nossa, Ced-“

“Cala a boca.”

Harry obedeceu.

“Eu esperei isso o dia todo.” Continuou Cedric.
Eles se beijaram na luz fraca do Grande Salão enquanto o colégio ficava cada vez mais silencioso e o barulho dos alunos voltando aos seus dormitórios sumia.

“Porquê você não percebeu de cara que C era eu? Você sabe muito bem que eu ia te perseguir. Eu não te beijei no meio da madrugada ano passado por nada.”

“Eu sabia que você ia voltar. Eu esperava isso.” Sussurrou Harry com a respiração mais ofegante enquanto Cedric mordia sua boca.

“Então você suspeitava que Cho Chang era passado?”

“Claro.”

“E porquê você resistiu tanto?”

“Medo.”

“Disso?” Cedric colocou as mãos por dentro da camisa de Harry.

“De você não levar a sério.”

“Eu estou cumprindo com suas expectativas, não?”

”Muito.”

“Então não se preocupe.”

Eles finalmente se beijaram e Ron e Hermione chegaram ao encontro deles.

“Meu Deus, arranjem um quarto.” Implorou Ron.

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Naquela noite, Harry sonhou com seu corpo sendo jogado para outro lado do Salão Principal. Com Hermione despencando de uma escada. Com Ron rindo enquanto Cedric via, aterrorizado, o caos da situação, sem saber como ajudar.

E, no mesmo sonho, quando tudo passava, Hermione agia como se nada tivesse acontecido.

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