Minhas palavras vão te dizer t
Correspondências & Acordos
Capítulo 6 – Minhas palavras vão te dizer tudo, sempre.
P.S: Esse capítulo é extremamente C/H, mas só porquê a Deka percebeu que ela AMA essas partes e também já tava na hora da gente igualar um pouco a disputa dos pairings. Eu prometo que o sétimo capítulo vai ser extremamente R/H, porém. Deixem reviews, por favor. Nós temos uma comunidade no Orkut, mas o Fanfiction.net não deixa postar links. Enfim, o nome da comunidade é “Correspondências & Acordos” e vocês também podem chegar lá se digitarem o básico blá blá blá orkut ponto com barra Community.aspx?cmm=22706138.
Enjoy!
“O que está errado, Hermione?” Cedric perguntou em seu tom calmo de sempre. Ele carregava os livros dela.
“Você viu o momento com o Ron, não?”
“Vi sim. Devo dizer que foi encantador.” Respondeu Cedric com uma pequena risada repleta de compaixão.
“Ele acabou de deixar uma outra menina beijá-lo na minha frente. Como você lidaria com isso?” perguntou Hermione, enquanto andavam para o gramado, olhando para o chão. Cedric pensou um pouco antes de responder.
“Bem...eu pensaria várias vezes, na verdade. Eu nunca passei por isso, mas, presumo que aconteceu agora, né? A pouco tempo, no caso.”
“Foi, foi sim. A alguns minutos atrás.”
“Então...analise mais a situação. Ron pareceu realmente gostar de você, e eu não conheco vocês muito bem, e não sou só eu que penso assim! Ouvi várias pessoas comentando que nunca haviam visto um casal tão apaixonado.”
Hermione ficou um pouco marejada com a situação e olhou para Cedric e perguntou, em tom de aprovação:
”Sério? Você acha isso?” Para ela, era como se a música mais calma e pacífica estivesse tocando. Grande parte da energia que a prendia ao chão havia ido embora e ela podia pensar um pouquinho além.
“Eu tenho certeza. Foi o Ron que beijou a menina?”
“Não, ela beijou ele. Ele só ficou parado. É típico, na verdade. Não sabe reagir nessas situações.”
“Então. Talvez ele só tenha se tocado da gravidade da situação quando viu sua revolta. Seria tão difícil assim perdoá-lo? Mas não me escute muito também, estou vendo isso pelo seu ponto de vista e devo dizer que eu não sou o melhor dos conselheiros.” disse Cedric.
“Ah, está fazendo um ótimo trabalho. De verdade. Na verdade não foi culpa dele, mesmo. Mas eu vou esperar. Espero que ele tente se redimir.”
Eles já estavam no gramado e continuaram a andar, quando Hermione mudou o assunto.
“Sobre o que você queria falar comigo, Cedric?”
“Oh.” Cedric não parecia esperar a pergunta tão subitamente.
“Harry.”
“Er, sim.”
“Eu quero te ajudar nisso. Já estou tentando, na verdade. Mas qualquer coisa eu puder fazer, me avisa.”
“De verdade?” Cedric parecia surpreso com a situação.
“Com certeza.”
“Você apóia, então?” perguntou Cedric.
“Apoiar? O Natal não será o Natal se eu não ver vocês juntos!” Hermione ainda se surpreendia um pouco, no entanto, em dizer aquilo, pelo fato de Cedric ser, até então, tão popular e bonito, o que tornava a situação uma das últimas que ela poderia prever que aconteceriam.
“Bom. Isso é ótimo! Obrigado, Hermione.”
“De nada.” Ela respondeu, sorridente.
“Eu acho que você pode ajudar conversando com ele...ou fazendo ele se encontrar comigo.”
“A parte da conversa eu já estou tentando. E com sucesso, como sempre.” Ela deu uma pequena risada ao dizer isso e prosseguiu: “Mas a idéia de vocês se encontrarem realmente foi ótima.”
“Eu combinei de vê-lo daqui...nove horas, às 00h30 na Torre de Astronomia.” Cedric então se corrigiu: “Não, não, daqui nova horas serão 23h30, esse relógio está errado. Preciso trocar. Enfim, faça com que ele realmente vá. Por favor” pediu Cedric. Hermione concordou com a cabeça e respondeu: “Okay”.
O dia havia passado correndo e Ron havia evitado o olhar de Hermione todo o tempo. Ele também evitava, porém, olhar para Parvati.
Harry havia ido para a Torre de Astronomia às 23h30, já que Hermione havia falado disso com ele a tarde toda e ele acabaria indo de qualquer jeito. Cedric não havia aparecido. Harry voltou para o Salão Comunal à meia-noite, revoltado e entupido de angústia. Ele torcia para ninguém vir falar com ele até ele acordar no dia seguinte e, para sua sorte, o Salão estava vazio.
Às 00h30, Cedric chegou. E se lembrou que não havia trocado de relógio.
Ron havia deixado uma carta na cabeceira da cama de Hermione. Quando ela acordou, a abriu, já sabendo do que se tratava, com um pequeno sorriso no rosto.
“Não foi minha culpa. Eu não tenho mais nada a dizer. Me perdoe, talvez?
Ron”
Não era suficiente para convencê-la. Ela precisava de mais, apesar de saber que ele não havia feito nada demais mesmo.
Quando desceu do dormitório, Harry estava sendo questionado por Fred e George.
“Nós te vimos na frente da Torre, Harry! Estávamos lá, escondidos nas moitas, acredite em nós! E ninguém apareceu! Nós realmente íamos te consolar mas nós sabemos que você é um pouquinho explosivo, então...”
“Legal, meninos.” Respondeu Harry, levantando e indo embora do Salão.
”Harry!” gritou Hermione, descendo as escadas, para que Harry não saísse logo.
“Hey!”
“Nós precisamos conversar!” Hermione desceu as escadas contente, prestes a ser preenchida em tudo que havia acontecido na noite anterior. Eram seis da manhã e o sol praticamente não havia raiado.
Quando Harry foi andar em direção à Hermione para acompanhar ela até o Grande Salão, Ron apareceu do nada, segurando a mão de Hermione, chorando, pedindo para conversar.
“Hermione, por favor, me escute...”
Fred e George já haviam subido as escadas.
Harry desistiu dos seus melhores amigos (ou ao menos que deveriam o apoiar já que ele não estava na melhor das situações) e saiu andando.
Enquanto andava, todos os acontecimentos abaixo do nível do razoável começaram a acumular e o deixaram com uma imensa raiva. Cedric havia esquecido dele, Ron e Hermione estavam muito preocupados com os seus próprios assuntos para entenderem quem realmente estava em complicações, e, acima de tudo, Fred e George agora haviam descoberto a carta e encheriam seu saco para descobrir quem era C. Ele apostava também que Cedric não poderia estar querendo levar aquela coisa à sério. Ele era Cedric Diggory, monitor da Lufa-Lufa, extremamente popular e mais velho.
Harry continuou andando no escuro, antes de amanhecer, descendo as escadas. Viu pouquíssimas pessoas pelo colégio: ainda era cedo demais. Mais uma vez, ele foi para o gramado e viu que estava nevando bastante. Era como se ainda estivesse de noite. Olhando para o castelo, ele pôde ver Ron e Hermione sentados na janela do Salão Comunal, prestes a iniciar uma conversa.
“Ei, Harry!” era Cedric. Ele não virou para trás e só continuou andando, o ignorando. Não conseguiu, no entanto, ignorar o imenso frio que deu em sua barriga. A raiva dentro dele era extremamente mais potente e fazia desnecessário demonstrar a mesma em ações e gestos. Cedric continuou.
“Me desculpe por ontem! Você não vai acreditar, mas meu relógio estava quebrado! Pergunte para Hermione! Eu cheguei uma hora depois de você.”
Harry o ignorou.
“Você realmente acha que por um momento eu cogitei não levar isso em frente?”
”Foi o que me pareceu.” Sussurou Harry.
“Porquê eu tenho a certeza que, pra você, tudo pareceu errado? Eu nunca te deixaria! Me desculpe!”
“Deixaria sim.”
“Isso parece errado pra você? Alguma coisa grandiosa e complicada com a qual você é simplesmente incapaz de lidar?”
“Eu posso lidar com o que eu quiser, Cedric. Obrigado.”
“Você chama isso de lidar com a situação, Harry? Não está nem olhando para mim!”
Harry então se virou.
“Estou lidando com a situação agora?” perguntou Harry.
“Agora a gente pode começar.” A neve caia cada vez mais forte e Harry não podia ver direito o rosto de Cedric por causa dela. Ele não falou nada, e só deixou Cedric prosseguir, sem se mexer.
“Harry, porquê isso pareceria tão certo?”
“Parece certo pra você?”
“Parece, e eu sei que pra você também, não tente me esconder isso! Não vai conseguir negar uma coisa dessas!”
“Está tentando dizer que agora você sabe o que eu sinto?” – O sarcasmo e desdém de Harry iam eventualmente começando a desaparecer.
“Eu posso não saber tudo o que você sente, Harry. Mas eu simplesmente sei isso, e...você não vai tirar isso de mim.” A neve continuava a cair forte, e o tempo era congelante. Se Harry tentasse chorar, suas lágrimas iriam congelar. Mas o que parecia congelar, na verdade, era sua vivacidade.
“Eu sei também, Harry, que você tem aquela pontada no peito ou frio na barriga quando me vê.” Cedric parou por alguns segundos e então disse: “E eu sei também que você leu aquelas cartas com a maior atenção que poderia ler, gostando de cada momento delas porquê, afinal, é isso que as pessoas que estão apaixonadas fazem e ao mesmo tempo que você as lia com atenção, eu escrevia com o dobro!”
A frieza de Harry começou a derreter. Cedric deu alguns passos em frente.
“E nunca te pareceu errado?” perguntou Harry. “Eu lia com atenção.”
“Como pode ser errado uma coisa que me faz sentir tão bem?” – Os passos de Cedric na neve estavam criando pequenas pegadas enquanto ele andava em sua direção. “Responda-me, Harry, é uma pergunta. Você pode me dizer como isso seria errado?”
“Não, eu não posso.”
“Então tente fechar os olhos e ver se parece certo.” Cedric ficou alguns segundos em silêncio e, chegando ao encontro de Harry, continuou. “Feche os olhos, Harry Potter.”
Harry obedeceu. A neve caia sobre os ombros de ambos e não podiam nem enxergar direito. Podiam sentir, porém. Quando ele percebeu que Cedric estava perto o suficiente para abraçá-lo, Harry finalmente deixou escapar.
“E se você me esquecer...e me deixar?” Ele havia dito num tom baixo e não tinha certeza que Cedric havia ouvido. A resposta veio logo em seguida.
“Eu deixaria e esqueceria a mim mesmo, mas não esqueceria você. Tenha certeza disso.”
Começou a aquecer enquanto estavam mais perto e, com o indicador no queixo de Harry, Cedric virou seu rosto e lentamente, o beijou.
Harry podia jurar que no momento em que seus lábios tocaram ele sentiu o calor do sol raiando em seu rosto e a neve começando a cessar.
“Eu sei que na verdade não foi sua culpa.” Disse Hermione, olhando pela janela do Salão Comunal enquanto o sol começava a raiar.
“Sabe?”
“Sei. Mas...isso não torna o que aconteceu ignorável e correto, Ron. Dói. Ainda dói, na verdade.”
“Quem te convenceu a pensar tão bem sobre isso? Cara, eu podia jurar que você nunca me perdoaria.”
“Eu ainda não perdoei.” Respondeu Hermione. “Mas o Cedric me fez enxergar um pouquinho além, sim. Ele é demais.”
“Pff.” Ron estava preenchido de ciúmes.
“O quê? Está com ciúmes do Cedric? Não fique. Eu te garanto que não há porquê.”
“Deixa eu te compensar.” Respondeu Ron. Havia um tom desesperado porém apaixonado em sua voz e, o reflexo do sol que começava a raiar em seus olhos o deu o olhar de um pobre filhote abandonado pedindo abrigo.
Hermione não pode evitar e sorrir.
“Eu deixo.” Respondeu.
Ron se aproximou para beijá-la e, quando chegou bem perto, viu que não havia dado muito certo.
“Me compense primeiro.” Respondeu Hermione, afastando o rosto de Ron com a mão. Ela se levantou e saiu andando.
“MEU DEUS!” gritou Ron alguns segundos depois. Fred e George, que haviam descido de novo, se assustaram com o grito de Ron. Ele olhava perplexo para os gramados.
“Olha o que ele tá fazendo com o Harry!”
Hermione correu para a janela e então viu Cedric e Harry se beijando. Fred, George e Ron ficaram revoltados e correram para descer as escadas e esclarecer a situação.
“QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO?” gritou Ron.
“RON! FIQUE AQUI!” berrou Hermione.
”NÃO VIU ELES SE BEIJANDO?” perguntou Ron, com raiva e provavelmente acordando algumas pessoas.
“EU JÁ SABIA DISSO TUDO! EU POSSO EXPLICAR A SITUAÇÃO!”
Fred e George já haviam descido. Com isso, Hermione começou a correr atrás deles, gritando seus nomes também. Ron corria atrás e Hermione tentava esclarecer tudo.
Era impossível descobrir o que iria acontecer quando os três meninos, transtornados, chegassem lá embaixo.
“Harry, termine isso logo, suma. Suma, Harry...” – Era tudo o que Hermione podia pensar e desejar.
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