Provocação pode trazer de cara

Provocação pode trazer de cara



Correspondências & Acordos

P.S: Quero mais reviews senão o Capítulo 4 não sai nunca! LOL
Prestem atenção, cuidado com esse capítulo, e abram suas mentes. Quem sabe o que vai acontecer depois?
NobelSon.

Capítulo 3 – Provocação pode trazer de cara coisas até então inesperadas

E se Ron fosse a pessoa que escrevia todas as cartas? “MEU DEUS, eu não saberia reagir a isso!” pensou Hermione antes de dormir no dia do incidente do Salão Comunal. Ela rolava pra direita e para a esquerda em sua cama, em tentativas fracassadas de adormecer.
“Meu nome estava na carta, e, bem, pra quê ele ia escrever uma carta pra mim? E justo em tinta preta! É ele. Meu Deus. Mas não posso ter tanta certeza. É melhor não me precipitar. Vou deixar no meio termo.”

O café-da-manhã do dia seguinte foi tenso: Hermione não havia conseguido a lista de alunos para Harry, deixando-o desapontado e com ainda mais vontade de saber quem escrevia as suas cartas. Hermione contou o incidente com Ron e Harry começou a cogitar a possibilidade de Ron escrever as cartas:
“Hermione, pode ser ele no fim das contas. Eu sempre imaginei vocês juntos, na verdade.” – confessou Harry.
“Eu não acredito em você. Meu Deus, e se...? Oh, Deus. Obrigada, Harry. Eu vou pensar mais nisso. Mas escreva a sua carta resposta!”

“Conte-me mais sobre você.
Harry”

Depois de suas aulas da manhã, os três desceram para o Grande Salão. Ron e Hermione não haviam se falado até então. Harry era o único guincho de comunicação entre os dois – o que o fazia se sentir como um pombo-correio em certas ocasiões, o que não era nada agradável.
Harry havia recebido uma resposta.
“Sobre mim? Bem, vejamos. Eu desejo sua boca na minha, segurando-lhe o mais forte que puder para nunca lhe deixar ir embora. Quero beijá-lo porém seus lábios são algo venenoso, não me deixe me viciar se isso tudo não puder continuar. Não me deixe esperando se por algum dia não pretenda continuar me amando.
C”

“Ela escreve bem, vou lhe dizer isso.” Admitiu Hermione. “Nossa, Harry. Que demais. É uma linda carta.”
“Harry, isso é...tocante. O que você está esperando? De verdade!” perguntou Harry.

Durante a aula de Feitiços, Hermione escreveu em um pequeno pedaço de pergaminho uma simples pergunta, que seria sua próxima carta.
“Ron?
P.S: Se você não for o Ron, eu peço desculpas.
Hermione”

“Harry.” Chamou Hermione.
“Harry!” ela chamava com mais força.
Harry abriu os olhos e percebeu que havia dormido no meio da aula de História da Magia. Quando estava completamente acordado, ela sussurrou:
“Eu escrevi uma carta. Perguntando se era o Ron.”
“Porquê você não faz isso pessoalmente?” perguntou Harry.
“Não é assim tão óbvio! Ele obviamente responderia não. Você o conhece.”
“Você o ama, Hermione.” Disse Harry, sarcástico.
“Oh, Harry, por favor, eu só conto isso pra você! Não, eu não o amo e confesso que o acho extremamente insuportável em vários momentos mas algumas das palavras dele pelas cartas me tocaram! Preciso saber se é ele ou não.”
“Deixa eu ver o primeiro beijo?” perguntou Harry. Hermione ficou irritada e então respondeu, se levantando para sentar longe dele.
“Desisto de tentar fazer uma conversa normal com você.”

Quando os três saiam da aula de História de Magia para descer para o jantar, todos os livros de Harry e Hermione caíram no chão quando esbarraram com alguns alunos da Sonserina. Hermione ficou muito agradecida quando dois alunos da Corvinal os ajudaram. Um deles era Cedric Diggory, que sorria vividamente, aparentemente feliz por ajudar.
“Eu odeio pessoas da Sonserina também.” Disse Cedric, arrumando os livros em pilhas.
Hermione corou e então Harry adicionou: “Quem não odeia?”
Eles se despediram da dupla da Corvinal e Cedric e seu amigo acenaram com um sorriso.
“Meu Deus, bem que a pessoa que escrevia as cartas pra mim podia ser o Cedric.” Confessou Hermione, baixinho. Já parecia que ela havia perdoado a falta de atenção que Harry havia demonstrado a ela durante sua conversa na aula de História de Magia.
Durante o jantar, Hermione e Ron conversaram pela primeira vez. Hermione havia recebido uma resposta para sua carta mas não havia a aberto ainda: iria esperar para que chegassem ao Salão Comunal para poder ler com calma.

Ron subiu junto com todos os alunos quando o jantar terminou: Harry e Hermione porém, continuaram sentados porquê estavam concentrados demais entendendo um exercício de Poções que quebrar o raciocínio no caminho para o Salão Comunal seria errado.
Alguns minutos depois, quando resolveram subir, Hermione decidiu sentar de novo e abrir sua carta.
Ela esperava um texto grande. Era pequeno.

“É, é o Ron. Não fale mais comigo depois de ler isso. Será vergonhoso demais para ao menos tentar estabelecer uma conversa.”

Hermione colocou a mão na boca em choque e sussurrou “Meu Deus”. Em questão de segundos, ela se levantou da mesa e saiu correndo, deixando Harry sozinho na mesa da Grifinória.
Quando ele havia dobrado a carta de novo e começou a andar (sem pressa, sabendo que Ron e Hermione provavelmente teriam muito para conversar e sua presença não iria ser necessária), percebeu que um aluno ainda estava sentado na mesa da Corvinal. Era Cedric, que havia ajudado ele e Hermione ainda há pouco com os livros. Como se lesse o pensamento de Harry, ele virou, sorriu para Harry e então virou o rosto novamente. Parecia estar lendo um livro.
Quando Harry continuou andando, ele ouviu o barulho do livro fechando e então sentiu uma mão em seus ombros. Ele se virou e Cedric estava desposto a iniciar uma conversa:

“Porquê a Hermione saiu correndo tão subitamente?”
Harry olhou para Cedric por uns segundos pensando porquê aquilo seria da conta dele quando ele mal os conhecia e então, juntando um pouco de paciência, respondeu:
“Parece que essas cartas só causaram problemas pra ela. Por enquanto, sei lá.”
“Ah, sim.” Disse Cedric. Ele era mais alto, o que fazia Harry se sentir intimidado. Porquê ele estava perdendo tempo ali? Cedric então continuou: “Harry, fecha seus olhos?”
“Porquê?” perguntou Harry, desconfiado. Meu Deus, o que era agora?
“Fique com eles abertos, então. Tchau.” Respondeu Cedric. Ele saiu andando, e em seguida voltou.
Cedric pegou a mão de Harry e deixou uma carta nela.
Enquanto ele andava para ir embora, a ficha de Harry caiu e ele não pôde evitar em dizer: “Puta merda”.
Cedric. Com C.
Harry andou, quase paralizado, deixando todos os pensamentos fluirem em sua cabeça. Cedric havia ido para o gramado. Por alguma razão, Harry foi atrás.

“RON!” Hermione gritou, entrando no Salão Comunal. Todas as cabeças se viraram para olhar para ela e o silêncio foi quase mortal. Ron não estava lá.
“Ele foi dar uma volta pelos corredores” disse Fred. Hermione corou de vergonha e então disse um breve “obrigada” antes de sair correndo novamente. Depois de procurar por alguns momentos, ela viu Ron no final do corredor do quinto andar.
“VOCÊ REALMENTE ACHOU QUE EU NÃO IA MAIS FALAR COM VOCÊ?” ela gritou o mais alto que podia. Parecia que ele não iria a ouvir.
Ron não respondeu.
Ela correu em sua direção.
“Não fala comigo, Hermione!” gritou Ron de repente, quando ela estava na metade do corredor. Ele então saiu correndo também.
“EU QUERO FALAR! Eu preciso falar! E não vai ser correndo! Corra o quanto quiser, eu vou te alcançar!”.
Ron estava descendo as escadas rumo ao gramado. Chorando e ao mesmo tempo tentando esconder as lágrimas porquê, uma hora ou outra, ele iria parar e ela iria vê-lo. Não naquele estado. Ele não poderia permitir, pelo menos não aquilo.

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