A Verdadeira Identidade
"Nós não fazemos amigos, reconhecemo-os.”
Autor Desconhecido
- Boa noite, senhor...?
- Hermione? Hermione, eu... – ele falava muito rápido, como se estivesse aturdido. – Que... Aonde...?
Ele encostou-se à parede para parar em pé. Sua pele já muito branca parecera ficar ainda mais. Ele ofegava imensamente e parecia estar prestes a sofrer algum tipo de ataque.
- O senhor está bem? Está sentindo algo diferente? – Haylla também desesperou-se, afinal, ele só ficara assim quando a viu.
Ela adiantou-se para ele e percebeu que, em meio à respiração acelerada, fitava-a aturdido. Haylla ia levá-lo para dentro do próprio apartamento e dar-lhe água quando ouviu passos no corredor que dava para a sala de estar. Uma mulher alta e bonita que possuía longos cabelos da mesma cor do homem à porta apareceu.
- Rony, algum prob...? – ela calou-se ao ver Haylla. – Por Merlim! Harry!
Harry? Quem seria Harry? A moça não entendia mais nada do que estava acontecendo e muito menos por que os dois ficaram tão surpresos ao vê-la.
- Que foi, Gina? – perguntou o homem moreno que entrou na sala.
- Você! Eu te conheço – Haylla não conseguiu conter-se ao lembrar-se de que vira em sua cabeça aquele par de olhos com os óculos e a cicatriz. – O vi uma vez! Tenho uma lembrança contigo!
Todos se encararam e foi nesse momento que Harry percebeu a situação do amigo.
- Gina, feche a porta enquanto ajudo Rony a se sentar.
A moça que aparentava ser ainda mais nova que Haylla indicou-lhe, surpresa, um sofá. Ela já não mais guiava seus passos, achava tudo aquilo pelo que estava passando estranho demais.
- Vamos, beba essa água – Harry deu um copo ao ruivo.
De onde tirara o copo? Ele não estava ali antes. O moreno fizera tudo muito rápido para que parecesse real. Balançou a cabeça afastando esses pensamentos e olhou para o ruivo. Ele parecia estar melhor. Porém, não parava de olhá-la.
- Eu – Haylla hesitou – Eu poderia saber que está acontecendo?
- Quem quer saber o que está acontecendo somos nós, Hermione! Ou melhor, que aconteceu realmente? Você não estava...?
- Hermione? Por que estão me chamando de Hermione? Sequer me conhecem! Meu nome é outro! – ela sentiu-se ofendida.
- Como não é Hermione? Por favor, não faça brincadeiras. Foi realmente difícil suportar a idéia de que você morreu e agora que aparece, assim, do nada você...
- Não sou Hermione! E também não morri! Afinal, de que estão falando? – Haylla sentia-se cada vez mais surpresa.
Ela também ficara ofegante e gritara as últimas palavras. O moreno pegou um outro copo que havia sobre a mesa, tirou um graveto do bolso e apontou para o mesmo, dizendo:
- Aguamenti!
Haylla berrou. O copo enchera-se de água instantaneamente e o rapaz chamado Harry parecia achar aquilo completamente normal, tanto que ofereceu o copo à Haylla.
- Beba isso. Vai se acalmar.
- Como você fez isso?
- Hermione, você está muito engraçada. É magia, lembra? Magia. Pare com isso, você é bruxa.
- O quê? – Haylla piscou atordoadamente.
Harry encarou os outros dois amigos, os quais fizeram o mesmo. Pareciam estar finalmente convencidos que a garota não era Hermione, nem bruxa e muito menos sabia quem eram eles.
- Qual é seu nome? – foi a vez de a moça ruiva perguntar.
- Haylla – a outra balbuciou. – Poderiam me explicar o que está havendo aqui?
- Eu... nem sei o que dizer, nem como dizer – falou Gina. – Harry, será que...?
- É. Só pode ser. Olha para ela! – ele indicou Haylla. – É Hermione, sim! Jamais a confundiríamos, todos entramos num acordo!
Haylla suspirou, contendo a vontade de repetir que não era essa tal de Hermione da qual todos falavam.
- De onde é? – perguntou Harry.
- Sou do interior da Inglaterra. Estou aqui fazendo um curso – ela respondeu rapidamente.
- Está aqui há muito tempo?
- Alguns poucos meses.
- E seus pais?
- Ainda estão por lá. Por quê? – ela ousou perguntar.
- Desculpe, mas... Você é Hermione Granger. Não tem como não ser! – Harry falou, não contendo uma lágrima da qual ele cuidou rapidamente.
- Sou Haylla, já disse. E quem é essa Hermione?
- Uma grande amiga nossa – pronunciou-se o ruivo, parecendo mais calmo. – Ela... ela morreu há dois anos.
- Então não sou eu! Estão eng...
Haylla parou abruptamente, ligando os fatos. Fazia dois anos que ela havia sido encontrada pelos Hellarien e dada como filha deles. Fazia dois anos também que Hermione morrera. As pessoas com quem estava sentada à sala naquele momento diziam ter certeza que ela era Hermione. Já seus pais... “Será que ela é mesmo nossa filha? Está tão diferente.” Ela lembrou-se imediatamente da conversa que ouvira e que a fizera decidir ir morar em Londres. Lembrou-se de suas fotos anteriores e de que ela mesma não conseguia encontrar muitas semelhanças. Recordou que há poucos dias lembrara-se de Harry. Sua cabeça explodiu em um milhão de pensamentos, lembranças, idéias...
Ela levantou a cabeça com a face já molhada pelas várias lágrimas que fluíram em poucos segundos e fitou o moreno.
- Harry – ela o reconheceu. – Gina – finalmente lembrara-se dela. – Rony!
Ela chorava copiosamente e jogou-se sobre o ruivo em um abraço muito apertado. Reconhecera-os, lembrara-se de todos eles... Agora sentia o cheiro de Rony próximo a ela e lembrava-se dele também. Estava tudo em sua memória, escondido... Recordou-se de alguns momentos. Viu-se descendo uma escada com um vestido azul; uma arquibancada repleta de pessoas vestidas de vermelho e prata entre as quais ela ajudava a fazer a torcida; uma biblioteca gigante; uma lula enorme num lago também muito grande; um homem extremamente alto e barbudo; um castelo fenomenal; uma luz forte vindo em sua direção e a atingindo...
Soltou-se do abraço e viu que todos eles também debulhavam-se em lágrimas. Abraçou Gina e Harry, sorrindo.
- Agora pode nos explicar por onde esteve? – Gina perguntou.
- Na verdade, eu lembro de poucas coisas... Apenas recordei-me de vocês, algumas passagens e... mais nada.
- Deixe-me contar a você tudo que aconteceu, então – pronunciou-se Rony, levantando-se.
Ronald Weasley subia rapidamente as escadas da Toca. Acabara de ser avisado por seu amigo de que era a hora certa para partirem e precisava avisar outra pessoa da mesma coisa. Ofegante, ele bateu à porta de um quarto no segundo andar.
- Hermione, posso entrar?
Depois de um momento de silêncio uma voz calma disse do outro lado:
- Claro.
Rony girou a maçaneta rapidamente e adentrou o quarto. Arregalou os olhos ao ver várias roupas espalhadas pela cama, algumas dobradas, outras jogadas e uma mochila ao chão.
- Que está fazendo? – ele indagou.
- Arrumando minhas coisas. Precisamos sair daqui, Rony. Sua família corre perigo. Nós corremos perigo – falou a garota com lágrimas vindo aos olhos.
- Eu sei – ele murmurou. – Harry também. Ele pediu para que eu viesse lhe avisar que vamos, pela última vez, sair da Toca.
- Para não voltar mais? – ela estranhou.
- Não.
O silêncio prevaleceu por vários instantes tristes, nos quais fluíram lágrimas incontroláveis de ambos os olhos.
- Harry pediu para que levássemos poucas coisas. Diz que não precisaremos de nada, a não ser de nosso cérebro e de nossa varinha.
- Precisaremos da coragem também – ela deu um pequeno sorriso em meios às várias lágrimas.
- É, precisaremos de muita... – ele parou por uns instantes. – Vou arrumar minhas coisas.
Hermione assentiu, voltando a colocar suas mais confortáveis peças de roupa na mochila e suspirando.
- E então, estão prontos? – perguntou Harry, fitando-os cuidado.
- Sim - respondeu Hermione.
A noite estava escura como breu e o trio nos jardins da Toca, onde combinaram encontrar-se alguns minutos após a meia-noite.
- Vamos repassar o plano – continuou o garoto. – Sairemos daqui e durante alguns dias dirigimo-nos para o Largo Grimmauld, onde pegaremos um suprimento maior de comida. Viajaremos apenas à noite, para que não sejamos vistos. As capas de invisibilidade são essenciais, bem como o feitiço de Desilusão em absolutamente todos os momentos.
- Sabemos, Harry. Pode prosseguir.
- Muito bem. Então partiremos para a Itália, onde Voldemort foi visto pela última vez.
- Acha mesmo que ele pode ainda estar lá?
- Tenho certeza que está – respondeu Harry, confiante. – E, se não o encontrarmos, o perseguiremos até termos sua cabeça em uma bandeja de prata.
Os olhos do garoto brilhavam friamente, sendo dois pontos de apoio em meio a toda a escuridão.
- Está decidido, então? – perguntou Rony.
- Sim – confirmou Harry. – Já preocupei por demais os seus pais, Rony. Se sairmos daqui de uma vez por todas, eles deixarão de saber onde nós estaremos e...
- Mas isso não vai apenas preocupá-los ainda mais?
- Talvez – admitiu Harry. – Mas destruiremos Voldemort. Eles ficarão felizes.
Os garotos sorriram. Os sorrisos não demonstravam o medo e a angústia que sentiam, muito ao contrário dos olhos. Por fim, eles encararam-se mais uma vez e puseram-se a caminhar em direção a uma nova aventura.
- Com cuidado.
Harry ia à frente de Rony e Hermione, abrindo caminho com um feitiço. Fazia seis meses que haviam deixado o Largo Grimmauld com provisões. Tudo já havia acabado e restavam poucas roupas inteiras ao trio. Hermione usava um blusão que Rony lhe emprestara, pois o seus estavam todos desgastados.
A escuridão da noite caía como uma luva para o que eles precisavam fazer. Tinham recebido notícias de que Voldemort estava em determinada região da Itália, num enorme castelo somente visível por bruxos.
- Estamos perto, Harry? – indagou Hermione com a voz fraca, devido a uma gripe que pegara muito recentemente.
- Estamos. A poucos passos do fim, creio eu.
Rony e Hermione encararam-se. Sabiam o que Harry queria dizer com a palavra fim. Se tivessem recebido a informação certa, o garoto tentaria de tudo para acabar com o único pedaço restante da alma de Lord Voldemort no planeta. A destruiria. Caso contrário, seria morto pelo seu maior rival.
O castelo finalmente apareceu por entre as densas folhagens. Os olhos de Harry pareciam dois pontos de luzes extremamente brilhantes na escuridão. Os jovens sentiam-se aliviados por, depois de tantas horas de caminhada e trabalho árduo, encontrarem o esconderijo de Voldemort. Porém, mescladamente sentiam medo pelo que os esperava. Durante todo o tempo que procuraram as Horcruxes concentraram-se apenas nelas. Não viam o maior disseminador da desgraça no mundo há tempos. Sua imagem, podiam apenas imaginar. Sua fúria seria incomparável.
- Como fazemos para entrar? – indagou Rony.
Eles estavam diante dos gigantescos muros de pedras. Não havia porta e também não podia-se dizer onde seria o fim daquelas paredes. Tornava-se difícil pensar em qualquer coisa, principalmente ter boas idéias.
- Não sei... Vamos averiguar cada parte desse muro, como Moody nos ensinou aquele dia. Podemos descobrir algo importante.
Sem falar mais nada, todos puseram-se a fazer feitiços, falar em línguas estranhas e encostar-se a cada parte da imensa parede. Quando, finalmente, Hermione lançou o “Alcalius” sobre uma parte um pouco maleável demais, uma porta surgiu e a mesma abriu-se facilmente.
- Penetramos na fortaleza impenetrável do Lorde das Trevas – murmurou Harry, com um sorriso sádico.
- Rony, atrás de você! – gritou Hermione.
O garoto virou-se e deu de cara com mais um Comensal da Morte. Esses jaziam aos montes pelo chão, todos derrotados. Lançou-lhe um feitiço deixando-o caído ao chão, logo depois de desviar-se de um outro jogado em direção ao garoto segundos antes.
Para chegarem ali naquele saguão tiveram de passar por vários obstáculos, lutando com as mais diversas criaturas e desvendando muitos enigmas. Não fora fácil, principalmente acreditar que teriam de enfrentar os servos do Lorde antes do próprio.
- Sectusempra! – berrou Harry a um canto e, logo depois, todos viram um homem sangrando imensamente.
- Estamos no fim – balbuciou Rony para si mesmo, já cansado dos duelos e temeroso de que algo ruim acontecesse. – Estamos no fim.
Eles continuavam lutando e, realmente, aos poucos o número de Comensais diminuía. Até que restou apenas um, intragável, mas que foi facilmente liquidado pelos precisos feitiços de Hermione.
Então, rodeados de homens mortos, machucados, desmaiados e completamente impossibilitados de se locomoverem, eles suspiraram. Um desafio a menos, um problema a menos, um passo a diante no plano...
- Agora é a parte em que entramos e acabamos com Voldemort – disse Harry.
Havia uma porta, aparentemente muito longe deles, a qual eles ambicionavam passar desde o início dos duelos. Porém, os comensais não deixavam que eles chegassem próximo, por isso precisaram liquidá-los antes de qualquer coisa.
Dirigiram-se até ela e com um simples Alorromorra a abriram. O local era estranho, negro, e poucas velas pequenas iluminavam o local. Nada podia ser direitamente visto nem observado. Um conjunto de velas muito mais próximas umas às outras e, consequentemente, mais luminosas, chamou a atenção do trio.
Havia uma cadeira de espaldar alto, quase que totalmente revestida de um veludo vermelho. Ao lado dela, havia uma pequena banqueta, que ostentava por entre a luz das velas um crânio amarelado e farelento. Sentado na cadeira estava Lord Voldemort, fitando-os com um sorriso sádico nos lábios.
- Então vieram conhecer meu castelo? Que honra – ele disse, levantando-se.
Parecia ainda mais branco do que sempre fora. Estava extremamente magro e seus ossos apareciam por entre as vestes rasgadas. Os olhos continuavam vermelhos e frios, profundos. Os cabelos não mais existiam.
- Viemos para apreciar sua morte, Tom – provocou Harry. – Não somente para apreciá-la, mas como para torná-la real.
Ele soltou uma imensa gargalhada, tamborilando os dedos sobre um dos braços da majestosa cadeira.
- Eu sou imortal. Tornei-me imortal, por minha própria vontade e pelo meu próprio mérito. Vocês, crianças, nada podem fazer sobre isso.
- Ah, por acaso você está falando das Horcruxes? – Harry começou displicentemente.
Voldemort arregalou os olhos. Fitou-os com desespero contido, grito que jamais saiu.
- Então os pirralhos já estão sabendo de minhas Horcruxes? – ele indagou, como se mal se importasse com o assunto. Porém, não conseguia esconder completamente e o garoto sabia exatamente de sua preocupação com a dispersão da informação.
- Há muito tempo – Harry continuou provocando. – Sabemos que eram seis.
- Eram? Que quer dizer com isso, moleque insolente?
- Quer dizer que aqueles objetos não são mais Horcruxes, Voldemort.
O homem levantou-se e berrou.
- Incarcerous! – ele prendeu todos com o movimento da varinha. – Duvido que saibam. Mal devem saber o que é uma Horcruxe, quanto mais quais e onde estão as minhas...
- Elas não mais existem – falou Harry, como se as cordas não o incomodassem. – Nós cuidamos de destruí-las pessoalmente. Quer que eu lhe dê a ordem e os lugares?
Voldemort indicou com a cabeça para que Harry prosseguisse, completamente descrente de tal possibilidade.
- O Diário de Tom Riddle estava com Lúcio Malfoy. Está destruído. O anel estava na casa dos Gaunt. Está destruído. O Medalhão de Slytherin estava com Régulo Black, mas acabou caindo nas mãos de Mundungo Fletcher. O encontramos numa loja de artigos das trevas e o destruímos, como aos outros. Vejamos... já foram três. A xícara de Hufflepuff, no orfanato. Ah, se eles desconfiassem onde foi parar seu conjunto de chá favorito... – Harry suspirou falsamente. – O escudo de Gryffindor, na antiga casa dos Potter, também já não mais existe. E você viu Nagini ultimamente?
Voldemort berrou mais uma vez, lúcido de fúria. Não via Nagini há dias. Porém, não importara-se tanto com ela. Agora sabia o que havia acontecido com todas suas preciosas Horcruxes e com sua serpente. Virou-se rapidamente e lançou um olhar furioso à Hermione.
- Transportus! – berrou em direção da garota.
As cordas que prendiam Hermione caíram molemente no chão e o lugar em que ela estava acabou sendo ocupado pelo ar.
- Foi a última vez que a vimos, Hermione. Você simplesmente sumiu, assim, e nunca mais foi vista por ninguém – concluiu Rony.
- E o que aconteceu à Voldemort? – indagou Hermione rapidamente, lembrando-se do homem e de tudo que o ruivo contara.
- Harry o destruiu. Não vale a pena contar os detalhes de como agora. Foi um trabalho muito árduo, no qual foi necessária muita perspicácia por parte de Harry.
- Tenho certeza que você ajudou, Rony – falou Hermione, sorrindo levemente.
Ele baixou a cabeça.
- Mas como acreditaram que eu estava morta? – indagou Hermione. – Pelo feitiço dava para ter idéia de que eu havia sido apenas “transportada”.
- Buscamos você de todos os jeitos possíveis. Reviramos todos os locais, agora sem Voldemort nos perseguindo. Nas redondezas, longe dali... De meio mágico, meio trouxa... Simplesmente nada. Até que chegamos à conclusão de que Voldemort havia mandado você para algum lugar onde alguém a esperava para matá-la.
Hermione ficou pensativa. Sim, fazia sentido o que eles disseram.
- Acreditamos que você estava morta e paramos as buscas. Quem sabe se tivéssemos procurado numa casa no interior da Inglaterra, ficaríamos mais felizes – riu Harry.
Todos sorriram, em meio às lágrimas.
- Agora é sua vez de nos contar que aconteceu. Por acaso lembra-se? – indagou Gina.
- Um pouco. Lembro-me de ir parar na floresta novamente e, quando acordei, tentei voltar ao castelo. Porém, quando cheguei até ele um vulto encapuzado lançou um feitiço em mim e...
Hermione levantou-se de repente com um sorriso enorme no rosto.
- Mas é claro! É isso! – ela gritou. – Agora já sei por que perdi a memória. Lançaram o Obliviate, que tira a memória de alguém! Tudo faz sentido agora!
- Explique-se.
- Quando acordei há dois anos atrás, encontrava-me em uma cama de hospital. Não reconhecia ninguém! Eles diziam ter certeza de que era eu e... Chamavam-me de Haylla! Tinham certeza que eu me recordaria deles com o tempo, mas nada aconteceu! É por que eu nunca fui Haylla! Não me recordava dos lugares porque, óbvio, nunca estive lá!
Ela parecia contente com as descobertas que fazia.
- E o que aconteceu com essa Haylla?
- Parece que tinha um namorado do qual a família não gostava. Certo dia, foi seqüestrada. Nunca mais apareceu.
- Isso provavelmente quer dizer que é ela quem está morta e não você, certo? – indagou Gina.
- É – ela murmurou, visivelmente abalada.
Gina abraçou-a, sorridente.
- Não fique assim. Reencontrou seus amigos, lembrou-se de sua vida... Agora já pode reclamar como ela era melhor antes! – a ruiva pôs-se a gargalhar junto com os amigos.
- E olha que a tortura só está começando – falou Rony, sério e logo depois rindo também.
No próximo capítulo: Duas cartas, dois remetentes, uma caligrafia e uma descoberta.
N/A: Desculpem esta pobre mortal, pelo amor de Merlin! Eu sei que vocês estão enfurecidos. Sei também que têm total razão em estar. Mas não sobrou tempo! Eu jamais imaginei que o segundo grau ocupasse tanto nossas horas, dias... Jamais, mesmo. Eu achei que poderia continuar com aquele sisteminha de postar uma vez por semana. Mas não deu! E você não vão me lançar maldições imperdoáveis por isso, vão? Desculpem a demora, mais uma vez. Faço quase qualquer coisa para me redimir.
Sobre o capítulo, sei que a parte que seria um final do sétimo livro não passa de razoável. Mas, convenhamos, se eu tivesse talento para isso não estaria aqui, postando uma fic de romance, enquanto poderia estar ganhando milhares de dólares com histórias emocionantes de finais surpreendentes. Dêem um desconto para essa mera escritora de fics. Não sou perfeita e nem tenho meios para ser. Faço mesmo o melhor que posso para me divertir e divertir a vocês, é claro.
Obrigado aos que passaram aqui durante todo esse tempo de abandono e continuaram fazendo minha alegria comentando. Fico muito feliz com vocês, muito mesmo. E é para vocês que eu prometo tentar achar um tempo para postar nessas duas próximas semanas, sendo que uma será de provas bimestrais.
Continuem comentando, votando, acessando a fic!
Manu Riddle
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!