A dura Verdade
Ouviram passos.
Moody ia coxeando lentamente até elas, Thanye e Martha se viraram de repente para o encarar.
- Dumbledore precisa urgentemente de falar com você, Srta. Crouch. – Disse com um ar sério.
”O Snape já foi fazer queixinhas...” Pensou.
- Não tem a ver com o professor Snape. – alertou Moody. – é algo mais grave.
- Posso ir também? – Perguntou Martha, ansiosa.
- Não será necessário Srta. Wood. – sossegou ele. – Até porque não vai demorar muito.
Depois de dizer isto, se afastou com Thanye, que ainda acenava à amiga.
”O que poderá ser mais grave que irritar o Snape?” Pensava ela pelo caminho até que chegaram finalmente ao escritório do Director.
Nessa tarde, Thanye recebeu a triste notícia que o pai, Bartemius Crouch, tinha sido encontrado morto na floresta proibida.
Ela nunca pensou sentir algo pela morte do pai, ela nem gostava do pai.
Saiu disparada do gabinete de Dumbledore, Moody deu um passo para a seguir, mas o Director o impediu.
- Deixe, Alastor. – Disse com um pequeno gesto. – Ela precisa ficar sozinha.
- Tenho certeza que ela me vai ouvir, Alvo. – insistiu.
- Eu não arriscaria. – disse Dumbledore.
Moody acabou por se sentar, de braços cruzados.
O tempo passou numa rapidez medonha, a Primavera tinha sido um enorme aperto, não era tão florida e feliz como costumava ser. Passara tudo voando e agora se aproximava o final do ano, ou seja, a última tarefa para Harry.
Os campeões preparavam-se para entrar no labirinto, Harry viu Cho Chang se despedir de Cedric com um enorme abraço e lhe desejando sorte seguido por um beijo. Harry virou a cara e viu Thanye acenando para ele nas bancadas e sorriu.
Todas as horas que eles já estavam lá dentro, desde que eles entraram, para Thanye pareceram séculos.
Martha tremia do nervosismo, Derrick que estava ao seu lado, a abraçava (eles tinham acabado por fazer as pazes dois dias logo depois daquela briga nas masmorras).
Estava tudo calmo demais, logo depois da saída de Fleur Delacour e Krum mais nada aconteceu.
Horas depois, Thanye reparou num brilho e todo mundo esticava as cabeças para ver melhor, alguns até se empurravam, Derrick segurou Martha nas suas costas e Thanye passou por entre todos. Viu a imagem mais chocante da sua vida.
Harry sangrava muito no chão, ao seu lado estava a taça que Thanye reconheceu imediatamente como sendo um botão de transporte e por baixo do corpo de Harry estava o corpo de Cedric, morto.
No meio de choros e lamúrias, Moody arrastou Harry para dentro do castelo.
Thanye atravessou corredores e mais corredores à procura do gabinete de Moody, mas parecia que todas as portas se moviam e que ia sempre dar ao mesmo local.
Chegou ao corredor do terceiro andar e encontrou finalmente o gabinete perto da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.
A porta se abriu apenas com um pequeno empurrão, lá dentro além de Harry, estava Dumbledore, Minerva Mcgonagall e Severus Snape. A um canto inconsciente estava Marcus Flint e sentado numa cadeira se debatendo, estava Barty Crouch Junior.
- Não. Barty! – Gritou Thanye.
Todos olharam.
- Barty! – voltou a gritar. – O que vocês estão fazendo com ele?
- Saia daqui Srta. Deixe os adultos resolverem. – disse Mcgonagall.
- Deixem o meu irmão em paz! – Gritou, segurando na varinha.
- O seu irmão é um perigoso comensal, Srta. – Disse Snape, entredentes.
- Deixem-no em paz! – Gritou mais uma vez, com os olhos vidrados. Reparou mais uma vez em Flint. – E ele? – Perguntou, ainda segurando firme na sua varinha, apontando para ele. – Que faz aqui?
- Abaixe isso. – Disse Dumbledore, calmamente.
Thanye ignorou.
- Marcus Flint, é e sempre foi um comensal da morte. Dos mais fracos por ainda ser bastante jovem, mas mesmo assim comensal. – explicou Snape. – E andou cumprindo ordens do seu querido irmão, Srta. – completou, apontando a varinha para Barty.
- É verdade isso, Bart? – Perguntou, com lágrimas nos olhos.
Este baixou a cabeça e não falou nada.
Ouviram-se passos, o ministro entrou na sala com um dementor se arrastando por detrás dele indo direcção dos prisioneiros.
Snape se afastou de Barty, arrastando Thanye e Harry para fora dali pelo braço.
- Eu quero assistir! – Berrou Harry.
- Ninguém merece isso! – Gritou Thanye.
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