O preço da Felicidade
Harry acabara a sua segunda tarefa, não tinha qualquer vontade em salvar Hermione que era o tesouro de Krum, mas mesmo assim tentou salvar todos.
Algo o surpreendeu, o seu tesouro era nada mais nada menos que Thanye.
Ele ficara a pensar nisso toda tarde, e tinha comentado com Ron sobre isso, já que estava de relações cortadas com Hermione desde que ela começara a namorar Draco Malfoy.
Ron também estava no lado de Harry tal como o resto dos grifinórios, não queria e não podia acreditar que Draco pudesse mudar da noite para o dia. A ideia era absolutamente ridícula. Quase tão ridículo como ver Hermione e Draco juntos.
Hermione sabia que nunca mais ia ter os seus melhores amigos no seu lado, mas ela estava feliz, estar com Draco era tudo o que ela queria, tudo o que ela sempre sonhou e ela não podia jogar o sonho assim fora agora que ele estava realizado. Mas Harry e Ron pareciam não se aperceber disso e continuavam olhando Mione com maus olhos.
Talvez eles nunca mais viessem a perdoar. E isso doía no peito de Hermione, doía muito, mas ela amava Draco.
Hermione e Draco estavam sentados perto da sala de poções, ambos estavam abraçados, e a um canto encontravam-se algumas sonserinas se roendo, no meio delas estava Pansy Parkinson e no outro canto estavam Harry e Ron que passaram por eles com ar de enojados.
Thanye estava indo direcção do gabinete de Snape para cumprir uma detenção e deu de caras com eles, viu Draco e abafou um riso, este olhou e acenou com a cabeça e a prima respondeu com uma piscadela.
Passou por Derrick e Martha que estavam “enrolados” junto ao retracto da sala comunal e cutucou a amiga que olhou para trás assustada e depois sorriu ao ver Thanye.
Foi cumprimentando todos os colegas que via na frente até chegar ao gabinete de Snape.
- Está atrasada. – Respondeu erguendo a cabeça de um livro para olhar ela entrando.
- Eu com isso? – murmurou.
- Que disse? – Perguntou com ar desconfiando, jogando os cabelos para trás.
Thanye soltou uma risada.
- Nada não. – Disse sentando na cadeira em frente à secretária como quem acaba de chegar num café.
Snape colocou um pergaminho na frente dela.
- 50 linhas. – sibilou.
- Sobre...?
- Poções. Rápido, antes que perca a paciência. – bradou.
”O bicho está bravo”. Pensou.
- E olhe que eu li isso, Srta. – Murmurou.
Thanye segurou na pena e colocou na boca pensando e olhando em volta. Só tinha ainda escrito meia linha, ela pouco ou nada percebia de poções.
- Professor Snape. - começou.
- Diga. – disse.
- Aquela poção ali. – falou apontando para uma poção das mais viscosas que podia haver naquela sala. – Sabe a quê?
- Quer provar é? – Perguntou ele, com um sorriso maldoso ao canto da boca.
- Se o senhor não se importar...
- Faça isso e cale-se! – berrou.
Thanye baixou a cabeça, ainda não tinha escrito nada, voltou a olhar em volta.
- Professor.
- Que foi?
- E aquela ali? – Perguntou apontando para uma poção roxa. – Tem gosto de quê?
Snape estava ficando vermelho de raiva, Thanye continuou sorrindo, ela adorava encher o saco daquele professor. Era um dos seus passatempos favoritos irritar ele.
- Quer ir lá provar, é? – falou Snape sarcasticamente tentando se controlar para não explodir.
Thanye continuou sorrindo e foi até à poção, antes que Snape a pudesse impedir, ela já tinha derrubado todo o stock de poções para tentar chegar àquela.
Ele ficou vermelho, prestes a explodir, Thanye podia jurar que viu até fumo saindo.
- SAIA...JÁ...DAQUI! – berrava ele ofegante. – NÃO ME APAREÇA MAIS À FRENTE!
- Quer ajuda professor Snape? – Perguntou, fazendo ar de anja.
- SAIA JÁ DAQUI! – gritou ele.
- É para já! – Disse fazendo continência e saindo com um passe de dança.
Assim que saiu ouviu um grito dentro do gabinete e algo se partia, ela deu uma gargalhada, era sinal que conseguira irritar Snape mesmo a sério.
Vinha toda sorridente andando pelos corredores quando algo varreu completamente sua mente.
Um monte de gente, estava reunida num só lugar, Thanye ia jurar que toda a equipa da sonserina se encontrava ali reunida é porque era algo grave, abriu espaço entre todos e lá no meio viu Draco encostado á parede e um rapaz muito alto o ameaçava de algo, todos pareciam com medo dele, Hermione chorava a um canto.
- Que ouve aqui? – bradou a garota olhando para todos.
- Sim, só cá faltava você mesmo. – Disse o rapaz alto, Thanye o olhou nos olhos, agora não tinha medo dele, não tinha o que temer, ele era nada mais nada menos que Marcus Flint, que agora para ela não passava de um simples idiota.
- Deixa o Draco em paz. – Ameaçou entredentes.
- Oh. Pessoal ela quer que deixemos o namoradinho dela em paz. – Disse em tom de troça para os amigos que se riram juntamente com ele.
- Ele não é meu namorado. – Sibilou. – é meu primo.
- Sim, inventa outra. – Disse Flint, ainda sorrindo. – Eu vi vocês no baile. Você recusou meu convite para ficar com ele. Ele tem de apanhar.
Os amigos dele arregaçavam as mangas enquanto diziam em coro “É!!! Tem de apanhar!”.
- Deixa de ser idiota, Derrick! – gritava Martha. – Você vai ficar no lado desse idiota que magoou minha amiga?
- Não me diga que você agora também gosta do loirinho. Hey oxigenado, você anda fazendo progressos, foi desde quando? – bradou Derrick.
- Desde que deixou de fazer xixi na cama. – Disse bem alto Flint, em tom de troça.
Thanye deu um tapa no rosto de Flint que fez eco por toda masmorra.
- Sua...Sua... – bradava, ofegante.
- Some daqui Flint. Você só se enterra mais. – Disse ela entredentes, o encarando.
- Isto não fica assim. – falou com a mão no rosto no local onde levou o tapa. – Não fica, pode ter certeza.
E com um pequeno gesto que quis dizer “Vamos embora” afastou-se com a equipa de Quadribol atrás de si, exepto Draco, o que dera a entender que estava expulso.
- Derrick me decepcionou. Nunca pensei... – Repetia Martha com os olhos vidrados.
- É...Também nunca pensei voltar a estar frente a frente com o Marcus, nunca pensei conseguir enfrentá-lo desta maneira... – murmurava Thanye.
- Você foi muito corajosa. – Disse Martha sorrindo e olhando a amiga. – Por isso que me orgulho tanto de você.
Thanye sorriu e abraçou a amiga.
- Não fique assim...Logo tudo ficará bem, amiga. Tudo passa...Tudo. – sussurrou a garota.
- Obrigada prima. – Disse Draco, ajudando Hermione a levantar.
- Não tem de agradecer. Ele estava pedindo há séculos.
- Ele não fez isso apenas porque pensava que nós namorávamos, pois não? – perguntou Draco, abraçando Mione que estava assustada.
- Não. – Disse Thanye num suspiro. – Ele fez isso por saber que você namora uma Ahm...Hermione, sem ofensa. – Disse olhando ela que acenou afirmativamente com a cabeça e baixou a voz. – sangue ruim.
Martha baixou a cabeça.
- Sim...Só precisava de uma boa desculpa...E ele já estava furioso por Draco ir no baile com você. – Falou Hermione.
- Deixa eles. – Disse Draco com um sorriso, a abraçando mais ainda. – Eu não me vou separar de você nunca.
Hermione sabia pelo que Draco estava passando, ela estava passando exactamente pelo mesmo. Ron e Harry não voltariam mais a falar com ela.
Mione soltou um suspiro.
- Bem pessoal. – Disse Thanye trocando um olhar com Martha como quem diz “deixemos os pombinhos a sós” – Tenho alguns assuntos para resolver.
- É. – Concordou Martha. – Eu também.
E com um breve aceno, se afastaram dali.
- Que situação. – Murmurou Martha.
- Nem me fale! - Concordou Thanye.
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