A volta de Fred

               Harry caiu de costas na neve fofa que acumulava ao redor da Toca. Sentiu seu corpo afundar na massa fofa, branca e fria. Já era noite e apesar de tudo, Harry não saberia precisar quanto tempo havia se passado desde que ele partira, atrás do acampamento deixado para trás. Apesar do clima congelante do fim de dezembro, o garoto suava e estava exausto, a simples tarefa de reunir seus pertences deixados pra trás quando Hermione se acidentou havia se mostrado assustadoramente relevante. Quem ele havia encontrado sentado em sua tenda era o mínimo que esperava encontrar. Quanto tempo ficará lá? Como havia voltado para a Toca? E o mais importante, havia sido real? Eram questões que martelavam em sua cabeça.

                O moreno agarrou com força os dois objetos que carregava junto ao peito. Dumbledore os havia deixado como herança, um era o portal tão útil em vários momentos durante a busca pelas horcrux e o outro que, na melhor das explicações, tinha um formato que lembrava um vaso muito feio, não tinha se provado muito útil até aquela manhã, mas todo a sua percepção de utilidade havia mudado naquela tarde.

                ``Nunca mais deixe isso para trás`` ele havia dito. Harry soltou o ar com raiva. Dumbledore pregara uma peça nele e Harry não conseguia, para ser franco, se acostumar com os novos fatos que havia vido a tona.

                Uma luz logo acima no segundo andar da Toca se acendeu, ele sabia que era da janela do quarto de Rony, o garoto forçou os olhos e mesmo na escuridão da noite reconheceu as cabeças ruivas de Rony e Gina olhando para baixo.

                -Psiu Harry! Sobe por aqui, anda levanta! Cara onde você se meteu?- Rony fala nervoso e sibilado.

                Harry sentiu a sua mochila e mais alguns outros objetos avulsos zumbirem pela sua cabeça e entrarem pela janela da Toca quando Gina os convocou com um aceno de sua varinha. Ele em seguida, até a contra gosto, se fez de pé, bateu a neve do corpo e começou a subir a parede de pedra da Toca.

                -Harry, por Merlin! Você sumiu! O que foi que houve com você? –Rony terminava de puxar o amigo para dentro do quarto ao mesmo tempo em que terminava de bater a neve da roupa do mesmo.

                -Prometa que não vai sair mais dessa casa sem a gente. - Gina falou com autoridade.

                -Prometo. Só saio daqui de novo quando nós seis estivermos prontos. –Harry descobria aquela tarde que agora mais que nunca precisava que os seis estivessem sempre juntos. -Quanto tempo fiquei fora?

                -Como você não sabe? Você sumiu o dia todo! Você está bem? Ferido? Te atacaram? E como assim os seis? Você diz então que estamos juntos nessa?– Gina franzia o cenho para o amigo. –Você era o mais contra em me envolver e os outros, o que fez mudar de ideia? Harry te machucaram na cabeça? –Gina olhou alarmada para ele.

                -Estou bem! Preciso falar com vocês, com todos vocês! É sobre-

                -Harry escuta a gente antes! –Gina interrompeu rápido qualquer coisa que o moreno ia falar. - Você ficou fora o dia todo e estávamos preocupados-

                -Não, é muito importante Gina e tem que ser agora-

                -Você vai precisar me ouvir agora Harry. E eu gostaria de saber também o que é tão importante. –Remo Lupin estava na moldura da porta do quarto de Rony, observando os três. Harry notou que ele provavelmente estava ali há algum tempo e por isso Gina o havia interrompido. – E acho que dessa vez você vai ter que me contar como andam a sua busca pelas Horcrux, e o que vem acontecendo esses últimos meses.

                -Harry você sumiu o dia todo, nós ficamos desesperados, não sabíamos o que fazer e como esconder o fato que você havia desaparecido, questionamos até, na verdade, se devíamos esconder que você havia sumido. - Gina falava rapidamente e sem ar, tentando atualizar o garoto de tudo que havia passado durante o dia e ainda meio que se desculpar por Lupin estar parado ali dentro, aparentemente ciente do sumiço dele e com cara de poucos amigos. –A mamãe começou a suspeitar, no começo falamos que hoje você tinha acordado chateado e que não estava muito no clima de ver ninguém e coisa e tal, mas com o passar do tempo ela começou a desconfiar e pressionar que queria subir aqui e falar com você...

                -Remo acabou sacando tudo e a contragosto contamos que você havia saído, e ele acabou acobertando a gente, disse que havia falado com você e tranquilizou todo mundo. –Rony terminou todo o resumo enquanto Harry olhava para Remo.

                -Concordamos que se você não voltasse até às sete da noite iriamos avisar a todos, mas aqui está você como um reloginho de volta, em tempo para o jantar.

                Harry notou o tom amargo na voz do antigo professor. Havia pisado na bola feio, sabia disso e o pior é que ele mal sabia relatar o que realmente havia feito durante o dia. Mas sabia que estava devendo bastante a Lupin por várias vezes durante todo esse ano.

                -A gente vai estar aqui fora se você precisar da gente cara. – Rony e Gina saíram de fininho quando o silêncio tomou conta do aposento, os dois ainda deram uma olhada breve para Harry antes de fechar a porta quando saíram.

                -Remo, eu...  –Harry foi interrompido com por um abraço, que ele não sabe direito como responder, tinha que admitir que havia sido pego de surpresa, esperava uma dura do antigo professor. Acabou por fim retribuindo.

                -É bom lhe ver inteiro! Você deixou todo mundo preocupado outra vez garoto. E acho que não saber noticias de você por um dia inteiro nunca pode ser coisa boa. Primeiro que está passando dos limites Harry. O perigo que você corre, especificamente você, é gigantesco e quando nem Hermione nem Rony sabia precisar o que estava acontecendo, eu admito Harry, eu esperei pelo pior. E mesmo que você estivesse bem, como eu queria crer que você estava, se a noticia que você havia sumido chegasse aos ouvidos de pessoas indesejadas, seria o fim, da esperança que nos resta nessa guerra. Seria jogar tudo pelos ares.

                -Eu sei o que significa Lupin, eu sei o meu papel, do meu dever.

                -Você acha que é seu dever que importa? Harry é você que importar. Acho que você não faz ideia talvez do que você é. O que você para nós...

                -Eu sou o menino que sobreviveu e-

                -Esqueça isso, você sobreviveu sim, e isso pode até definir o que você é para eles. Todos os outros, todos os bruxos que lá fora, nesse país, esperam que essa guerra acabe. Para eles você é um símbolo, mas pra mim, para seus amigos, para as pessoas que moram nessa casa, você é... –Lupin fez um gesto amplo com as mãos tentando explicar o que às vezes não dá para expressar em palavras. –Olha Harry, eu sei que eu não poderia e também não pretendo substituir seus pais, ou Sirius, ou até mesmo Dumbledore como se isso foi possível. Mas eu gosto de pensar, comigo mesmo às vezes, que você é a ultima coisa que me resta de família. Não tenho mais parentes vivos, seu pai e Sirius eram como irmãos, Lilian também... e você é o resultado de todos eles juntos. –Lupin respirou pesado nesse momento e continuou a falar de forma franca. - Eu não estou lhe pressionando a se abrir comigo, ou até mesmo forçar uma relação que talvez você não sinta da mesma forma, mas o que eu quero dizer com tudo isso é que eu me preocupo com você, bastante. E gostaria de dizer que você pode se sentir a vontade para conversar sobre qualquer coisa.

Harry não conseguia articular nenhuma frase para dizer, e ele se sentia péssimo por isso. Queria conversar com Lupin sobre qualquer coisa, como ele havia sugerido, mas naquele momento sua cabeça estava em branco, Havia sido pego desprevenido mais uma vez, e por mais que seu cérebro dizia para responder as palavras do amigo, por alguma razão obscura sua boca não conseguia articular nada. Lupin não parecia muito chateado por não receber resposta por hora, talvez um pouco triste, mas sua expressão parecia mais de alivio por ter finalmente falado tudo que queria.

- Não estou querendo colocar mais pressão sobre os seus ombros, ao contrário estou pedindo para talvez dividi-las comigo. Não posso mais ficar acobertando vocês sem de fato ajudar em nada.  Sei que a tarefa que Dumbledore passou para você é sua, mas estou com medo por você Harry e pelos outros, não precisa ser gênio para descobrir que o que houve com Neville e Hermione estão ligados as Horcruxes. E por favor, me diga que pelo menos destruí-las vocês conseguiram.

Harry acenou com a cabeça em positivo. Sua boca ainda não dava sinais que estava disposta a verbalizar muito coisa.

- Eu sei o que eu vi quando lhe dei aulas de oclumência no largo Grimauld alguns meses atrás. As Horcruxes, o passado de Tom, as lembranças na penseira e os planos de partir atrás delas.  Eram pensamentos vagos que eu respeitei e não fiz mais perguntas. Confie e ainda confio, pedi que me mantivesse atualizado e confesso que os reports que Hermione fazia eram vagos, mas de saber que vocês estavam vivos era o mais importante. Pesquisei sobre esse tipo de magia, um poder como esse sempre leva algo em troca Harry, vocês estão em imenso perigo. O que consegui achar me deixou assustado, e depois do que vi, do que houve com Neville e Hermione... Estou com medo por vocês Harry. Eu preciso saber o que está havendo de verdade, eu quero saber o que vocês descobriram o que ainda é necessário fazer. Vou ser sincero Harry. Eu quero que você me dê uma razão para continuar acobertando vocês. Uma razão para não contar para os outros sobre tudo que eu sei, para que assim, decidimos com a Ordem da Fênix o que é melhor a se fazer.

 -Remo você não pode fazer isso! Ninguém pode saber! Muita gente já está envolvida nisso. Não é seguro, já é impossível não chamar atenção... –Harry sentiu finalmente a língua desprendendo para responder. -Eu sei que você está nervoso, mas você é um homem de Dumbledore, sabe que existem motivos pra que o diretor não revelou para todos sobre o passado de Riddle, algumas razões que até eu desconheço, mas o resto da Ordem não pode saber. – Harry falava inflexível, sabia que tinha que conquistar a confiança do amigo de novo e sabia que aquele assunto não poderia sair do seu controle.

-Porque então você não me conta o que aconteceu nesse tempo que vocês estavam fora. –Remo sentou na cama desarrumada do quarto e espero Harry começar a falar.

-Aconteceu tanta coisa que eu não sei nem por onde começar.

-Comece por hoje, por que você saiu da Toca?

-Fui resgatar o acampamento que ficou para trás quando trouxemos Hermione.

-E por que demorou tanto?

-Isso... Eu não posso contar... Ainda não. –Harry sabia que não havia começado bem, viu Lupin dar um suspiro cansado e levar à mão esquerda as têmporas.

-Então por que você não me diz o que você pode contar.

Harry respirou fundo e começou a relatar tudo que havia acontecido em Godric Hollows, com Hermione, o orfanato, a ida do mistério, até à tarde que Hermione destruiu a Horcrux quase tirando a própria vida. Não entrou muito em detalhes sobre a ligação que tinha com os outros e o que Neville e Hermione haviam dito sobre o elo e como cada um iria destruir uma horcrux, era muita coisa pra processar e não queria envolver Lupin naquilo tudo, já bastava os amigos enfiados até o pescoço nisso.

Remo ficou calado por um bom tempo perdido em suas reflexões.

-Eu vou respeitar mais uma vez a sua decisão Harry, não vou contar para os outros ainda. Acho que, depois do que me disse sobre o ministério e os comensais estarem caçando vocês, tem razão sobre como envolver mais gente nisso só ira atrapalhar. Mas vocês estão correndo um grande perigo Harry e Horcrux é um tipo de magia negra que você paga com a vida. Com o Neville e a Hermione a gente deu sorte, mas nas próximas vezes pode não haver tempo suficiente para isso. –Lupin se levantou da cama cansado e destrancou a porta. –Suponho que não vai demorar até vocês partirem de novos.

-Não.

-Harry eu não sei ao certo o seus planos para o futuro, mas... A Gina e a Luna não pode sair da Toca.

-Eu sei que é perigoso Lupin, mas...

-Não não, você não entendeu! São bruxas excepcionais, nunca vi alguém tão rápida em feitiços como a Gina nos últimos meses, só que as duas ainda são menores de idade e se decidirem aparatar daqui para seguir com você, o ministério saberá exatamente onde estão. Hoje nós sabemos que o ministério significa aliados das forças das trevas. Existem rumores de que o ministro já está morto, ninguém o vê pessoalmente há semanas e Voldemort e seus aliados está mantendo a sua imagem apenas de fachada. Se Luna e Gina saírem daqui, vocês serão encontrados. Elas ainda possuem o monitoramento de quem é menor de idade e não há nada que possamos fazer a respeito quanto a isso, não é algo que pode ser desfeito ou retirado delas, o que se pode fazer é apenas protege-las.

Com isso Lupin fechou a porta e deixou Harry ali como uma bomba em mãos, como contar a elas e pior de tudo, depois de tudo que ele descobrira hoje, tudo que havia sido discutido e planejado. Como deixa-las para trás?

O fim do dia foi agitado na casa dos Weasleys! Harry desceu tentando passar despercebido, o que foi um pouco impossível naquela casa cheia. Fleur logo alarmou todos que ele havia finalmente aparecido e a senhora Weasley logo veio ao seu encontro, ele pediu desculpas pelos seus modos e por não ter saído do quarto, onde, Gina, Rony e Lupin falaram que ele havia estado o dia todo e aceitou todos os pratos de comida que foram postos a sua frente, Rony logo sentou ao seu lado.

-A mamãe colocou almoço e lanche na sua porta no qual eu comi por você... Você sabe para não levantar suspeitas...

-Sei...

-Harry você está bem mesmo? –Hermione sentou no lado oposto ao amigo e começou a estudar o garoto de cima baixo para como para se certificar que qualquer ferimento fatal não estivesse passando despercebido. –Como você some desse jeito? Estávamos por um triz de contar para todo mundo que você havia sumido.

-Estou bem e posso explicar tudo com calma depois, preciso falar com vocês. Urgente.

-Fred está chegando a qualquer momento não podemos subir agora para isso, vão perceber.

-Eu sei, mas...

Como se esperasse só por isso, alguém bateu na porta de forma ritmada, era o código que a ordem tinha arrumado para identificar quem chegava. A Sra. Weasley mal esperou o final e saiu correndo para a porta. Todo mundo foi junto e viu o Sr. Weasley entrar com uma grande comitiva e um Fred de cadeira de rodas no meio. A casa explodiu em vivas e gritos de bem vindo e logo uma fila mal arrumada se formou para falar com os recém-chegados. Harry por um momento se esqueceu de todos os planos, todas as preocupações e se juntou a grande recepção para o amigo.

-Calma pessoas! Acabei de sair daquele hospital, tem pedaços defeituosos de mim para todos. Um de cada vez. –Fred deu um riso torto enquanto enxugava as lagrimas da mãe. Era riso e lagrimas e tanta gente na cozinha querendo saudar Fred que metade da comitiva que o escoltara ainda se encontrava do lado de fora da casa.

A noite passou rápido e uma grande festa informal se instaurou na casa. Todos queriam ouvir mais uma vez as peripécias de Fred no hospital, e como ele adorava as manhãs das quartas-feiras, quando a mais bonita das enfermeiras vinha para dar banho nele e como à comida era sem graça até que Jorge começou a surrupiar comida da Sra. Weasley para ele, coisa que a própria senhora Weasley desconhecia.

Harry achava que no geral Fred parecia muito bem, apenas em alguns momentos teve a impressão de flagrar o amigo com um olhar meio melancólico, mas em segundos aquela expressão sumia e era quase como ver o antigo Fred de novo, junto com Jorge que não largava do lado irmão desde que ele havia chegado. Harry pensou que devia ser difícil estar naquela cadeira de rodas ainda, tanto tempo depois do atentado. Mas com certeza à volta para casa iria tirar qualquer resquício de melancolia da cara do amigo rapidinho.

A festividade invadiu a madrugada e apenas quando Fred já dava sinais de dormir na cadeira, mesmo que parecesse lutar muito contra o sono, a Sra. Weasley encerrou tudo e mandou todos para os seus respectivos quartos e o resto da Ordem para suas respectivas tarefas. Alguns sem muita opção se aconchegaram como puderam na sala e acabaram ficando por lá mesmo.

Harry sabia que não precisaria nem avisar ninguém que Hermione, Gina, Neville e Luna iriam aparatar bem no meio do quarto que ele e Rony dividiam. E assim ocorreu, foi apenas as luzes na casa cessarem que um a um, os amigos apareceram, todos de pijama, mas com as caras mais acordadas do mundo.

-Certo Harry, fala logo onde você se meteu. –Rony aconchegou Hermione ao seu lado e falou meio que ansioso.

-Eu fui resgatar nossas coisas, Rony! E tive uma conversa reveladora com Severo Snape hoje a tarde.

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Oi gente! ainda tem alguém ai... depois de alguns anos?

Aos 45 do segundo tempo o cap. ficou pronto. Voltei para a fic no começo desse mês depois de pesquisar meu nome no google (JURO QUE FOI ASSIM QUE ACONTECEU) eu vi o link da minha fic e  de outra fic (!) de alguém que decidiu escrever a continuação dessa fic aqui. Eu fiquei tão maravilhada, achei a idea tão genial, que chamei todo mundo do trabalho para ver. Queria muito ler o segundo final dessa fic mas decidi que tinha que terminar a minha fic também até por mim e por que alguém ai fora se importava com ela e gostava dela.

Assim redescobri alguns rascunhos da fic em um caderno antigo e cologuei mãos a obra escrevi e escrevi de novo e hoje estou postando.

Queria colocar aqui o link da outra fic que decidiu escrever a continuação por que eu queria muito ler e queria que outras pessoas também lesse a outra versão. Achei demais essa energia colaborativa e a ideia que a minha historia poderia continuar nas mãos de outra pessoa. Mas quando eu procurei hoje... o link sumiu, foi deletado. Então se a autora dessa iniciativa estiver lendo isso por favor, se você quiser escreva a sua versão, eu vou ler e vou adorar. fica aqui o apelo! Não me lembro do nome do autor então quem souber.

  Sobre o cap. desde que decidi retomar, reli tudo da fic para poder recomeçar direito. depois dessa lida penso até em escrever algumas coisas de novo, mas prioridade agora é fechar essa fic. e mais uns 4 capítulos e fechou gente.

obrigado a todos que ainda passam por aqui, ainda gostam. Eu sei que estou devendo muito, vou tentar me desculpar com os caps. novos que estão por vir.

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