Sala precisa



N/A: Oieee gente! Tudo bom com voces? Bem aqui esta mais um capitulo da fic... tipo, eu to achando que ta paredendo um poco uma novela, mais isso agent relevaaa neh naum? xDDD
um beijao pra vcs!


Capitulo 19 – Sala precisa

- Uma encomenda chegou para você, senhor Black. – Disse uma mulher gordinha, que estava no vagão ao lado dele. – Acho que essa coruja errou de endereço. – Completo rindo, lhe entregando a coruja e um pacote. O viajante agradeceu e esperou a mulher sair de seu vagão para examinar o pacote.
- Mais ou menos quinze centímetros de altura, um terço da altura no comprimento, e é fino. Sem duvida, é um livro. – Falou, quase num sussurro rouco para si. Rasgou o embrulho que era de papel e sorriu ao ver o que era. Sim, era um livro.
O objeto era bastante misterioso. Possuía capa preta de couro, sem nenhum escrito. Assuntou-se um pouco quando a coruja marrom e cinza que a mulher havia lhe entregado piou ao seu lado e se aproximou dele. Ele hesitou no momento em que ela pousara em sua coxa, mas ele reparou, que ela não queria fazer mal: apenas estava interessada na encomenda que acabara de entregar.
Abriu o livro e se emocionou um pouco. Era um livro que ele próprio havia escrito uma vez, há algum tempo. Notou sua bonita caligrafia. “Remo falava que eu tinha mãos de fadas” pensou sorrindo. “Agora vejo que era verdade”.
Folheou-o um pouco e parou em um pagina, marcada por uma carta. Reconheceu imediatamente a letra: ele próprio escrevera-se uma carta. Abriu-a e leu:


Quando você estiver lendo esta carta, poderá ter se passado pouco ou muito tempo dês de quando a escrevi, mas quero lembrar-lhe o verdadeiro propósito de você estar recebendo este livro, escrito por você mesmo quando estudava em Hogwarts.
Este livro representa idas e mais idas a sala precisa, onde você encontrou um meio de se auto entender e de entender sua vida. Temo que não seje tarde de mais para recebê-lo.
Ele contem uma magia, no qual, quando o dono precisa rever os fatos de sua vida, ele aparece, enviado por esta coruja, marrom e cinza, onde na qual, eu encontrei na sala precisa. Este feitiço, lógico, foi inventado por mim. Espero que você seje feliz após recebê-lo.
Um grande abraço, - para mim mesmo - Sirius Black.
- Sétimo ano, Hogwarts.



Sirius sorriu ao ler a carta, e leu em voz alta, o pensamento que estava escrito na pagina, em que a carta, estava marcando:
- “O tempo ameniza, ajuda, faz crescer, embelece e acima de tudo, assassina.” –Suspirou ao ler o pensamento. – Lembro-me de quando eu escrevi isto. – falou a si mesmo, olhando a coruja tristemente. – Lembro-me muito bem.
Abriu o livro na primeira pagina. Lá estava escrita a seguinte frase: “Escrever me tornou um hobby viciante nessas ultimas semanas. Nas minhas escritas, tenho filosofado, pensado, estudado, e por ultimo, mas não menos importante, eu tenho desabafado.”
- Eu era um poeta. – Disse olhando a coruja. – Mas será que ainda sou? – perguntou pegando um tinteiro e uma pena de sua mochila.



Sirius Black se encontrava em uma sala bastante diferente. Era ampla, muito ampla. Parecia ter uns quarenta metros de comprimento e trinta e cinco de largura.
Em três paredes, se encontravam grandes janelas, onde a vista, era uma cidade do deserto. Na parede que não possuía janelas, - ao lado esquerdo da porta - uma estante de livros se fazia presente. Sirius olhara os livros cuidadosamente e percebera, que todos possuíam capa sem escritos, e não tinham nada escrito dentro. Na frente da estante, havia uma grande mesa de madeira escura, - que dava para sentar uns vinte reis gordos – com apenas uma cadeira, e espalhado pela mesa, reinava livros e mais livros escritos à mão. Sirius notou ao revistar a mesa, que apenas um tinteiro e uma pena, existiam na sala.
Um quadrado de carpete marcava o centro da sala. Um espaço com mais ou menos vinte metros de lado. Na parede de frente a porta, ao meio de suas grandes janelas, varias facas estavam dependuradas. Tinham facas das menores como os punhais, ate as maiores, como as grandes espadas.
Na parede, à direita da porta, era a parede que tinha mais janelas, e as maiores: quatro delas, com sete metros de altura, e a metade da altura em comprimento. Uma pequena mobília, se encontrava perto da segunda grande janela, quase que escondida, por causa da enormidade da sala.
Sirius avaliara a mobília. Ela tinha varias gavetas, cada uma trancada. Sua superfície possuía muitos botões: todos de madeira com uma legenda em baixo. Ele lera legenda de um botão: “Luta com Magia.”
- Luta? – perguntou a si,se virando para encarar o carpete, logo depois ergueu seu olhar a parede de laminas.- Sim. Lógico. O que pensei ao vir para cá, foi um lugar onde eu queria descontar minha raiva em relação a tudo, e ficar sozinho um instante. – ele olhou de novo para a pequena mobília – A sala precisa se transformou em uma sala quente, solitária, no qual eu irei poder aprender um pouco mais sobre a luta, e escrever um pouco sobre mim.
Ele após falar isto, se levantou, sentindo um pouco de calor. “Estou no deserto” pensou retirando o cachecol em volta do pescoço, jogando-o no chão ao lado do pequeno móvel. Retirou a capa, o colete, a gravata, as meias e os sapatos, colocando-os ao lado do cachecol.
- Acho que isso aqui precisa de uma cortina! – Disse, gritando logo em seguida, um feitiço, onde belas cortinas vinho, surgiram do nada, tampando um pouco da muita claridade que entrava na sala. – Esta melhor assim. – Concluiu. Qualquer pessoa que entrasse na sala, poderia se sentir um pouco intimidado com o tamanho dela e com a frieza dentro dela, mesmo fazendo muito calor nela. Qualquer pessoa, menos Sirius Black. Era isso que ele gostava nela: o tamanho e a frieza. Ele se sentia sozinho dentro dela, mas ao mesmo tempo, confortável.
Ele apertou o botão que lera antes: “Luta com Magia”, e entrou dentro do quadrado marcado pelo carpete. Seus pés nus, tocaram o solo macio.
“Este carpete possui magia.” Pensou. “Uma magia no qual amortece a tudo.” Assustou-se quando o chão abriu-se, saindo de dentro dele, um boneco de pano, com mais ou menos, a sua altura. “Como eu adoro magia.” Pensou, quando o boneco, se encaminhou para o quadrado marcado pelo carpete, fazendo uma reverencia, lançando-lhe um feitiço.
O boneco, era enfeitiçado para se movimentar igual a um humano. A cada vez que Sirius ganhava um duelo, uma luz se ascendia no peito do boneco, marcando suas vitórias.
Primeira luz.
Sirius ganhara pela primeira vez, lançando ao boneco, o feitiço: “Rictusempra”, que fez um buraco em seu peito, mas ele se auto reconstituiu logo em seguida.
Segunda luz.
O boneco estava mais ágil, mas Sirius ganhou novamente, quando ao desviar de um feitiço, lançou-lhe outro que no qual, fez o boneco perder a varinha.
Terceira luz.
O boneco se tornara ainda mais ágil, e assim, Sirius tambem se tornou. Com um feitiço escudo, Sirius o derrubara.
Quarta luz.
O boneco se tornara agressivo, e Sirius se surpreendeu quando um pensamento lhe veio à cabeça. “Este boneco foi enfeitiçado a me atacar bem ou mal de acordo com suas luzes. Ele não sente pena, não sente medo, e não possui consciência. Ele pode me matar sem ao menos ter saber o que esta fazendo.”
Quinta luz.
Sirius estava começando a ficar cansado, mas o boneco, continuava vivo e estava mais agressivo. Sirius surpreendeu-se quando o boneco atingiu-o com um feitiço no peito, e movido pela raiva, azarou-o com um feitiço no qual a pessoa é presa por uma corda invisível pelos tornozelos, dando tempo ao adversário para atacar.
Sexta luz.
Alguma coisa, dentro da consciência de Sirius, avisava-o que o que estava fazendo era perigoso, muito perigoso. Mas ele continuava duelando com o boneco. Seus movimentos eram precisos, precisos o bastante. Estava tão cansado, que parecia estar vivendo toda sua memória. Não sabia mais o que fazia, parecia um robô, mas sem pensamentos continuavam a mil.
De repente, a voz de Nicole veio-lhe a cabeça: “Um Black, sempre será um Black.” E movido pela raiva, mais que pudera compreender, gritou ao boneco, como se este, fosse o próprio Sirius:
- Eu te odeio! – e logo após, lançou ao boneco um feitiço tão forte, que o mesmo fora atirado para fora do quadrado de carpete, batendo fortemente na parede. Mas logo, o boneco se levantou, voltando a luta, com mais uma Luz no peito.
Sétima luz.
Sirius não estava mais importando se ia morrer ou se machucar ali, naquele quadrado marcado pelo carpete, pois a única coisa que importava a ele, ele espantou.
Oitava luz.
Machucado e cansado o bastante ele estava. Rosto ensangüentado, braço ferido, cortes profundos em seu abdômen, músculos doloridos: uma dor terrível para um ser humano enfrentar. O boneco, alem de atacar-lhe com feitiços, estava batendo nele.
Sirius achou que ia ser seu fim, quando o boneco lhe atingiu com um feitiço na perna, caindo no chão. O carpete absorveu a dor de sua caída, mas ele continuava inteiramente dolorido. Quando o boneco iria lançar-lhe o feitiço final, uma coisa o fez parar, recuar, e sumir.
Ele demorou um pouco para raciocinar que o havia acontecido, e quando isso aconteceu, levantou em um pulo do carpete.
- Você queria morrer? – perguntou uma menina que estava usando um vestido azul-marinho e o vestido possuía um capuz, que lhe tampava os olhos. Sirius pode observar com apenas a brecha do capuz que mostrava a boca e o nariz dela, que ela possuía rosto de fada: nariz e queixo fino, mas bastante delicados. Ela estava parada alguns passos a frente da pequena mobília. Ela aparentava ter uns nove anos de idade, e tinha mais ou menos um metro e meio de altura. Sirius se sentiu um pouco intimidado pela menina, mesmo a mesma parecendo ser frágil e sendo pequena.
- O que você esta fazendo aqui? – Perguntou ele a ela se aproximando um pouco do lugar onde ela se encontrava. – Nesta sala, você não pode entrar. – Completou.
- Você me imaginou ao imaginar esta sala. – Respondeu ela.
- Não podemos imaginar pessoas aqui.
- E quem disse que eu sou uma? – Sirius percebeu que ela não sentia mínimo medo dele. Ele sentiu um frio percorrer sua espinha quando ela disse aquelas palavras: “Que diabos é ela?” pensou.-
- Quem é você, e o que é você? – perguntou ele, se aproximando ainda mais dela, ficando uns cinco metros distante dela.-
- Meu nome e minha origem não importa.
- Por que não?
- Você me imaginou por um propósito, que um dia você entendera qual é.
- Por que você não pode falar agora?
- Por que se não, este propósito não será cumprido.
- Você falou que sua origem nem seu nome importavam. O que importa então?
- O que importa a você?
- Eu não estou entendendo. Aonde você quer me levar com esta conversa?
- Um dia você entendera. Mas agora que estou aqui, irei lhe dar um conselho fora do propósito.
- Que conselho?
- Já esta tarde Black... Muito tarde...
- Tarde? – Ele se aproximou mais dela, ficando apenas dois metros distante dela.-
- Tarde. – Repetiu.-
- Tarde para que?
- Vá embora daqui Black. Outro dia volte.
- Por que você esta falando isso?
- Por que existem pessoas procurando você pelo colégio inteiro querendo saber onde você esta, se preocupando com você.
- E quem são essas pessoas?
- Pense bem Black... Pense bem...
- Mas...
- Vá embora Black, esta é a ultima vez que lhe falo isto. Vá embora. – Sirius aceitou aquilo como uma ordem. Passou do lado da menina, sem fitá-la, e comecou a colocar suas roupas. Colocou suas meias, seu sapato, seu colete, sua gravata e por fim sua capa. Voltou a observar a sala, a menina tinha sumido.
- A magia às vezes me enlouquece. – Falou para si mesmo, aproximando de uma grande porta, que aparentava ser maior que a maior janela da sala, deu uma ultima olhada antes de sair.
Caminhava pelo corredor, mancando um pouco por causa da perna, estava com os pensamentos na menina que lhe aparecera na sala. “Já me aconteceu isso antes.” Pensou. “Já me aconteceu isto antes...” Seus pensamentos foram interrompidos, quando alguem gritou seu nome, logo em seguida, ouviu outro grito, outra voz. Virou o rosto para fitar o dono da voz, imediatamente.
Lílian e Tiago estavam correndo a sua direção.
- Sirius! – Disse a ruiva abraçando-o. – Onde você estava? Já é de manha! – Exclamou apontando para a claridade, que vinha de um buraco na parede. Ele olhou pelo buraco e percebeu que o sol estava um pouco em cima das montanhas. “Analisar aqueles livros tomou meu tempo.” Concluiu ele. Surpreendeu-se quando Tiago lhe deu um abraço tambem, e deu um sorriso. Compreendera as ultimas falas da menina.-
- Onde você esteve? – indagou o amigo. Sirius apenas sorriu.
- Você esta sangrando! – Exclamou Lílian colocando a mão no rosto dele.
- Sirius você esta bem? – perguntou Tiago colocando as mãos no ombro do moreno.
Sirius continuava sorrindo.
- Sirius fala alguma cosa! – Gritou Lílian, quase que ordenando. Ela tinha um desespero em sua voz.
Tiago, que ainda segurava-lhe o ombro, surpreendeu quando o amigo caiu de joelhos no chão. Uma brisa fria roçou-lhes as faces. O dia estava tão frio quanto o anterior.
- Vamos para a enfermaria! Ele não esta bem! – Falou Tiago a ruiva se ajoelhando e segurando Sirius. Ela fez o mesmo.-
Sirius pegou no braço onde Tiago segurava sua varinha.
- Ele quer dizer algo! – Falou Lílian quando Almofadinhas abriu a boca para falar algo, mas nada ele falou.
- Sirius fala comigo! O que você quer me falar? – perguntou Tiago. Mais sangue escorreu pelo rosto do rapaz. Sirius caiu no chão, ficando deitado. Lílian o rolou colocando sua cabeça em seu colo.-
- Sirius, me ouça, - comecou ela, colocando as mãos no rosto do garoto – nos vamos te ajudar.
- Eu... – disse finalmente Sirius.-
Tiago e Lílian ficaram em silencio.
- Eu... – Repetiu ele.-
- Sirius... – sussurrou a garota quando uma lagrima rolou pelo seu rosto. Ver o amigo daquele jeito lhe deixava muito comovida.
- Eu amo... – continuou.-
- Sirius nos vamos te ajudar. – Sussurrou Tiago ao amigo. Sua voz tremia.-
- Eu amo...
- Sirius... – sussurrou novamente Lílian.-
- Eu amo e... – Movido pelo cansaço que a luta lhe havia trazido, Sirius não conseguia terminar a frase.
Tiago pegou na mão do amigo.
- Eu amo el... – Sirius, agradeceu em pensamento a menina que havia lhe convencido de sair daquela sala. Se estivesse lá naquela hora, não haveria pessoas para o ajudar. Antes que pudesse terminara frase, ele desmaiou.-
Lílian chorava e soluçava fortemente. Colocou as mãos no pulso do amigo, e sentiu o batimento de seu coração.
- Ele desmaiou apenas. – Falou ela a Tiago.-
- Fique aqui com ele. – Disse ele. – Fique aqui com ele e não saia daqui. – Concluiu se levantando.-
- Aonde você vai? – perguntou a garota.-
- Procurar ajuda. – Respondeu Pontas, começando uma desesperada corrida

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