Veneno



N/A: Bonjuuuuu a todosss! Kero desejar a todos voces um otimo 2007 cheio de paz, harmonia, amor, esperanca, lealdade, e tudo de bom! Que voces sejem muito felizes!
Bem... mudando de assunto, aki vai mais um capitulo... Espero que gostem... E depois de ler comentem ta??? Brigadao por tudoooo!! Beijaoooooooooo

Capitulo 18 – Veneno

“Costumava reparar minha mãe arrumar uma coleção de frascos dela, onde ela colocava venenos mortais. Ela separava os venenos de rápido efeito dos de longo efeito. Ela contava-me, que os venenos de longo efeito serviam para casos especiais: acertos de contas e vinganças em geral. Este veneno era doloroso, muito doloroso, gerava tanta dor nas pessoas que o tomaram que estas, ficaram doidas. O veneno de longo efeito gera uma morte lenta. As pessoas que sofreram com a morte do rápido veneno, possuem muita sorte. Muita sorte.” – Comentário feito por um escritor do Profeta diário, ao escrever sobre um bruxo no qual tomou um veneno de longo efeito, e acabou se matando, pois não conseguia suportar a dor de si mesmo.”

- Sirius? – chamou Hagrid ao chegar em sua cabana. Já era de manhãzinha e o sol estava nascendo. O meio gigante balançou o moreno e se assustou. – Sirius? – chamou ele de novo, jogando seu guarda-chuva que trazia em sua mão no chão de qualquer maneira, colocando a mão no rosto do menino. Assustou-se. – Meu Merlin Sirius! Você esta queimando de febre! – Exclamou ele.-
Sirius abriu os olhos sonolento. Estava suando bastante, mas sentia muito frio. Um arrepio percorreu seu corpo ao lembrar o que estava sonhando. Estava em um lugar frio e escuro, parecia uma rua sem saída. Uma senhora, que parecia ter uns cem anos, apareceu do nada, e lhe agarrou pela camisa, sussurrando a frase ‘forte como um carvalho’ caindo no chão, morta.
- Irei te levar para a enfermaria! – Disse colocando o garoto em suas costas. – Madame Pronfrey precisa lhe examinar agora! – E ao acabar de falar isso, Hagrid chutou a porta da cabana, saindo correndo em direção a enfermaria.-
O dia estava calmo e um pouco frio. Algumas pessoas já se encontravam no salão principal, mas era raro encontrar mais de duas ou três pessoas em um mesmo corredor. Rapidamente Sirius foi levado para a enfermaria e recebeu os cuidados que deveria receber.
- Meu Merlin! – Exclamou Madame Pronfrey.- Você esta quei-man-do de febre! Obrigada Hagrid por ter sido gentil e tê-lo trazido para cá. Agora irei dar alguns remédios para ele... – e ela comecou a pegar um monte de poções no armário dela, começando a preparar uma nova. – Meu querido, - disse ela se referindo a Sirius, que agora se encontrava sentado sentado em uma cama, um pouco tonto.- coloque um pijama e se acomode. – Sirius obedeceu à enfermeira.-
- Hagrid... - chamou ele após ter colocado um pijama, deitado em sua cama e se coberto. -
O homem se assustou um pouco ao ouvir seu nome, e se aproximou do garoto.
- Sirius? – falou.-
- Desculpa te incomodar. – Disse o moreno. Sirius pode observar que Hagrid não deixou de sorrir ao ouvir aquelas palavras.-
- Sirius, não foi incomodo nenhum. – Respondeu sinceramente.- Isso não foi nada em comparação que você já fez por mim.- Madame Promfrey colocou um mini caldeirão na mesa de cabeceira da cama de Sirius.-
- Beba Black, e depois descanse. – Falou ela.-
- Obrigado. – Respondeu a ela.- Obrigado você tambem Hagrid. – Se dirigiu ao amigo, se servindo da poção do caldeirão.-
O meio gigante lhe fez uma referencia com a cabeça sorrindo, se despedido da enfermeira tambem, e logo após saiu da enfermaria.

Sirius acordou com um movimento de Madame Promfrey em seu lado fechando o cortinado. Sentou em sua cama, e viu, através de uma brecha do cortinado, o relógio marcando três da tarde. “Nossa eu dormi tanto assim?” se perguntou. Cheirou a poção em cima da cama da cabeceira. “Madame Promfrey colocou poção do sono. Por isso dormi tanto.”
Acomodou-se direito na cama, empurrando as cobertas até suas bochechas. Estava frio. Fitando o teto, Sirius ainda podia relembrar sem esforços a noite anterior, seu sonho e por fim, Hagrid lhe trazendo para a enfermaria, lhe dizendo palavras sinceras e beneficentes. O silencio era tanto na enfermaria, que isto lhe deixava um pouco perturbado.
Ouviu passos de Madame Promfrey, e ela reclamava algo como: “Não descansei a noite inteira, não descansei a noite inteira, estou muito cansada!”. E de repente a enfermeira abriu o cortinado limpando o mini caldeirão, colocando uma nova poção lá dentro, logo após, colocou duas barras de chocolate do lado do mini caldeirão. O moreno fingia dormir.
- Tenho que ir ateh Professor Slugron. – Disse ela para si mesma, baixinho, mas num tom em que Sirius ainda podia ouvi-la.- Ele me prometeu me dar alguns ingredientes. Como estou cansada! – Completou, se virando, fechando o cortinado manualmente. Sirius esperou a porta da enfermaria bater para se levantar.-
- É impressão minha, ou estou sozinho mesmo na enfermaria? – disse caminhando ateh o gabinete de Madame Promfrey. Em cima da mesa, estavam várias poções. Sirius pegou aquela que continha a informação “Poção do Sono”. Ele observou uma caneca grande, no qual estava cheia de cafeh. Na caneca, estava escrito “Madame Promfrey”. – Cara enfermeira, acho que esta na hora de você descansar não? – disse, virando meia poção do sono no liquido, logo após fechando-a cuidadosamente e correndo para sua cama.-
Quando o moreno acomodou-se na cama, ficando na mesma posição que a enfermeira lhe vira antes de sair, ela entrou na enfermaria com uma grande caixa na mão, e depositou-a em cima de sua mesa, logo após isso, fechou a porta. Sirius comecou a rir gostosamente, quando ouviu roncos vindo de dentro do gabinete dela.
- Acho que eu irei dormir mais um pouco. – Disse, se virando de lado e fechando os olhos. – Mas acho que Madame Promfrey vai dormir até amanha.-
Dez minutos se passaram e Sirius ainda tentava dormir. “Não é possível!” pensou. “Não consigo dormir!” esperou mais um pouco, o que pareciam ser dois minutos, “Desisto!” disse a si mesmo se sentando na cama e pegando uma das barras de chocolate e comecou a comer.
Após comer as duas barras de chocolate, Sirius percebeu que o silencio que antes reinava na enfermaria, não estava tão perturbador quanto antes. Ouvia sem menores esforços Madame Promfrey roncando, mas ouvia uma outra coisa tambem. Parecia um choro.
“Que diabos é isso?” perguntou a si mesmo, se referindo ao choro, jogando as cobertas para longe de seu corpo levantando-se da cama em um impulso sem fazer barulho. “Vem do quadro.” Percebeu ao ouvir o choro mais forte, quando colocou o ouvido em um buraco da parede ao lado do quadro. “Ou não. Vem alem do quadro”. Analisou. “É uma passagem secreta.” Passou os dedos pela borda do quadro. “Essas marcas demonstram que é uma passagem secreta.”
Empurrou o quadro para o lado, o objeto hesitou.
- Quem é você? – perguntou uma senhora de cabelos negros, mas seus olhos eram azuis como a imensidão do mar. Notou que a velha tinha algo familiar no rosto, algo que Sirius já conhecia.-
- Sirius Black, senhora. – Respondeu ele.-
- O que você quer com minha neta pirralho? – resmungou a velha.-
- Minha senhora, - comecou ele com formalidade- com todo o respeito nem sei quem é sua neta. – “Há algo nesta velha que me faz lembrar de minha mãe” pensou.-
- Lógico que sabe quem é ela pirralho! Ela só fala em você! – “Acho que eu sei o que me faz lembrar de minha mãe nela, é a falta de educação com as pessoas”.-
- Quem é sua neta? – perguntou friamente.-
- Nicole Cruz. – Respondeu a velha.
- A Cole ta ai? – perguntou ele se interessando mais na velha. – O que ela faz na enfermaria?
- Você é burro ou é só a aparência? Qual o motivo das pessoas virem na enfermaria?
- Pois estão doentes...? – chutou Sirius.-
- Sim exatamente. – Respondeu e velha, erguendo a sobrancelha, se mostrando tão bruxa quanto a mãe dele era.-
- Mas ontem ela estava bem quando eu a vi. – “Será que aconteceu alguma coisa?” pensou.-
- Meu filho, - comecou ela - Nicole esta doente, muito doente, há muito tempo.
- Deixe-me entrar. – Ordenou.-
- Não deixo. Não há nada para você ver lá dentro. – falou rispidamente a velha, começando uma irritação dentro de Sirius.-
- Alguem esta chorando lá dentro. Pode ser ela, eu preciso entrar. – Falou ele, com esperanças que a velha entendera seu desespero, com o que estava chorando dentro daquela passagem secreta.-
- Não há nada para você ver lá dentro. – Repetiu ela.-
- Você é uma idiota ou o que? Sua neta deve estar sofrendo... – Resmungou Sirius, por enquanto sua irritação aumentava cada vez mais e mais. “Eu já vi essa velha antes. Tenho certeza.” Pensou.-
- Eu já falei, mas irei repetir, não há nada para você lá dentro. – Repetiu a velha de novo. Sirius apenas suspirou tentando se controlar.-
- Ainda ouço o choro... – Disse baixinho, se lamentando, pela velha não o deixar entrar.-
- Não é ela que esta chorando filho. – Falou por fim ela.-
- Então é quem? – Perguntou Sirius, um pouco desconfiado da velha. “Ela pode estar falando isso só para eu ir embora, ou ela esta falando a verdade. Nunca se sabe. Essa velha esconde segredos que eu sei. Por isso que é tão difícil prever o que ela ira falar.” Pensou.-
- Você faz perguntas de mais.
- E você me responde de menos. Então, vai me falar quem esta chorando?
- Um quadro.
- Um quadro? – perguntou Sirius um pouco desapontado, mas ainda sim, curioso.-
- Sim. Um quadro, como eu sou.
- Mas eu nunca ouvi este quadro chorar quando vim na enfermaria, e posso lhe disser que foram muitas vezes, após jogos de quadribol. – Retrucou ele, erguendo as sobrancelhas e cruzando os braços.-
- É por que hoje é um dia difícil para ele e agradável para mim. Dependendo da ação de Nicole pirralho, amanha poderá ser um dia difícil para mim e agradável para aquele quadro.
- Por que o quadro chora? – perguntou ele, por enquanto a curiosidade aumentava dentro dele. “O que aquele quadro tem haver com a Cole?” se perguntou. Mas nada dentro dele poderia responder. Ele apenas esperou um pouco impaciente pela resposta da velha.-
- Pela vida de minha neta, ou melhor, pela morte. – Respondeu ela, com uma sombra de um sorriso nascendo no rosto enrugado dela.-
- Nicole morreu? – perguntou se aproximando do quadro ficando de joelhos, na altura dele.-
- Não, mas vai. – Respondeu ela, friamente.-
- Todos morrem um dia, inclusive eu irei morrer. – Falou ele se erguendo novamente, fitando seriamente a velha.-
- Em breve pirralho, em breve.
- Em breve?
- Sim, em breve.
- Por que?
- Pela desobediência, pelas mentiras e pela falar de respeito e paciência da mãe dela. Bem feito.
- Deixe-me entrar. Imediatamente! – Mandou Sirius de novo, gritando agora. Nada poderia esconder o desespero que estava dentro de si. Nada. Seu coração batia rapidamente, sua respiração estava ofegante, sua voz saia tremida de sua garganta, e ele estava começando a suar frio.-
- Não garoto. Não o deixarei entrar. – Respondeu ela, sorrindo armagamente, percebendo o quão desesperado o garoto parado em sua frente estava.-
- Eu não sou um garoto! Tenho 16 anos, e exijo que você abra esta porta. Preciso ver Nicole neste exato momento. – Gritou ele fortemente. Sua irritação estava no auge.-
- Pirralho, neste quadro pareço ter de sessenta a setenta anos, mas eu vivi cento e dez anos de minha vida. O que são desseseis em cento e dez? Chamo-te de garoto, pois isso que você é para mim, um garoto. – Respondeu ela, com um sorriso ainda maior naquele rosto enrugado.-
Sirius não falou nada, apenas bufou de raiva daquela velha. “Se eu não soubesse que era a avo de Nicole, acharia que era mãe de minha mãe.”
- Mas por que você iria querer falar e ver minha neta? – Ela indagou.-
- Para ver se ta tudo bem... – respondeu.-
- Você é ingênuo. Muito ingênuo. Vi que você ficou surpreso ao descobrir que Nicole ira morrer não é mesmo? – perguntou secamente.-
- Ela não me contou mas...
- Ela te enganou Black. Ela não confia nem acredita em você.
- O que você esta falando? – Sirius sentiu as mãos tremerem de raiva.-
- Ela te enganou Black. Ela não confia nem acredita em você.
Sirius a olhou irritado.
- Ela te enganou Black. Ela não confia nem acredita em você.
- Para de falar isso! – Gritou. Agora sentia suas pernas tremerem tambem.-
- Ela te enganou Black. Ela não confia nem acredita em você.
- Por que não? – perguntou ele, fechando as mãos sobre o punho. Sentia-se muito irritado. Não sabia que era por que a velha estava falando mentiras, ou por que ele estava começando a acreditar nas mentiras da velha.-
- Por que ela é uma farsa! Vocês dois são! – Gritou ela, como resposta.-
- Por que você esta falando isso? – Gritou ele igualmente.-
- Ela te enganou Black. Ela não confia nem acredita mais em você. Nunca acreditou. – Berrou mais ainda.-
- Cale-se. – Ordenou uma voz feminina vindo de traz dele. Ele gelou, mas sentiu-se totalmente grato por aquela voz aparecer, pois ela sugara totalmente sua raiva. Mas alguns segundos conversando com aquela velha, ele poderia fazer algo que nem mesmo pensou em fazer: se matar.-
- Eu falei garoto! Falei que não tinha nada para se ver lá dentro! – Falou a velha, rindo em seguida.-
- Eu não o mandei se calar, - respondeu Nicole secamente – Mandei você se calar, sua velha repugnante e asquerosa! – Gritou Nicole. A velha engoliu seco.-
- Eu falei apenas a verdade garota. – respondeu ela.-
- Mas ocultou a parte mais importante, não é mesmo?
A velha riu gostosamente. Sirius nunca percebera Nicole falar com tanta aspereza com alguem. Sentiu um pouco de dó de Nicole, mas ao mesmo tempo, sentiu as mentiras dela engasgar-lhe o pescoço.
- Você velha, representa tudo de ruim que há no mundo, principalmente em minha família. Você representa o pecado e a vingança do passado, a raiva no presente e minha morte no futuro! – Berrou a morena, se colando a frente de Sirius sem olhar para ele. Ele recuou um pouco para traz.-
- Não fale assim de mim! Eu exijo mais respeito com minha pessoa! – Resmungou.-
- Então nunca vai tê-lo! Você matou minha mãe e em breve, ira me matar! Nunca irei lhe tratar com respeito, você não merece!
- Já discutimos este assunto antes Nicole, e quem saiu ganhando fui eu. – Sirius observou que a velha falara “eu” com uma estranha entonação.-
- Ora vovó, você nunca saiu ganhando, por isso mesmo deu o veneno para minha mãe tomar. – Sirius achou estranho Nicole chamar aquela velha de vovó.-
- Você me trata como se eu fosse uma traidora! – Gritou.-
- E não é não? – Gritou a garota gesticulando com as mãos. Ela sentiu suas pernas, braços, e mãos tremerem, assim como Sirius sentia. A raiva era tanta na garota, que lhe corava nas faces. Algo que nunca ira ser totalmente esquecido.-
- Não eu não sou! Sua mãe que foi! Fugir de casa daquele jeito para se casar com um trouxa...
- Minha mãe fugiu pois aquilo era melhor para ela!
- Ela sabia das conseqüências! Ela poderia ficar ali, e me enfrentar, mas não, fugiu, pois sabia que iria perder, ela não suportava a verdade. Não, nananinanão. Sua mãe não suportava a realidade.
- Que realidade? – perguntou a garota friamente espremendo os olhos.-
- A realidade do não. Sua mãe poderia esperar um ano, um ano apenas, ateh ela se tornar maior de idade para se casar, mas não esperou. Sua mãe violou umas das regras mais sigilosas das famílias de puro sangue! – Sirius estremece um pouco com os berros da velha. “A família de Nicole parece a minha” pensou. “Ou ateh pior”.-
- Regras nasceram para ser quebradas! Acredito que a senhora nunca se preocupou quando minha mãe violou alguma!
- Não me importava com nada que sua mãe fazia após de envolver com aquele maldito trouxa quando não tinha meu nome na historia no meio! Sua mãe, falsificou minha assinatura, me roubou e desonrou o nome da família para se casar com aquele rapaz!
- Você a trata como se ela não fosse sua filha! – Nicole se ajoelhou no chão, comprimindo os dedos das mãos na palma.-
- E você a trata como se ela fosse uma heroína, fugindo desse jeito!
- Esta seria uma historia linda de amor, que seria ainda mais linda se você não entrasse no meio!
- Esta seria uma linda historia de amor que seria linda se sua mãe fosse paciente e parasse de fugir como ela fazia, ou melhor como você faz.
Sirius notou as faces de Nicole corar ainda mais ao ouvir aquilo. Seria raiva de sua avo que permitisse esse tal acontecimento? Perguntou-se. Não. Seria raiva de si mesma. Ele, naquele exato momento viu que era uma barreira na vida de Nicole. Era duro admitir-se que ela estaria doente, e precisaria se tratar, mas esta era a realidade, a realidade que nem Nicole adimitira antes existir. Ele estava a impedindo de ir. O amor que ela sentia por ele estava impedindo-a de ir.
- Acho melhor parar com esta discussão. – Disse por fim Sirius, quando uma lagrima seca rolou pelo rosto da garota.-
- Sirius... – chamou ela, sem olhar para ele.-
- Ouça o que eu tenho para lhe falar Nicole. – Disse-lhe caminhando ateh a garota, parando diante dela. Suspirou e deu uma olhada de soslaio para a janela, no qual, notara algumas nuvens bastante carregadas, começarem uma tempestade. Nicole se levantou do chão.- Sua avo tem razão. Você tem que aceitar que esta doente e ir se tratar.
- Não posso Sirius! Tenho muito a viver! – Exclamou ela, por enquanto outra lagrima rolava por seu rosto, e mais outra, e mais outra, e mais outra...-
- Você terá ainda mais se você se tratar!
- Mas o veneno que aquela víbora enjeitou em minha mãe, e no qual, inconscientemente passou para mim, é incurável!
- Eu sei Cole, mas existem antídotos que prolongam a vida, diminuem a ação dos venenos e acabam com a dor que esses venenos lhe trazem!
- Não posso ir Sirius... Agora que eu estou tirando boas notas aqui... Agora que eu falei que eu gosto de você... – Sirius hesitou naquele momento em que ela falou aquilo. “Droga! Por que eu tenho que gostar dela tambem?” pensou.- Que foi? – perguntou ela. – Por que essa cara? Não me diga... Não me diga... Não me diga que não gosta de mim.
Sirius não respondeu. Apenas não poderia falar que gostava dela e praticamente expor a garota a morrer mais cedo. Não. Não podia.
- Não, você não gosta. – disse ela sem emoção. Um sentimento estranho comecou a reinar em Nicole em relação a Sirius. Um tipo de raiva misturado com rancor. Reviveu mentiras e mais mentiras em apenas um segundo. Agora ela tinha a verdade. A pura verdade. Mas o que ela não sabia, era que a verdade, era apenas uma mentira mascarada. – Não lógico que não gosta. – Falou inesperadamente, quebrando o silencio perturbador que reinara entre os dois.- Por que você nunca falou a verdade em sua vida.
- Nicole melhor parar com isso e se descansar...
- Você fala em te ouvir, mas agora você que vai me ouvir... Fique tranqüilo, pois o que eu falar aqui será apenas a verdade. – Mais um conjunto de lagrimas rolou pelo rosto dela.-
- Nicole... – Chamou Sirius em um triste tom. “Desculpe por te fazer sofrer”.-
- Cala a boca Sirius! – Gritou ela batendo suas mãos no peito dele fortemente. Este gesto doera muito, mas ele não se importou.- Pela primeira vez que eu me senti bem por ser quem eu sou vejo que foi tudo em vão!
- Nicole...
- Que foi Sirius? Vai se desculpar? Por que se você for fazer isto, é melhor não fazê-lo por que você sabe a resposta.
- Nicole, para de ser egoísta! Eu estou fazendo isso pelo seu bem! – Ele se sentiu idiota por falar aquelas palavras.-
- Egoísta ? – perguntou ela, por enquanto Sirius engolia seco.- Egoísta ? - repetiu ela. – Sou eu quem esta morrendo Sirius, não você! Então não ache que a egoísta sou eu!
- Mas Cole, você não percebe que assim não é melhor?
- Por que você esta dizendo isso? Por que você esta se achando um herói por me fazer sofrer me mandando para um merda de um hospital onde lá eu irei viver mais, mas em compensação pior? – gritou ela.-
- É! – Berrou ele.- Estou me chamando de herói mesmo! Por que essa é a minha opinião! – Ela o olhou com desdém.-
- Agora eu percebo, que um Black, sempre será um Black.
- O que você esta insinuando?
- Que você, sempre será um Black mentiroso, bandido e assassino.
- Nicole...
- Ora Sirius! Não minta desta vez! Você mentiu para mim a sua vida inteira! Um tigre nunca muda suas listras assim como você nunca vai parar de ser o que você é!
- Acho melhor de falar bobagem sobre mim. – falou ele secamente.-
- Acho que nunca falei tanto a verdade na minha vida. Você é igual à víbora de sua mãe e ao assassino de seu irmão!
- E você é igual a quem? A sua mãe? Lógico que tinha que ser igual! Pois vocês duas sempre fugindo e nunca aceitando a realidade, a verdadeira realidade!
- E qual seria a minha realidade?
- Que você esta morrendo! – Sirius sentiu uma leve inquietação. Estava falando igual a avo de Nicole.-
- E dês de quando você se importa com isso? Dês que quando você descobriu que tem dó de mim?
- Não é isso...
- Então é o que? Não preciso que você sinta dó de mim! Já basta eu me sentir assim!
- Nicole...
- Devolvo neste exato momento cada palavra doce que você disse a mim, cada presente que você me deu, - ela jogou uma pulseira que ele havia lhe dado em seu aniversario no chão – e devolvo cada beijo que você me deu. – E cuspiu.- Pois de você eu não quero nada. Muito menos seu amor.
- Nicole...
- Vai embora! Você não percebe o quão de mal você já fez a mim hoje não?
- Nicole...
- Vai embora! O show acabou. – A ultima frase ela estava se referindo a Lílian, Tiago, Remo, Ana e Pedro, que estavam na enfermaria provavelmente indo ver os amigos, mas não esperavam ver os dois brigando. Lílian estava segurando um buquê de flores na mão, e Ana segurava duas caixas de feijaozinhos de todos os sabores.-
Ela arredou o quadro da velha, sua avo, mas quando ia entrar em sua ‘ala particular’ foi surpreendida com a voz de Sirius.
- Se você não para de fugir das pessoas hoje, vai continuar a fugir para o resto de sua vida. – a voz de Sirius estava tremendo.-
- Não vai me restar muitas fugas não é mesmo? Já que eu estou morrendo. – Respondeu friamente.-
- Você precisa ir se tratar. – Esta voz, era surpreendentemente de sua avo.-
- Já que a senhora insiste vovó, eu não vou me tratar. – Respondeu entrando totalmente na passagem alem da parede, batendo o quadro de sua avo ao fechar.-
Os cinco amigos ficaram olhando Sirius sofrer em silêncio, imóveis e cautelosos. Ele em um gesto rápido abaixou-se e pegou a pulseira que ele dera a ela em seu aniversario, e foi para perto de sua cama, e fechou o cortinado, saindo de lá, totalmente vestido.
- Sirius... – Chamou Tiago ao amigo ao perceber que o moreno estava se direcionando a porta da enfermaria .-
- Me deixa Tiago. – respondeu ele, colocando o cachecol, antes de sair pela porta. O dia estava realmente frio.-
- Deixa ele Tiago. – Falou uma ruiva ao garoto, pegando em seu braço delicadamente, quando o mesmo se encontrava se direcionando para a porta. – Você o ouviu.
- Mas Lily, ele pode fazer alguma besteira...
- Tiago, você não vai ficar servindo de baba para ele a vida inteira... Vamos... Depois agente conversa com o Sirius e a Cole... Eles precisam de um tempo para ficar sozinhos... Vamos embora...
- Vamos. – Concordaram todos.-

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