Abeforth Dumbledore



Voldemort se movia devagar. Rony e Harry estavam desacordados. Snape embora consciente, parecia muito mal. Gina ainda estava presa na parede.
-Vamos! Rápido vocês aí! – gritou Abeforth apontando para Hermione e Draco – temos que sair logo daqui.
Tentou então lançar um feitiço em Voldemort para estupora-lo, mas um raio preto o dissipou, era Bellatriz.
-Saíam daqui! – gritou Dumbledore pegando Fawkes no chão.
Ele e Bellatriz, que descobriram ser a senhora que os espionava, começaram a duelar quando ela gritou:
-Não vão sair daqui vivos!
Hermione desceu as escadas lançando um feitiço onde Gina estava, ela caiu e correu até Harry. Draco foi até Snape, já o estava levitando, levando-o para fora da casa, de onde poderiam aparatar.
Voldemort já parecia estar resistindo ao encanto de Aberforth, mas ele fora bem executado, e Bellatriz o impedia de dar um jeito em seu mestre.
Hermione correu até Rony, estava vivo, ela conferiu.
-Como vamos tirar o Harry daqui? – falou Gina desesperada olhando para seu amado desmaiado, com uma madeira atravessada na barriga.
-Não temos escolha Gina! Temos que tira-lo de qualquer jeito. Draco, ajude? – Mione pensou que nunca iria pronunciar essas palavras em uma mesma frase.
-Só me faltava essa! – falou Draco irritado – ter que ajudar uma sangue-ruim e uma traidora do sangue por causa de um idiota.
Mas soltou Snape, correu até elas. Ele segurou o corpo inerte, que esfriava, de Harry, enquanto elas o puxavam para fora.
-Não idiotas! – falou Draco – cortem a madeira, deixa ela assim, se não vai começar a sangrar.
Bellatriz soltou um riso, todos viraram, Dumbledore estava no chão, fora atingido por Voldemort, que já conseguira lançar um feitiço apesar da lentidão. Mas ele logo se levantou, mas sangrando no braço esquerdo. Gritou:
-ANDEM LOGO!
Hermione cortou a madeira, Gina levitou Harry e o levou para fora, enquanto Hermione levava Rony e Draco o Snape.
Atravessaram os portões as pressas.
Abeforth Dumbledore vinha vindo de costas ainda duelando com Bellatriz, estuporou-a.
Correu até os garotos. Voldemort apareceu na porta procurando-os.
-Granger e Weasley levem eles – mostrou Harry e Rony – para Hogwarts, já vou lá – e puxou Draco e Snape pelo braço e desaparatou, enquanto Mione e Gina faziam o mesmo com Harry e Rony.
Voldemort ainda lançou um feitiço, mas eles escaparam com um grito terrível dele.

******

Abeforth aparatou com Draco e Snape no Saint Mungus, uma curandeira veio rapidamente até eles:
-O que aconteceu com – mas parou abruptamente ao reconhecer Snape – é ele! O Comensal responsável pela morte de Dumbledore!
Sem muita paciência, Abeforth respondeu:
-Minha senhora, eles não são quem a senhora pensa.
-É? Como pode provar? Quem me garante que você não está do lado deles?
-Porque eu sou irmão de Alvo Dumbledore – diante da rosto de espanto, ele continuou – agora que nos entendemos, Severo foi atingido por algum feitiço, quero que o leve, não o deixe receber visitas, nem encomendas, nada. Quero segurança.
-Mas os senhores não estavam brigados? – perguntou.
-Não discuta, estou falando sério, logo entenderá, logo todos saberão, mas faça o que lhe pedi.
-Sim, senhor – respondeu ainda meio contrariada e chamou mais alguns que escutaram a conversa, e levaram-no.
-Ele vai ficar bem? – perguntou Draco a Dumbledore.
-Ah sim, creio que sim, mas isso não é o mais importante agora. É a vida de Potter e a sua segurança, você está em alto risco, e sem o Harry para lhe dizer a sede da ordem, se torna um alvo fácil.
-Não acho que virão atrás de mim, não sou importante suficiente.
-Não? É melhor não arriscar, eu tenho certeza que é importante suficiente para ser morto após uma traição dessas.
-Certo então.
-Agora vamos para Hogwarts, mas antes vou te deixar no Cabeça de Javali.
E aparataram.

*******

Hermione e Gina aparataram nos portões de Hogwarts, estava escuro e sombrio o local.
-Vamos logo! Não podemos ficar assim, aqui – disse Gina preocupada olhando para o seu anel que brilhava intesamente.
Hermione avançou para o portão e tentou abri-lo mas nada, lançou alguns feitiços e nada acontecia.
-Hogwarts é protegida! Me esqueci! Não tem como passar sem que alguém desfaça o feitiço e agora deve estar mais.
Parecia prestes a chorar de desespero ao contemplar Harry e Rony levitando novamente agora, Harry já estava ficando branco, ainda mais frio.
-Ele está muito frio – disse Gina segurando um braço inerte de seu namorado – se não passarmos logo, ele pode... – não teve coragem de dizer o resto, mas Hermione sabia o que ela iria falar.
-Não, Harry é forte – e olhou para Rony, acariciando seu rosto – o que será que Voldemort fez com ele?
-Boa coisa não foi – respondeu Gina preocupada.
Houve um estralo, elas assustaram e olharam para trás, Abeforth acabara de aparecer ali.
-O que estão fazendo aí? Já deviam estar lá dentro! – ralhou.
-Não conseguimos passar – respondeu Hermione com cara de choro.
-Os encantamentos que protegem Hogwarts, são muito fortes – concluiu Gina.
-Ah, entendo, deixe-me ver se consigo – avançou até os portões, murmurou algumas palavras, e nada acontecia.
-Já sei! – exclamou Hermione.
Ela enfiou a mão no bolso, e pegou uma moeda, e a apertou, dando um toque na varinha.
-Brilhante Mione!
Abeforth não entendera nada no momento, mas passado um minuto McGonagall aparecera na frente do portão e ele finalmente compreendeu.
-Ah sim, muito esperta. Vamos logo.
Minerva parou olhando o irmão de Dumbledore.
-O que faz aqui? – disse ela rispidamente.
-Vamos Minerva, não é hora para se lembrar do passado, olhe Harry e Rony.
Ela pareceu meio confusa por um momento e olhou-os então, quase caiu de costas.
-O que...esperem – e começou a desencantar para que pudessem entrar.
Demorou algum tempo, e eles entraram, ela lacrou novamente com os feitiços e começou a andar rapidamente com todos ao seus calcanhares.
-O que aconteceu? – disse ela preocupada.
-É uma longa história, Minerva, primeiro vamos colocar eles para serem curados, enquanto isso lhe contamos tudo.
As portas de carvalho se abriram e eles entraram subindo a escadaria de mármore e indo para a Ala Hospitalar.
Minerva não parava de dar olhares preocupados a Harry e Rony.
-Como que... – começava – Papoula! – ela apareceu de sua sala e ao ver os dois naquele estado correu ao seu encontro deles.
-Coloquem-nos nas camas. Ai, pelas barbas de Merlin! Vamos, rápido!
Os pousaram cuidadosamente nas camas.
-Vamos! Agora saiam todos! Preciso fazer alguma coisa, olhem o estado dele – e apontou para Harry – Minerva, fique para me ajudar, vou precisar, agora o resto, saia logo.
-Mas – começaram Gina e Hermione.
-Saiam agora! – berrou Madame Pomfrey.
Sem escolha rumaram para fora, com Abeforth que disse:
-Vou ter que me separar de vocês agora, vou avisar a Ordem dos acontecimentos.
As duas ficaram sozinhas, sem conseguirem dizer nada. Então, o silêncio foi quebrado por alguns murmúrios baixos, viraram para a possível origem deles, era um grupo de alunos.
-Mas, Hogwarts não fechou? – perguntou Mione meio chorona, quando Simmas aproximou-se delas.
-Ah sim – disse ele – fechou, mas estamos aqui porque nossas famílias acharam que teríamos mais segurança aqui.
-É verdade? – perguntou Dino – que Harry e Rony estão aí? Machucados?
Elas confirmaram com a cabeça.
-Por que? – perguntaram alguns alunos juntos.
Elas levantaram os olhos e viram vários antigos colegas: Simmas, Dino, Cho, Susana, Parvati, Padma, Colin, Denis e Ernesto.
Haviam outros, mas não os conheciam. Então, disseram em unisom.
-Voldemort.
A maioria quase caiu para trás, recuando alguns passos, ficando brancos.
-Você-sabe-quem? – disse Ernesto – Mas como...eu sempre percebi que Harry e ele estavam ligados, mas porque?
-Bom, não podemos contar – disse Gina sombriamente.
-E o que é isso na sua mão, Hermione? – perguntou Dino interessado.
Só aí que Hermione foi perceber que ainda carregava a Tocha.
-Ah, bom, é...é uma coisa importante.
-Mas que coisa? – insistiu.
Por sorte antes de responder Cho avançou até elas.
-Mas eles vão ficar bons, não vão?
Gina deu alguns passos para a frente e para o lado para encara-la.
-Vão sim, porque? – disse rispidamente.
-Ah bom, você ainda está saindo com o Harry?
-Não, agora estamos namorando – disse com firmeza.
Cho vacilou um pouco, e começou a recuar.
-Ah, certo...boa sorte para vocês.
Ela e alguns alunos começaram a sair, como se tivesse perdido a graça o encontro e as novidades.
Sem dizer mais nada, os outros também saíram logo depois, despedindo-se delas.
-O que fazemos com a Tocha? – perguntou Gina.
-É melhor esperarmos para ver o que o Harry acha – olhou para as chamas verdes – ela é tão facinante, não é? Essas chamas...e agora, meu deu uma vontade de colocar meu rosto nelas...se eu fizer isso, algo me diz que será bem mais fácil descobrir as Horcruxes e destruir Voldemort, é só...
-Não! – gritou Gina pegando-a da mão de Mione que aproximara muito seu rosto dela – a maldição Mione!
Por um momento pareceu que Hermione ia atacar Gina, mas então dispertou.
-Ai, é tão..tão tentadora! Você não sente?
-Não – disse Gina calmamente agora, mas um pouco preocupada.
A porta da Ala Hospitalar se abriu e Minerva veio até elas.
-Então professora? Eles vão ficar bem? – perguntaram imediatamente.
-Sim, vão sobreviver – disse – seu irmão, só estava com alguns ossos quebrados pelo que disse Papoula, causados por uma queda. Mas Potter estava realmente mal, mais um pouco e morreria, mas o que aconteceu? – seus olhos pousaram sobre a Tocha – não me diga que é a Tocha da Chama Verde?
-É sim professora – confirmou Gina.
O olhar de Minerva vacilou, ficou vidrado e foi avançando para Gina.
-Me deixe segura-la, não é seguro para vocês.
Gina a puxou mais para trás, e disse:
-Não! Professora! – e escondeu a Tocha atrás de si.
Sem a visão dela, Minerva voltou ao normal.
-Ela é muito mágica – disse – como você resiste?
-Não sei – respondeu Gina simples, e começaram a contar o que havia ocorrido.

Mais tarde, quando a história já havia sido narrada e as perguntas feitas, Madame Pomfrey apareceu.
-Muita sorte a deles! – disse enraivecida – podem entrar agora, Potter ainda está desacordado.
Avançaram correndo para a Ala Hospitalar. De fato, Harry estava com o abdomem e o tórax enfaixados e dormia, Rony estava sentado com cara de dor ainda.
Hermione correu até ele e lhe abraçou.
-Ah, Rony! Por que você foi fazer aquilo? – disse lhe beijando várias vezes no rosto lembrando a Sra. Weasley.
-Alguém tinha que ajuda-lo – disse sorrindo – AI! Meu braço Mione! Mas o que aconteceu depois?
E ela contou a Rony que abria a mais a boca de espanto em cada palavra dita, enquanto Gina estava debruçada sobre Harry, segurando-lhe a mão.
Rony e Hermione foram até ela e Harry.
-Daqui a pouco ele acorda – disse Rony consolando a irmã – Madame Pomfrey disse, mais um pouco só, mas vai ter que tomar essa poção durante um dia inteiro – apontou para uma cômoda ao lado da cama de Harry.
Hermione puxou-a e leu.
-Sangue-de-dragão! Deve ser para repor o sangue de Harry e cicatrizar mais rápido.
-Se você diz – disse Rony.
-Encontramos muita gente aqui – disse Gina e contou-lhe.
-Aí veio a Cho – já estava no fim – perguntando de você e do Harry, mas era claro que queria é saber dele – apontou seu namorado – perguntou se ainda estávamos saindo, e eu disse que não, que estávamos namorando agora, e então...
-Disse que estava com saudades dela?
Os três viraram-se. Harry estava deitado, de olhos abertos e sorrindo, mas logo descobriu que fazer isso lhe dava dor.
-Ah é? Sr. Potter!? – disse Gina indo até o seu pescoço e o abraçando.
-Assim, vai ter que ser – disse ele brincando, e puxou mais para cima e lhe beijou na boca.
Quando se soltaram, Gina exibia um sorriso enorme, mas começou a chorar, Harry nunca a vira agir assim.
-Gina o que foi? – perguntou.
-Você! – disse chorando – podia ter morrido! Eu...eu quase fiquei louca te vendo naquele estado...ah Harry! – e pulou novamente em seu pescoço abraçando-o muito forte dessa vez – quando vi aquilo, queria que não fosse você...que tivesse essa cicatriz! Eu te amo tanto!
-Gina, mas eu a tenho, não tem volta.
-É, eu sei, chega pra lá! – disse forte de uma vez.
Harry meio assustado chegou, fazendo muita força, Gina subiu na cama e deitou ao lado dele, descansando seu rosto no ombro de Harry, Rony olhou para outro lado, ela o abraçou.
Harry não sabia o que fazer, mas com extrema força, doendo a cada centímetro que movia, abriu o braço em que ela estava com o rosto no ombro, e passou-o por ela, e com o outro acariciou-a no rosto.
-Tudo bem, Gina, lembra que eu te prometi que vou sobreviver? – Rony e Hermione voltaram a olhar para eles, ambos com olhares severos para Harry, diante dessa promessa – eu vou cumpri-la – disse com determinação.
Ficaram quietos por um momento, então Harry voltou a falar:
-O que aconteceu? Era o Dumbledore?
-Era, mas o irmão dele – disse Hermione pela terceira vez naquela noite e contou.
Minerva, Papoula e Abeforth entraram na sala.
-Saia daí Srta. Weasley! – disse Madame Pomfrey severamente – ele precisa descansar!
Ela saiu a contragosto. Madame Pomfrey foi até a cômoda e pegou a poção, colocou-a em uma colher e deu a Harry que tomou com uma cara horrível.
-Prefiria o outro tratamento, estava bem melhor – disse sorrindo para Gina que retribuiu o sorriso.
E Harry se lembou:
-E Snape e Draco? – perguntou se lembrando deles lutando ao seu lado – estão realmente do nosso lado?
Abeforth disse calmamente:
-É o que parece não? Snape deixei no St. Mungus, e Draco está em um local seguro por enquanto.
-Mas como? – disse Minerva abruptamente, isso não era costume dela – eles foram os responsáveis pela morte de Alvo, não poderiam estar do nosso lado.
-Isso só saberemos quando falarmos com eles. Agora temos assuntos mais importantes, era a Tocha que buscavam, não é?
-É sim – disse Harry se sentando – cadê ela?
-Não, Potter, precisa descansar...
-Não posso, não há tempo a perder – disse Harry se levantando e sentindo uma enorme dor nas costas que o fez sentar novamente.
-Está vendo o porque, Potter? – disse Papoula.
-Então tragam a Tocha aqui, mas estou avisando, não vou ficar aqui muito tempo.
Gina foi pegar a Tocha que havia escondido. Voltou com ela, e Harry perguntou:
-Por que você a escondeu?
-Ela causa tentação de ser usada do modo que a pessoa é amaldiçoada – disse sabiamente Gina – Mione e a professora McGonagall sentiram isso.
-E eu também – disse Rony – quando a fui pegar, ela parece que tornaria tudo mais fácil, só bastava colocar a cabeça nas chamas.
-É – disse Abeforth – realmente, tornaria muito mais fácil, os poderes que ela tem são enormes, foi uma das fontes dos poderes de Voldemort no passado.
-Certo, então não podemos fazer isso – disse Harry olhando a Tocha, a pegou, mas não sentiu nenhuma tentação – não estou sentindo nada – disse.
-Eu também não sinto – falou Gina – por que será?
Abeforth olhou fundo nos olhos de Harry, seus olhos azuis como o do irmão, fazendo Harry sentir por um momento que estava falanco com Alvo Dumbledore.
-Dumbledore nunca mencionou que tinha um irmão, só Moody que me disse uma vez – disse Harry curioso.
-É, digamos, não éramos muito ligados. Ele, o filho perfeito, mas não tinha inveja dele, meus poderes não são iguais ao dele, mas são bons como devem ter percebido, eu só não me interessei pelo futuro que ele escolheu.
Harry olhou profundamente em seus olhos.
-Está mentindo! – disse secamente.
-O quê? – perguntou Dumbledore desconcertado.
-Sabe, eu absorvi alguns poderes de Tom, entre eles a Legilimencia, então é bom contar a verdade.
-Quando isso, Potter? – perguntou rapidamente Minerva.
-Não importa, mas ele não percebeu minha presença, posso garantir – disse para despreocupa-la – mas isso não importa, conte a verdade. Eu saberei se não o fizer – lembrou-se de Snape.
Abeforth suspirou, olhou para os lados analisando cada parede do aposento, tentando ganhar tempo.
Minerva o olhou com interesse, dizendo:
-Então, a minha razão para não gostar de você, é, na verdade, men...?
-Sim, é mentira. Meu irmão e eu forjamos aquela briga para que não nos descobrissem.
Harry, Rony, Hermione e Gina fizeram cara de quem não estava entendendo nada.
-É, não a mais o porque esconder isso, estamos na guerra, e tudo mudou com a morte de meu irmão. Quando Voldemort estava no auge no passado, Alvo fundou a Ordem e me pediu um favor. Eu era na época um Inominável, é claro que ninguém sabia disso, nem mesmo Corlénio Fudge, quando assumiu o Ministério. Ele, é claro, me colocou na Ordem, mas precisava de alguém em quem pudesse confiar para guardar alguns segredos, caso ele morresse, então, como podem imaginar, me escolheu. Só que precisava parecer que estávamos brigados, porque a primeira pessoa que Voldemort pensaria ter os segredos de Alvo era eu. A primeira coisa era eu sair do Ministério, já que havia muitos homens de Voldemort infiltrados lá. Então tive a idéia de provocar minha expulsão. Eu fingiria roubar alguma coisa, e meu irmão me denunciaria. Foi o feito, com isso todos meus arquivos foram apagados do Ministério, ninguém nunca mais soube que eu trabalhei lá, isso foi feito por precaução, porque na verdade eu não roubei nada de importante, então peguei uma pena de seis meses em Azkaban apenas.
Ele parou para tomar fôlego, e Rony perguntou não se contendo:
-Você foi para Azkaban só para um plano dar certo? Você poderia ter morrido lá!
-Em guerras há sacrifícios que são preciso ser feitos, e confesso não foram os melhores meses da minha vida. Mas tudo deu certo. Quando sai, eu e Alvo brigamos, com o pretexto dele ter me denunciado. Eu cheguei a lançar uma maldição nele, claro que não ia fazer efeito, mas era justamente o plano, porque Minerva estava lá, é claro, ela desviou o feitiço e avançou para mim e eu desapareci. É esta a razão para ela me odiar, certo?
-É, exatamente isso – disse Minerva de boca aberta com a história.
-Então – continuou – nosso plano estava indo perfeitamente, Minerva testemunhara a nossa falsa briga, todos os bruxos agora não gostavam de mim, talvez exceto Voldemort. E, como previmos, ele veio me procurar para entrar para seus serviços. É claro que não fui, mas não se pode bater a porta no rosto de Voldemort dizendo “não”, ele vai atrás de você até te convencer, ou te matar. E eu não poderia viver com a ajuda de Alvo, descobririam logo. Então ele teve uma idéia, abrir um Pub, poderia ouvir as fofocas, e Voldemort veria que não sou uma ameaça, e qualquer um, mesmo não gostando de mim, iria ao pub, já que todos gostam de beber as vezes. Mas como devem ter percebido, meu bar não fez muito sucesso, o Cabeça de Javali nunca foi convidativo, primeiro porque sabiam que eu era o dono, e segundo porque eu não o limpava, para dar um aspecto de que estava arruinado, de que não recebia nenhuma ajuda.
“Mas, todos sabem da nobreza de meu irmão, e é claro, ele tinha que a demonstrar em relação a mim, ao contrário, seria suspeito. Então, quando precisou fazer a entrevista para uma nova professora de Adivinhação, dois anos depois, ela o convidou para encontrarem lá, e ele foi, dando a impressão que queria reaproximar. E, nessa vez, quase todo nosso plano foi por água abaixo.”
-Snape, não é? – perguntou Harry.
-Sim, enquanto ele fazia a entrevista, eu atendia os clientes, e um passou despercebido, e subiu as escadas, por sorte eu escutei um barulho, um ranjido, e, mesmo achando que não teria importância alguém ouvir, achei melhor retirar o intruso. Subi devagar, e vi para minha surpresa que era um comensal, a marca estava visível. Eu gritei, não de medo, mas de surpresa, ele me atingiu com um feitiço fazendo eu rolar degraus abaixo. Ele começou a correr, vi o rosto dele, em um sorriso demoníaco, era Snape, tentei estupora-lo, mas ele escapou. Subi novamente as escadas, e abri a porta, Trelawney terminava uma profecia, a sua profecia Harry, e Alvo estava pálido, nunca o vi temer alguma coisa, foi a única vez. Mas não podíamos conversar na hora, descobririam, então quando Trelawney se recuperou após ter feito a profecia, fingi estar batendo mandando-os sair.
“Depois conversamos, não sabíamos se Snape diria a Voldemort, é claro ele percebeu na hora o plano, mas isso só ele pode responder, porque Voldemort nunca me procurou depois disso.”
-Então – disse Harry – Snape talvez, desde esse dia estava do nosso lado?
-Sim, talvez, mas só ele pode confirmar isso.
-E quais os segredos que compartilharam? – perguntou Hermione.
-Quando Trelawney fez a profecia, foi a única hora que nos arrependemos do plano, pois eu lá, poderia proteger o registro da profecia das mãos de Voldemort, que presumimos gostaria de ouvi-la inteira. Mas era tarde demais. Fora esse segredo, ele me contou das horcruxes, da Tocha, feitiços antigos.
-Então, o senhor sabe como fazer a Tocha mostrar os segredos de Hogwarts? – perguntou Gina.
-Sim, eu sei, estão prontos para ver?
Todos concordaram ansiosos com a cabeça.
Abeforth puxou a varinha, pegou a Tocha, colocou no chão, todos levantaram ficando de frente para ela, ele tocou com a varinhas as chamas e murmurou:
-Nunca cutuque um dragão adormecido! – a varinha foi tomada por um verde igual ao das chamas, a Tocha levitou, e as chamas tomaram conta de dois metros de altura por dois metros de largura. Apareceu a figura de Salazar, sorrindo malignamente para eles em frente a uma porta, ela se abriu e ele entrou, deixando-a aberta.
-Entrem – disse calmamente Abeforth aos demais que estavam assustados.


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Obrigado pelos comentários, quem pediu para avisar, estou avisando. Esperto que gostem desse, eu realmente tive trabalho para escreve-lo, a história toda, não foi fácil, mas consegui. Comentem, por favor!

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