Na casa de Slughorn



-Venham jantar! – chamou a Sra. Weasley à porta do quarto onde estavam o quarteto.
-Já vamos, mamãe – respondeu Rony – vamos lá? Escutei minha mãe falando que ia fazer frango assado com batatas e pudim de creme de sobremesa. Não quero perder por nada.
Eles foram se levantando, mas Harry continuou sentado na cama e agarrou o braço de Gina quando ela se levantava.
-Vamos ficar um pouco aqui, Gina?
Ela concordou com um sorriso e aceno de cabeça, dizendo:
-Podem ir, já vamos!
Eles escutaram Rony resmungar, quando fechou a porta “Já vamos!”.
Gina não falou nada, se largou aos braços de Harry que a beijou apaixonadamente, aquele perfume floral percorrendo cada centímetro do seu corpo, lhe dando coragem para o que ia fazer.
Não sabiam a quanto tempo estavam se beijando, quando foram interrompidos por Finneus Niggelus, que apareceu no quadro tossindo para chamar a atenção.
Eles se separaram e olharam para ele.
-Potter, Potter.
-O que está fazendo aqui?
-Nada, McGonagall me pediu para averiguar como estão as coisas.
-Diga a ela que está tudo bem, e com licença – foi pegando um lençol para tampar o quadro enquanto ele gritava:
-Não seja mal-educado, Potter, ou eu grito e os condeno!
Ele se foi, Gina sorria, parou e então disse:
-É melhor descermos mesmo, devem estar nos esperando.
-É. Só porque aquele lá – e apontou para o quadro – nos interrompeu.
Eles desceram à escada rindo e jogando pragas em Finneus. Adentraram a cozinha, e para surpresa de ambos, nem foram notados, somente após alguns minutos a sra. Weasley os viu.
-Ah, até que enfim – Harry já ia corar – vamos jantar agora, então – ela completou para alívio dele.
Naquela noite, Harry ingressou os novos membros da Ordem, oficialmente, após o banquete preparado pela Sra. Weasley, que incluía o que Rony havia lhe falado, e este devorava ferozmente o prato, diante das exclamações indignadas de Hermione.
-Rony! Vai mais devagar! RONY! Você me molhou com o suco de abóbora!
-Descul..pa Mione – disse ele de boca cheia, apanhando um guardanapo, e começou a limpar o rosto de Hermione onde tinha respingado o suco. Quando percebeu o que estava fazendo, corou e perdeu a fome. Harry jurara ver Hermione sorrir, de um modo diferente, depois que Rony a limpou.
-Agora vocês estão conosco – disse Harry a Neville, Luna e Percy depois de todos estarem satisfeitos.
Moody, Lupin, Tonks e a família Weasley estavam na sede da Ordem também. Harry sentou-se, e Hermione se levantou com uma caixa que tilintava. Harry e Rony entreolharam-se pensando ser distintivos do F.A.L.E., mas não era.
-Eu tive uma idéia – começou Hermione – é igual quando nos encontrávamos na Armada de Dumbledore. Fiz um feitiço Proteu em umas moedas, quando tivermos em perigo é só apertarmos elas, então esquentaram as demais e a pessoa verá nela a localidade de onde está o outro em perigo. Não sei se irão querer, mas estão aqui – e abriu a caixa com várias moedas bruxas aparentemente normais.
-Brilhante idéia! – disse Moody – não sei porque não a aceitar – e já foi pegando a sua.
Os demais também parabenizaram Hermione e pegaram as suas moedas.
-Precisamos definir nossos objetivos. O que cada um de vocês estão fazendo? – perguntou Harry.
-Se me permitem – disse Moody – eu e os gêmeos estamos no Beco Diagonal. Tonks e Lupin patrulham Hogsmeade. Quim e Arthur estão no Ministério. Outros de nós nas ruas como um todo. Carlinhos e Gui em Hogwarts, junto com a Prof. Minerva.
-Certo – disse Harry – e o que exatamente estão fazendo?
-Patrulhamos, impedindo ataque de comensais, tentamos persuadir pessoas a vir para o nosso lado. E procuramos Snape e Draco Malfoy.
Harry sentiu uma onda de raiva apoderar-se de seu corpo.
-Mas Harry – começou agora Arthur – queríamos lhe falar sobre a visão que teve. É provável que você tenha entrado na mente de Você-sabe-quem, igual há dois anos. E você se lembra do quanto ruim foi para todos nós isso. Você tem que parar com isso.
-Eu sei que é errado. Mas é diferente daquela última vez, ele não me percebeu, e tive acesso a outras partes da mente dele e acho que pude...
-Como assim, outras partes? – perguntou Lupin preocupado.
-Pensamentos em segundo plano – mentiu Harry rapidamente, não seria nada bom revelar que copiara poderes de Voldemort. Ele foi repreendido pelo olhar de seus amigos e namorada.
-Sei.
-E acho que se eu continuar vendo esses pensamentos, podemos ter uma vantagem.
-Sim Harry, podemos – agora era Tonks que falava – mas a que preço? Dele te descobrir e usa-lo?
-Mas isso fez com que eu salvasse várias vidas no casamento! – falou Harry.
-Claro, mas e se fosse uma armadilha?
-Mas não foi! – disse Harry em um tom estranho à sua voz, todos pararam olhando-o, era um tom frio – eu vou – voltara ao normal agora – continuar, enquanto achar seguro.
-E como fará parar? Você nunca foi bom em Oclumência – disse Lupin.
Essas palavras despertaram o ódio de Harry novamente.
-Mas posso ser – respondeu friamente – Agora quero que me escutem – disse voltando seu olhar aos gêmeos que conversavam.
Harry sabia que precisava falar agora com a Ordem, mas tinha medo, um tipo de reunião, mas não uma.
-Pessoal – começou Harry sem jeito, mas imediatamente todos pararam e olharam para ele, isso lhe provocou uma sensação esquisita, todos olhando para ele com atenção, ele sufocou um riso e continuou – daqui a pouco – eram dez horas da noite - Rony, Hermione, Gina e eu saíremos para nossa missão.
-E qual é? – perguntou Tonks interessada.
-Desculpe Tonks, mas não posso contar, Dumbledore me pediu. Mas se eu achar que for preciso eu falarei, pode ter certeza. Agora, quero lhes avisar que é muito perigosa nossa missão e muito importante, sim, é a mais importante.
-Não podemos ajudar? – indagou Lupin.
-Não, um pouco sim, mas no fim não. Eu ainda não posso falar, na hora certa eu falarei, creio que será em breve.
-Mas se é tão perigoso como que só vocês quatro vão realizar? – falou Moody.
-Ainda não sabemos.
A Sra. Weasley que estivera quieta até agora falou do nada.
-Ronald e Ginerva Weasley, vocês não vão.
-Quê? – exclamaram indignados ao mesmo tempo.
-Eu vou sim – disse Rony – sou maior de idade, posso fazer o que quiser.
-Bem....é...mas...tá bom então Ronald – falou contrariada a Sra. Weasley – mas você Gina...
-Mamãe! Eu quero ir! Eu sei dos perigos, mais do que você e eu quero ir justamente por causa disso, se o Harry morrer eu quero...
A sala inteira ficou calada, o Sr. Weasley tossiu e disse:
-Gina, não vamos te impedir, mas por favor, tome cuidado e faça tudo que Harry mandar, porque sei que fará qualquer coisa para salvar sua vida se estiver em perigo.
A Sra. Weasley soluçava.
-Vamos mamãe – disseram os gêmeos – ela sabe se cuidar. E temos que ir agora também para o Beco Diagonal na nossa loja e vigia-lo que é nossa missão.
-Eu estou indo para o Ministério – falou Percy – vou conversar com o Ministro para apoiar você Harry.
-Olha isso – soluçava Molly – a família inteira....em perigo...
Arthur a abraçou enquanto os outros saíam. Um silêncio tomou conta, e Harry viu que tinha que finalizar.
-Bom, é isso. Neville e Luna, vocês receberão algumas missões, se não se sentirem prontos para realiza-las...
-Claro que estaremos – falou Neville.
-Pode contar com a gente – completou Luna.
Harry sentiu muita firmeza na voz deles, então virou-se para Gina, Hermione e Rony.
-Vamos?
-Agora, cara – falou Rony, dando um tapa nas suas costas.
-Não esqueça a capa, Harry – lembrou Hermione.
Gina só foi até seus pais e despediu-se deles, então esperou Harry buscar a capa e ele e os outros se despedirem e saíram, em meio aos soluços de Molly, para a noite fria, fecharam a porta e começaram a caminhar, Gina dera a mão a Harry.
Caminharam em silêncio durante uns cinco minutos, talvez assustados pensando em tudo que enfrentariam, com medo do futuro, mas nenhum olhava para trás, estavam juntos, para o que der e vier.
Harry parou, e eles fizeram o mesmo, soltou então a mão de Gina e disse-lhes:
-Olha – e lembrou-se de Dumbledore – eu quero a palavra de vocês que se eu mandar vocês se esconderem, esconderão, fugirem, fugirão, me deixarem, deixarão, me matarem e se salvarem, deixarão me matar e se salvarão. Prometem?
-Ah claro – falou Rony – com certeza, cabeça oca, vamos deixar você morrer e sair correndo que nem uns covardões, nem precisava ter dito isso. Harry! Vê se acorda, você acha que vamos fazer uma coisa dessas! Esquece, nem adianta falar.
-Não mesmo, pode guardar suas energias – falou Hermione.
-Isso mesmo, Harry Potter, você é o chefe, mas não vamos obedecer essas ordens bestas.
Harry fez força para não sorrir, sentia que tinha que quebrar o silêncio, mas não queria, estava tão bom ali, por sorte Rony o fez.
-Vamos, cara. Ele não fica parado dando ordens bestas para seus ajudantes, então não podemos. Estamos com você para o que der e vier.
Dessa vez Harry olhou para o amigo, e eles se abraçaram, um abraço de amizade verdadeira, eles só escutaram Hermione choramingar.
-Meninos...
E ser abraçada por Gina.
-Então vamos – falou Harry – temos que ir à casa de Slughorn, vocês não sabem onde é, mas eu levo vocês.
Eles seguraram nas mãos de Harry, e ele se concentrou aonde tinha aparatado um ano atrás com Dumbledore, fechou os olhos quando o abriu estava na frente daquela mesma igreja.

******

-Draco PARE! – ele já adentrava os portões da casa dos Riddle, Snape em seu encalço.
-NÃO! – ele continuava a correr.
Snape viu que não teria outro jeito e mentalizou “Petrificus Totalus” apontando para as costas de Draco. Ele caiu no chão, Severo caminhou até ele, o prendeu com cordas e tirou o feitiço que o imobilizara.
-Me solte! – falou Draco.
-Não – disse Snape – Draco, você precisa escutar, se você chegar assim, vai acabar com tudo, ele vai te matar também e depois a mim. Você está tão nervoso que não consegue fechar a mente.
-Que se dane o plano!
-Draco! – agora a voz de Snape era fria – você quer morrer? Você quer que sua mãe morra?
-Não – disse ele diminuindo a voz – mas quero que ele morra!
-Sim, eu também quero. Mas não vai ser fazendo o que você pretendia que vai mata-lo, só irá causar a sua morte e de Narcisa. Terá uma hora que ele descobrirá nosso segredo, ou nós mesmos teremos que revela-lo, mas não é agora. Pense Draco, quer morrer em vão?
Draco ficou parado, em silêncio, por fim disse:
-Mas e meu pai? Eu não vou vê-lo?
-Claro que vai, mas será controladamente, não fale com o Lord, somente se ele lhe dirigir a palavra.
-Certo. Você vem?
-Sim. Finite Incantatem – as cordas afrouxaram-se e Draco se libertou.
Eles saíram andando em direção à casa, Rabicho os atendeu e abriu a porta, eles entraram e Draco viu de cara sua mãe com seu pai nos braços.
-Filho! – disse ela.
Eles se abraçaram e ficaram quietos. Então Voldemort apareceu na sala.
-Olá, Draco. Viu o que seu pai pagou por ter errado tantas vezes?
-Vi, senhor – ele fez a maior força para não mostrar desprezo nessas palavras, mas não tirou os olhos de seu pai.
-Está superando isso bem, Draco. Vou até dar uma recompensa a você. Mandarei-lhe junto com Severo, novamente, em uma missão.
-E qual é, milorde? – disse Snape.
-Quero que fiquem em Godric’s Hollow por um tempo a partir de amanhã, manterei-os informado de tudo que acontecer e quero que me mantenham informado também.
-Podemos saber o por que, senhor? – Snape que falava.
-Creio que não. Mas é melhor irem desfarçados.
-Sim, milorde.
-Agora deixo-os para ir tratar de outros assuntos. Rabicho!
-Sim mestre – ele entrou tremendo pela sala.
-Chame Lobo, e alguns dementadores, uns trinta estão de bom tamanho, estarei esperando-os do lado de fora.
Rabicho estremeceu e saiu. Voldemort olhou uma última vez para Draco dizendo.
-Eu ia dar ele a Nagini, Draco, mas pensei melhor, a carne é muito ruim.
Draco não agüentou, olhou para Voldemort, um olhar vidrado de ódio. Snape percebendo disse:
-Vamos leva-lo para ser enterrado. Venha Narcisa e Draco.
Com um gesto da varinha ergueu o corpo de Lúcio no ar e saiu acompanhado de uma Narcisa que chorava e de um Draco que mordia os lábios para conter a raiva.
Voldemort saiu, os dementadores e Greyback já estavam em sua espera, mas não era só Greyback de lobisomem, haviam outros três que o seguiam.
-Se precisar deles, milorde – disse Lobo.
Rabicho estava de um lado, observando à sombra, a missão que era dita por Lord.
-Ora, não vai ser preciso, mas podem ir também, a carne é farta – e deu uma gargalhada que arrepiaria os cabelos da nuca de qualquer um – quero que vão à casa que Horácio Slughorn está e o mate, primeiro morda-o, sem contudo o matar, depois os dementadores podem se divertir, depois devorem-no. Ele está em, segundo minhas fontes, no povoado de Budleigh Babbertton.
-Com muito prazer, milorde.
-Andem, e não falhem.

******

-É aqui mesmo Harry? – perguntou Rony que via a torre da igreja cortar a lua-cheia.
-É sim. É o povoado de Budleigh Babberton. Vamos, temos que caminhar por aqui.
Um frio gelado cortava os seus rostos, e eles caminharam até uma esquina e viraram à esquerda. Andaram por uma longa rua e viraram novamente à esquerda, todos segurando a varinha com força por de baixo das vestes. Chegaram em uma casa de pedra bem cuidada, a mesma que Harry visitara com Dumbledore ano passado.
-É aqui.
Eles viram que o jardim estava normalmente bem cuidado, mas a porta estava escancarada, e as janelas com os vidros quebrados.
-Harry – chamou Hermione – será que os comensais o atacaram?
-Não, duvido muito. Tenho certeza que ele está aqui. Vamos entrar.
Eles entraram. A sala estava totalmente destruída, muito parecida com daquela última visita. Havia uma poltrona velha no meio da sala.
Harry se aproximou dela diante dos olhares confusos de seus amigos, puxou a varinha e cutucou a poltrona.
-Olá, prof. Slughorn.
A poltrona se transformou no velha Horácio, que se empertigou olhando a todos.
-Ai ai, estou velho para isso. Harry! Presumo que entendeu ser eu o remetente da carta?
-Sim, senhor. E resolvemos vir aqui para saber o que o senhor quis dizer com poder me ajudar.
-Ah claro, vejo que trouxe seus amigos. Olá srta. Granger e Weasley, e oi Robert!
-É Ron...
-Deixa Rony – disse Gina – não podemos demorar muito.
-Bom, o que é então professor? – perguntou Hermione.
-Não precisam mais me chamar de professor, a escola não está aberta. E o que é isso? Assim vou achar que vieram só para saber da ajuda...
-Não me leve a mal, senhor – falou Harry – mas o senhor sabe, o tanto que temos que fazer, as hor...
-Sim, sim, sim. E é justamente sobre isso que quero falar-lhes. Eu, praticamente influenciei Tom a fazer horcrux, e acho que agora tenho que ajudar que as destruam.
Ninguém respondeu.
-Bem. Não é difícil. Mas é perigoso. Primeiro precisam do objeto no qual está guardado a parte da alma.
Nem respiravam, Harry não tinha idéia de como destruir horcruxes, portanto ficou calado prestando toda a sua atenção.
-Então precisam de um outro objeto, livre de alma, extremamente poderoso, alguma coisa que contem magia poderosa.
-Mas que coisa? – perguntaram Harry e Rony juntos.
-Bom, acho que você conhece uma Harry. A espada de Gryffindor.
Harry se lembou da espada, quando a usou na Câmara Secreta contra o basilisco, mas se lembrou também que destruiu a horcrux com a presa dele.
-Senhor – disse ele – eu já destruí uma horcrux – Slughorn se espantou – mas foi com uma presa de um basilisco – ele se espantou mais ainda.
-Ah sim, é possível, porque ele é um animal de grande poder mágico também, mas não é recomendável, porque você só tem uma chance de destruir a horcrux, se falhar, você é amaldiçoado.
Harry se lembou da mão de Dumbledore.
-Então, após ter esse outro objeto – continuou Slughorn – você precisa golpear a horcrux, ela, provavelmente se rachará ou se partirá, então a alma escapará. Agora que tem que tomar cuidado: ela irá vir na direção de quem golpeou-a, junto com uma rajada de energia, que desloca qualquer um de tão forte que é. Mas a alma tentará entrar em seu corpo e o torna-lo o hospedeiro, por ter destruído o original. Por isso é amaldiçoado se não conseguir destruí-la.
-E como evito que ela se apodere do meu corpo? – perguntou Harry que tinha um certo pânico na voz diante da perspectiva de um Voldemort entrar em seu corpo.
-Você lança um feitiço nele. Um feitiço simples. Finite Incantatem!
-Mas quando eu destruí a horcrux, não saiu nenhuma alma.
-É porque ela já estava fora – disse Gina subitamente.
-Bom, mas é só isso?
-Sim, é só. Por isso que ela tem que ser bem escondida, pois não é difícil de destruí-la.
Uma dúvida despertou-se em Harry, e ele não conseguiu se conter:
-E se Voldemort fizer mais horcruxes, é possível?
-Oho, oho, vamos com calma rapaz. Você viu aquela lembrança, portanto concluo que concorde comigo que ele tenha feita sete, certo?
-Sim.
-Mas ele pode sim fazer mais. Porém, se dividir sua alma em muitos mais pedaços, ela ficará muito estilhaçada e perderá força, mais do que normalmente perde, e poderá se soltar dos objetos. Ele não cometeria um erro desses, mesmo que descubra que alguns pedaços de sua alma já foram destruídos. É uma questão de lei da natureza.
-Fascinante! – exclamou Hermione – mas não, eu nunca que faria – acrescentou diante dos olhares assustados de todos.
-E se a alma for posta em uma animal? Ou pessoa?
-Creio que é muito difícil que ele tenha feito isso, porque animal, pessoa, é mortal, levaria o pedaço da alma junto, a menos que tenha feito um feitiço muito complexo, é é possível.
-E para destruir? É a mesma coisa? – perguntou Rony adiantando-se a Harry.
-Quase. Basta só matar o bicho, ou pessoa. Como ele é vivo, ao morrer levará tanto a sua alma quanto a do bruxo.
Um apito soou, mas ninguém prestou atenção.
-Agora – continuou Slughorn – quero que me dêem proteção, após ajuda-lo dessa maneira. Quero ficar na sede da Ordem.
Harry olhou para os amigos, eles acenaram afirmativamente com a cabeça como se dissessem é justo.
-Certo – disse Harry, um frio invadindo-o – a sede da Ordem da Fênix fica...
Mas um uivo interrompeu o discurso de Harry, e quatro lobisomens pularam para dentro da casa, seguidos de dezenas de dementadores. Eles se destransformaram e Harry pode ver Lobo Greyback.
-Ora, se não é o Potter! O Lord vai ficar feliz em saber quem vamos levar a ele. Matem os outros!
Sem ação pela surpresa, e com a lua reaparecendo, dois lobisomens voaram para cima de Slughorn que caiu com estrondo no chão, gritando com as mordidas que lhe eram dadas. Greyback pulou em cima de Harry, e outro se juntou a Slughorn, os dementadores avançaram para Rony, Gina e Hermione, encurralando-as.
Todos estavam sem ação, os dementadores já estavam se satisfazendo, Slughorn não gritava mais, parecia estar morto e era devorado agora. Lobo aproximou-se mais de Harry, abrindo a boca, mais perto agora, estava a menos de cinco centímetros. Mais perto, ia morde-lo a qualquer momento, Harry pensava “é assim, nenhuma Horcrux destruída e todos nós mortos”, ele já sentia o bafo de Lobo e a saliva pingando em seu corpo.
Ele o ia morder, então de repente um estalo alto e um homem baixinho, gordo, apareceu na sala, ele foi na direção a Greyback esticando sua mão esquerda.

******

-Bellatriz, entre.
Ela entrou fazendo um reverência a Voldemort.
-Às suas ordens, milorde.
-Ótimo. Quero que vá a Godric’s Hollow, disfarçada e vigie Severo e Draco, sem que percebam.
-Claro senhor, mas, milorde desconfia deles?
-Bellatriz, acho que eu não preciso lhe responder isso, preciso?
-Não, não milorde, só responda se lhe achar conveniente.
-Muito bem, vá hoje, porque eles irão amanhã.
-E por que Godric’s Hollow, Lord das Trevas?
-Digamos que eu tenha um tesouro lá, mais alguma pergunta?
-Não, milorde, já estou indo.
E com uma última reverência, saiu.


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Conforme prometi, aqui está.
Demorei mais nesse, fim de ano cheio.
Mas espero que gostem, obrigado pelos comentários, e aguardo novos e notas.


OBS: talvez mudo o nome do capitulo depois.

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