A última lembrança



Harry, Hermione, Rony e Gina ficaram um momento calados, mas Rony se recuperou:
-Como que ele esteve conosco esse tempo todo e nunca nos falou nada? – perguntou indignado.
-Rony, o que você acha? – disse Hermione que parecia ainda absorver as informações – Dumbledore o confiou, não podia sair assim contando, só se ele morresse...
-Vamos sair daqui – disse Harry antes que Rony retrucasse – mais comensais podem vir ou até mesmo o Voldemort.
-Harry – chamou Gina – eles já vieram.
Todos se viraram e deram de cara com Lucius, e mais três comensais que não haviam sido feridos.
-Ora ora – dissse Lucius – não é que meu plano funcionou, todos foram embora e ficaram só os quatro, bem vamos acabar logo com isso, matem todos, menos o Potter, ele é do Lord das Trevas!
Lucius apontou a varinha para o corpo do vampiro morto e:
-Inferius!
Foi como se ele voltasse a vida e avançou para Gina que amedrontada ficou encuralada por ele, sua varinha inerte no chão a uns dois metros dela.
Dois outros comensais avançaram para Hermione que lançava feitiços freneticamente neles, mas sem concentração pelo susto e foi imobilizada por ambos. Lucius avançou para Harry.
-Potter – há quanto tempo espero por isso – Crucio!
Harry pulou para o lado e agarrou a varinha de Gina, mas não percebeu que Rony duelava com o outro comensal em suas costas e o feitiço alcançou Rony que se debatia.
-Ora, ora Potter! O que é isso? Deixando seus amigos sofrer no seu lugar. Isso não é certo, não, não, não... Matem a ruivinha!
-NÃO! – gritou Harry e se lembrando de um feitiço que aprendera enquanto estava na Rua dos Alfeneiros bradou – Finite Incantatem Expelliarmus! – mirando na varinha do comensal que ia matar Gina, atingindo-a com um raio azul.
-Avada Kedrava! – gritou o comensal, em meio a risos do feitiço de Harry, mas nada aconteceu, nada saiu da varinha – O que é isso?
-Não me digam? – disse Harry sarcástico – o senhor de vocês não ensinou-lhes esse feitiço? Mas como? Eu ensino, ele acaba com o poder da varinha por alguns minutos, é, é isso mesmo! Estupefaça! – mirando o comensal cuja varinha estava sem poderes, ele caiu duro no chão.
Rony se levantara mas foi pego por outro comensal que abraçava-o pelas costas e apontava a varinha para a sua cabeça.
-Potter, Potter. Venha conosco, ou matamos todos seus amigos – disse Lucius.
Harry olhou a volta, Gina estava encuralada pelo Inferi sem a varinha, Hermione era vigiada por outro comensal, ainda petrificada, e Rony estava na mira de um deles, se Harry fizesse algum movimento todos morriam.
“Pensa” Harry pensava “se ao menos eu conseguisse fazer contato com Rony pela mente”. “Harry?”. Harry assustou-se, ele ouvira a voz de Rony em sua cabeça ele o olhou, estava com uma expressão que também havia acontecido a mesma coisa com ele.
Lucius vendo o movimento:
-Potter, vamos, não temos o dia todo!
“Rony” pensou rápido “está me ouvin...sei lá o que, mas está me entendendo?” “Sim”. “ Uhm, certo, olha, abaixe-se rapidamente eu vou lançar um feitiço no comensal que está te segurando, você manda um feitiço no comensal que está com Hermione e depois entregue a varinha a Gina e diga a ela para usar o Lumus Maximum contra o Inferi, eu vou de encontro a Lucius, faça isso quando eu jogar a varinha de Gina para o seu lado, entendeu?” “Sim, estou pronto”.
-Lucius, você não aprende não é? – Harry queria tirar um pouco da atenção deles – já falhou tantas vezes, não sei como Voldemort ainda não o matou...
-Calado Potter! Eu não estou morto porque o Lord me acha digno de seu serviço...
-Até seu filho é melhor que você, e olhe que ele ainda é muito novo...
-Calado! – Harry conseguira, ele não estava prestando atenção, a fúria o dominara e Harry arremessou a varinha na direção de Rony.
Ele abaixou-se rapidamente, apanhou a varinha enquanto o comensal bradava:
-Avada Kedra...
-ESTUPEFAÇA! – gritou Harry antes e o comensal caiu estatelado no chão.
Harry virou-se para Lucius que estava muito branco.
-Crucio! – ordenou Malfoy.
-Protego! – e Harry virou-se para Rony que duelava com o comensal que encuralava Hermione, a qual se levantou recuperada e tomou o combate junto com Rony, que disse:
-Aguenta aí, vou ir...Gina!
Hermione assentiu com a cabeça enquanto desvia de um feitiço, Rony apontou para o Inferi que vinha em sua direção:
-Lumus Maximum!
O inferi caiu no chão, dando tempo a ele entregar a varinha a Gina e dizer:
-Use esse feitiço para mante-lo fora de combate.
E se virou para o comensal que Hermione lutava.
-Potter, eu não vou deixa-lo escapar – dizia Malfoy, embora não acreditasse no que falava.
-É? Quero só ver! Expelliarmus!
-Protego! – foi forte o feitiço e Harry foi mandado para trás sem cair no entanto – Serpensortia!
O mesmo feitiço que Draco usara contra ele em um duelo no segundo ano.
-Ah não Lucius, Draco não lhe contou, foi? Eu sou ofidioglota! – e sibilou para a cobra – Pare! – ela parou completamente – Pegue Lucius! – a cobra voltou-se contra Malfoy que foi recuando, mas bradou:
-Vipera Evanesco! – a cobra sumiu, mas para realizar esse feitiço descuidou-se de Harry que o atingiu com um Petrificus Totalus.
Harry se virou para Gina, ela mantinha o Inferi no chão e Rony e Hermione ainda duelavam com o outro comensal que viu Lucius no chão e aparatou para atrás dele, segurou o braço dele e aparatou novamente para trás dos outros dois comensais no chão e mirou em uma colher:
-Portus! Accio colher! – Todos viram o que ia fazer, mas não iam deixa-lo escapar, e bradaram:
-Estupefaça! – mas foi tarde, os feitiços se encontraram no ar, mas o comensal havia desaparecido.
-Hermione – disse Harry – como que faz para deixar de ser inferi? – perguntou olhando o vampiro que avançava novamente para Gina.
-Simples! Renervate! È o contrário do Enervate, deixa a pessoa desmaiada, mas quando se é um inferi, já está morta, portanto não pode desmaiar, então retira o poder que lhe foi concedido – explicou ela enquanto o corpo do velho vampiro caia no chão sem movimento.
Harry correu a Gina.
-Você está bem?
-Estou – mas ela parecia falhar ao dizer isso – é melhor irmos antes que voltem.
-Sim. Vamos logo, para a Ordem, aparatem!
Rony e Hermione aparataram instantaneamente.
-Venha, Gina – ela segurou a mão de Harry – Accio malão! – o malão parou em sua frente ele o agarrou e com um rodopio desapareceram.


-Então, eles voltaram? – perguntou a Sra. Weasley – e vocês fizeram tudo isso? Mas como vocês – apontou para Harry e Rony – se comunicaram pela mente?
-Não sei mãe – disse Rony – mas o que importa é que conseguimos nos safar.
-É mesmo – disse Hermione – graças a vocês dois – e virando-se para Rony que já corara um pouco com esse elogio – você foi perfeito Rony! Fez tudo certo!
Rony corou até a ponta dos cabelos que ficaram ainda mais vermelhos, seu rosto esboçou um sorriso, mas não disse nada, ficou olhando para Hermione.
Lupin sorriu, e disse:
-Vejam, Percy acordou.
Eles estavam no St. Mungus.
-Percy! – exclamou a Sra. Weasley chorando e envolvendo-o em um abraço – ah, filho! Que susto você nos passou! E salvou Rony!
-Tudo bem mãe – disse Percy – estou bem, cadê o papai?
O Sr. Weasley apareceu na porta do quarto, parecia aliviado mas não se dirigiu ao filho.
-Pai – chamou Percy – me desculpa, eu fiz muita coisa errada, não fiquei do lado da minha família, mas sim no do Ministério.
Arthur avançou e abraçou o filho. Harry, Hermione e Lupin perceberam que era melhor deixar a família a sós nesse momento.
Lupin fechou a porta e disse:
-Olhe quem vem aí! – eles se viraram e viram Neville e Luna se aproximarem.
-Hermione, Harry, prof. Lupin! – eles os cumprimentaram.
-Oi Neville! Luna, o que você está fazendo aqui? – perguntou Hermione.
-Meu pai, Bellatriz e outros comensais o atacaram, ele está em estado grave – ela falava com voz chorosa – acho que vou para Hogwarts, a escola está aberta para quem quiser se refugiar lá, então acho que estarei segura lá, ia ser o que o meu pai ia querer.
-Mas por que o atacaram? – indagou Harry que sentia pena de Luna.
-Porque ele estava publicando verdades sobre eles no Pasquim, então... – ela caiu no choro, e Hermione foi ampara-la.
-Minha avó foi para a Bélgica, ela queria que eu fosse, mas não fui! Quis ficar aqui e lutar! Vou para Hogwarts também, mas quero lutar com vocês.
Hermione olhou para Harry e viu a expressão dele... “Afinal, precisamos de mais membros, mas correrão risco de vida...”
-Harry, não! – disse Hermione – é perigoso!
-Mas não para vocês, não é? – perguntou rispidamente Harry se referindo a ela, a Rony e a Gina.
-O quê? – perguntaram Neville e Luna juntos curiosos.
-É o seguinte – disse Harry, mas Lupin o interrompeu.
-Harry não os force, só se eles quiserem e explique tudo para não tomarem decisão errada.
-Certo – disse Harry – Neville seus pais eram da Ordem da Fênix, que é uma organização que combate Voldemort e os comensais. Ela é secreta e está de volta, eu sou o fiel do segredo e o chefe, e tem vários membros, então, eu pensei, talvez vocês quisessem entrar para a Ordem, o que me dizem?
O rosto de Neville se iluminou em um sorriso.
-Minha avó me contou da Ordem e dos meus pais estarem nela, eu quero, e vou lutar com a mesma ou maior determinação do que meus pais.
-Eu quero também – disse Luna, porém não tão empolgada quanto Neville – vai ser como se eu tivesse amigos, de novo.
Todos ficaram sem saber o que dizer diante daquele comentário extremamente sincero de Luna, mas por fim Harry falou:
-Olhem, é muito perigoso, muitas pessoas morrem, ou – ele olhou para o Neville – bem, você sabe.
-Harry – disse Neville – eu sei que não sou um bruxo muito bom, mas eu quero ajudar, posso não fazer muita coisa, mas pelo menos alguma eu vou fazer, e vou vingar meus pais! – essas últimas palavras foram ditas com uma determinação que Harry sentiu uma profunda compaixão por ele, era o mesmo sentimento que tinha – vou voltar, e avisar meus pais, eles vão ficar muito contentes!
-Eu vou lá com o meu pai também! – disse Luna.
-É Harry – disse Lupin – seu pai e Sirius orgulhariam-se de vê-lo convocando mais gente para a Ordem, mas você tem que ter cuidado, é muito perigoso.
-É, eu sei – respondeu Harry – mas, é que tem uma coisa, eu ainda não posso contar, mas você vai entender.
A porta do cômodo onde Percy estava abriu e Molly saiu aos choros.
-Harry, querido, você.... – ela fraquejava em cada palavra – mais uma vez salvou alguém da minha família, não sei como te agradecer – e puxou Harry para um abraço que ele gostou, era como um abraço de mãe, mas se sentiu um pouco tímido – Percy quer falar com você – disse ela soltando-o – entre.
Harry avançou para a porta, os outros Weasleys estavam saindo, Harry entrou e fechou-se no quarto com Percy.
-Primeiro – disse Percy em seu tom pomposo de sempre, mas com uma modéstia no voz – quero lhe agradecer Harry.
-Não foi...
-Espere – pediu ele – e queria te pedir desculpas por tudo que fiz contra você, principalmente quando estava no seu quinto ano, eu fui egoísta, pensava apenas em mim mesmo e no meu futuro, mesmo acreditando que você, papai e Dumbledore estavam certos, eu fingi não acreditar para não me expulsarem do Ministério. Agora para reparar minha dívida, eu vou lhe ajudar com o Ministro, vou falar com ele pessoalmente e mostrar-lhe o que, de verdade, está acontecendo, e sei, que se ele entender, a Ordem e os aurores do Ministério juntos, estarão bem mais fortes para combater Você-sabe-quem e seus seguidores.
-Obrigado – disse Harry, que estava impressionado pela mudança repentina de Percy – não será nada mal se tivermos o apoio do Ministério.
-E mais uma coisa – pediu Percy – posso me tornar membro da Ordem?
-Claro! – exclamou Harry – quanto mais pessoas, melhor, e temos outros membros novos, essa noite, se possível eu os ingresso nela do modo mais...uhm...por falta de palavra melhor...formal. Por enquanto, saiba que – chegou mais perto de Percy e sussurrou – a Ordem da Fênix fica em Londre, Largo Grimmauld número doze.
-Obrigado, Harry! Agora, se não se importa eu quero descansar para sair logo daqui.
-Tudo bem.
Harry saiu e deu de cara com Luna e Neville.
-Meus pais – disse Neville em tom extasiado – ficaram muito contentes! Olhe o que eles me deram! – e mostrou, não um papel de bala como da ultima vez que Harry vira, mas um saco de balas, Harry sorriu, sinceramente para Neville.
-Venha aqui – disse ele, e contou aos dois a localidade da Ordem.

*******

-O QUÊ? – berrou Voldemort – como ousam falhar diante de um tanto de bruxos mesquinhos! E depois – virou-se para Lúcio – perder para quatro adolescentes, sendo que só o maldito Potter estava em posição de combate! Essa foi a sua última chance Lúcio!
-NÃO MILORDE! – Lúcio tremia, sua voz irradiava medo – por favor, milorde, me perdoe, eu não mais falharei.
-Levante-se! – ordenou Voldemort, numa voz mais calma, e Lúcio pareceu estar mais confiante – AVADA KEDRAVA!
O rosto de Lúcio se esvairou da confiança para o medo, e do medo para o vazio, e caiu no chão, branco, sem sentidos, sem olhar, sem vida...
-Eu lhe avisei Lúcio – dizia Voldemort, os demais comensais na sala se afastaram o máximo possível até as paredes, Narcisa havia caído no chão chorando – sua terceira falha grave, tsc, tsc, tsc. Que sirva de lição a vocês, não tolerarei falhas! Agora vão!
Narcisa saiu rapidamente da sala, soluçando e chorando.
-Snape! – chamou Voldemort. Severo entrou fazendo uma profunda reverencia a ele.
-Então – disse Voldemort – soube o que aconteceu?
-Sim, milorde, uma pena.
-Sim, sim, uma pena. Mas eu fico pensando, quem avisou o Potter...
-Alguém avisou? – pergunto Snape em um tom que esperava que fosse convincente – mas só o senhor, Draco e eu que sabíamos do plano.
-Isso mesmo que me intriga – Voldemort fitava Snape nos olhos – será que tenho um traidor?
-Não, milorde, claro que não.
-Bom que seja, Snape – ele estava desconfiado – bom que seja.... Agora vá.
Severo saiu, e ficou refletindo na porta da casa, até que Narcisa o encontrou.
-Severo... – soluçou ela – o Lord matou Lúcio!
-Que? – espantou-se Snape – mas por que?
-Não conte para o Draco, por favor Severo! Não conte...
Mas ela chorava muito, e saiu cambaleando. Snape pensou na reação de Draco ao descobrir, Narcisa não queria que contasse, mas seria pior, porque poderia descobrir pelo próprio Voldemort, e seria muito ruim.
Snape aparatou na casa dos Gaunt, entrou batendo a porta, fazendo Draco assustar-se.
-O que aconteceu? – perguntou Draco – por que você...
-Sente-se – mandou Snape sentando-se também – Draco, o Lord matou seu pai.
Draco ficou pálido, não respondeu, focou seu olhar em Snape como se esperasse ele desmentir o dito, mas nada aconteceu, então ele gritou:
-POR QUE? – ele tentava segurar as lágrimas, mas não obtia muito sucesso – aquele – e chingou Voldemort – eu não agüento mais! Primeiro me obriga a fazer coisas! Agora mata meu pai! Eu vou ir lá agora!
-Draco não – segurando-o – lembre do nosso plano....
-EU NÃO ESTOU NEM AÍ PARA O PLANO AGORA! Eu quero esmagar o Lord – e cuspiu no chão – aquele sangue-ruim!
Draco esquivou-se de Snape que tentou lançar um feitiço para impedi-lo, mas Draco defendeu.
Saiu pela porta e aparatou, Severo atrás dele pensando “lá se vai nosso plano”.


******

Quando voltaram a Ordem, na tarde do próximo dia, Harry encontrou McGonagall a sua espera. Percy já estava recuperado e estava com eles.
-Potter – disse ela – a herança que o prof. Dumbledore te deixou chegou, eu mesma a trouxe.
-Sério professora? Onde está?
-Está no seu quarto e de Rony.
-Obrigado – e voltando-se para Rony, Hermione, Gina, Neville e Luna que observavam a Ordem com extrema curiosidade – vocês podem ficar conhecendo a Ordem, Neville e Luna. Vocês vem comigo?
-Sim – disse Rony – vamos.
Eles subiram em direção ao quarto, Rony abriu a porta e lá estava, em cima da cama de Harry a penseira e os frascos dos pensamentos, ao lado do seu malão. Harry sentou-se ao lado da penseira e ficou olhando-a lembrando-se dos momentos que havia passado com Dumbledore, Gina sentou-se ao seu lado e o abraçou.
-Harry – disse Hermione – se tudo bem para você, nós gostaríamos de ver as lembranças, o que você acha?
-Por mim tudo bem, mas quero ver com vocês, talvez eu veja algum detalhe que me escapou e seja importante, depois vemos a nova lembrança que ainda não vi.
Ele pegou os frascos, que estavam rotulados e os despejou no liquido semi-transparente da penseira e todos mergulharam nela e viram todas as memórias.
Após terem visto a última, Gina estava branca.
-Isso me faz lembrar o diário – disse ela.
-É – falou Harry – ele era uma horcrux.
Gina olhou-o espantando mas se recuperou rápido quando seu irmão disse.
-E essa Harry? Vamos ver agora?
-Ah sim, vamos.
Ele pegou o frasco não intitulado e que continha uma lembrança inédita para todos e despejou na penseira, ela rodopiou por alguns segundos e parou, eles mergulharam.
Se encontraram em um aposento familiar, era a sala de Dumbledore. Ele estava sentado em sua cadeira com o queixo apoiado sobre as mãos que tinham os dedos juntos, em uma posição bem típica dele. O Chapéu Seletor estava em um banquinho atrás de Dumbledore, a espada de Gryffindor em cima de sua mesa.
Três batidas foram dadas na porta, e Dumbledore disse:
-Entre.
Horácio Slughorn entrou pela porta fechando-a.
-Olá Alvo. Por que me chamou? Espero que não seja para voltar a dar aula.
-Ah não, não – disse Dumbledore calmamente – é que eu gostaria de ver uma lembrança sua.
-E qual? – Slughorn adotara uma postura mais defensiva.
-Sabemos que você foi o professor preferido de Tom, e fontes me informaram que uma vez ele perguntou ao senhor sobre Horcruxes, e...
-E EU não respondi nada – começou gritando e diminuindo o tom depois.
-Disse sim – a voz de Dumbledore continha aquela força que Harry só vira nele – você nunca foi um bom Oclumente.
-Tá bom, eu te dou a lembrança – ele parecia pronto para isso, colocou a varinha na têmpora e retirou um fio prateado que ficou pendurado na varinha, aquela lembrança que Harry sabia que era falsa, colocou a mão no bolso e tirou um benzoar – Precaução... – tirou um frasquinho e a depositou dentro – Aqui está Alvo, mas quero lhe dizer, você não acha possível que Tom tenha feito uma horcrux, acha?
-Ah não, Horácio, uma não... Obrigado – estendeu a mão e pegou o frasco, que Harry sabia conter a lembrança falsa – Agora, espero outra visita se não se incomoda.
-Não, não, até mais – e saiu apressadamente.
Dumbledore guardou o frasco e instantes depois alguém bateu na porta novamente.
-Entre, Tom.
Todos olharam para a porta, e nela entrou um Tom muito diferente daquele das outras lembranças, suas feições não eram nada bonitas, faltava pouco para se tornar como era hoje. Seus olhos, ainda pretos, olharam o aposento e se detiveram um pouco mais no Chapéu Seletor e na Espada.
-Dumbledore – sua voz era aguda e fria – vai me dar o cargo?
-Não. Nunca, já lhe disse isso.
-Mas por que não? – insistiu Voldemort.
-Simplesmente Tom, porque eu sei que o que você realmente quer é isso – e apontou para a espada.
-Por que eu a ia querer? – mas tinha um medo na voz – e não me chame de Tom, eu não gosto, me chame de Voldemort.
-Tom, eu não sei porque você iria querer, mas pelo que sei, você andou colecionando objetos antigos de Hogwarts.
-É? Por que não prova?
-Mas receio que você ainda não conseguiu nada de Gryffindor ou de Ravenclaw – continuou como se não tivesse sido interrompido – porque os únicos objetos conhecidos de Gryffindor estão aqui – olhou para a espada e para o Chapéu – e não se sabe nada que Ravenclaw tenha deixado.
-Uhm, isso é o que você pensa, Alvo. Será que não se tem mesmo nada de Ravenclaw? – e olhou-se em um espelho rapidamente.
Dumbledore empertigou-se na cadeira, não era de sua personalidade se deixar surpreso por algum fato
-Mas receio que não tenho mais nada pra lhe falar, tenho que ir, isso foi inútil.
-Tom, desde o dia que te vi sabia que você um dia podia se tornar isso, mas você devia pensar em sua mãe....
_MÃE! – ele puxou a varinha – mãe que nem recorreu a magia para sobreviver e poder ver o filho – sua fúria e certa tristeza emanavam na voz e nos olhos – e você sabia – olhou para Dumbledore que não mexera sequer diante de Voldemort pegar sua varinha – seu velho...
-Não Tom. Eu não sabia. E abaixe a sua varinha!
Por um momento Harry pensou que Voldemort ia atacar Dumbledore, mas mirou em uma pena e a transformou em uma Chave de Portal.
-Sabia sim, dá próxima vez que te encontrar, Dumbledore – continha desprezo em cada sílaba pronunciada – eu te matarei!
E desapareceu.
Eles foram levados para fora, e em um segundo estavam sentados nas camas, foi Rony quem falou primeiro.
-Do que adiantou essa lembrança? Quero dizer, não mostrou nada que não sabíamos, só Dumbledore escondendo o jogo de Você-sabe-quem.
-Eu não teria tanta certeza – disse Hermione – eu consegui descobrir duas coisas, uma o motivo pelo qual Dumbledore quis que você visse a lembrança, Harry.
-E qual é? – Harry parecia concordar com Rony, não tinha entendido o por que.
-As palavras de Vol...Voldemort “Uhm, isso é o que você pensa, Alvo. Será que não se tem mesmo nada de Ravenclaw?” e depois ele olhou para um espelho rapidamente...
-E Ravenclaw era vaidosa – completou Gina.
-Como você sabe? – perguntou Rony.
-Andei vendo o livro Hogwarts uma História da Hermione.
-Ah.
-Mas não é essa a questão. Dumbledore disse que a outra Horcrux era um objeto de Ravenclaw ou Gryffindor, ele pode achar mais provável que seja de Ravenclaw e queria te dar essa pista, mas não era certeza.
Harry refletiu por um momento, por fim falou.
-É, pode ser isso mesmo, mas não adiantou muito, não sabemos o que é, se for...
-Sabemos sim – disse Gina – você não ouviu o que Hermione disse e eu completei? Um espelho, Harry!
-Grande – disse Rony respondendo a mesma coisa que Harry pensava – existem milhares de espelhos no mundo inteiro, então, é claro, avançamos um enorme caminho.
-Vamos deixar isso de lado por enquanto – falou Harry – qual a outra coisa que você descobriu Mione?
-Quem é o remetente daquela carta misteriosa, era tão óbvio. HS: Horácio Slughorn, ele mandou o benzoar porque achava que você se lembraria daquele dia, com o Rony.
-Ele me ofereceu ajuda... deve querer alguma coisa em troca... ele não é muito de dar as coisas de graça...amanhã quando formos começar a busca pelas Horcruxes, antes passaremos pela casa dele.
-Mas você não sabe onde ele mora, Harry.
-Não mesmo, mas ele disse que estaria no mesmo local que o encontrei pela primeira vez, então...
-Mas faz tempo isso, foi no começo das férias – disse Gina.
-Bom, vamos ter que contar com a sorte. Mas, voltando na lembrança, eu descobri uma coisa também.
-Qual? – perguntaram curiosos.
-Voldemort odeia que o chamem de Tom, por isso, só o chamarei assim de agora para frente.



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Tive q fazer mta coisa essa semana, por isso demorei pra postar o capitulo, mas tah ele aí
Nessas proximas duas semanas talvez eu também demore como dessa ultima vez, mas vo fazer o melhor pra postar o mais cedo possivel
Espero que gostem.

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