A Tocha da Chama Verde
Harry levou um susto tão grande que caiu da cama. Olhou para a sombra.
-Gina? É você?
Então das sombras saiu Gina, com um sorriso radiante, os cabelos vermelhos ondulando como se estivessem enfeitiçados, espalhando aquele perfume floral por todo o quarto de Harry.
Ele se levantou e Gina já o envolveu em um abraço e um beijo que ele não pode resistir, esqueceu o susto que levara. Passou sua mão pelo cabelo extremamente macio dela. Gina o acariciava no rosto. Passado longos minutos, eles se separaram.
-Então? – começou Gina – gostou?
-De você ter vindo?
-É!
-Gostei muit....- mas a realidade o acordou – o que você está fazendo aqui? – apesar de não gritar, a voz mostrava uma certa preocupação, desespero, medo e curiosidade – como foi que chegou aqui?
-Ah, Harry... Não vai brigar comigo, quis fazer uma surpresa.
-E como fez! Não quero brigar, só estou preocupado. Você sabe que eu te amo!
Gina ria, eles se abraçaram novamente e se beijaram.
-Mas conta, como fez isso? – perguntou Harry.
-Aparatando.
-Isso eu percebi, mas como, você nem fez aulas, e nem conhecia meu....
-Eu ouvia o ano passado todos vocês repetirem as instruções para aprender a aparatar. E como fiquei sabendo que Hogwarts não abriria esse ano, resolvi aprender sozinha, bem Fred e Jorge me ajudaram. E eles me contaram como era seu quarto, quando vieram te salvar de seus tios, e contaram muito detalhadamente, tornado mais fácil eu conseguir.
-E seus pais? Sabem que você está aqui? – o tom de Harry mostrava orgulho pelo que sua namorada era capaz de fazer por ele.
-Nem imaginam.
-Tinha certeza. Gina... é melhor você voltar, eu vou te levar, não é muito seguro aqui em casa hoje, a proteção acabou.
-Ah, mais já? Eu vim te desejar feliz aniversário, e você me expulsa assim? – ela falava rindo.
-Amanhã teremos bastante tempo sozinhos, talvez – ele foi baixando a voz – um dos últimos....
-Harry Potter! Não diga isso! Eu não sou tão fácil assim de morrer! – Harry deu uma gargalhada, mas segurou-a rápido, porque ouvira um rosnado no quarto ao lado que só podia significar tio Valter. – sério Harry. Você não vai morrer! Eu não poderia....
-Gina, eu não sei, é por isso que eu queria...
-Não diga isso! Eu te amo, você me ama! Mas, me promete, promete que vai sobreviver e que depois que tudo isso acabar, vamos ficar juntos, para sempre?
Harry parou, não era um juramento que fosse fácil fazer, porque não sabia se sobreviveria, mas vendo o rosto de Gina, ele falou, em tom muito confiante:
-Prometo! – fez uma pausa – agora, venha aqui – ele a puxou para mais um abraço e beijo.
-Aqui – Gina tirou do bolso da capa um embrulho para Harry – para você.
Ele pegou, e abriu. Nele havia dois anéis.
-Gina? Como...
-Eu uso um, e você outro. Se o anel brilhar é porque o outro está em perigo, se um de nós morrer o anel explode, mas quero que simbolize nosso amor também.
Harry pegou um, levantou a mão de Gina, e colocou-o nela, ela fez o mesmo com ele. E se beijaram novamente, mas foi um beijo diferente dos outros, parecia que estavam irradiando amor, Harry louco para poder ficar assim com sua amada para sempre, Gina não querendo pensar no amanhã.
-Vamos agora – murmurou Harry, que fazia isso totalmente contra a sua vontade – mas antes...
Ele correu a mesa, pegou uma pena e um pergaminho e rabiscou: A sede da Ordem da Fênix fica em Londres, no Largo Grimmauld número doze.
-Aqui, Gina – ela olhou o papel – eu sou o novo fiel do segredo da Ordem, aqui está o endereço, dê a seus pais e irmãos para lerem, mas não os tire da mão, ok?
-Certo Harry, mas para que isso?
-Não sabemos, não é? Podem aparecer comensais em sua casa e vocês podem precisar fugir. E depois que todos lerem, queime-o, não se esqueça, se não qualquer um que encontrar o papel encontrará a Ordem. Vamos? Me dê a mão.
-Mas como que eu vou explicar que você me entregou esse papel?
-Uhm, ah, diga que eu levei na sua casa a noite, e só você estava acordada.
-OK então.
Gina segurou o papel em uma mão e com a outra apertou a mão de Harry. Com um rápido rodopio eles desapareceram, e apareceram na Toca.
-Entre, eu espero você entrar.
Ela aproximou-se dele e ele a puxou para um beijo de despedida.
-Vai.
Gina lhe deu as costas e foi-se. Harry esperou até que ela entrasse pela porta, então voltou.
Deitou em sua cama, aquele fora o melhor presente de aniversário que já ganhara e um pensamento invadiu-lhe a cabeça, “Quem sabe não foi o último?”. Ele tratou de afasta-lo logo e caiu no sono.
Os Dursleys como sempre não desejaram a Harry felicidade. Mas estavam sorridentes, era o penúltimo dia dele em sua casa. No café da manhã, Duda comentou:
-Então Harry, quero ver como vai se virar sem nós.
Ele sabia que estava falando na questão de dinheiro, e como ia deixar os Dursleys logo, resolveu revelar.
-Sabem – ele abrangeu todos com um olhar – meus pais me deixaram uma enorme herança em ouro, prata e bronze, montanhas deles.
Os Dursleys se empertigaram na cadeira, mas não falaram nada. Por fim Petúnia cortou o silêncio.
-A que horas que vai amanhã?
-Só vou me arrumar aqui, as seis saio.
-Vai sozinho? – rosnou tio Valter.
-É, eu sei desaparecer e aparecer em outro local.
Ninguém falou mais nada durante o café.
No dia do casamento, Harry acordou cedo, e encontrou Moody quando desceu para tomar café.
-Bom-dia Harry!
-Moody? Olá. O que está fazendo?
-A proteção, a proteção...
-Ah, é claro, eu gostaria de falar com você, a sós, venha aqui.
E indicou a sala.
-Como que estão as coisas? Voldemort? Os comensais?
-D’Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, não temos notícias, mas os comensais promoveram uma fuga de Azkaban. Todos estão soltos.
-E Lalau? – Harry lembrou-se automaticamente.
-Ah, a cela dele foi aberta, mas ele ficou, ele não é comensal, pegou uma varinha de um auror caído e foi reanimando os demais. Depois contou a todos o que havia acontecido, ele foi inocentado de todas as acusações, e creio, que voltou ao Noitibus.
Harry gostou da notícia.
-Certo, que bom, o Ministério resolveu adotar uma atitude correta. Mas e ataques?
-Tem ocorrido com a mesma freqüência do ano passado, e até agora nem Olivaras nem Fortescue foram encontrados. Bom, Harry, se não tiver mais nada para me perguntar, eu preciso ir, tenho que ir a Hogsmeade, estou baseado lá essa semana.
-Tem uma só, quem é o novo líder da Ordem?
-Você é claro.
-Quê? Eu....mas...eu sou o fiel....não o líder...
-Nós fizemos uma eleição. Você ganhou. Mas, se você tiver alguma coisa que possa impedir isso...
-Não, não tem nada, mas é que eu pensei que seria você, ou Lupin.
-Obrigado, Harry, mas não, é você que tem que ser, é você que tem a experiência de enfrentar quatro vezes Você-sabe-quem e sobreviver. Agora tenho que ir, até mais.
Dirigiu-se a porta, e já do lado de fora desaparatou.
Harry vestiu suas trajes de rigor e se aprontou. Arrumou seu malão, guardando a Horcrux falsa, e a carta misteriosa e desceu. Os Dursleys estavam sentados quietos na sala. Harry olhou-os e falou:
-Uhm, estou indo. É provável que nunca mais nos vejamos, quero que saibam, que apesar do que fizeram a mim, eu não desejo mal a vocês e qualquer problema com bruxos das traves, me chamem. Bom, é isso, adeus.
Duda olhou para Harry como se nunca tivesse o visto como um primo.
-Tchau, primo.
Valter bufou, olhou Harry com os olhos espremidos.
-Até mais, moleque!
Petúnia se levantou, foi até Harry e para sua surpresa de todos, ela o abraçou. Ele ficou sem saber o que fazer, mas ela logo o soltou, e disse olhando-o:
-Eu não queria... – ela choramingava – Líllian, eu não queria que tivesse morrido, apesar de não nos darmos bem, mas não queria.... nem Tiago, eu só o vi no casamento, mas não queria também... Você – ela olhou mais nos olhos dele ainda – se parece muito com o seu pai, exceto os olhos, tem os olhos verdes de minha irmã e sua mãe.
Harry ficou abobado, então foi caminhando para a porta, olhou para trás, e se lembrou do que havia passado lá, de cada descoberta que vivenciara ali, aquele monte de cartas, a visita de Dobby, tudo... Deu um aceno de adeus, e foi retribuído.
Fechou a porta e aparatou com o malão no quintal da Toca. Foi andando até a porta e bateu:
-Quem é? – foi Rony quem perguntou.
-Eu, Harry!
Rony abriu a porta, ele estava vestido com um traje de couro de dragão a rigor, totalmente diferente daquele que usara no Baile de Inverno.
-Entre, estão todos te esperando.
Harry adentrou na casa em direção a sala, e passou pelo relógio da família, todos apontavam perigo mortal.
Logo que entrou na sala Harry viu Gina, ela estava linda, um vestido comprido, azul que realçava os cabelos vermelho-vivos, ela se adiantou.
-Até que enfim!
-Se soubesse que te encontraria assim, tinha vindo bem antes.
Ela largou seus braços em volta do pescoço dele e beijaram-se.
-Olá, Harry! – todos o cumprimentaram.
O Sr. e a Sra. Weasley estavam vestidos combinando as roupas entre si. Os gêmeos usavam a mesma roupa, porém de cores diferentes, Harry observou que Percy não estava, e esquecendo-se, perguntou:
-O Percy virá?
Arthur engasgou-se com a própria saliva, mas recuperou-se e disse:
-Ele foi convidado, mas não sei se virá.
A conversa se tornou agradável após isso, faltando quinze minutos para o início eles se dirigiram para o quintal de trás da casa, e Harry viu que estava incrivelmente diferente, os gnomos não corriam por todos os lados, a grama estava aparada, e havia um enorme altar branco rodeado de bancos. Gui já estava lá, nervoso, andando de um lado para o outro.
Harry havia acabado de perguntar como os convidados chegariam, quando vários estralos romperam o ar e vários bruxos apareceram, a maioria jovem, amigos e amigas de Gui e Fleur. Percy apareceu, sozinho, bem arrumado, mas não foi em direção a eles. Depois veio Hagrid, todos o viram chegar, seria impossível não ver, e com um enorme sorriso saldou a todos:
-Olá, que bom vê-los.
Depois de correspondido, começaram a conversar demoradamente.
Todos os convidados se acomodaram, só faltava Hermione para chegar, Rony já estava inquieto:
-Ela não vai vir, vou fazer papel de palhaço....
-Rony, larga de ser besta, ela vai vir sim – ralhou Gina.
-Vai não, já veio.
Da porta de trás da Toca saiu uma Hermione muito mais linda do que aquela do Baile de Inverno, trajava um vestido comprido e prateado com as pontas brilhantes, o cabelo arrumado e solto, Rony ficou olhando-a com a boca aberta.
-Oi! – saldou ela.
Mal tiveram tempo de responderem, Molly passou rápido por eles para que os seguissem, iria começar.
Além deles, Gabrielle e um rapaz e mais um casal que Harry não conhecia eram padrinhos. Eles formaram uma fila atrás do noivo e se deram os braços.
-Vem Rony! – Harry escutou Hermione dizer e olhou para Gina que sorria, vendo seu irmão ficar mais vermelho que os cabelos.
A cerimônia foi igual à de um casamento trouxa, exceto que na hora dos juramentos, um fogo envolveu a mão dos noivos.
Depois de serem cumprimentados por todos e darem início a festa, os noivos se foram.
A festa estava extremamente farta, doces, salgados, bebidas, tudo de ótima qualidade, e se divertiam, Harry só pensava que esse poderia ser o último dia de diversão que teriam em muito tempo...
-Harry – chamou Rony – quando que vamos começar?
-No máximo em dois dias - e se lembrando da tarefa que havia pedido a Gina – Gina, todos leram?
-Sim, e eu já queimei o papel.
BUM!
Um estampido alto e Dobby se materializou na frente deles.
-Dobby! – exclamaram.
-Meu senhor, Harry Potter! – parecia prestes a chorar – Dobby teve que vir, meu senhor, tem que avisar, os bruxos do mal estão vindo!
-Dobby, o que você está falando? – indagou Hermione.
-Veja senhorita – e entregou-lhe a carta escrita por Draco com o nome de Lucius – Dobby acabou de recebe-la e veio correndo avisar! Precisam tirar as pessoas daqui!
Eles leram a carta, mas não acreditaram.
-Dobby – disse Harry – pode ser só uma brincadeira...
Mas ele fixou o olhar, um olhar vago, como se estivesse dormindo e viu.
-Rabicho! Chame Avery, Aleto, Rodolfo, Mulcibar, Mcnair, Lucius e Narcisa.
-Sim, milorde – Rabicho saiu e em poucos segundos estava de volta com todos os demais comensais.
-Eu quero – disse Voldemort – que vocês coordenem o ataque à casa dos Weasleys agora, em pleno casamento, chamem, pelo menos, mais uma dúzia de comensais – virou-se para Lucius – creio que vai ser uma boa chance para humilhar Arthur como você....
-Harry! Harry! – a voz suave de Gina o trouxe de volta – o que aconteceu?
Ele balançou a cabeça olhou à sua volta e disse:
-Avisem todos, Voldemort acabou de mandar os comensais virem aqui, pelo que vi são muitos, tirem todos daqui! Só os membros da Ordem que fiquem – virou-se para Gina – Gina, eu quero que vá para a Ordem...
-Não! Eu vou lutar também.
Harry viu que não adiantava discutir e como não havia tempo a perder não retrucou.
-Tudo bem, mas vão, todos vocês avisem ao Sr. Weasley e a Lupin, digam para tirarem todos daqui, Rony, fale para sua mãe ir para a Ordem, quando sairmos daqui vamos todos para lá e pode haver feridos, que ela tome lá, algumas providências!
-Certo.
E todos se foram, Harry voltou para Dobby.
-Quem te entregou essa carta, Dobby?
-A diretora Minerva, disse que tinha chegado no correio-coruja para mim.
-Certo! Eu sei que não mando em você, mas eu quero te pedir que volte para Hogwarts, lá é mais seguro, e avise a professora Minerva do que está acontecendo.
-Claro, meu senhor. Dobby faz tudo que Harry Potter manda, meu mestre!
E com o rosto radiante desapareceu. Harry olhou para os lados, as pessoas pareciam estar começando a entrar em pânico com a notícia, pais correndo para pegar seus filhos e aparatarem, e em poucos minutos sobraram apenas os quatro, Arthur, Lupin, Tonks, Moody, Fred, Jorge, Carlinhos, Percy e Hagrid.
-Não tem mais nenhum membro da ordem? – perguntou Harry.
-Não – disse Lupin – eles estão baseados em outros locais. Como você....
Mas o que Harry não descobriu, vários comensais aparataram e liderados, principalmente, por Lucius, avançaram, com ele gritando:
-Matem todos!
Lucius automaticamente avançou para Arthur que o recebeu com um Impedimenta protegido por Lucius.
Rony foi em direção a Avery, Percy duelava contra Aleto, Gina era alvo de feitiços disparados consecutivamente por Mulcibar, Mcnair e Rodolfo lutavam contra Lupin, Tonks brigava com Narcisa e outro comensal desconhecido, Hagrid lutava com um desconhecido também.
Dois avançaram para a casa a fim de destruí-la, Hermione, Fred, Jorge, Carlinhos e Harry enfrentavam um cada.
O de Harry, ele reconheceu, era aquele comensal alto, loiro do dia da morte do Dumbledore, e ele exclamou:
-Você! Estupefaça!
-Que isso Potter- desviou com um movimento displicente da varinha – Crucio!
Harry desviou e depois pulou para o lado, um Avada havia sido lançado e passou muito perto dele.
Eles estavam em desvantagem, Harry mirou na toca dos gnomos e convocou vários, jogando-os em cima do comensal que atordoado para tira-los não percebeu Harry bradando:
-Estupefaça!
O feitiço o atingiu no peito, ao mesmo tempo que Harry olhava para o lado e via Percy cair inconsciente no chão e Aleto rindo, levantando a varinha para mata-lo. Ele mirou em Aleto e:
-Expelliarmus! – a varinha caiu de sua mão, não voou porque o feitiço pegou de raspão, ele foi abaixa-la para pegar, mas Harry foi mais rápido.
-Accio varinha de Aleto! – a varinha voou para sua mão e ele a entregou a um gnomo que chutava ferozmente o comensal estuporado por ele antes. Mirou novamente em Aleto, mas ele havia desaparecido. Um cheiro de fogo invadiu o ar, e Harry viu a Toca pegando fogo, mas não podia correr lá, tinha que ajudar os outros. Passou correndo por Arthur e Lucius que travavam uma feroz batalha e viu Gina sendo arremessada para longe, ele mirou a varinha em facas que estavam em uma mesa:
-Uédiósi! – e apontou para Mulcibar, várias delas enfiaram na perna dele que caiu uivando de dor usando a varinha para retira-las, dando tempo a Gina para se levantar:
-Estupefaça! – bradou ela – Obrigado – disse a Harry.
Os dois comensais que haviam posto fogo na casa vieram avançando para trazer o comensal loiro de volta ao combate mas Fred que acabara de transformar seu oponente em um rato gritou apontando para um deles, ao mesmo movimento que Jorge fazia, depois de transformar o seu oponente em um gato e amarra-lo junto ao novo rato.
-Expelliarmus!
Os dois comensais assustaram e com as varinhas perdidas aparataram. Agora os membros da Ordem estavam em vantagem.
-Gina! – gritou Harry – vá ver o Percy! – e apontou um corpo caído no meio do combate.
Gina saiu em disparada para Percy, mas um dos comensais que lutava com Tonks viu e mirou nas costas dela:
-Avada Kedavra!
Harry gelou ao ver a maldição indo de encontro a Gina, ele não pensou duas vezes, com toda a sua concentração para que seu feitiço chegasse antes:
-Avis! – vários pássaros irromperam de sua varinha, Fred parecia ter lido a mente de Harry e conjurou um vento do nada, que os levou às costas de Gina antes da maldição imperdoável atingi-la, e eles se sacrificaram no lugar dela.
Urrando de fúria, Harry virou para o comensal, ele sentia vontade de machuca-lo e sabia o que fazer.
-Crucio! – o comensal caiu no chão se contorcendo de dor, Harry se aproximou dele xingando-o de todos nomes, apontou a varinha de novo – Sectusempra! Crucio! – dessa vez com sangue escorrendo o comensal se contorcia, a cena era terrível de se ver, e Harry já ia mandar outra maldição quando Hermione gritou:
-Pare, Harry!
-O que?! – gritou ele mais alto – ele ia matar Gina, merece mais que isso!
Mas Hermione foi mais rápida e sem pronunciar estuporou o comensal que ainda sangrava.
Harry mirou um chute nele e o deu com toda a força, Gina estava ajoelhada ao lado de Percy, parecia chorar. Rony correu ao encontro de Hagrid, que apesar de sua resistência aos feitiços, não estava conseguindo parar o comensal. Rony apenas murmurou:
-Petrificus Totalus!
Moody já havia acabado com o seu e foi em ajuda de Lupin que ainda lutava contra dois.
Lucius deu uma rápida olhada no campo de batalha e viu o quanto estavam perdendo e iam acabar com todos eles se não desse o fora dali logo, então bloqueou o feitiço de Arthur novamente e gritou aos comensais que ainda restavam:
-Vamos, aparatem! Levem o máximo de comensais estuporados que conseguirem!
Foram sumindo um a um, nenhum levou mais de um, deixando para trás Rodolfo e o comensal loiro que Harry havia enfrentado.
-Todos bem? – disse Hagrid que ofegava.
Apesar dos ferimentos e de alguns estarem mancando todos acenaram afirmativamente com a cabeça, mas Gina gritou:
-Percy não! Ele está caído, não sabemos o que aconteceu.
-Percy! – o Sr. Weasley correu mancando até ele e se ajoelhou ao seu lado, esquecendo das desavenças que haviam tido – ele está morto?
-Não – Rony disse – ele colocou-se na minha frente em um feitiço que era para mim, eu não sei qual era.
-Ah, Percy – Sr. Weasley parecia prestes a chorar – sei que você nunca quis fazer o mal...
-Sr. Weasley – disse Harry – não há tempo, leve o Percy para o St. Mungus, Moody, leve estes dois comensais para o Ministério, Lupin e Tonks voltem para a Ordem e levem Carlinhos, Fred, Jorge, e Hagrid, eles estão bastante feridos. Ah, Hagrid – ele se aproximou do meio-gigante – a sede da Ordem da Fênix fica em Londres, no largo Grimmauld número doze.
-Parece que fizemos certo ao escolhe-lo como chefe da ordem – disse Moody não conseguindo conter um sorriso de aprovação – decisões rápidas, parabéns.
-Obrigado.
Todos aparataram e se foram, Rony virou-se para Harry:
-E nós? Vamos apagar o fogo?
-Isso mesmo. Vamos rápido, antes que o dano seja maior.
-Harry! – exclamou Rony – a Horcrux!
Ele se lembrou subitamente, o medalhão falso, suas coisas, estavam todas dentro da casa, e se estivessem, destruídas?
Correram para mais perto da casa e mandaram:
-Aguamenti!
Das quatro varinhas, brotou-se água que aos poucos foi apagando o fogo.
-Eu vou entrar lá – disse Harry – continuem apagando.
Ele entrou, e viu o chão do andar de Rony não estava mais lá, o malão havia caído também, e ele o viu, coberto de cinzas.
-Wingardium Leviosa!
O malão voou para fora da casa, e Harry viu que atrás do lugar onde estava havia um homem, velho, ele não sabia quem era, mas o conduziu para fora da casa em fogo.
Hermione, Rony e Gina terminaram de apagar o fogo e viram Harry emergindo com o malão e o velho homem sobrevoando às suas costas.
-Quem é ele? – perguntou Hermione.
-É o velho vampiro que morava no nosso sótão! – exclamou Rony.
-Coitado – disse Gina – ele está...morto?
Mas a sua pergunta foi respondida pelo próprio vampiro.
-Harry...Harry Potter!
Todos olharam espantados de Harry para o velho vampiro, ele continuou na menção que fizeram de ajuda-lo.
-Deixem-me, estou velho, mais do que na hora de morrer, não vou sobreviver, mas preciso dizer a Harry, essa era minha missão... – a voz dele ecoava muito fraca.
-Mas como? Você nem me conhecia?
-Há cinco anos – continuou ele sem dar atenção as palavras de Harry – Dumbledore me pediu uma missão, tinha que proteger os Weasleys e você, Harry, quando estivesse aqui, qualquer movimento suspeito eu avisaria Dumbledore. Mas nada aconteceu, e eu tinha mais um segredo, ele me confiou esse porque achava impossível Você-sabe-quem desconfiar de mim, sendo eu praticamente desconhecido – ele parecia prestes a morrer – Harry...A Tocha...da Chama Verde se encontra em Godric’s Hollow, você precisa acha-la.
-Mas o que é a Tocha? – todos perguntaram ao mesmo tempo.
-É uma peça antiga– ele respondeu aos olhares de todos –A Tocha foi feita por Merlin, ela contem dados sobre os quatro fundadores de Hogwarts, dados que nem o Chapéu Seletor tem, e também tem poderes enormes, mas quem os pega para usar tem uma vida amaldiçoada,já entendeu, não é? O Lord a usou para descobrir várias coisas, vários segredos de Hogwarts, e aprender vários poderes, mas está na hora do lado do bem a recupera-la e compartilhar esses segredos.Não deixe com que o Lord a pegue de novo, vocês precisam das informações que a Tocha contém, Dumbledore viu as informações, bem antes de Tom, mas não sei se ele te falou....Não use os poderes da Tocha, eles são tentadores, mas não use...
-Não, ele não me falou.
-Então, torna-se mais urgente pega-la antes que o Lord a pegue e compartilhe esses poderes com alguns de seus servos e tornando o exército dele muito poderoso.
-Mas porque está em Godric’s Holow?
-Primeiro, era um lugar importante, ia matar você, o único que poderia derrota-lo, mas tem outra causa. O vilarejo, é o único de quem ele não conseguiu um...- ele pronunciou mas ninguém entendeu – então para não deixar ele sem nada, resolveu esconder lá, isso eu deduzi.
-Um o quê? – perguntou Harry alucinado pelas informações.
-Um ob...
Ele respirou uma última vez, virou a cabeça e morreu.
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Eu postei mais rápido esse porque o setimo deixou a desejar, mas eu precisava ter feito ele, bom, mas aí está.
COMENTEM E DêEM NOTA!! POR FAVOR!!
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