Boa noite professor





Harry virou à esquerda, encontrando-se em um grande corredor escuro e gelado, a ponto de arrepiar os pelos da nuca, estava sozinho, um pouco mais a frente só havia a gárgula que levaria até a sala do diretor.
- Doce de leite – disse Harry
A famosa escada brilhante em forma de espiral desceu até ele, parando bem enfrente a seus pés, Harry subiu cada degrau com a curiosidade aumentando dentro de si.
- Olá Harry, vejo que comeu bastante, não é? – perguntou sorrindo.
- Acabei me esquecendo senhor, me desculpe! – Harry não sorrira, fazendo Dumbledore perceber sua preocupação.
- Sem problemas Harry, sente-se, por favor – sua fala agora era séria
O garoto obedeceu e sentou-se em frente ao diretor, como já fizera muitas vezes antes.
- Harry, sei que ficará tarde, mas preciso de sua ajuda em uma missão, e terá que ser feita hoje! – continuou.
Harry fez que sim com a cabeça mostrando que estava prestando total atenção.
- Harry, vamos ao Largo Grimmauld, buscar sua tia, e vamos também a um outro lugar de Londres, e lá conhecerá seu novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
- Como? Por pó de Flu? – perguntou
- Não, preparei uma chave de portal, enquanto você terminava de comer.
Dumbledore tirou de uma gaveta uma panela, velha e furada...
Harry pois a mãe no objeto, seguido por Dumbledore, ele sentiu a estranha sensação de ser puxado pelo umbigo. Seus pés saíram do chão, tudo a sua volta ficou abstrato em um tom de azul mesclado com branco. Quando de repente, uma grande casa negra e suja se materializa e Harry cai sentado em cima de um elfo doméstico.
- Monstro, desculpe, onde está Dobby? – perguntou o garoto enquanto Dumbledore encaminhava-se em direção à cozinha.
Um outro elfo se materializou diante de Harry, dizendo enquanto saltava alegremente:
- Meu senhor Harry Potter voltou! O senhor de Dobby está de volta. Harry Potter nunca vai abandonar Dobby, não é mesmo? – perguntou o pequeno elfo... Seus olhos brilhavam, e algumas lágrimas desceram de seu rosto, Harry não sabia que era possível elfos chorarem.
- Dobby, por que está preocupado? – perguntou Harry comovido – eu só fiquei fora por alguns dias!
- Ele não para de resmungar sobre você! – disse Monstro rabugento
- Dobby teve pressentimentos, meu senhor Harry Potter! Dobby não gosta dos pressentimentos, foi assim no seu segundo ano, senhor!
Harry entendera a preocupação do Elfo, afinal no segundo ano de Harry em Hogwarts, Dobby ficou sabendo também que coisas ruins iriam acontecer.
- Mas Dobby, no segundo ano você não teve pressentimentos, você ficou sabendo por causa do Lúcio Malfoy, não é?
- Mas hoje Dobby sabe, que Você-Sabe-Quem, está com dois exércitos agora, um está mais poderoso ainda!
“Guardiões das Trevas” – pensou Harry, porém isso não o preocuparia, pois já sabia de sua existência.
- Harry, venha cá! – Dumbledore chamou-o, o garoto levantou-se e Dobby resmungou algo parecido com “tome cuidado”
Com um sorriso o garoto cruzou a porta da cozinha, aonde a Sra. Weasley e a Sra. Granger vieram correndo cumprimenta-lo.
- Querido! Você está bem? – perguntou Molly com sua bondade de sempre
Harry confirmou com a cabeça, e perguntou sobre todos os outros.
- Estão lá em cima com sua Tia, recebemos a coruja de Dumbledore e então fiz uma poção para ela dormir até vocês chegarem, agora estão reanimando-a.
Olho Tonto Moody desceu os grandes lances das escadas, que rangiam ao serem pisadas, segurando uma mulher magra com ossos grandes e o queixo pontudo.

- Ela ainda está meio tonta, e o moleque... Fizemos dormir mais um pouco – rosnou enquanto Lupin, Arthur Weasley, Frederick, Quim Shackebolt e Mundungo vinham atrás.
- Onde está Tonks? – perguntou Harry curioso
- Logo saberá! – o diretor sorriu para ele e virando-se para os demais anunciou – Temos pressa, então... Vamos Harry?
O garoto concordou, e seguiu até a porta, com os olhos fixados no elfo infeliz que fazia força para não desabar em prantos, na frente de seu mestre. A porta se abriu, e então teve que sair, tirando os olhos de Dobby, agora observava a rua, que estava totalmente deserta e fria, algumas poças d’água relutavam em secar nos cantos da calçada.
- Harry, esconda sua tia de alguma maneira, enquanto vejo para onde vamos – disse o diretor.
Abrindo sua mochila, Harry puxou uma grande capa, colocando sobre sua tia, ela ficara invisível, porém os longos ossos faziam com que seus pés ficassem à vista, transformando sua imagem mais assustadora ainda.
- Invisivem – sua tia desapareceu, e Dumbledore olhou surpreso para o feitiço de invisibilidade que Harry executara.
- É por ali! – afirmou Dumbledore
Harry seguindo os passos que o diretor dava, foi também levitando sua tia invisível pelos ares.
Chegaram a uma rua sem saída, e sem casas também, mas com um aceno da varinha de Dumbledore uma grande casa com aparência abandonada apareceu diante os olhos de Harry. A porta estava entre aberta, não havia sinais de arrombamento, ao contrário, a porta estava intacta, Harry espiou rapidamente para dentro do aposento. Seu estomago despencou, sua espinha gelou, o garoto empalideceu.
Os móveis estavam todos revirados, haviam marcas de sangue na parede, e tudo estava deserto, a não ser por uma porta ao fim do corredor, que estava fechada, uma luz fraca iluminava o caminho, algumas janelas quebradas. Por ali parecia que um grupo de vândalos trouxas, passara pela casa, porém Harry sabia que era pior, muito pior. Provavelmente seu futuro professor estivesse morto aquela hora, só um fato alimentava sua esperança... Não havia a marca negra, mas talvez ela não fosse conjurada para não chamar atenção do Ministério.
- Vamos Harry, vamos ver o que aconteceu... – disse Dumbledore, sua voz estava calma, ele começou andar pela casa, como se estivesse tudo perfeitamente normal
- Mas professor...
- Eu sei Harry, eu sei... Mas não tiremos conclusões adiantadas, vamos vasculhar a casa, talvez haja algum Comensal ou Guardião, perdido por ai.
Isso não tranqüilizara o garoto, ao contrario, aumentava ainda mais sua tensão, pois sabia que a qualquer momento um bruxo das trevas poderia aparecer na sua frente, com o fato acabou se esquecendo de sua tia, que deixaste na rua.
- Não há ninguém aqui, professor! – anunciou Harry
- Por aqui também não, Harry – dissera do outro canto da casa. – Só restou a ultima porta mesmo, vamos ver o que ela esconde então!
A cada passo que dava seu coração batia mais forte, pois não sabia o que iria encontrar no quarto, até que pararam em frente à porta. Corroída pelos cupins.
- Expelliarmos! – gritou Harry e a porta voou longe.
- Avada Kedavra! Avada Kedavra! – um homem gordo e baixo gritou duas vezes a maldição, fazendo com que uma fosse para Harry e a outra para Dumbledore.
Num movimento rápido, Harry aparatou para alguns metros ao lado, já o diretor sugara sua maldição com a varinha.
- Crucio! – o homem gritara novamente
- Accio varinha! – Harry desarmara o homem, enquanto Dumbledore desfazia a maldição.
- Impérius! – disse Dumbledore, e o homem caiu no chão, quase desmaiado, aparentava estar muito fraco
- Boa noite professor! – disse Dumbledore contente, como se nada houvesse acontecido.
- Alvo, Potter? – perguntou o homem com a respiração irregular. – Me desculpem!
Harry jogou a varinha dele sorrindo, o homem retribuiu o sorriso como agradecimento.
- Me desculpe, mas como o senhor chama?
- Ah desculpe Harry, meu nome é Augustus de Viern, me chame de professor Augustus.
- Sim senhor! – concordou
- Professor, quem o atacou? E de quem é o sangue na sala?
- Alvo, suspeito que o líder da missão veio a mando de Você-Sabe-Quem, e o que é mais curioso, tinha as feições dos Weasley, tirando a cara carrancuda e revoltada, mas todos os Weasley, foram do bem, não acho que algum deles viesse me atacar!
- Não duvide disso Augustus, a pouco tempo ficamos sabendo que Percy Weasley, se revoltara e fora para o lado de Tom...

- Ah, que desgraça ao Arthur, ele não merece isso... – lamentou o homem e ao olhar para Dumbledore lembrou-se – Ah, o sangue, são dos próprios bruxos das trevas, pois eu resisti, mas acabei sendo dominado, eram mais de sete homens, contra eu, porém não me machucaram...
Harry chocara-se mais ainda com a notícia de que Percy estivesse totalmente ao lado de Voldemort, esteve a ponto de quase cometer um assassinato, se Tom Riddle não houvesse mandado o professor Augustus ficar vivo, com certeza ele o mataria... E pensar que esse mesmo homem que agora é um Guardião das Trevas, o ajudara quando era menor, foram à Copa Mundial de Quadribol juntos, mas o garoto preferiu ir pelo lado do mau, pelo lado da sombra, pelo lado corrosivo.
Algumas horas depois, quando terminaram de arrumar a casa de Augustus, voltaram à Hogwarts e Harry trouxe sua tia ao normal.
- Severus? Me traga uma dose boa de Varetiserum. – pediu bondosamente o diretor, o professor com cabelos sebosos trouxe um frasco com um liquido transparente, e depositou sobre a boca de Tia Petúnia.
- Quem sou eu?
- Alvo Dumbledore? – respondeu a tia obediente.
- E esse ao meu lado?
- Harry Potter – confirmou novamente
- Agora me diga por que foi expulsa de Hogwarts?
- Sim, quando estudava aqui, odiava minha irmã, pois ela era a mais popular, e a mais inteligente, era a mais querida na família também. Então pensei que poderia expulsa-la daqui, e então eu seria a mais popular no lugar dela, e ela ficaria com a fama de garota má.
- Qual era seu plano? – perguntou Harry
- Eu ataquei uma garota da Sonserina, e me escondi, quando Albeforth...
- meu irmão? – interrompeu Dumbledore
- Exatamente, ele dava aula aqui, quando Albeforth achou minha irmã aqui, sozinha com a garota da Sonserina, ele pensaria que minha irmã havia a atacado, afinal as duas sempre brigaram.
- Quem era a garota?
- Bellatrix Black... mas ai seu irmão acabou me achando, ele desconfiou de mim, pois sabia que odiava minha irmã, e então o maldito fantasma do Pirraça me dedurou... Fazendo com que eu fosse expulsa!
- Severus, por favor, tranque-a na Sala Precisa... – o diretor sorriu bondosamente ao professor.
Assim que ele saiu, Harry disparou sua primeira pergunta:
- Por que você não estava nessa época como diretor? Você é diretor desde quando Tom Riddle estudou aqui!
- Fui afastado por dois anos, e foram justamente os dois anos que Petúnia Evans fora expulsa, só não entendo por que não fiquei sabendo da expulsão quando retornei.
- Fui proibido de te dizer, Alvo... Bartô disse que você não deveria saber, pois com seu coração mole iria trazer Petúnia de volta – disse um quadro na parede
- Ah, obrigado! – Dumbledore respondeu sem dar muita importância – Bom Harry, já é tarde, melhor você ir dormir!
O garoto fez que sim com a cabeça e se levantou, com uma espécie de reverência despediu-se do diretor. Durante todo o caminho de volta fez uma pequena retrospectiva do que acontecera naquela noite:
“Fomos à Sede, buscar minha tia que é bruxa” pensou ele “Depois, fomos à casa do professor Augustus, e ele estava possuído pela maldição Imperius, sendo que quase matou Harry e Dumbledore. E agora descobrimos que Bartô não deixara Dumbledore saber da expulsão de Tia Petúnia” após analisar os fatos chegou à seguinte conclusão:
- Não está tudo tão normal! – falou baixo consigo mesmo. – Godrico Gryffindor.

O retrato da mulher gorda girou para o lado, Harry atravessou a porta, e se deparou com Hermione conversando com Gina e Rony dormindo em uma poltrona, ele roncava ligeiramente alto.
- Harry – Hermione soltou um suspiro alto o bastante para acordar Rony – o que aconteceu que demorou tanto?
Jonx vinha descendo as escadas também, enquanto Gina observava e Rony estava com uma cara abobalhada, engraçada...
- Primeiro buscamos minha tia, e depois fomos à casa do professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, o nome dele é Augustus, porém ele estava possuído pela Maldição Imperius e quase nos matou... – Harry ainda teria que contar sobre a entrevista com tia Petúnia

N.A. Ai está mais um capitulo. Mas admito que estou meio decepcionado com os poucos comentários, mais de 140 pessoas já leram a passaram pela fic e apenas dois comentários?

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.