Alguns Delírios e o Primeiro R



Capitulo 04

Alguns Delírios e o Primeiro Round

Já havia amanhecido e o dormitório das garotas do quinto ano estava em constante movimento. Diana estava no banho, perdida em seus pensamentos. Alice se arrumava para encontrar Frank. Emily repassava os preparativos da festa, no próximo dia. Tudo isso enquanto Lily encontrava-se de frente para o espelho com a pior cara do mundo.
O mau humor do dia anterior havia aumentado porque além de não ter dormido a noite inteira, ela havia acordado com grandes e fundas olheiras.
- Tudo por causa do idiota do Potter! – sussurrou Lily com o rosto quase colado no espelho, esfregando as olheiras com força, como se fosse adiantar alguma coisa.
- Hã? – perguntou Emily com a sobrancelha erguida.
- Nada! – disse Lily ainda esfregando as olheiras.
- O que você pensa que está fazendo?
- Tentando tirar isso do meu rosto! – respondeu a ruivinha apontando para as olheiras, agora com um tom avermelhado de tanto a menina esfregar.
- Você nunca vai conseguir tirar assim! – disse Emily revirando os olhos.
A garota levantou e começou a revirar a mala.
- O que você tá procurando? – perguntou Lily intrigada.
- Você já vai ver. Rá! Aqui está! É um creme mágico da Madame Blanchett. Ma-ra-vi-lho-so! – disse Emily animada.
- Hã... Madame Blanchett?
- Como você nunca ouviu falar na Madame Blanchett?
- Não ouvindo?
- A Madame Blanchett é a melhor linha de cosméticos dos bruxos. – disse Alice, rindo da situação.
- Não só a melhor! – disse Emily, cada vez mais empolgada. – A mais famosa, a mais cara, a mais...
- Tá, Emily! Já entendi. Pode deixar que eu passo. – falou uma Lily não muito humorada para agüentar essa situação.
- Ah, se você quiser tem um outro aqui que também é ótimo...
- Nossa, eu estou tão mal assim?
- Ai, desculpa amiga, mas você tá com uma cara péssima de quem não dormiu a noite inteira.
- E não dormi mesmo... – disse Lily com uma cara ainda mais ruim, pois acabara de lembrar o motivo que a fez não dormir.
- Mas o que houve? – perguntou Emily, começando a ficar preocupada com sua melhor amiga.
- Problemas.
- Pois é, você estava com um mau humor ontem, depois que chegou da biblioteca.
- Ah, o Potter...
- O que tem o meu irmão, Lily? – disse Diana saindo do banho.
- Hã... nada não... as mesmas coisas de sempre.
- Ah. – disse Diana um pouco desconfiada.
Um clima estranho pesou no quarto das garotas. Lily achou melhor se retirar para evitar maiores constrangimentos.
- Bem... eu tenho que ir. Preciso estar mais cedo lá embaixo para orientar o primeiro ano. – disse Lily saindo do quarto.
Enquanto ela descia as escadas, pensava no quanto era desagradável essas situações que elas viviam desde o primeiro ano.
Aos nove anos, Lily e sua família se mudaram para Londres, pois a garota havia ganhado uma bolsa no Royal Ballet de Londres, a maior escola de ballet do Reino Unido. No primeiro dia de aula, ela não conhecia ninguém e a menina que a acolheu para dentro do grupo era Diana Potter.
Durante dois anos elas foram melhores amigas sem Lily saber a verdadeira origem da família de Diana. Até que em um dia qualquer ela recebeu a notícia inesperada que existia um outro mundo além daquele que ela vivia. E, a partir daquele momento, ela fora convidada a fazer parte dele.
Lily ganhara uma carta da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, o que explicou todas as coisas estranhas que aconteciam com ela. Depois do choque inicial, seus pais ficaram muito felizes e orgulhosos. Somente sua irmã, Petúnia, não se agradou com a idéia. A bruxa que havia explicado tudo aos Evans disse que eles deviam ir a algum lugar chamado Caldeirão Furado e lá seriam instruídos a chegar no mundo bruxo.

Eu e meus pais havíamos encontrado o lugar e tínhamos acabado de sair do Gringottes. Estava maravilhada com tudo aquilo e simplesmente não conseguia acreditar que tudo era verdade. Estávamos caminhando, procurando os estranhos itens da longa lista de materiais (entre eles um caldeirão e uma varinha), quando passamos em frente a uma loja de Quadribol, que na época achei um esporte um tanto esquisito. Afinal, ao invés de chuteiras eles vendiam vassouras. Na verdade, agora eu acho um esporte realmente fascinante, mas só como espectadora. Não tenho um bom relacionamento com vassouras e muito menos com bolas que voam. Aliás, não consigo nem coordenar minhas próprias pernas no chão, imagina numa altura de... de... ah, meu Deus vamos mudar de assunto! Realmente não gosto de alturas. Continuando... Ao chegar na frente da loja daquele esporte que é jogado numa altura... LILY! Volte ao assunto! Muito bem, respira! OK... Foi lá naquele lugar que vocês já sabem qual é, que reconheci uma menina muito branca de longos cabelos negros e olhos muito azuis. Ela estava acompanhada de uma mulher realmente muito bonita, esbelta e vestindo uma das roupas mais elegantes que já vi! Seus cabelos eram ruivos e muito sedosos. Apesar de não achar as duas parecidas, eu deduzi que ela fosse a mãe de Dy.
- Diana? - eu perguntei.
Ela virou-se rapidamente e abriu um largo sorriso.
- Lily? - perguntou. - É você mesma?
- Sim, sou eu mesma.
- Mas o que você está fazendo aqui? Como...
Eu contei animadamente tudo que havia acontecido e perguntei a ela que, ao contrário de mim, já parecia muito familiarizada com a coisa toda:
- Mas o que VOCÊ está fazendo aqui?
- Eu sou uma bruxa também. Minha família inteira é. - respondeu ela como se fosse a coisa mais normal do mundo. E vendo que eu olhava maravilhada para a mulher ao seu lado, ela acrescentou: - Essa é minha mãe.
- Ah, muito prazer. Sou Elisabeth Potter. E vocês são...? - disse, sorrindo, a Sra. Potter aos meus pais.
- Sou Julian Evans e essa é minha esposa, Rose. Somos os pais de Lily. - disse meu pai bastante simpático como sempre.
- Ah, então essa é a famosa Lily! - Uau! Já sou famosa! - Diana fala muito bem da filha de vocês! Sinto por hoje não termos tempo para conversar muito, mas estão convidados a ir lá em casa para um chá! Phillip veio fazer negócios, tivemos que vir correndo! Odeio fazer compras correndo! Ele sabe que odeio! James está lá com ele, espero que não seja assim também! Mas acho que ele puxou a mim! Quando eu estava grávida...
E sempre sorrindo, ela continuou falando. Por muito tempo. Um tempão, por sinal.
- Não ligue! Mamãe é sempre assim! - disse Dy justificando a mega empolgação de sua mãe. - O Phillip que ela fala é meu pai! Ele está ali dentro tratando de negócios! E aquele ao lado dele é o meu irmão gêmeo, James, que eu falei pra você outro dia!
Reparei num homem moreno e alto vestindo uma bela capa, que agora já reconhecia como vestes bruxas. Até que meus olhos recaíram num menino de onze anos que estava a seu lado. James Potter tinha os mesmos cabelos negros de sua irmã, mas por sua vez eram curtos e bagunçados. Realmente bagunçados. Sua pele era também muito branca, mas com um tom rosado nas maçãs do rosto. De longe, achei que seus olhos eram castanhos, mas hoje sei que são castanho-esverdeados. Não que eu repare muito, mas... enfim. Aqueles olhos me transpassavam uma infantil inocência,que alguns meses depois fui descobrir que realmente SÓ transpassavam. Na época, mas vejam bem, na época me senti atraída... mas só um pouquinho! E ele sorria... o sorriso mais lindo que eu já tinha visto. Parecia tão sincero e divertido que dava vontade de sorrir junto. E eu realmente sorri junto! Como uma idiota! Opa... o que esse sorrisinho bobo está fazendo na minha cara NESSE momento??? Não! Não! Não! Chega Lily! Volte ao assunto... eu me lembro muito bem que naquele momento ele se virou como se uma força do... além o tivesse atraído. Para vocês verem que até o além conspira contra mim! Infelizmente tenho que admitir que senti um arrepio e me acordando de um transe me virei para Diana que falava freneticamente como sua mãe (eu me enganei quando achei que elas não eram nada parecidas). E pasmem! Eu não havia ouvido uma única palavra do que ela tinha dito até então.
- Vamos Diana temos que comprar seu gato ainda! - disse a Sra. Potter que já tinha se despedido dos meus pais. - Até mais Lily, querida! Apareça lá em casa!
- Isso Lily! Vá lá em casa antes de irmos para Hogwarts. Eu te explico melhor as coisas. - disse Diana.
- Sim, sim. Claro. - disse eu, ainda meio abobalhada.
E foi assim o meu primeiro e infeliz “encontro” com James Potter. E depois de toda essa narrativa, eu consegui apenas descer as escadas. Agora estou parada no meio do Salão Comunal a não sei quanto tempo com um bando de alunos me olhando. Credo! Eu devo estar com uma cara ridícula! Vamos lá Lily! É só dar um belo sorriso e sair andando como se nada tivesse acontecido.

Nisso, Lily saiu pelo buraco do retrato, rumo ao Salão Principal. Ela realmente foi à casa dos Potter naquela ocasião, onde percebeu que James não era nada do que havia imaginado no Beco Diagonal.
Apesar da raiva que ainda sentia, Lily nunca falou nada a Diana, pois não queria perder a amizade, muito menos colocá-la contra o irmão. Mas depois daquilo, as coisas nunca mais foram às mesmas.
Ela passou a evitar a casa dos Potter, o que fez Diana desconfiar. Isso fez elas se distanciarem um pouco. As coisas pioraram no quarto ano quando James começou a insistir em sair com ela. Lily não só recusava. Ela o humilhava, coisa que Diana nunca conseguia entender.
Isso era o que mais lhe irritava. Ele não só a atormentava diariamente, mas também havia estragado uma das amizades mais puras que a garota já tivera.
- Tudo por causa do idiota do Potter! – disse Lily para si mesma antes de passar pelo buraco do retrato.

Apesar de Lily Evans sempre odiar quando James Potter a importunava, ela não podia deixar de notar as poucas vezes que ele não o fazia. Durante toda a manhã e o almoço, ele não havia dirigido-lhe a palavra uma única vez. E pelo que Lily havia notado (não que reparasse nele o tempo todo), ele não estava muito falante nem com os outros Marotos. Não havia dado o habitual bom-dia a Diana e poucas vezes ela o vira rindo. No entanto na aula do Professor Flitwick, os difíceis Feitiços de Desaparição a fizeram se desligar do Potter pela primeira vez no dia.

James acordou de seus devaneios com uma cotovelada, levemente delicada, de Sirius.
- Que que é? – perguntou James num tom grosseiro que não era do seu tipo.
- Fala alguma coisa, cara! Não agüento mais isso! O Peter dormindo, o Remus copiando e você com essa cara de cu o dia inteiro! – exclamou Sirius que, pra variar, estava irritado com tudo.
- Como é que é cara de cu? – perguntou Peter com uma voz sonolenta.
Sirius pegou a cabeça de James e a virou para Peter ver, com uma delicadeza descomunal.
- Assim ó!
Remus olhou para os amigos incrédulo, pois achava que a aula de Feitiços não era o lugar ideal para discutir coisas como aquela. Ele ia voltar a copiar quando viu Emily rindo em sua frente. Ele não podia deixar de concordar com seus amigos. Ela era mesmo muito bonita. Emily tinha cabelos muito loiros caídos nos ombros. Não eram nem lisos nem cacheados e seus olhos eram azuis muito vivos. Eles transpassavam uma felicidade espontânea... uma alegria sem preocupações que ele, Remus, nunca conseguiria sentir. E ele não sabia se essa diferença era o que fazia com que ele não conseguisse gostar dela de outra maneira. E no dia seguinte ela faria aniversário...
- Quando nós vamos a Hogsmeade conseguir as coisas para o aniversário da Emily? – a pergunta de Remus interrompeu uma discussão entre James e Sirius, por este ter mexido na cabeça do outro.
Pela reação dos três Marotos, Remus percebeu que nenhum se lembrava da promessa que haviam feito. Até que Sirius perguntou que todos receavam:
- Mas quando é a festa?
Remus, que já esperava essa pergunta, manteve-se calmo ao responder:
- Amanhã.
- Ah, que beleza! – disse James com a sua já conhecida cara de bunda.
- Bem... isso sugere que devemos ir a Hogsmeade hoje. – concluiu Sirius parecendo pensativo.
Remus sorriu, pois Sirius havia chegado ao ponto que ele queria desde o começo da conversa. Ficou combinado que eles iriam à noite.
Quando tocou o sinal, todos os Grifinórios se dirigiram para as estufas, exceto Remus que voltou ao Salão Comunal, pois havia esquecido seu livro de Herbologia. Enquanto caminhava, ele pensava em Emily:
“Por que não ela Remus? Tudo seria tão... perfeito. Mas não! Você sempre tem que estragar tudo! Tem que sentir... isso, justamente pela garota errada! Ela não é pra você! Ela é só amiga, só amiga! E não é só vocês dois que estão em jogo! Ele é seu amigo também. Ele tenta negar, mas é óbvio que gosta dela. Vive tendo ataques de ciúmes por mais que tente disfarçar. Mas claro. Não tem como não sentir ciúmes... Para Remus! Para! Amanhã você vai para aquela porcaria de festa com o objetivo de se deixar conquistar por Emily Gresham!”

Enquanto isso, os outros alunos se aproximavam do Saguão de Entrada. Quando chegaram lá, os outros três Marotos encontraram a pessoa mais indesejada, mas que para Sirius, no momento, era muito desejada: Severus Snape.
- James, já sei uma maneira de te animar. – disse Sirius com um sorriso Maroto. – Olha quem está ali.
James avistou Snape e abriu um sorriso ainda mais Maroto. As garotas a toda volta suspiraram quando a famosa dupla Potter-Black estufou o peito e começou a descer as escadas em direção a...
- Ranhoso! – gritou James para que todos ouvissem.
A multidão começou a se espremer nos lados esquerdo e direito da escada, deixando um corredor que levou James e Sirius ao centro do Saguão, onde Snape se encontrava.
Quando eles terminavam de descer as escadas, Peter lá no topo fez sua melhor pose (que não chegava nem aos pés da dos outros dois Marotos) e tentou começar a descer pelo corredor, quando este se fechou, deixando-o lá em cima sem conseguir ver nada por causa de sua baixa estatura.
- Bizarrus – gritou James, azarando Snape, que já estava com a varinha em punho. Ao mesmo tempo, este gritou:
- Mimble Wimble
O feitiço de Snape funcionou como um escudo, rebatendo o feitiço de James na direção do Maroto. Com um rápido reflexo, ele se esquivou do próprio feitiço que acabou atingindo um aluno do Primeiro Ano da Sonserina.
(N/As: Gente, que confusão!)
A multidão soltou urros e gargalhadas que ecoavam por todo saguão. Não era por menos, pois a azaração que James lançara equivalia ao Ridikullus com o bicho papão. Por isso, agora ao invés das habituais vestes de Hogwarts, o garoto vestia uma bela malha de Ballet, meia-calça, sapatilha e um tutu (as saias com arame das bailarinas). Seu cabelo estava preso num belo coque, e em seu rosto todos viam que ele estava profundamente envergonhado e sem ação. Não agüentando mais toda humilhação, ele saiu correndo em direção as masmorras, mas ainda podendo ouvir o comentário de Sirius:
- Vai, vai!!! Vai dançar o Lago do Cisne! Ou seria... o Açude do Avestruz? – o que causou mais gargalhadas no público, especialmente de James.
Se aproveitando da distração do oponente, Snape tentou jogar um feitiço, mas novamente James foi mais rápido. Nisso, os dois começaram a travar uma batalha em pleno saguão de entrada.
- Expelliarmus! – gritou Snape. Dessa vez não deu tempo de James se defender. Sua varinha voou para longe de suas mãos e ele cambaleou para trás. Snape fez menção de lançar outro feitiço, mas então Sirius foi mais rápido.
- Petrificus Totalus!
Snape caiu no chão petrificado enquanto a multidão começou a aplaudir o desempenho dos dois Marotos. Depois de uma troca de sorrisos triunfantes entre a dupla vitoriosa, James correu os olhos pelo Salão a procura de sua varinha. E ele a encontrou aos pés de ninguém mais, ninguém menos que Lily Evans.
Sirius deu um tapinha nas costas do amigo, como se dissesse “Cara, nessa eu não posso te ajudar” enquanto via Lily vindo na direção deles.
- Por que você fez isso? – disse Lílian se aproximando de James.
- Ah Evans, vai me dizer que não achou engraçado. – retrucou James.
- Humpf... você se sente grande coisa fazendo isso não é, Potter. Infla seu ego azarando qualquer um que você julgue não poder fazer parte desse seu mundinho infeliz. O mundinho de um garoto mimado que pensa estar sempre rodeado de amigos. Mas você tá muito enganado. Essas pessoas a toda volta só babam o seu ovinho por causa das coisas ridículas que você faz. Afinal o ridículo chega a ser engraçado, não é Potter? Mas sabe, pensando por esse lado você está certo. Quem falaria ou sairia com um garotinho normal? Não, não, o Potter tem que ser diferente. Tem que fazer imbecilidades para ser notado! – Lily começou a bater palmas olhando para todo mundo. – Vamos pessoal! Aplaudam o Potter porque ele se acha o palhacinho de Hogwarts! Aplaudam o Potter porque ele é bom em Transfiguração! Aplaudam o Potter porque ele sabe agarrar um pomo! Aplaudam o Potter porque ele sempre tem a melhor vassoura! Aplaudam!
Alguns alunos se entreolhavam, outros soltavam risadinhas abafadas. Já os Sonserinos gargalhavam e aplaudiam com vigor. Mas essa não era a raridade do momento. A expressão no rosto de James poucos haviam visto, pois era de profunda vergonha, diferente do ódio que sentia por dentro. Mas ao contrário daquele menino da Sonserina, ele mantinha a pose ainda arriscando uns sorrisinhos com Sirius. Já Lily, estava séria, mas com notável ar de satisfação. Queria ver ele responder essa agora! Tudo aquilo que havia remoído entre a noite do dia anterior até esse momento foi maravilhosamente extravasado. Estava realmente feliz consigo mesma.
Se preparava para virar as costas em direção as estufas e sair vitoriosa de toda situação, quando deu de cara com James sorrindo para ela. Milhares de pensamentos martelavam em sua cabeça tamanha era sua raiva:
“Por que esse idiota está sorrindo? Quem ele pensa que é sorrindo para mim? Até parece que eu acabei de informá-lo que o Montrose Magpies acabou de ganhar o campeonato! Sim, eu sei o time dele! Duas semanas ouvindo a narração de todos os jogos que aconteceram em toda história do time! Deus, seria impossível esquecer disso! Pois bem, Lily! Deixe de ser burra! Pergunte a ele por que está rindo! Não permita que esse imbecil ria da sua cara mais uma vez! Vamos!... EU ESTOU MANDANDO LILY!!!”
- Do que você está rindo Potter? - As palavras saíram abruptamente de sua boca. Apesar da raiva, ela estava feliz por finalmente sua boca ter compreendido a ordem de seu cérebro.
- De você. - disse James, se é que era possível, com um sorriso ainda maior.
- Como assim de mim, Potter? O que eu falei de tão engraçado?
- Não é o que você falou. É aquilo que você faz.
- O que eu faço? VOCÊ TÁ ME CHAMANDO DE PALHAÇA?
- Não Lily. - riu-se James. - Você está sempre me xingando, dizendo para eu manter distância, sem notar que você não consegue ficar distante. Anda me seguindo pelos corredores e analisando o que eu faço, Evans? Pois é, eu achei que você fosse mais ocupada. Se quiser sentar e discutir um dia sobre minhas ações, eu estou a sua disposição. - e deu uma piscadinha, sorrindo marotamente.
Essa foi demais para Lily. Ela parecia que ia explodir. Durante algum tempo travou uma batalha entre sua boca e seu cérebro (agora vazio de idéias) até finalmente conseguir pronunciar, ou melhor, berrar:
- DETENÇÃO POTTER!!! - e ao berrar essas palavras, Lily se sentiu aliviada e pensou: “Agora ele me paga!”
James pensou: “Ótimo! Uma detenção já no segundo dia de aula!”. Arriscou dar uma olhada para Sirius, já imaginando o que viria pela frente. E não deu outra! Ele o olhava como se dissesse: “Se ferrou, cara!”.
A multidão começava a se dispersar achando que o show estava encerrado, quando alguém falou:
- Você não pode detê-lo apenas por ele ter se defendido das SUAS acusações. - disse Diana Potter de braços cruzados com uma cara muito séria.
- Diana, não se mete! - disse James.
- Cala a boca James! - retrucou ela. James achou melhor se calar. A cara da irmã era igualzinha a da Sra. Potter quando estava brava.
- Er... bem... ele azarou um aluno! Dois na verdade! - defendeu-se Lily.
- Sirius também azarou um aluno! - retrucou Diana mais uma vez.
- Nossa, Diana, sua gentileza realmente me comove! Muito obrigado! - foi a vez de Sirius se manifestar, olhando perplexo para a amiga.
Lily ficou por algum tempo sem saber o que fazer, mas por fim disse:
- Detenção pra você também Black!
Dessa vez foi James quem olhou significativamente para Sirius, como se dissesse: “Você se ferrou também, cara!”
- Muito bem! O show acabou! Todos para suas salas de aula! Agora! - gritou Lily para todos os alunos que ainda restavam. Baixou os olhos, e viu que a varinha de James estava um pouco a sua frente. Pegou-a e disse: - Sua varinha Potter? Então pega! - e jogou-a para mais longe ainda.
James pensou em responder, mas achou melhor não. Bufou e foi atrás de sua varinha, enquanto Lily saía em passos firmes em direção as estufas. O que já estava bastante ruim ficou ainda pior.

N/As: Esse capítulo foi um pouco maior do que os outros. Esperamos que tenham gostado da maneira um pouco diferente que a gente escreveu! Por favor comentem! É muito importante para nós saber a opinião de vocês, seja ela boa ou ruim!!!!

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