Alvo Dumbledore
E os assentos se afastaram, onde uma leva de estudantes se levantou em direção as suas salas comunais, e Harry pensou em procurar a diretora para esclarecer logo sobre o testamento, mas pareceu impossível no momento, pois Gina já o estava empurrando, com Rony e Hermione em seu encalço, e o garoto decidiu deixar para o outro dia de manhã.
Capítulo 10 – Alvo Dumbledore
Uma linda manhã no segundo dia de setembro parecia zombar de Harry, que acordou antes mesmo do sol apontar ao leste. O garoto quase não dormiu, e se perguntava o quão longe ele conseguiria ir nessa busca insana pelas Horcruxes, se ele realmente estaria no caminho certo, e como ele ficaria se algum de seus amigos morressem durante esse pandemônio que virara a sua vida.
Levantou-se antes de qualquer um de seus colegas, porém reparou que a cama de Dino Thomas estava vazia, sinal de que o garoto não havia voltado a Hogwarts. Registrou mentalmente o fato, para poder descobrir se o amigo não havia voltado por pressão familiar ou algum tipo de perseguição do ministério.
Um passeio pelos jardins o ajudou a pensar em tudo aquilo que havia acontecido, e tudo que estava por acontecer, e por fim adentrou novamente ao castelo, em busca de companhia, porque a solidão o assustava cada dia mais, e seus pensamentos sempre buscavam a mesma pessoa, uma pessoa que não poderia estar presente na vida do garoto, pelo menos enquanto ele fosse um homem marcado pelo destino.
O grande salão estava sendo tomado aos poucos pelos alunos que acordaram um pouco mais cedo, e Harry sentou-se a mesa, sem realmente estar com fome, apenas esperando a oportunidade de conversas a sós com Minerva, para por fim àquela estadia em Hogwarts, extremamente indesejada e ao mesmo tempo acolhedora. Perdido em seus devaneios, não notou o fato de que a maioria dos estudantes o olhava, alguns admirados, outros com indiferença e até linhas duras gravadas em suas faces.
- Vocês não têm mais nada para fazer não? Caiu algum hipogrifo por aqui? – exclamou Gina, visivelmente aborrecida, e Harry parecia não entender o motivo, e a garota pareceu compreender, e então se sentou ao lado dele e disse em voz baixa. – As pessoas não param de olhar para você, Harry. Não sei em que mundo você está, mas pelo menos antigamente você esboçava algum tipo de reação, agora parece mais a murta-que-geme, andando pelos cantos, se lamentando, apenas vagando ao invés de viver. – e mirou-o, esperando pelo menos uma resposta.
- Ah, Gina. É que tem tanta coisa acontecendo que eu não sei mais o que fazer ou o que pensar, só o que eu quero é sair logo daqui e terminar o mais rápido possível você sabe o que, para tirar todo esse peso das minhas costas, nem que seja para eu morr... – mas foi interrompido por Gina, que tapou sua boca com uma das mãos, e apontou uma colher para ele, como se fosse uma arma.
- Você não pense em terminar essa frase, ouviu? Você não vai morrer coisissima nenhuma, e eu nunca mais quero ouvir você falar isso, nem de brincadeira. Você não sabe o quanto você é importante para todo mundo que te conhece, e ainda mais para mim, não sei o que eu faria sem você. – e ela o encarou como aquelas vezes que todos sentiam medo de chegar perto dele, mostrando que ela o compreendia, o aceitava do jeito que ele era, e o mais importante, ela o amava incondicionalmente, muito mais do que ele poderia sequer imaginar.
Harry evitou o olhar da garota, e viu entrando no portal, para seu imenso alivio Rony com uma cara extremamente amarrotada, seguido de perto por Hermione, com um livro nas mãos. Eles se sentaram ao lado esquerdo de Gina, prevendo pela cara fechada do amigo, que ele não estava nos seus melhores dias.
- Estive procurando hoje cedo sobre os discursos do chapéu seletor, e toda a história que ele trata nas suas canções, e achei esse livro sensacional. Vou estudá-lo hoje, e ver se descubro o que ele estava tentando nos dizer. – disse Hermione, parecendo muito bem humorada, mas mirando seu amigo ruivo com extremo desprezo, pois ele já comia freneticamente, parecendo não dar importância ao que a garota falava.
- É impressão minha ou o clima está pesado por aqui? – perguntou novamente a garota.
- É que eu e o Harry estávamos falando sobre o testamento do Dumbledore, ai sabe como é, não é algo muito agradável de conversar. – mentiu Gina descaradamente, o que foi prontamente confirmado por Harry com um aceno de cabeça não muito convincente.
Mas Hermione não pode retrucar ou mesmo indagar qualquer outra coisa, pois diversas corujas adentraram o salão, e uma grande coruja parda, de cor castanho-claro depositou um amontoado de páginas, que Harry achou que eram duas cópias da mesma edição do Profeta Diário.
Hermione rapidamente puxou para si um deles, e Harry reparou que o outro era O Pasquim, com uma imensa foto de Dumbledore, e os dizeres em letras Garrafais:
“Dossiê Dumbledore” , uma entrevista com Minerva Mcgonagall, sobre daquele que foi um dos maiores bruxos da era moderna.
E antes do garoto apanhar o jornal, Hermione o chamou baixinho, juntando sua cabeça com a de Gina, e disse:
- Olhem isso aqui, aquela Rita Skeeter está escrevendo uma biografia do Dumbledore, só que parece que ela vai lançar algo sensacionalista – e Hermione apontou as letras abaixo da matéria principal que dizia:
Realmente amante dos trouxas?
O quão justo e honesto ele era realmente?
E tudo sobre sua obscura família que nunca foi revelada...
Biografia de Alvo Dumbledore
Por Rita Skeeter
Harry havia esquecido O Pasquim, e agora se remoia internamente, querendo saber o que aquela mulher detestável estaria aprontando com o falecido diretor.
- E o pior de tudo, é que desta vez eu tenho certeza de que o ministério não vai intervir, e mesmo que eu use o fato de ela ser um animago ilegal, tenho certeza que não vai surtir efeito. – e a garota pareceu pensativa por alguns instantes, e alguns segundos depois, Harry visualizou o motivo. -, Mas isso aqui é espetacular – disse Hermione, pegando O Pasquim em mãos. -, Com certeza isso aqui vai calar a boca de muita gente. – e abriu o jornal, se enfiando entre as páginas, não dando tempo para qualquer um deles esboçar qualquer tipo de comentário.
Harry achou melhor não discutir enquanto sua amiga lia o jornal, e decidiu se juntar a Rony e comer um pouco, mas foi surpreendido por McGonagall, que chegou perto deles e disse em voz baixa:
- Não se esqueçam que o testamento será aberto dia quatro, às vinte horas, na minha sala. A senha para a gárgula é Chuddley Cannons. – e saiu dando uma piscadela para Rony, que torcia pelo mesmo time que a diretora.
Hermione meramente ergueu o jornal e viu a professora cruzando o portão do salão, e ela disse:
- Vamos à sala comunal. Lá eu explico e vocês podem ler a matéria. – e a garota pegou os jornais, se retirando da mesa com Gina, que cantarolava alguma coisa parecida com o hino do Chuddley Cannons, pelo menos era o que parecia a Harry, que o havia escutado algumas vezes em companhia de Rony, um extremo fanático do time laranja.
Chegando a sala comunal, que estava vazia, pois as aulas já haviam começado, Hermione desatou a falar:
- Bom, durante as férias, eu andei escrevendo algumas cartas anônimas ao ministério e ao Profeta Diário, denunciando diversas irregularidades que eu estava analisando, e entre essas denúncias estava o fato daquela mulherzinha ser uma animaga. Porém, sabe o que o ministério fez? Eles mandaram uma carta de intimação contra o pseudônimo que eu usei em conjunto com o endereço falso, me acusando de faltar com a verdade, e um monte de baboseiras, então eu tenho certeza que o ministério já não é mais confiável, e eu quero ser um hipogrifo se não tem o dedo de V-Voldemort nisso.
Rony teve alguns espasmos ao ouvir o nome, e Gina ofegou baixinho, porém Harry apenas analisava sua amiga com um ar de admiração.
- Às vezes eu me pergunto de onde você tira tudo isso Mione – começou Harry. -, Mas o mais importante agora é o seguinte. O que vamos fazer sabendo que o ministério não é mais confiável? Alias menos confiável do que era, mas agora temos certeza que eles estão do outro lado, e não duvido que logo aquela Umbridge comece a apresentar leis decretando a nossa prisão.
- Sabe, Harry, eu acho que você está certo. – disse Gina. – Temos que nos preparar também caso venhamos a sofrer uma perseguição do ministério, e que lugar melhor que Hogwarts e os professores da Ordem para nos ajudar, ou apenas nos dar idéias, sem dizer a eles o que estamos fazendo lógico.
- Ponto pra Gina, Jerry. – agora era Rony que falava, com um estranho amarelado em seu rosto. – Que tal nos prepararmos aqui durante alguns dias, e até consultar o Lupin e o restante do povo da Ordem, porque vamos enfrentar chumbo grosso.
Hermione que ouvia impassível seus amigos, por fim disse:
- Realmente é algo a se pensar. Mas acho que a principio, devemos continuar com nossos treinamentos e possíveis locais que iremos visitar, e nos preocupar somente com o testamento, porque quem sabe o que realmente vai acontecer, não é? Ai, depois decidiremos o que fazer. – e ela apontou o dedo para Harry. -, e NÃO pense em nos contestar, estamos juntos nisso, e iremos decidir como um time. Não sairemos por ai para sermos atacados sem ao menos termos uma noção do que vamos enfrentar. – disse Hermione em tom definitivo.
Harry não ousou contestar seus amigos, que agora discutiam meios e modos sobre os preparativos, e pegou O Pasquim.
Podemos viver durante séculos, e nos deleitarmos durante horas de escrita em pergaminhos sem fim os feitos de Alvo Dumbledore, mas nunca realmente chegaremos a entender metade do que esse magnífico bruxo fez por nós.
Fato é, que desde que o conheci ao adentrar os portões magníficos de Hogwarts, minha admiração foi se tornando imensurável em relação ao nosso ex-diretor. Sempre, desde que fui sua aluna, não houve um só momento em que ele não achasse uma saída ou solução para todos os nossos problemas, mesmo que algumas delas não fossem àquelas que realmente esperávamos, mas o final era sempre satisfatório.
Após finalizar meus estudos, tendo Alvo como um grande mentor, me aprofundei nos estudos que me agradavam, e ao que me pareceu apenas poucos dias, mas foram na verdade alguns anos, Dumbledore já havia assumido o cargo de diretor de Hogwarts e me convidou para fazer parte do corpo docente da escola.
O destino assim quis que eu me tornasse uma grande amiga de um bruxo que eu nunca imaginei que seria mais do que meu professor, e foi em nossa amizade que eu passei a admirá-lo ainda mais.
Enganam-se aqueles que pensem que Alvo Dumbledore nunca foi um garoto, e nem cometeu erros. Bem verdade é que seu pai foi acusado de atacar trouxas, e seu irmão posteriormente de utilizar bodes de maneira imprópria para os bons costumes, mas ao contrário do que as pessoas venham a dizer, ele não se envergonhava disso, ele apenas assentia positivamente a essas indagações, confirmando realmente que seus familiares haviam errado, e nunca procurou mudar o cenário desfavorável a eles.
À primeira vista, como me disse em uma de nossas conversas, as pessoas achavam que ele simplesmente odiava trouxas, e que era taxado de esquisito, vindo de uma família instável, com diversos problemas mal resolvidos. Mas pelo contrário, como me contaram alguns de seus amigos na época, ele acabou por se mostrando um verdadeiro fenômeno na esfera estudantil, quebrando recordes e premiações por onde passava, e sempre defendendo a igualdade entre bruxos e trouxas, entre mestiços e puros-sangues. Era alguém brilhante e humilde ao mesmo tempo, mas também teve seus momentos de tensão e deslizes, como ele próprio fez questão de me lembrar diversas vezes ao decorres dos anos.
Uma de suas frases célebres com certeza era: “ Desculpe Minerva, pela falta de humildade, mas sendo eu, mais inteligente que a maioria das pessoas, os meus erros tendem a ser muito maiores, e de fato eu também erro, como já provei em diversos episódios de minha juventude, e mesmo agora, com toda a experiência de um velho, continuo a errar sucessivamente, para o deleite de meus “admiradores”.
Tanto é verdade que Alvo não era como seu pai, que até os seus últimos dias, ele foi acusado por diversas pessoas de ser "amante dos trouxas" e taxado de no mínimo excêntrico, por ver nas pessoas aquilo que às vezes elas próprias não viam, ou a sociedade as impedia de mostrar. Com muito acerto, ele dava a todas as pessoas uma segunda chance, e nunca, por mais mirabolante que fosse o caso, ele não deixava de ajudar alguém que lhe pedisse ajuda.
Morreu como um herói que foi, em combate para evitar que nossa escola fosse invadida por pessoas sem o mínimo de escrúpulos, dispostas a tudo. E por isso, mais do que qualquer um que venha a pisar nesses terrenos, devemos a ele boa parte do que construímos, pois Alvo Dumbledore dedicou sua vida a essa escola, e a tratou como a um filho que nunca teve.
Acima de tudo, Alvo Dumbledore era o principal disseminador do bem, e pregava onde quer que fosse, que o amor levava a todos os caminhos, que somente ele faria com que o bem triunfasse sobre o mal, que as pessoas deveriam enxergar primeiro a si mesmas, amar a si próprio para depois amar aos seus semelhantes, e foi assim que ele deu seu último suspiro, amando mesmo àquele que foi seu executor, confiando cegamente em uma pessoa que não merecia, e não era digna de confiança.
Mas eu deixo aqui uma mensagem a todos que foram, e sempre serão fiéis a Alvo Dumbledore:
Nós não deixaremos de lutar, não entregaremos de mãos beijadas tudo aquilo que construímos, afim de vermos todas as nossas leis e éticas jogadas ao lixo por um tirano qualquer, e enquanto uma só pessoa for fiel a nosso querido ex-Diretor, ele estará conosco, não em carne, mas em espírito, e com certeza triunfaremos sobre nossos obstáculos, com amor e dignidade, onde o bem será disseminado acima de tudo, e finalmente estabeleceremos a paz, o novo reduto de Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore.
Que Merlim esteja com você, onde quer que você esteja, e orando por nós.
O garoto finalizou a leitura com os olhos marejados, com um nó imenso na garganta e se viu analisando, como um breve filme, a morte de várias pessoas queridas, algumas, como seus pais, que ele nem tivera a chance de conhecer. Mas o que mais o chocou foi o fato de que havia tantas coisas que ele não sabia sobre o diretor, como ele aprendera a falar todas aquelas línguas, como fora sua formação em Hogwarts, sobre sua família, sobre tanta coisa que ele nunca mais teria a chance de perguntar, porque Alvo Dumbledore estava morto, e nada poderia trazê-lo de volta, porém Harry, mesmo sabendo que nem mesmo Dumbledore poderia “vencer” a morte, guardava em seus mais profundos desejos, que um dia o diretor conseguisse, e aparecesse em Hogwarts, como se nada tivesse acontecido.
Aos olhos dos alunos da Grifinória, o fato daquele quarteto não ter freqüentado as aulas pela manhã foi motivo de curiosidade, porém aos poucos os comentários foram se alastrando sobre a falta de displicência em relação as aulas ministradas, e no almoço, eles foram abordados pelo Professor Moude, que lhes falou muito calmamente:
- Gostaria que vocês dessem um pulinho em minha sala, durante as aulas de poções, que pelo visto vocês não planejam assistir. – disse o professor naturalmente sob os olhares curiosos de Harry e dos outros. -, e tenho certeza que o professor Slughorn vai entender perfeitamente a falta de seu preparador de poções favoritos. – e piscou para Harry, se retirando em seguida.
Harry apenas os encarou com um olhar de que não entendeu nada, mas acenou com a cabeça, confirmando que eles iriam a sala do estranho professor de DCAT.
Ao terminar a refeição, Gina se levantou e cochichou ao ouvido de Harry que o esperaria na sala comunal, para não levantar suspeitas, o que foi prontamente seguido por Hermione e Rony, que corou furiosamente ao esbarrar numa cadeira e praticamente agarrar sua amiga de cabelos revoltos, que precisou se segurar para não cair com o peso de Rony, para depois fingir que nada aconteceu, em contraste com seu rosto que exibia um sorriso enviesado e os passos rápidos para ninguém a analisar muito atentamente.
Prontamente os quatro já haviam esperado as aulas do período da tarde começarem e rumaram ao antigo escritório do melhor professor de DCAT que eles tiveram, Remo Lupin. Chegando ao local, tiveram a nítida sensação de um ambiente familiar, impregnado por inúmeros livros e apetrechos, com alguns engraçados instrumentos na mesa do professor. Não o encontraram, e decidiram sentar-se nos coloridos pufes ao canto da sala, exatamente quatro deles, e que Hermione concluiu astutamente em voz baixa que ele os aguardava.
Alguns minutos depois, Moude adentrou o portal para dentro de sua sala, e fechou a porta silenciosamente. Harry fez menção de pegar a varinha, mas foi contido por Rony, que o olhava com espanto: “Ele é um professor, Harry, vamos ouvir o que ele tem a dizer.” – disse em voz muito baixa.
- Ah, como é magnífico o ímpeto da juventude. Quem me dera ter essa idade novamente... – começou o professor. – O que eu gostaria de conversar com vocês, garotos, é sobre o velho seu velho diretor, e digamos seus ensinamentos, para não dizer outra coisa. – e Moude passou a observar o quarteto, sentando-se na mesa, e respirando profundamente.
- Mas professor – começou Hermione. – Como assim? Não entendemos o que o senhor quer de nós, porque se o senhor quiser informações sobre o Dumbledore seria melhor falar com os professores, que o conheceram muito melhor do que nós. – mentiu a garota, e o velho professor suspirou mais uma vez, e a olhou atentamente.
- Ora, ora, vejo que temos aqui pessoas realmente mal informadas, porém me esclareçam uma coisa simples. Como é que vocês então estão procurando meios e modos para caçar e matar Voldemort? – e eles se entreolharam assustados, e Harry não saberia dizer se era pelo professor ter dito o nome em voz alta, porque muitas pessoas não o faziam, ou pelo grande acerto que aquele desconhecido estava fazendo, ou seria um chute?
- Não estamos entendendo. Afinal estamos aqui em Hogwarts – começou Gina -, e além do mais, o que é que nós quatro iríamos fazer para caçar um bruxo que todo o ministério até hoje não conseguiu colocar as mãos? Existem bruxos muito mais qualificados para isso do que nós. – e ela mentiu tão deslavadamente, que Harry quase acreditou na mentira, procurando ao máximo se mostrar impassível.
- Vocês são realmente adoráveis, porem deixe-me lhes dizer uma coisa. Aquilo que vocês estão procurando provavelmente está muito bem escondido e guardado por magias poderosíssimas, seja lá o que for. Então eu recomendaria que vocês permanecessem em Hogwarts por digamos umas três, quatro semanas no máximo, afim de conseguirem fazer um treinamento adequado contra o que vocês irão enfrentar. – e Moude se levantou, andando agora em círculos, parecendo até que eles não estavam presentes na sala.
- Olha, seja lá o que for que você pensa que estamos fazendo, nós não estamos. Então por favor, pare de nos oferecer ajuda para algo que nós não fazemos idéia do que seja. – disse Harry, com seus nervos já aflorando.
- Harry, Harry, você nunca foi um bom oclumente, e além do mais, vocês não precisam me dizer o que vocês vão fazer. Só deixe-me ajuda-los por algum tempo, e peço que fiquem algum tempo a mais aqui, antes de deixar a escola, porque minhas fontes dentro do ministério apontam que em breve Hogwarts não será mais segura para vocês, e você principalmente – e apontou para Harry. -, e nessa hora nós ajudaremos vocês a seguir o seu caminho. Nós, eu digo, professores dignos de confiança, como seu amigo Hagrid e a diretora McGonagall.
- Mas... – antes mesmo que eles pudessem responder, o professor os interrompeu novamente.
- Não precisam me dizer agora, mas depois que o testamento de Alvo for aberto, espero que vocês mudem de opinião, e me dêem uma resposta positiva a minha oferta. E agora, se vocês me dão licença, eu preciso ver a diretora. – e Mouse saiu da sala, como se estivesse discutindo amenidades com velhos amigos de infância.
Passaram-se alguns minutos, e Hermione indicou a saída sem falar absolutamente uma palavra, e sinalizando para seus amigos fazerem o mesmo, e ela seguiu, mas não em direção a sala comunal, e sim ao sétimo andar, onde ela passou três vezes pelo mesmo local, e uma porta apareceu para eles.
Já acomodados em uma sala azul clara, com diversas cadeiras e estantes de livro, ela foi a primeira a dizer:
- Olha, se ele está vigiando a sala comunal para saber daquilo eu não sei, mas acho que aqui é seguro para conversarmos. E preciso confessar a vocês que eu estou chocada, não sei como ele sabe, e se realmente ele sabe, pois podemos supor que seja um blefe, mas algo me diz que ele está querendo nos ajudar. – disse a garota, analisando os rostos dos amigos, e mexendo-se para frente e para trás na cadeira.
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Agora são 7 da manhã, e aqui estou eu, noite adentro para dar a vocês mais um capítulo.
Um imenso obrigado a todos aqueles que estão acompanhando a FIC, e um Obrigado DUPLO, com direito a abraço, a todos aqueles que comentam, e nos fazem sentir mais vontade de escrever.
Até o próximo capitulo. Abraços a todos
Muito Obrigado.
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