Amores e Ciúmes



Naquela noite Harry mal conseguira dormir pensando somente no medalhão de Slazar Slytherin. "Como não pensei nisso antes - se perguntava Harry. - a Câmara era e sempre e foi o principal lugar onde Voldemort esconderia uma horcruxe e, quem sabe , onde, também, escondesse todas as outras horcruxes? Não, falou Harry em voz alta, seria muita sorte se as outras horcruxes estivessem lá também. Porém, eu não tenho certeza de que o medalhão vai estar lá. Mas eu tenho que ir lá pra confirmar minhas suspeitas, tenho que destruir as horcruxes de Voldemort, é meu dever, é minha obrigação!"
Levantou-se e foi tomar seu café da manhã e encontrou Rony furioso a caminho do salão principal.
__O que houve Rony? Com raiva logo de manhã? - perguntou Harry.
__Hermione. - respondeu o amigo zangado.
__Que tem a Mione?
__Eu a vi abraçando ele no corredor.
__Ah... ele quem?
__Víctor Krum!
__E o que tem de mais nisso Rony?
__Como ela pode ficar por aí abraçando qualquer um? - falou o garoto, alteando sua voz em um tom totalmente desnecessário.
__Rony. - falou Harry com um tom de voz calmo. - Ela tem o direito de abraçar quem bem entender. E abraçar alguém, quem quer que seja, não é nenhum crime ediondo para que você fique andando todo zangadinho por aí.
__Ah Harry, então você não se importaria se Gina ficasse abraçando Zacarias Smith ou Dino Thomas na sua frente!?
__É claro que eu me importaria! - falou Harry, recordando a cena da primeira vez, no ano anterior, que sentira atração por Gina. Ela, em um beijo totalmente enroscado com Dino.
__Então...!
__Então o que Rony?! Se você não se lembra Gina é minha namorada e há uma enorme diferença nisso. Mione é sua amiga e você não precisa se zanguar só porque a viu abraçando alguém...
__Alguém não! Víctor Krum!
__Que fosse McGonagall, Hagrid ou qualquer outra pesssoa. Ela só estava abraçando-o!
__E se estivesse fazendo algo mais?!
__Como o quê?
__Beijando-o... por exemplo. - disse ele, abaixando sua voz e sua cabeça parecendo implorar que isso jamais viesse acontecer algum dia.
__Rony, todo o mundo tem o direito de ser feliz com quem desejar...
__Mas logo com ele! - falou o amigo cortando Harry mais uma vez.
__Ronald! - até Harry mesmo se espantou, era a primeira vez que chamava seu amigo pelo primeiro nome completo. Isto o fazia lembrar da senhora Wesley e de todas as vezes que ela já havia repreendido seu amigo. - Hermione, como qualquer pessoa, possui o livre arbítrio, pode escolher por si própria o que considera bom ou ruim para sua pessoa e você tem que aceitar isso de qualquer maneira, entendeu!? Ela já tem dezessete anos e é uma perfeita cidadã que pode usufruir de todas as oportunidades que irá receber da vida! E não será ninguém, nem seu pai, sua mãe, seus parentes ou VOCÊ que irá decidr por ela, ela decidirá o que é o melhor, ou que o que pensa que é melhor, pra si mesma!
__Mas ela não vai conseguir tudo isso se agarrando nos corredores da escola...
__Você ainda não entendeu?! Não vou falar mais nada, só vou te dar um exemplo, tá bem? Você, que está tranformando o abraço de Hermione em uma coisa absurda, não pode falar nada, entendeu? Nada! Quem foi que ficou agarrando Lilá Brow quase o ano passado inteiro? Quem foi que ficava se achando o melhor porque tinha alguém rastejando aos seus pés? Quem foi que fez uma amizade de seis longos anos se abalar por causa de ciúmes que nem deveriam existir? Eu não fui, e nem Mione. Você, por um acaso, faz idéia de quem pode ter sido? Sabe quem foi? Você! É isso mesmo, então... antes de você falar dos outros, e não estou falando somente da Mione, olhe para si mesmo e veja o que você já fez, para depois ver se pode ou não dar opiniões e quando for dar opiniões veja se não está dando opiniões equivocadas. - Harry tomou fôlego. Ele e Rony continuaram a andar em direção ao salão principal em total silêncio. No caminho, Harry ficava pensando como tinha conseguido falar aquilo tudo com Rony. Foi algo de instante, de repente se viu falando tudo o que pensava para seu amigo. Ele não queria, de maneira alguma, que aquilo fosse encarado pelo amigo como um sermão, iguais aos que seu pai ou sua mãe lhe davam, e sim como um conselho de amigo para amigo. Rony, andava com a cabeça baixa e chutando o ar. Várias vezes parava de andar para amarrar os cadarços de seus sapatos, porém Harry sabia que este gesto de parar e amarrá-los era nada mais, nada menos do que um pretesto de ficar sozinho e deixar Harry ir andando desacompanhdo até o salão principal. Mas Harry não continuava a andar, quando o amigo parava, ele também parava e esperava até que este "amarrase os cadarços".
Chegaram ao salão principal e foram se sentar em um lugar qualquer na mesa da Grinfinória, eles não encontraram Hermione, Gina, Neville ou Luna. Rony, com a cara um pouco emburrada, comia seu mingau de centeio com total desprezo e, muitas vezes, levantava a colher cheia de mingau até o alto e deixava seu café da manhã cair no prato, sujando um pouco o banco onde estava sentado. Harry estava achando aquela atitude muito infantil. Rony, com certeza, não gostara de ouvir o amigo xingando-o e dando sua opinião sobre os atos de Hermione.
__Pare com isso Rony. - disse Harry em voz baixa. Mas Rony parecia não ouvi-lo, continuou brincando com seu mingau. Harry tirou sua varinha de dentro das vestes e mentalizou, agora já tinha dominado os feitiços não-verbais: Abaffiato! E apontou sua varinha para p teto do salão fazendo, assim, que o feitiço atingisse a todos de uma só vez. Quando o feitiço estava perto dele e de Rony, Harry conjurou o Protego, fazendo, assim, que o escudo conjurado protegesse ele e Rony do primeiro feitiço conjurado. Depois virou-se para Rony e falou. - Se você não parar com esse infantilidade agora você vai ver o que eu vou fazer.
__E o que você vai fazer? - perguntou Rony, com raiva.
__Você vai ou não parar com isso?
__E se eu não parar?
__O.K. você quer ver, não quer? - perguntou Harry. Rony balançou os ombros, fazendo sinal de "tô nem aí", então, Harry pegou sua varinha novamente e apontou-a para Rony, dizendo em voz alta: Rictusempra! O amigo começou a dar altas gargalhadas, Harry lançara nele o feitiço das cócegas e agora queria ver se Rony conseguiria ficar emburrado de novo. O amigo, tendo uma enorme dificuldade em falar, disse para Harry:
__Pare... com... isso... Harry!
__Hã? - indagou Harry, fingindo que não o ouvia. - Parece que há algo me impedindo de te ouvir, algo parecido com um zumbido ou... sei lá. - Rony o olhou com indignação, e pensou: "Por que ele está fazendo isso comigo? Eu não fiz nada!" Harry falou novamente:
__Se você quis ver do que eu era capaz você viu.
__Tá... bom... Harry! Eu... já... entendi! Agora... pára!
__É muito simples, é só você parar o Abaffiato e depois parar o Rictusempra, bom... isso se você conseguir pronunciar os feitiços, por que é muito difícil falar com o feitiço das cócegas agindo no seu corpo. Ele... quase não nos deixa falar. Ele permite que falemos palavras curtas como: eu, você, agora, oi e etc. mas, falar o feitiço corretamente...? Duvido muito. Peça ajuda a alguém, bom, se eles conseguirem te ouvir. - ao dizer isso, saiu andando as gargalhadas do salão principal e, enquato isso, Rony tentava xingar Harry pela sua horrível atitude, do seu ponto de vista era um atitude horrenda, pois da ótica de Harry essa a melhor brincadeira que ele já tinha feito em toda a sua vida. Olhou para trás e viu Rony rindo, por causa do feitiço, e ao mesmo tempo com a sua pior cara de desaprovação. Harry claro que iria ajudá-lo, mas... depois ele faria isso, tinha outras coisas a tratar. Enquanto voltava a sala comunal da Grinfinória, para arrumar as coisas que iria levar para a Câmara Secreta, encontrou com Hermione e Krum no caminho. Estavam andando e conversando de mãos dadas. Com certeza eles dois não tinham sido atinjidos pelo feitiço pois não estavam no salão principal, como Gina, Neville e Luna também não haviam sido pegos pala brincadeira de Harry.
__Olá Harry. - cumprimentou Krum. Se não fosse pelo ato de Krum cumprimentá-lo, Hermione não veria que Harry estava ali, ela parecia estar totalmente nas nuvens.
__Olá Krum. Oi Mione.
__Ah... oi Harry. - retribuiu Hermione, a garota corara na hora, suas bochechas ficaram avermelhadas e ela começou a dar risinhos frenéticos como Romilda Vane e suas colegas davam, no ano anterior, todas as vezes que encontravam Harry no caminho ou como os horríveis risinhos de Lilá Brown, quando estava junto de Rony ou quando dizia seu horrível apelido, Uon-Uon.
__Está feliz hoje, o que houve para que você ficasse assim?
__Eu feliz? Besteira sua. Só estou alegre porque acordei bem hoje, só isso, não é nada de mais.
__Ah... está bem. - falou Harry em um tom totalmente desconvicente.
__Onde está Rony? - indagou Krum.
__Não, sei. - respondeu o garoto. - Acho que ele está no salão principal tomando seu café da manhã. Não sei ao certo, não tomei café e não o vi hoje no dormitório dos meninos.- Harry mentira tão bem, que nem Hermione descobrira qualquer vestígio de omissão, mas o principal motivo não era esse, não, era outra coisa, bem diferente. - Para onde vocês estão indo?
__Para o salão principal, também não tomamos café, por que você não vem conosco? - disse Hermione.
__Vocês esqueceram da aula de defesa contra as artes das trevas? É daqui a alguns minutinhos e se não andarmos depressa podemos nos atrasar sem querer. - comentou Harry. Ele não queria que Mione e Krum vissem Rony sobre o feitiço das cócegas e o salão principal inteiro sobre o Abaffiato.
__Já está quase na hora da aula de defesa contras as artes das trevas? Eu nem percebi, não vi o tempo passar.
__Vamos rápido! - apressou-os Harry.
Os três começaram a andar rápido, Harry já estava pensando no que ia dizer quando chegassem a sala de aula e encontrassem-na vazia. Por sorte de Harry, eles encontraram Pirraça, o polteirgaist, no caminho.
__O que esão fazendo correndo nos corredores da escola? Estão tramando algo como sempre? Pensa que eu não os vejo passando pelos corredores? Sempre vejo aquela gaorta Wesley, aquele babaca que adora Herbologia e aquela menina maluca, a Di-lua Lovegood, passando por aqui todos os dias. O que eles andam tramando Granger? Eu sei que você sabe, por que não quer contar para o Pirraça? Me conte e eu os deixarei livres o resto do ano, é uma troca justa.
__O que você está querendo Pirraça? - perguntou Hermione. - O que você vai ganhar inventando coisas sobre a gente?
__Mas eu não estou inventando. - era a primeira vez, e provavelmente a última, que Harry via Pirraça conversando com alguém, ainda mais com estudantes que, como ele mesmo dizia, eram pessoas que não mereciam nada, apenas serem importunadas. - E você sabe disso GRANGER! Você e mais aquela garota francesa!
__Travalíngua! - exclamou Hermione. Era, também, a primeira vez que Harry via a amiga usar um dos feitiços do velho livro de poções de... Snape. Na mesma hora ocorreu a Harry um pensamento maluco, se o que Pirraça estava dizendo fosse verdade, será que ele queria descobrir aquilo para depois contar a Snape? Será que o fantasma sabia onde se encontrava o traidor de Dumbledore? E, de uma outra para outra, Harry gritou:
__Onde ele está?! - mas o fantasma não respondeu. Harry voltou a perguntar. - Onde ele está?! Anda, me diz Pirraça!
Pirraça deu várias piruetas no ar, conseguiu desgrudar sua língua do céu da boca e começou a cantarolar:

Potter Pirado ataca novamente!
O que será que ele quer saber?
Ninguém sabe do que você está falando
E se Pirraça soubesse, não iria responder! Ha, ha, ha, ha, ha, ha...

E desapareceu.
__Como ele conseguiu desgrudar a língua do céu da boca? Será que eu não conjurei o feitiço de forma correta? - indagou a garota.
__Do que ele estava falando Mione? Que história é essa de que vocês estão sempre tramando alguma coisa? E o que Gina, Neville e Luna estão fazendo ultimamente que não aparecem no salão principal e nem na sala comunal?
__Harry, não podemos encontrar Luna na sala comunal da Grinfinória, ela é da Corvinal, lembra?
__Não finja que não entendeu o que eu perguntei, anda, me fala o que eles, eles não, vocês estão tramando.
__Ah Harry. É invenção do Pirraça. Não estamos fazendo nada de errado e nem estamos aprontando nada.
__Tá bem, não precisa me contar, mas pode ter certeza, eu ainda vou descobrir.
__Se estivéssmos fazendo alguma coisa, certamente, cedo ou tarde você descobriria mas... como não estamos fazendo nada.
__Está bem... vou fingir que acredito em você.
__Ai, ai... homens. Sempre desconfiando de nós, mulheres.
__Claro, - brincou Harry. - vocês nos dão motivos, ora!
Krum não falou nada, apenas deu um sorrisinho discreto. Os três continuaram a andar em direção a sala de defesa contra as artes das trevas. Chegando lá, encontraram-na fazia. Hermione estranhou e perguntou para Harry:
__Você não disse que poderíamos chegar atrasados? Não tem ninguém aqui, nem fora nem dentro da sala.
__Hum... devo ter confundido as horas. Ah... mas é melhor chegar mais cedo do que chegar atrasado, não é mesmo?
__É... você tem razão Harry. - falou Mione, parecendo esperar algo. Eles ficaram ali dentro da sala de aula uns vinte minutos e nesse meio tempo ninguém aparecera, nem Mundungo, nem aluno nenhum. Harry, percebendo que já tinham se passado vários minutos, decidiu que já estava na hora de ir ajudar Rony, retirar o feitiço do amigo. Levantou-se e começou a ir em direção a porta da sala.
__Onde você vai Harry? - indagou a garota.
__Beber água. - mentiu ele.
__Não precisa ir, tome aqui. - disse Krum, e materializou um copo d'água na mesma hora.
__Não Krum, também quero ir ao banheiro, estou... muito apertado.- falou, fazendo cara de força.
__Então está bem. - disse Mione. - Volta logo viu? Mundungo pode chegar.
__Não... é rapidinho. Até agorinha mesmo. - e saiu correndo da sala. Chegou ao salão principal o mais rápido que pode e encontrou Rony deitado no banco da Grinfnória, dando grandes gargalhadas e todo avermelhado. Seus olhos estvam vermelhíssimos também, como seu rosto, e, principalmente, sua orelha. Incrivelmente, ninguém notara uqe Rony estava sofrendo de cócegas todos, além de não o ouvirem, não estavam vendo que ele se contorcia no banco da Grinfinória, nem McGonagall, que estava na direção dele, via Rony. Harry, na mesma hora, fez o contra-feitiço. Rony, mal percebera que já não estava mais sob influência do feitiço, conseqüência do grande tempo que ficara rindo. Harry curucou-o. Ele percebeu e então, abruptamente, se levantou e olhou Harry bem no interiro de seus olhos.
__Por que você fez isso comigo Harry? Pensei que fóssemos amigos!
__E somos, por isso mesmo eu fiz o que fiz. Pra que você pudesse aprender. - definitivamente Harry parecia a senhora Wesley.
__Aprender o que, seu eu não fiz nada? - ao contrário do que Harry pensara, Rony não parecia zangado com ele, estava somente tentando compreender por que o amigo fizera aquilo.
__Aprender a deixar a Mione seguir a vida dela do jeito que ela bem entender. E não se meter novamente nas relações amorosas dela, pois da primeira vez que isso aconteceu vocês ficaram brigados e esse ano, definitivamente, eu não estou afim de ficar entre vocês dois e ficar tentando reconcilia-los, agora você entendeu por que eu fiz isso?
__Tá bom Harry mas você exagerou! - Harry também pensava assim, é, ele realmente tinha exagerado. - E também, se você soubesse os motivos porque eu fico assim tenho certeza que você me daria toda a razão de eu ficar assim com ela.
__E quais são esses motivos? E por que você nunca me contou deles?
__Eu nunca te contei porque você vai rir de mim e, eu retiro o que disse, você não me daria razão alguma.
__Fala agora, ou você quer que eu te enfeitice com o Rictusempra de novo e...?
__Eu gosto da Mione!
__...e... o que você disse?
__Isso mesmo que você ouviu.
__Eh, mas... acho que não ouvi direito.
__Eu gosto da Mione!
__Não, não, fala mais devagar.
__EU, RONY WESLEY, GOSTO, NÃO COMO UM AMIGO, DE HERMIONE GRANGER! - gritou Rony, estavam no meio do saguão de entrada, mas não importava se ele estava gritando ou não, as pessoas não estavam ouvindo mesmo ora!
__É, foi isso que eu ouvi. - falou Harry, embasbacado. Como isso podia ser possível? Ele nunca percebera a atração de Rony por Hermione, se bem que não era seu forte notar conflitos amorosos, a não ser que estes conflitos estivessem acontecendo com ele mesmo. Mas mesmo assim, ele e Rony eram amigos, porque o garoto nunca lhe contara sua atração afetiva sobre Mione? E como não estava mais agüentando de curiosidade, eua próxima pergunta foi exatamente essa. - E porque você nunca me contou que gostava dela?
__Harry, tente entender, eu tinha muita vergonha de te contar, ficava com receio só de pensar no que você falaria se descobrisse. Ou se você nem falaria, se começaria ou não a rir de mim. Sempre quis te contar, mas... não dava certo, eu não tenho coragem o suficiente, nem sei o que estou fazendo na Grinfinória.
__A classificação das casas não tem nada a ver com nossos amores, quando se trata de amor, todos ficamos com medo da rejeição. - filosofou Harry. De repente ele começou a andar, mas Rony ficou parado ali, sem se mexer. - O que você está esperando? Vamos logo!
__Ir aonde?
__Na Mione.
__Em que você está pensando? Eu... não vou até ela pra falar...
__Do seu amor? Ah... vai sim, e se você não for por bem, vai ser pior pois terá que ir por mal.
__Harry! - exclamou Rony estupefato. - Eu achei que você tinha entendido! Eu não vou falar com ela, depois ela me dá um fora, não quero nem pensar no que pode acontecer, ela vai começar a rir de mim, vai dizer que eu sou um imbecil, que ela nunca me viu como um namorado somente como um amigo, e que de jeito nenhum vai olhar pra mim como um namorado. Eu não quero ir Harry! - disse ele por fim, fazendo sua cara de desespero misturado com medo.
__Não é questão de querer ir ou não, você TEM que ir! Quando eu me apaixonei por Gina, - começou o garoto, se sentia muito constrangido em confessar para o amigo seus pensamentos em relação ao namoro com a irmã dele, mas era preciso fazer isso para que Rony visse como era normal sentir receio, pensar que a garota nunca ia aceitar seu pedido para sair, seu pedido para um namoro. - também achava que ela ia me virar a cara na mesma hora que eu chegasse perto dela e começasse a falar que queria sair com ela.
__Mas se você não se lembra, você não chegou perto dela e conversou você foi logo partindo para o finalmente, você a pegou e lascou nela um beijo daqueles.
__É... bem, você tem razão, então, comigo funcionou, quem sabe com você não funciona também?
__Você está falando em eu chegar e dar um beijo na Mione? Harry, nossos casos são totalmente diferentes, a Gina sempre teve uma caidinha por você e todas as garotas gostam de você, se você quisesse podia ter qualquer pessoa aos seus pés!
__Mas a única que me importa é a Gina e isso de poder ou não poder ter todas as garotas aos seus pés não tem nada a ver com o que estamos discutindo.
__Mas Harry! Olha só pra mim! - falou Rony, apontando paa seu prórpio rosto. - Eu sou horrível! Ninguém me acha atraente!
__A Lilá te achou atraente!
__Aquela garota é maluca! Deve ter ficado comigo só porque eu tinha feito um bom jogo de quadribol nos últimos dias! Deve ter sido por puro interesse!
__Ah Rony, nao fala bobagem! Anda, vamos, se você ficar gaurdando esse seu amor para si mesmo vai ser bem pior, acredite! Eu tenho experiência!
__Eu não vou!
__Mobilicorpus! - gritou Harry de repente e Rony teve aquela sensação de estar sendo puxado por cordas invisíveis. Harry foi andando e puxando Rony com sua varinha. Quando os dois estavam quase saindo do salão principal, Harry se lembrou que ainda não tinha desfeito o Abaffiato nas pessoas, e então, com uma pequena estocada, retirou o feitiço sem pronuciá-lo, sabia que Rony desconhecia o contra-feitiço então não quis que o amigo ficasse soubendo, caso precisasse usá-lo novamente em alguma situação especial. - Agora vamso para a sala de defesa contra as artes das trevas e você vai falar pra Mione tudo o que sente, O.k.? - o garoto fez um sinal positivo com a cabeça, as cordas não o deixavam falar. Estavam quase chegando a sala de aula e então Harry viu três vultos passarem na câmara oposta a que ele estava, jurava ter visto os três vultos vestidos com uma capa preta, se não, com certeza era uma capa escura. Comensais da Morte aquei na escola? Indagou-se Harry, assustado. Mas não pode ser! Com certeza a professora McGonagall entrou na sala precisa e a trancou ou tirou o armário sumidouro de lá no ano passado. Harry que parara de andar começou a pensar se devia ou não seguir os vultos, a resposta veio quase no mesmo momento: sim. Ele devia seguir os vultos e depressa, antes que eles desaparecessem. Esqueceu completamente de Rony, nem sequer ouviu o amigo fazendo horríveis grunhidos e se retorcendo todo, querendo falar e se locomover. Harry começou a correr a toda velocidade atrás dos vultos, ao contrário do que vira de relance, os vultos não eram grandes, eram menores ou do mesmo tamanho que ele, então... se eles tinham quase a mesma estatura, isto signficava que eram quase da mesma idade. Será que é Malfoy, Crabe e Goily? Perguntou-se Harry. Podia até ser Malfoy, mas não acompanhado de Crabe e muito menos de Goily, as outras duas figuras não era tão altas e gordas como os dois grandalhões que sempre acompanhavam o garoto alto, branco e magricela. Quem sabe é Pansy Parkinson? Mas, e a outra pessoa? Snape? O ex-professor não era maior que Harry. Quando este pensamento o veio a cabeça, Harry começou a correr muito mais velozmente, uma das três figuras olhou para trás e viu o menino os seguindo e então, com um leve toque de varinha nos calcanhares de cada vulto, as três pessoas começaram a correr mais depressa ainda que Harry e quando ele se aproximou dos três viu que a cor das capas não eram pretas, mas sim azuis-marinhos e quando estava quase alcançanso-as (Harry correra muito depressa, pois as figuras tinham aumentado a rapidez do feitiço mais duas vezes) a mesma figura que tinha visto Harry começou a atirar feitiços estuporante para trás e quando o garoto chegou mais perto ainda - tinha conseguido se esquivar de todos os fetiços e bloqueara alguns com o Protego - as três, ao mesmo tempo, uma segurando no braço da outra, aprataram. Harry parou, ofegando muito e sentido pequenas dores no peito todas as vezes que repirava com mais força, ficou totalemnte perplexo. As três pessoas tinham aparatado em Hogwarts! Como isso era possível? Harry entou concluiu horrorizado que Hogwarts já não era mais segura, que a escola que ele sempre amara agora estava vunerável a ataques de Comensais da Morte como qaulquer outro lugar no mundo. Ficou pensando, por que não havia ninguém nos corredores? Onde estava os aurores, onde estavam Bily e James? Por que exatamente agora todos tinham que estar no salão principal?
Harry voltou no lugar próximo da sala de defesas contras as artes das trevas onde estivera com Rony minutos antes mais devagar do que o normal, esquecera completamente que o amigo ainda estava lá, esperando-o voltar. Quando chegou e reencontrou-o, lutando inutilmente para se livrar do feitiço que o prendia, ele desfez o fetiço na mesma hora, sem perceber o que estava fazendo. Rony, todo alegre, indagou a Harry:
__Por que você me soltou? Olha que eu corro, hein? - mas Harry nem prestou atenção, estava muito aturdido. - O que houve com você Harry? Não vai me obrigar a ir direto pra Mione para eu dleclarar meu amor pra ela?
__Não. - respondeu ele sem emoção alguma.
__O que aconteceu Harry? Pra começar, por que você saiu correndo daquele jeito daqui?
__Eu vi duas pessoas correndo do lado oposto daqui. E decidi correr atrás delas para ver quem eram, porque eu achei que eram comensais da morte... - e relatou, nos mínimos detalhes, tudo o que aconteceu, as coisas que passaram em sua cabeça e até as fortes dores que sentiu no peito. Por fim, Rony disse, perplexo:
__E agora? O que vamos fazer?
__Nada, simplesmente a partir de agora iremos ter que tomar mais cuidado.
__Harry, Harry, você não está normal. O que houve com aquela euforia toda?
__Desde quando Tonks me disse que não teria como eu sair de Hogwarts eu perdi todo o meu gosto para aventuras. - mentiu ele, não queria que os amigos soubessem que ele estava planejando uma ida até a câmara secreta.
__Então se você não está mais querendo resolver as coisas por conta própria, vamos pedir ajuda. Vamos imediatamente até a professora McGonagall e contar para ela tudo o que você viu.
__Não Rony, eu acho que ela não vai resolver muita coisa. - tinha que convencê-lo que isoo não era caso para se relatar a diretora, se fizessem isso a segurança da escola iria recobrar e ficaria mais difícil para ele ir atrás do medalhão de Slytherin.
__Como não? Você surou de vez mesmo Harry, não vai resolver as coisas e também não quer pedir ajuda, uma pessoa sã nunca que tomaria uma atitude igual a sua, se você não for eu vou!
__Tá bem Rony, mas vamos depois tá, talvez amanhã, porque primeiro, vamos falar pra Mione o que você sente por ela, não pense que eu esqueci porque tenho uma memória muito boa. Lembro de tudo o que aconteceu comigo desde que me entendo por gente.
__Ah não Harry, deixa isso de lado, vamos entrar entrar lá na sala só pra assistir a aula de defesa contra as artes das trevas, tá bem?
__Nada disso, anda, ou quer que eu lance outro fetitiço em você? Você já sofreu um pouquinho por hoje, ou quer mais?
__Viu! Eu vou! - e os três começaram a andar em direção a sala de aula, quando estavam um pouco longe da sala perceberam que os outros alunos ainda não tinham chegado, ou seja, somente Krum e Hermione estavam lá dentro. Quando Harry e Rony - tremendo por ter que declarar seu grande amor para Hermione, tiveram uma enorme surpresa, não atingiu Harry, mas não se podia dizer a mesma coisa para Rony. Hermione Granger estava aos beijos com o famoso jogador de quadribol, Victor Krum! A reação de Harry foi a de, somente, olhar pra o amigo, que estava completamente sem reação. Olhava de olhos vidrados para a cena, não piscava, não babava, não fazia nada apenas ficava com a boca aberta. De repente, uma expressão de fúria e choro apareceu em seu rosto, queria gritar com Hermione mas a voz não saía e seus pés não se moviam, então começou a chorar silenciosamente, as lágrimas escorreram de seus olhos marejados até sua boca, que agora já estava entreaberta. Harry, que também perdera a voz, mas por espanto e não por raiva, começou a puxar Rony para fora da sala, o choque já havia sido aplicado e Rony desmaiara, agora o que restava era esperar que passasse. Ficaram do lado de fora da sala uns vinte minutos, Harry achou que já era hora de entrar na sala de aula e interromper a cena romântica porque os alunos já estariam quase chegando e enquanto isso deixou Rony sentado no duro e frio chão de pedra, chegou na porta e arranhou sua garganta, o casal não parou de se beijar, deu outra arranhada na garganta, mais alta, mesmo assim eles não perceberam, então tomou fôlego e deu um superarranhão, Hermione se sobressaltou, Krum se avermelhou todo.
__Harry, mão vimos que estava aí! - falou Hermione, envergonhada.
__É, vi que vocês não notaram minha presença aqui na porta. - falou. - Você pode dar uma chegadinha aqui Mione?
__Sim, sim. - e levantou-se depressa da mesa. Fez com que Hermione ficasse virada pro outro lado para ela não ver Rony sentado no chão, e quando ele foi falar o que Rony sentia por ela, as palavras se perderam e ele falou:
__O que você pensa que estava fazendo beijando Krum na sala de defesa contra as artes das trevas?
__Ah Harry... todo o mundo tem o direito de ser feliz! Já estava na hora de EU ser feliz! Você está namorando com Gina, Rony se quisesse poderia estar namorando Lilá até hoje, foi ele quem quis largar ela!
__Calma Mione, não estou falando pra você não namorá-lo, só quero chamar sua atenção nos lugares onde vocês namoram.
__Mas eu não estou namorando ele ainda, porque para ser um namoro, tem que ser oficial e o meu namoro com ele só vai se tornar oficial quando meus pais deixarem, mas ele é tão fofinho que eu não quero esperar meus pais, eu sei que eles vão deixar, eles disseram que eu poderia namorar quando completasse a maioridade.
__Hermione, Hermione. Você está muito mudada.
__Não estou nada de errado, eu não mudei o meu jeito de ser. Eu não estou pervetida e nem nada viu? É direito de todo o mundo namorar não é não?
__É, é. - falou Harry. E agora? Hermione estava namorando com Krum, Rony vai ficar tão arrasado. Pensou Harry. Rony começou a acordar atrás deles, Harry e Hermione nem perceberam. Rony se levantou e entrou na sala totalmente calado encontrou Krum e não disse nada, nem cumprimentou-o. Do lado de fora Mundungo chegava, vestido com uma veste bege e um chapéu cônico azul-marinho, estava procurando algo em seus bolsos. Espantou-se quando viu que já havia dois alunos dentro e dois do lado de fora da sala de aula.
__Vocês chegaram chegaram cedo, não? - indagou a Harry e Hermione.
__É. - falou Harry sem emoção.
__Já que estão aqui entrem para que fiquem os quatro juntos esperando os outros colegas.
__Quatro? - perguntou Minone. - Não, não, só estamos eu, o Harry e o Krum.
__Olhe pra dentro da sala e você verá que o Rony também está aqui Hermione. - falou Mundungo. Hermione deu uma espiada para dentro da sala de aula e avistou Rony sentado com a cabeça abaixada numa carteira bem longe de Krum. - Vamos então? - e os dois alunso adentraram a sala, Mundungo ficou do lado de fora da sala, esperando os outros alunos chegarem. Hermione, Krum e Harry sentaram um do o lado do outro, Hermione foi chamar Rony para se sentar com eles três.
__Vem sentar com a gente Rony.
__Não! - exclamou ele, ríspido.
__Vem, vamos sentar todos juntos, por que você não quer?
__Porque eu não quero Hermione! Não quero sentar com vocês!
__Nossa! O que deu em você?
__Nada, e me deixa em paz! - Hermione, exitante, voltou a mesa e informou a Krum e Harry.
__Ele não quer vir.
__Bom, se ele não vem até a gente, então iremos até ele. - falou Krum. Ele e Harry se levantaram e os três foram se juntar a Rony. Quando sentaram com ele, o garoto se levantou e foi sentar mais longe. Hermione agarrou-o pelo braço e perguntou, com mais rispidez:
__O que deu em você? Me fala o que aconteceu.
__Me larga! - gritou Rony, puxando seu braço.- Eu não quero sentar com vocês! Você vai ficar aí com ELES, Harry?! - e o menino, muito sem graça levantou-se e foi se sentar com Rony.
Hermione voltou para a outra mesa e encostou a cabeça no ombro de Krum, Rony olhou-os e lançou-lhes um olhar de ódio, que o casal não viu. Os outros alunos chegaram, felizes, conversando, nem perceberam que havia um clima horrível de ódio no ar quando entraram na sala e se sentaram para prestar atenção na lição das penseiras, que era o tema para a aula de defesa contra as artes das trevas.

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