Uma Grande Distração



Harry se dirigiu à sala de aula sem pressa alguma, por ele, poderia chegar a aula superatrasado que não se importava, agora ele não estava se importando com nada mais. Chegou à sala e encontrou Hagrid sozinho, com a cabeça abaixada. Parecia estar pensando em alguma coisa importante. Harry chegou perto dele e disse:
__Em que você estava pensando Hagrid?
__Harry! – espantou-se Hagrid. – Não vi que você estava aí. Por que chegou cedo? Não chegou mais ninguém. – Hagrid parecia um pouco tristonho, parecia estar pensando em alguém.
__Em quem ou em que você estava pensando?
__Ninguém Harry.
__Não precisa mentir pra mim Hagrid, primeiro: você não mente bem e segundo: mais cedo ou mais tarde você vai acabar me contando, então, por que não me contar agora? Anda, pode falar.
__Ah Harry, são tantas coisas envolvidas. As obrigações, as regras, as missões de... – Hagrid, como era de seu costume quando estava a ponto de revelar algo, calou-se na mesma hora.
__AH NÃO, NÃO AGUENTO MAIS ISSO! – explodiu Harry. Se ele estivesse na frente de um professor de que ele não tivesse muita afinidade Harry não teria explodido, mas antes de um professor, Hagrid era um amigo. – TODOS, TODOS VOCÊS ESTÃO ESCONDENDO ALGO DE MIM! PENSAM QUE EU NÃO SEI QUE ESTÃO? PENSAM QUE EU AINDA NÃO PERCEBI ISSO? EU... NÃO... SOU... IDIOTA! EU PERCEBI TUDO, ENTENDEU? TUDO!
__Acalme-se Harry! – bradou Hagrid. – Se estamos escondendo algo de você é para te proteger, porque você não pode mesmo saber ou porque ainda, a – i – n – d – a não chegou a sua vez de agir!
__Agir? Como, quando, por que, aonde, para fazer o que? – parecia que Harry conseguiria arrancar de Hagrid mais do que conseguiria tirar de Gina, Luna ou qualquer outra pessoa. – Hein Hagrid? Responda!
__Eu já te disse que quando chegar a s – u- a hora de agir, você vai agir!
__Hagrid, por favor. Eu preciso saber quando vai chegar a minha hora de agir. Para me preparar para o que vai vir enfrente! – mentiu Harry. Ele queria saber, no mínimo, quando seria sua hora de ajudar na luta contra Lord Voldemort.
__Harry, a paciência é uma virtude de poucos. E , quando se quer adquiri-la, não é fácil. Se você não quiser quebrar a cara, então vê se começa a pensar melhor, digo até três vezes, pra depois fazer o que tem que ser feito corretamente.
__E o que tem que ser feito?!
__Paciência Harry, paciência.
__Mas, agora não. Paciência agora NÃO, Hagrid!
__Não me importa se você quer saber agora ou não! Desta vez eu não vou te contar nada. – disse o gigante, encerrando a conversa.
A porta da sala se abriu e os alunos entraram. Harry foi se sentar no fundo da sala, queria que Hermione, Rony e Krum não o avistassem ali, mas, infelizmente, não foi assim. Quando os três entraram na sala foi direto onde Harry estava. O garoto não disse nada, apenas fechou a cara. Hagrid voltou a falar quando todos já estavam sentados.
__Bom dia turma. Podem colocar aqui na mesa os seus deveres, por favor. Hoje nós estudaremos um animal um pouco mais “perigoso” do que o seminviso: o elfo-da-Bavária. Bom, podem começar a ler.
“O elfo-da-Bavária teve origem na Floresta Negra, na Alemanha. É maior do que um gnomo (uns noventa centímetros em média) tem queixo fino e uma gargalhada que encanta principalmente as crianças, a quem ele tenta atrair para longe de seus guardiões a fim de comê-las. O controle rigoroso exercido pelo Ministério da Magia alemão reduziu drasticamente as mortes causadas pelos elfo-da-Bavárias nos séculos mais recentes. O último ataque que se tem notícia foi do bruxo Bruno Schmidt, de seis anos de idade, que resultou na morte do elfo quando o bruxinho lhe deu uma forte pancada na cabeça com o caldeirão desmontável do pai.” Harry, novamente, achou aquele bicho com a mesma idiotice do seminviso. Tudo bem que o elfo-da-Bavária comia criancinhas, mas ele não chegava aos pés do Basilisco. Este relato do último ataque do elfo dizia isso, se um bruxo de seis anos de idade conseguiu derrotar o animal, qualquer pessoa derrotaria sem dificuldade alguma. Além do mais que os ataques do elfo já tinham se cessado há muito tempo, no ano de 1.641. Harry estava pensando seriamente em parar de freqüentar as aulas, se elas continuassem deste jeito. Mas, ao mesmo tempo, ele também pensava que não podia fazer isso com Hagrid. Sua cabeça, definitivamente, não estava muito vazia ultimamente.
__Bom, já que todos acabaram de ler, podem começar a fazer um resumo disto e... – começou Hagrid.
__Resumo? – perguntou Simas. – Isso já está reduzido ao máximo. Não tem jeito de fazer um resumo de um resumo que já está bem resumido.
__Está bem, se vocês estão achando pouco... Eu quero que vocês traguem o máximo de informações possíveis sobre o elfo-da-Bavária e do seminviso. E não aceito menos do que seis pergaminhos, inteirinhos, de informações.
__Do seminviso também? – perguntou Simas. – Mas nós o estudamos foi semana passada!
__Você só sabe reclamar Sr. Simas?! – falou Hagrid.
__Mas os seis pergaminhos são para os dois juntos, não é? Ou são seis para o seminviso e seis para o elfo?
__Eu ainda não cheguei ao nível “Carrasco” Sr. Simas. MÍNIMO de seis para os dois animais, está bem? Se vocês souberem algo sobre os animais e tiverem, no mínimo, seis pergaminhos com vocês nas suas mochilas, podem começar agora.
Faltavam vários minutos para a aula terminar. Harry e Rony não sabiam nada sobre os elfos e dos seminvisos. Hermione, como sempre, sabia. Mas, hoje não estava disposta a ajudá-los, nem Harry, nem Rony e nem Krum. Mas, Victor não precisava de ajuda, sabia muito sobre os animais. Foi ele quem ajudou Harry e Rony a começarem fazer o dever dentro da sala. Onde Hagrid estava com a cabeça para passar um dever tão grande assim? Pensava Harry. Certamente estaria acontecendo alguma coisa com Hagrid para ele estar daquele jeito. Mas, o que mais intrigava Harry era o com o que seu amigo estava preocupado. O sinal bateu e Harry, Hermione, Rony e Krum saíram e foram para outra aula. Quando à hora do almoço chegou, a professora McGonagall foi em direção a Harry, este se espantou, pois não fazia a mínima idéia do que a professora podia querer com ele.
__Potter, venha aqui, por favor.
__Pode falar aqui mesmo professora. Não tenho nada a esconder deles.
__Potter, se eu falei para vir aqui, é porque não quero te advertir na frente de seus colegas! Se você quiser pode contar o que eu disse para eles depois, mas agora venha aqui.
Harry se levantou, um pouco constrangido pela professora o ter advertido por uma coisa muito banal.
__Eu posso saber – começou a professora. – se você já percebeu que até agora não começou com as aulas extras, que você chama de AD?
__É, é que eu tenho andado muito ocupado e...
__Não precisa mentir Potter. O senhor não é tão bom nisso. Por um acaso você já pensou no que irá fazer, ou não?
__Não. – falou Harry, um pouco envergonhado.
__Obviamente. Bom, se não for muito, eu queria que você começasse as aulas hoje.
__Hoje professora?
__Sim, hoje Sr. Potter. E se você estiver muito atarefado, infelizmente, não posso fazer nada.
__Está bem professora. Vou colocar no quadro de avisos hoje mesmo.
__Eu acho melhor você fazer isso agora, Sr. Potter. Você irá começar as aulas hoje, lembra-se?
__Sim. – disse o garoto, balançando a cabeça fazendo um gesto positivo.
O garoto voltou para sua mesa e sentou-se ao lado de Rony, que estava comendo como nunca.
__O que ela queria com você Harry? – perguntou Rony, com a boca cheia de mais para não conseguir evitar uma migalha cair ao chão.
__Ela disse para eu colocar hoje, quer dizer “agora” – disse Harry imitando a professora - no quadro de avisos o horário da AD.
__Mas, você não tem nada pronto ainda. Ou tem?
__Não, não tenho.
__E agora. O que você vai fazer? – perguntou Rony. – Pelo visto, a professora Minerva quer você faça isso já.
__Eu vou pensar qualquer horário, só por hoje. Depois eu mudo e aí...
__Não precisa fazer isso Harry. – falou Hermione. – Eu já sabia que você não teria “tempo” para fazer o horário, então eu tomei a liberdade de fazer um horário. Da uma olhadinha e vê se pode ser esse.
Dizendo isso Hermione tirou do bolso um pedaço de pergaminho e entregou a Harry. O menino leu e achou o horário muito bom. Como era do costume de Hermione, a garota tinha feito um horário fora de todas as aulas e ainda reservara um tempinho para que desse tempo de estudar. O garoto deu um sorriso e foi direto ao quadro de avisos, colocar os horário da AD. Quando chegou lá encontrou a professora McGonagall ao lado do quadro.
__Muito bem Potter. Vi que “você” já tinha os horários prontos. Muito bem, deixe-me ver – a professora desceu seus óculos, deu uma olhada nos horários e depois disse. – Hum, nada mal. Vejo que até colocou os horários de domingo. Muito bem. Agora é só colocá-los aqui. Colias Fortias – depois do feitiço, o bilhete aumentou de tamanho e ficou colado bem no meio do quadro. Harry, por curiosidade, perguntou:
__Para que o feitiço, professora?
__Você não percebeu a mudança de tamanho do bilhete, Potter? Tem que ir ao Santo Mungus, para que um curandeiro veja esse seu problema.
__Percebi. Mas, o que mais o feitiço faz?
__Você o estudará este ano. Tenho que ir agora, muitas coisas para fazer. Até mais.
Harry não ouviu direito, mas percebeu que a professora saíra falando baixinho, algo parecido com: “O que seria de Potter se a senhorita Granger não existisse.” Ou algo parecido. O garoto, após a professora estar bem longe ao ponto de não mais poder ouvi-lo, disse:
__Até. – disse Harry. Depois disso o garoto voltou para sua mesa. – Pronto, agora é só dar as aulas e uma obrigação já terá sido retirada das minhas costas.
__Hu, hu. – fez Hermione, arranhando sua garganta, não tão baixo.
Todos da mesa olharam-na e Harry percebendo sua gafe...
__Ah, obrigado por fazer o horário pra mim Mione.
__Ah... de nada. Sempre que precisar, é só chamar. Mas também, amigos são para essas coisas.
__Mione, – começou Rony. – o Harry já tem namorada, e que, por sinal, é minha linda irmãzinha. E, por falar nisso, onde ela está?
__A Gina? – perguntou Harry. – Ela agora é como o elfo-da-Bavária, faz tempo que não aparece. Está idêntica, também, a um ora-aqui-ora-lá, aparece e desaparece ao mesmo tempo. – Rony deu uma risada falsa, pareceu não ter gostado muito da brincadeira de Harry.
__Falem bem ou falem mal, mas falem de mim. – disse Gina, que tinha acabado de aparecer atrás de Harry. – Oi, Amoreco! – disse Gina, se dirigindo a Harry.
__Amoreco?! Que tal só Amor? – perguntou Harry.
__Ai Môzinho. Que isso, deixa de ser bobinho.
__Môzinho?! Agora vai ser um festival de apelidos carinhosos?
__Eu estou vendo um apelido que cai melhor em você. – respondeu a garota. - Amoreco, Môreco, Môzinho, Mô, Mômô, Amor, Amorzinho, Grandinho...
__Que isso de Grandinho?
__Pituquinho que não pode ser. Você não é baixinho, é bem grande. Por isso Grandinho.
Harry não disse mais nada, deixou que a garota escolhesse um apelido qualquer, mas depois ele tinha que aprovar a escolha dela. Seu dia não foi tão especial, não houve nada de mais, a não ser as monótonas matérias que estavam aprendendo. Em DCAT estavam aprendendo os rituais dos serêiacos e dos centauros, os rituais não eram perigosos, mas não era bom participar deles, ambas as criaturas sempre sacrificavam bruxos para servir aos seus deuses. Em feitiços, estavam aprendendo o feitiço Conjuctivitus e o feitiço Obliviate. Os alunos fizeram duplas, e um apagava a memória do outro por cinco segundos. Era até engraçado ver a cara das pessoas que tinham a memória alterada, elas ficavam com certa lerdeza. Porém, o outro feitiço era a pior parte. Os alunos ficavam com conjuntivite por três segundos, mas o feitiço era muito forte e fazia arder os olhos das pessoas com bastante força. Em transfiguração, ainda estava transformando a cor das orelhas, havia, ainda, muitos fracassos na sala. Mas, como não era de se estranhar, Hermione e Krum já estavam transfigurando a cor de seus olhos. Hermione conseguia fazer com que seus olhos ficassem vermelhos, azuis, prateados e verdes. Krum não conseguia fazer direito que seus olhos ficassem em uma cor só. Eles não paravam de mudar de cor. Houve um momento em que seus olhos ficaram com uma fusão fascinante, vermelho, verde e azul, mas ele não conseguia fazer com que eles ficassem somente de uma cor, era um verdadeiro martírio para Krum. Em poções, eles estavam aprendendo a poção de crescimento, mas um nível mais alto do que a primeira que eles aprendiam no quinto ano, ela não fazia crescer somente livros e penas, mas fazia com que as pessoas, animais, plantas, estantes também mudassem de tamanho, era um pouco complicado ver se a poção tinha dado o resultado esperado, porque essa poção não ficava de uma cor só, mudava sucessivamente de tonalidades, roxo, rosa, verde grama, marrom lama, cor de areia e etc.; e para testar a poção era preciso derramá-la em tudo o que ela fazia crescer, ou seja, nos livros, nas penas, nos animais, nas plantas, nas estantes e, horrivelmente, nas pessoas. Derramar nos outros itens era fácil, o difícil era derramar nos seres humanos. O gosto era pior do que o da poção polissuco e era preciso sempre ter em mão o antídoto, a poção encolhedora, e o professor Slughorn não facilitou, fez com que os alunos também preparassem a poção para servir de antídoto. TCM era a matéria mais monótona do momento - além do dever tamanho família - estavam estudando um animal pior do que o outro. Depois do elfo, o nível só foi descendo cada vez mais e mais. E, por fim, em herbologia, as plantas carnívoras venenosas estavam em auge, somente Hermione e Neville estavam gostando da matéria, o resto da turma estava odiando. As aulas do dia acabaram, eram sete horas da noite e Harry estava sentado perto da lareira na sala comunal da Grinfinória, estava quase dormindo por causa da correria do dia quando Hermione lhe chamou:
__Harry, você já está pronto?
__Pra quê?
__Você não se lembra?
__De...?
__A sigla AD, te lembra alguma coisa?
__A aula!
__Você preparou alguma coisa?
__Outra vez, não.
__Dã, que pergunta imbecil. É claro que você não preparou nada, não é?
__Aí – começou Harry. – você vai virar pra mim e dizer: “E agora, Harry? Você tinha que ter pensado nisso antes, o que você vai fazer?”.
__Se você concordar eu posso te salvar dessa também. Quer?
__Você pode me salvar, mas como?
__Olha, eu já preparei o material pra aula de hoje, está bem?
__Mas, não vai adiantar nada Hermione. Eu não sei como eu vou explicar...
__Se você deixar, eu posso dar a aula, hoje. Já sei tudo, eu estudei e achei a matéria fascinante, é só você pedir que dou a aula.
__Então vamos, você pode dar a aula hoje. Espera um pouquinho, onde vai ser a aula?
__Na sala precisa, é óbvio!
__Lá cabe todo o mundo da escola? Ah esqueça. É só a gente desejar uma sala bem grande, não é mesmo? Mas, se você não reparou, já são sete horas e nós não podemos sair agora, lembra?
__No bilhete eu coloquei que as aulas seriam depois das sete, para eu ser mais exata, sete e meia. E quanto às aulas serem na sala precisa, seria uma boa idéia, mas, se você não pensou nisso Harry, é preciso de um castelo inteirinho para acomodar os estudantes todos. Por isso, não teria jeito de colocarmos todos os estudantes em uma única sala, por maior que ela fosse.
__E...?
__E daí, se você tivesse lido o bilhete que eu fiz para colocar no quadro de avisos, que eu calculei o número de alunos e o dividi por sete, pois há sete dias na semana, mas depois vi que o resultado poderia ser dividido até três vezes e aí deu certinho, você dará aula três dias por semana.
__Três dias? Mas, e se seu tiver algo a fazer, como deveres e outras coisas a mais?
__Então, agora você vai ter que manter seus deveres em dia Harry.
__Parabéns, - disse Harry, batendo palmas para Hermione. – foi um ótimo plano seu, armou direitinho. – o mais intrigante é que na voz de Harry não havia sarcasmo e muito menos cinismo, estava dizendo aquilo em um tom de brincadeira. – Então vamos Mione.
__Temos que esperar a Fleuma, e Rony e o Krum, a Fleur disse que também quer ir assistir a aula hoje e, se ela gostar, assistirá as outras também.
__Vamoss, estou ansiosa parra verr o Arry dando aula. – falou Fleur.
__Mas, isso – disse Harry. – você não verá hoje. Quem dará aula hoje será a Mione.
__Porr quê?
__Por motivos mais fortes que o Harry, Fleur. Somente isso. – respondeu Hermione.
__Enton... vamos enton, estava doida parra verr o Arry dando aula, mas já que vai serr a Mione, non tem prroblema.
__Vocês iam sem nós? – perguntou Rony, que acabara de aparecer descendo do dormitório masculino com Krum.
__Eu ia te esperar, Rony. – disse Hermione.
__Um é mais do que nenhum, não é mesmo? – perguntou Rony, novamente.
__Há quem diga que sim. – falou Mione.
__Vamos, senão iremos perder tempo. – falou Krum.
Os cinco saíram da sala comunal e foram direto para a sala precisa. Harry estranhou-a, a sala não estava como da última vez que Harry e outros estudantes usaram-na. Ela estava bem maior, com várias estantes e várias almofadas fofinhas e grandes, muitos mais livros defesa contra as artes das trevas, mas havia também livros das outras matérias, herbologia, poções, trato das criaturas mágicas, transfiguração e feitiços. A aula começou e Hermione se apresentou – sem necessidades, pois todos já a conheciam – ela estava um pouco tímida, mas começou a falar calmamente, não demonstrando nervosismo. Todos osalunos estavam sentados confortavelmente em grandes almofadas, todos eles prestavam a maior atenção no que a garota dizia. Depois que Hermione explicou porque iria dar aula naquele dia, começou a explicar a matéria “Feitiços, Azarações e Contra-azarações do novo século, descobertas super recentes” do respeitado autor Quintino Trimble. Depois que a matéria foi explicada nos seus mínimos detalhes, Hermione começou a fazer algumas demonstrações das azarações e feitiços. Todos ficaram maravilhados com as demonstrações, pois no livro constava que não era fácil conjurá-los. Depois de meia hora de aula já estavam todos tentando conjurar os feitiços e as azarações, depois de uma hora de treino, o tempo da aula já havia terminado,
os alunos já estavam saindo da sala quando se assustaram com seis professores esperando-os do lado de fora, a professora Minerva que também estava lá explicou para os estudantes:
__Bom, iremos acompanhar vocês até suas respectivas salas comunais. Cada dupla de professores acompanhará vocês até suas salas comunais, eu e o professor Flitiwik acompanharemos os alunos da casa da Corvinal, a professora Sprout e o professor Slughorn acompanharão os alunos da Lufa-lufa e da Sonserina e o professor Hagrid e a professora Trilawney acompanharão os alunos da Grinfinória, bom... boa noite a todos e tenham bons sonhos.
Todos os respectivos professores começaram a acompanhar os alunos a suas salas comunais, chegando à sala comunal da Grinfinória, a professora Trilawney disse em voz alta:
__Bom, eu já estou indo... estou com muito sono. Você os espera entrar para a sala, não espera Hagrid?
__Sim, sem problemas. Pode ir se deitar, eu os vigio.
__Obrigada, até outro dia...
__Até. – disse Hagrid se despedindo da professora.
Hagrid ficou esperando todos entrarem e, quando Harry foi entrar, Hagrid o puxou camisa.
__Harry, eu preciso de um favor seu.
__De que você está precisando que eu faça?
__Bom, primeiro pegue sua capa da invisibilidade e depois eu te falo o resto.
Harry entrou na sala comunal sem ser visto por Rony, Hermione, Krum e Fleur. Pegou sua capa da invisibilidade, colocou-a e depois voltou ao encontro de Hagrid.
__Pronto, agora me diga!
__Vem comigo. – disse Hagrid baixinho. Depois de dizer isso em voz baixa, disse em voz bem alta para todos ouvirem. – Bom, já que faltam somente alguns para entrar, eu já me vou, entrem e durmam, viu? Boa noite. Agora, - falou Hagrid baixo. – venha comigo Harry.
O garoto o acompanhou sem fazer mais perguntas, de repente viu que estavam saindo da escola, um pouco apavorado, Harry perguntou, ainda coberto pela capa:
__Para onde estamos indo? Você está me levando para fora da escola e ainda mais fora do dia e do horário permitido, se nos pegarem você e eu estamos perdidos!
__Não vai demorar Harry, menos de dez minutos, juro.
Harry não disse nada, se ele fosse ficar enrascado Hagrid também iria e, além do mais, Harry estava querendo um pouquinho de aventura. Ele e Hagrid foram para sua casa, Canino começou lamber Harry incontrolavelmente depois que o garoto tirou sua capa da invisibilidade.
__Por que você me trouxe aqui Hagrid?
__Eu preciso de um grande favor seu Harry. Preciso fazer uma coisa que não pode esperar nem mais um minuto.
__O quê?
__Eu não posso te contar.
__Hagrid, como você espera que eu faça um favor para você se eu nem sei o que é que você vai fazer? Assim não dá.
__Por favor, Harry eu não posso te contar. Eu queria muito, mas não posso.
__Ah Hagrid, se é assim... não. Infelizmente, não vou fazer o favor. Conte-me, eu prometo que não conto a ninguém.
__Então... não precisa Harry, não precisa fazer o favor.
__Está bem Hagrid, o que você quer que eu faça?
__Beba isso. – e entregou ao garoto um copo com um líquido gosmento.
__Poção Polissuco?! Pra quê, em quem eu vou me transformar?
__Em mim.
__Por quê?
__Eu não posso te falar. Olha Harry, é só você tomar a poção.
__Tomar a poção à toa? Eu não vou fazer isso.
__Não vou demorar no que vou fazer, vai ser superrápido. Prometo. Você toma a poção, se transforma em mim, eu saio para fazer o que eu tenho que ir fazer... e pronto.
__Tá, tá, tá bem. Mas, e se alguém chegar?
__Você não responde, não, melhor não fazer isso, você... inventa alguma coisa até eu chegar.
__Então vá, mas não demore.
__Fique sossegado, não vou demorar. Agora, tome a poção.
Harry tomou a poção e se transformou em Hagrid. E depois disse:
__E o que eu faço até você chegar?
__Pode ler aquele livro, - e apontou para um lugar no chão onde se encontrava um livro grosso e bem pesado. Antes que Hagrid fosse embora, Harry, curioso, perguntou:
__Quem preparou a poção Polissuco, você não foi, quem foi então?
Hagrid, apressado e já fechando a porta, somente respondeu:
__Tchau Harry.
O garoto também deu um tchau para Hagrid e pegou o livro que estava no chão. Harry achou uma grande ironia do destino quando pegou o livro e leu seu nome: “Hogwarts: Uma História”. Hermione é mesma animada para ler um livro desta grossura, pensou Harry. O garoto até se interessou para ler o livro de tanto que sua amiga já tinha falado nele, Harry deduziu que o tal fosse bom, mesmo que contasse a história de um patrimônio com muito mais de mil anos. Harry ia começar a lê-lo, mas, quando viu que o livro possuía cento e vinte e seis capítulos e tinha duas mil, quatrocentas e noventa e uma páginas, desanimou no mesmo instante. Ficou ali, deitado e quase adormeceu três vezes, de repente viu que já eram nove horas. Como se isso fosse dez minutos, pensava Harry. Ele tomou o livro em suas mãos novamente e começou a ler. O primeiro capítulo se intitulava “De Uma Pequena Idéia, Surgiu Hogwarts”. O capítulo era um pouco grande, mas muito bom de ler. Harry foi lendo até que alguém entrou repentinamente pela porta dos fundos, felizmente era Hagrid.
__Obrigado Harry, você já pode ir.
__Hã?
Harry estava tão concentrado que se quer viu Hagrid entrando.
__Já fiz o que tinha que ser feito. Agora pode ir para o castelo.
__Hagrid, posso levar este livro pro castelo?
__Pode.
__Você me leva ao castelo, por precaução. Pois se alguém me ver, você pode distraí-lo.
__Viu, eu te levo.
Harry já estava saindo da cabana de Hagrid quando este o chamou.
__Você vai sair assim, como eu?
__O efeito da poção Polissuco demora uma hora, lembra-se?
__Tome isto. – e Hagrid entregou a Harry um outro copo com um líquido muito cheiroso. – É uma coisinha para o efeito da poção passar agora.
__Onde você aprendeu isso?
__Tome Harry. - o garoto tomou o líquido e voltou a ser ele mesmo na mesma hora. – Agora podemos ir.
Eles saíram da casa e foram direto para o castelo. Quando chegaram ao portão de entrada, uma parte do portão de madeira criou vida e perguntou a Hagrid:
__Qual é a senha?
O monstro tinha uma voz rouca, dava para ver suas sobrancelhas que eram bem espessas, seus olhos condenavam qualquer pessoa, não possuía nariz e nem orelhas e sua boca era toda trincada.
__Hogwarts, a história não tem fim. – respondeu Hagrid. Essa que era a senha? Perguntou-se Harry. Muita estranha. Os dois entraram no castelo e foram direto para a sala comunal da Grinfinória. Quando estavam subindo a última escada, madame Nora apareceu atrás de Harry. O garoto parou instantaneamente de andar. A gata entrou debaixo de sua capa e não deu sequer umúnico miado, somente o acompanhou até a sua sala. Harry não se importou, mas rezou para que ela não “dissesse” nada a Filch. Ele se despediu de Hagrid, agradeceu-o e entrou, madame Nora também entrou. Quando Harry já estava dentro da sala comunal,
tirou a capa e disse, jogando o livro no chão:
__O que você quer madame Nora?
A gata ficou sobre suas duas patas, não como um animal, mas como um humano, deu um grande salto e, quando estava no ar, começou a exalar um brilho fraco que ia aumentando devagar, mas, de repente, Hermione apareceu na escada do dormitório das meninas.
__Onde você estava Harry?
Madame Nora parou de brilhar na mesma hora, e Harry respondeu para Hermione:
__Na biblioteca. – e pegou o livro e mostrou para Hermione.
__Ai, que bom que, pelo menos você, começou a ler o livro. Sempre desejei que isso acontecesse, meus parabéns, você vai adorar o livro. Boa noite.
__Boa noite. – quando Hermione , que nem sequer notou a gata, desapareceu de vista, Harry virou-se para madame Nora e perguntou novamente:
__O que você quer? - e esperou pelo menos um miado, mas a gata não fez nada. Harry continuou. - Faça o que você ia fazer. - mas a gata somente deu meia volta e subiu para o dormitório das meninas, parecia que não queria mais incomodá-lo. - Volte aqui madame Nora! - falou Harry, se esforçando para não gritar com a gata de Filch. - Volte aqui, agora. - mas ela não fez nada continuou subindo as escadas rumo ao dormitório feminino. - Ah, já estou cansado disso, vou me deitar, é o melhor que eu faço.
Harry, cansado, foi direto para a cama, nem se deu ao trabalho de tirar sua roupa e colocar seu pijama. Quando estava quase adormecendo ouviu o miado de madame Nora, perto da porta do dormirtório, mas não quis saber mais da gata, se quando ele deu oportunidade a ela, ela não quis fazer nada, ele que não iria interromper seu sono para oferecer todo a sua atenção a uma gata que não era e nunca foi sã.

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