Capítulo 12 - parte 5

Capítulo 12 - parte 5



CAPÍTULO 12 – PARTE 5


Mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Vigésimo dia


Observações Totais: 135


Transcrição Oficial da Segunda Reunião de Monitores: Outubro, 1977


Como registrado pela Monitora-Chefe, Lily Evans


Hora: 19:00


(vários tipos de conversa enxem a sala)


Lily Evans (Monitora Chefe): Será que todo mundo pode se calar para que a gente possa – Chris Lynch, nem pense em jogar isso, ou eu lhe garanto que aquele encontro apimentado que você pensa que vai ter com certeza não vai acontecer!


(mais risadas)


James Potter (Monitor Chefe): Lynch, tire o seu traseiro gordo daí. Vamos começar logo essa coisa. Lugares a estar, pessoas a encontrar.


John Abbott (Quintanista da Lufa-Lufa): Tem um enonctro apimentado esta noite também, Potter?


JP: Sim, com uma garota energética que eu gosto de chamar de minha cama. E eu fico muito sensível quando eu perco nosso encontro.


(risadas)


Chris Lynch (Sextanista da Grifinória): Bem, comece logo isso, então! Sem tempo a perder. Que novas regras nós temos que aprender hoje à noite?


JP: Cale a boca, sente-se e você vai descobrir.


(resmungos abundantes)


LE: Primeira coisa…ah, sim, os pontos. Sextanistas e setimanistas já deveriam saber muito bem como que funciona o sistema de pontos. Para o resto de vocês...sim, vocês, como monitores, podem tirar pontos...por razões legítimas. Isso não é, como alguns de vocês pensam, uma piada. Vocês não podem tirar pontos porque alguém está tomando o suco de abóbora de um jeito errado, ou porque seu amigo não te deixa colar, ok?


JP: E, por favor, em nome de todas as coisas mágicas, parem de tentar tirar pontos dos professores. (risadas de culpa). A primeira vez é engraçada, a segunda, terceira e sexagésima sétima é um incômodo. Binns já veio reclamar comigo umas três vezes. Vocês não podem fazer isso. Então, pelo meu próprio bem, por favor, parem de tentar.


(alguns murmúrios de consentimento, alguns suspiros de desapontamento)


LE: Segundo...quem é que esteja contando às pessoas que os Monitores estão organizando algum tipo de festa para o Natal, as mentiras têm que parar, ok? Vamos parar de ser tão infantis, pessoas. Francamente, quando foi a última vez que teve algum tipo de baile em Hogwarts?


Tammy Turner (Setimanista da Corvinal): 1592?


JP: Ainda antes disso. Não vai acontecer. Então, por favor, parem de deixar os primeiranistas todos emocionados, ok? Façam suas próprias festas em seus próprios salões comunais –


LE: Ou, sabe, não, já que nós não devemos ficar incentivando esse tipo de coisa –


JP: Não vai importar se eles não forem pegos, Lily. Discrição, claro, seria necessária –


LE: James!


JP: O quê?


LE: (resmungos)


(risadas)


JP: O que mais...ah, rondas. Não esqueçam de colocar seus horários quando saírem. O calendário está na mesa do lado da porta. E tentem não fazer muito barulho durante as rondas. Sr. Filch reclamou um poquinho sobre isso.


Remus Lupin (Setimanista da Grifinória): Quando ele não reclama?


(risadas)


JP: Boa pergunta, cara. Boa pergunta mesmo.


LE: De qualquer forma, eu não acho que um jogo de Eu-Posso-Ser-Mais-Barulhento-Que-Você é realmente apropriado durante as rondas. Entenderam?


(acenos com a cabeça)


LE: Ótimo. Tem mais alguma coisa, James?


JP: Não sejam idiotas.


(risadas)


LE: Eu quis dizer uma coisa que realmente tenha a ver com a reunião.


JP: Mas tem a ver. A única coisa pior que um monitor é um monitor idiota.


(mais risadas)


LE: Ou um monitor-chefe idiota...


(mais risadas)


JP: Perguntas? Não? Òtimo, então. Esta reunião está oficialmente encerrada. Vão embora e não sejam idiotas.


(risadas de novo)


Fim da transcrição


Hora: 19:26


Mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Vigésimo Dia


Observações Totais: 135


James e eu tivemos que esperar até que todos os monitores escrevessem os horários de suas rondas para depois podermos ir embora, então, nós ficamos juntos em um canto da sala, observando enquanto o grupo geralmente racional e inteligente de estudantes discutia e debatia sobre os melhores horários e dias. Rondas, ao que parece, realmente traz à tona o animal interior. Eu tenho certeza que eu vi Phil Rook empurrar Carrie Llyod na sua pressa para chegar ao pergaminho. E June Mackey utilizou de seus peitões para chegar mais rápido e escolher o seu dia (apesar de eu eu acho que June não precisa das rondas para deixar o animal interior dela escapar).


Loucos. Completamente e totalmente loucos.


Eu já tinha, inteligentemente, escolhido as minhas data usuais no final do mês antes que os monitores pudessem colocar as mãos. Uma das vantagens de ser Monitora Chefe. Merlin sabe que se eu ainda fosse simplesmente uma monitora, eu estaria acotovelando e mordendo todo mundo para chegar até aquela lista.


“Merlin, eu estou morrendo de fome”, James gemeu, batendo na sua barriga.


“Você não acabou de jantar?”, eu perguntei, revirando os meus olhos, enquanto ele continuava a gemer e bater em sua barriga, e seu estômago roncava alto.


“Não”, ele respondeu, sorrindo para mim. “Muito ocupado com a correspondência para me importar”.


Muito ocupado...


Ai, merda.


“Espera aí, você não foi jantar porque você estava escrevendo pra mim? James, seu bobo, se você estava com fome você deveria ter ido comer!”.


Eu lhe olhei de cara feia, enquanto ele continuava a sorrir. James tinha que ir e me deixar sentindo totalmente horrível agora. Quero dizer, enquanto ele estava ouvindo minhas reclamações sem fim sobre o meu estômago vazio, sua própria fome foi ignorada! Por minha causa. Nenhuma vez, durante o meu período de “Ah, minha vida é uma desgraça, eu estou morrendo de fome e abandonada” eu parei para pensar que ‘Hum. Como o James está respondendo isso se todo mundo está no jantar? Hum. Hum. Hum.”.


É porque eu sou egoísta.


Loucamente e repugnantemente esgoísta.


E também pareço estar causando um monte de confusão para uma quantidade infinita de gente nesses últimos dias.


“Eu não estava com fome naquela hora”, ele insistiu, apesar de eu achar muito duvidoso ele sair de um extremo para outro no curso de apenas uma hora. “Eu só estou com fome agora. E não é por comida, também. Na verdade, sabe o que eu adoraria neste momento?”.


“O quê?”


“Alguns daqueles seus bombons”. Ele suspirou ansiosamente, fechando os seus olhos como se estivesse relembrando o gosto deles. Eu revirei os olhos. “Você, por acaso, não tem mais algum, tem? Ou ele só entra em cena quando eu estou com raiva de você?”.


Eu dei de ombros. “Sinto muito”, eu disse. “Você comeu tudo da última vez. São necessários muitos bombons para acalmar a sua raiva. A culpa é toda sua”.


“Droga”.


Ele pareceu tão decepcionado – muito decepcionado, sério, considerando que era só alguns bombons – que eu tive que rir, apesar de eu ainda estar um pouquinho nervosa com o fato de que ele me fez sentir tão mal e egoísta e tudo mais. Apesar de eu ser egoísta e tudo mais. Eu só não gostar de lembrar disso.


“Escreva para a sua mãe”, foi o seu pedido desesperado, e ele disse isso com tanto vigor, que minha risada quase-amestrada apareceu de novo. “Diga a ela que seu amigo james está apaixonado cegamente pelos bombons dela. Diga a ela que ele vai ficar louco sem eles. Diga a ela que eu sou seu herói e que heróis precisam de bombons”.


Eu estava ocupada demais rindo para respondê-lo, porque ele parecia sério demais para eu não poder rir.


“Você não vai recebê-lo hoje á noite, de qualquer forma”, eu disse a ele entre as minhas risadas. “Mesmo que eu escreva para minha mãe agora, ela não receberia a carta até amanhã, e então, ela teria que fazer os bombons, e depois ela teria que mandar...seu desejo já vai ter acabado até lá, eu receio”.


James me olhou horrorizado. “É um desejo forte”, ele insistiu. “Pode durar semanas. Meses. Anos”.


Ai, cara. Só garotos poderiam crier baboseiras como essas.


Eu ergui mais sobrancelhas de forma duvidosa. “Eu nunca ouvi falar de um desejo assim tão forte”.


“Bem, eu tenho um. Escreva a carta. Ou eu vou ser forçado a escrever eu mesmo”. Um sorriso repentino e perigoso apareceu em seus lábiso. “Ah, sim”, ele disse, ainda sorrindo como um maníaco. “A carta que eu poderia escrever...”.


“James –“.


Querida Senhora Evans”, ele começou, um brilho travesso em seus olhos. “Saudações de Hogwarts, de um dos melhores amigos da sua filha, James Potter. Eu só pensei em lhe informar algumas coisas que a sua filha anda aprontando desde que ela veio para escola este ano –“.


“Hey—“.


“...dentenção é uma delas. Apostas. Sendo ela muito audaciosa, claro. Processando pessoas – “.


“Há. Engraçado”, eu finalmente consegui interrompê-lo, enquanto James estava ocupado demais rindo para continuar a sua ‘carta’. “Você é tão engraçado. Tão inteligente. Seu…seu…”.


Mas eu parei, perdi a continuidade de meu pensamento, quando eu vi alguma coisa do outro lado da sala. Ou melhor, alguém. Não, não era Amos – ele já tinha ido embora, sendo que ele foi um dos primeiros a escolher a data de sua ronda. Eu estava um pouquinho chateada porque ele não disse tchau nem nada, mas considerando que ele não está exatamente feliz comigo neste momento (e, sério, quem estaria?), eu não o culpo. Não que isso seja uma desculpa ou algo assim. Quero dizer, a comunicação não é a chave para um bom relacionamento? A gente não deveria estar conversando sobre este nosso pequeno (ok, não tão pequeno) problema? Francamente, brigar com James não está ajudando ninguém, e isso é tudo o que Amos parece fazer quando eu estou por perto.


Hunf. Garotos.


Mas essa não é a questão. A questão é a pessoa que eu vi (a pessoa que não era Amos), era, na verdade, um outro membro da sociedade Não-Muito-Feliz-Com-a-Lily...


Mac.


Era Mac.


Um Mac parecendo muito chateado.


Chateado, como em triste.


Como em depressão.


E bão deprimido porque ele ainda estava longe de colocar o seu nome no calendário e, portanto, ele provavelmente ficaria com as piores datas. Não, era um tipo diferente de depressão. Era o tipo de depressão com a qual eu já estava bastante familiarizada. O tipo de depressão que aparece apenas quando o seu outro amor verdadeiro não está atualmente falando com você, e faz coisas como terminar com você e sair da reunião de monitores sem nem dizer tchau.


Emma.


Ele estava deprimido por causa de Emma.


Eu sabia que ele estava.


E eu, parada bem ali – depois da reunião de monitores, naquela sala, observando o resto dos monitores brigarem com um novo tipo de febre desesperada – eu esqueci o fato de que Emma tinha me pedido para esquecer o assunto, e tinha fugido do assunto toda vez que eu tentava conversar com ela sobre isso, e que ela nunca olhava para a cara de ninguém no Salão Principal durante as refeições para não ter que olhar para a mesa da Corvinal. Eu esqueci sobre a minha conversa com James e como eu tinha concordado que eu deixaria pra lá a relação ferrada de Emma e Mac e que não tentaria me envolver. Eu esqueci da minha conversa severa comigo mesma, onde eu me mandei não me intrometer onde eu não era chamaada. Esqueci de tudo isso.


Porque ele parecia perdido.


E era minha culpa.


Isso não é algo fácil de esquecer. Eu praticamente arruinei a vida do garoto, pelo amor de Merlin! Arruinei! E agora eu tenho que simplesmente ficar sentada e observá-lo sofrer? Ele e uma das minhas melhores amigas?


Não se meta, Lily...não se meta. Você não é intrometida, Lily Evans...


Mas, às vezes, eu acho, você simplesmente tem que se intrometer.


Você simplesmente precisa se intrometer.


“Deixa isso pra lá, Infalível. Não é da sua conta, esqueceu?”.


Fiquei tão perdida com a minha própria intromissão e o Mac depressivo que eu esqueci onde eu estava, e o lembrete exasperado de James me fez pular um pouquinho, enquanto eu me virava para encará-lo, tentando parecer o mais inocente possível. No entanto, eu acho que não importava muito. Parecia que James conseguia ler minha mente como um livro, enquanto ele sacudia sua cabeça. “Não faça nada”, ele me avisou severamente. “Não é a sua –“


“Não é minha batalha. Eu sei, eu sei”, eu suspirei longamente, observando, com um coração pesado, enquanto Mac finalmente conseguia chegar até o esparso grupo de monitores que ainda estava lá e rapidamente assinava seu nome e ia embora. Seus ombros estava curvados decisivamente. “Mas olhe pra ele!”, eu exclamei. “Como…eu não posso…eu não vou...”.


“Você pode e você vai”, James interrompeu, me encarando intensamente. Eu assenti com a cabeça só para que ele me deixasse em paz, mas eu não ia desistir. Eu simplesmente não podia. E como eu sabia que essa podia ser muito bem a única chance de eu falar com o Mac sozinho, eu rapidamente me virei para James, dei uma rápida olhada para os poucos monitores que estavam terminando de assinar seus nomes, e inventei uma desculpa que eu tinha quase certeza que ele sabia que era mentira. “Você pode guardar o calendário?”, eu perguntei rapidamente. “Eu tenho que correr e terminar o meu dever de Poções, agora que eu tenho o meu livro de volta e tudo mais”.


“Lily – “


“Obrigada! Te vejo mais tarde”.


Eu nem mesmo dei chance pra ele argumentar. Eu simplesmente lhe lancei um sorriso “não-me-mate”, peguei meu livro de Poções que James havia trazido para a reunião e saí rapidamente pela porta, com um rápido aceno de cabeça para os monitores que ainda restavam na sala. Eu tinha que falar com o Mac. Eu não ia deixar isso pra lá. E eu não vou ouvir ninguém – nem mesmo eu mesma – quando eles dizem para eu não me meter, porque às vezes a intromissão é a melhor coisa se fazer. E eu não me importo que isso faça de mim uma intrometida.


Porque talvez, só talvez, eu seja uma intrometida.


“Mac! Ei, Mac!”.


Quando eu consegui me livrar de James e sair da sala, Mac já estava quase no final do corredor. Ele não pareceu me ouvir depois dos meus primeiros chamados, então, eu tive que persegui-lo pelo corredor um pouquinho, tentando ser o mais elegante possível (um pouquinho difícil, quando você está correndo desesperada pelo corredor e gritando e nome de alguém, mas ei, eu tentei). Quando eu cheguei um pouquinho mais perto, bem perto), Sr. Fulton pareceu perder sua surdez temporária e finalmente se virou ao ouvir meus chamados.


“Er, oi, Lily”, ele me cumprimentou desconfortavelmente, obviamente surpreso por eu estar falando com ele, muito mais o perseguindo pelos corredores e gritando seu nome. Eu não o culpo, claro. Semana passada eu tinha recusado a falar com ele, afinal de contas. O garoto deve achar que eu sou louca para eu mudar de idéia assim tão freqüentemente.


Ou, você sabe, mais louca do que o usual.


“Olha, posso falar com você?”, eu perguntei um pouquinho desesperada, lhe lançando um sorriso “sim-eu-sei-que-você-me-despreza-muito-mas-nós-podemos-pelo-menos-tentar-sermos-um-pouquinho-civilizados”. As sobrancelhas de Mac se ergueram ao ouvir minha pergunta.


“Falar?”, ele irrompeu. “Comigo?”.


“É”.


“Sobre o quê?”.


“Er…na verdade, é sobre Emma”.


No segundo que eu disse o nome dela, Mac congelou como um canguru na Antártica. O olhar que ele me lançou era tudo, menos um olhar de boas-vindas ao assunto.


“Sem querer te ofender, Lily, eu realmente não quero falar sobre ela”.


“Mas por que não?”, eu exigi. “Talvez se você simplesmente falasse com ela – porque ela quer que você fale com ela, Mac, eu sei que ela quer...”, eu parei, perdendo meu momento quando Mac deixou escapar um longo e sofrido suspiro e começou a parecer desesperadamente decsonfortável e desesperadamente sensível.


“Por favor, deixe isos pra lá”, ele implorou. “Emmeline...”, ele deixou escapa outro longo suspiro, sem ser capaz de falar mais do que o nome dela. “Simplesmente deixe isso pra lá”.


Por que tudo mundo fica dizendo isso? Eles não entendem que eu não posso? Será que eles não entendem que sem a minha ajuda, eles todos vão ficar se sentindo horríveis? Eu estou aqui para ajudar! Para ajudar!


“Eu simplesmente não posso deixar isso pra lá”, eu insisti, tentando mais uma vez convencer alguém, qualquer um. “Se você e Emma simplesmente parassem de ser assim tão teimosos –“.


“Não é assim tão simples”.


“É, é sim!”.


Mac deixou escapar um alto gemido de frustração, me olhando de forma severa, já que eu me recusava a desistir. Ele deveria saber melhor. Lily Evans não desiste de nada. Principalmente se ela está certa.


O que ocorre com bastante freqüência.


Lily”, ele disse meu nome no mesmo tom exasperado que James usou antes, mas eu não me importava que ninguém estava do meu lado nessa. Eu sabia o que eu estava fazendo. “Por que você está fazendo isso?”, ele murmurou depois de um tempo. “Eu pensei que você me odiasse”.


O odiasse? É, eu também.


Mas eu nunca fui muito confiável no teste de “eu-gosto-de-você-eu-te-odeio”.


“Ódio é uma palavra muito forte”, eu respondi com um pequeno recuo. “Eu nunca, er, te odiei, só...mas essa não é a questão! Por que você simplesmente nçao conversa com ela? Você quer ficar com ela?”.


“Claro que eu –“, Mac se interromepu com mais um alto gemido de frustração. Eu odiava ser tamanho incômodo, o pressionando desse jeito, mas ele não me deixou outra opção. Ele estava sendo tão teimoso! Os garotos já são difíceis, mas quando eles colocam uma coisa nca cabeça...


Eu ia falar mais, pressioná-lo mais se eu precisasse, exigir e gritar se fosse necessário, mas Mac me interrompeu, suspirando longamente, enquanto ele dizia, “Eu sei que você está tentando ajudar, mas...não é...é mais...eu...eu tenho que ir, ok? Eu tenho que ir”.


“Mac –“.


“Tchau, Lily”.


E, então, ele saiu rapidamente do corredor, andando como se o diabo estivesse em seus calcanhares. E mesmo sendo teimosa e intrometida como eu sou, eu sabia que não deveria ir atrás dele. Se eu fizesse isso, ia causar ainda mais confusão, ia deixar o Mac com ainda mais raiva, o que levaria a uma Emma com mais raiva também, o que levaria a uma Lily muito infeliz (sem mencionar muito improdutiva).


Eu suspirei pesadamente, observando Mac desaparecer na esquina, tentando não ficar tão deprimida com o meu fracasso. Quando uma mão confortadora apareceu no meu ombro, eu não tive que me virar para saber quem é. Eu simplesmente suspirei mais uma vez e disse, “Eles precisam de mim. Eles precisam. Eles só não sabem disso ainda”.


Como resposta, eu só recebi uma risada vigorosa de James, enquanto ele me puxava para o seu lado, enquanto nós andávamos pelo corredor. “Eu diria ‘Eu te disse’”, ele murmurou gentilmente, um to, de diversão ainda em sua voz, “mas eu acho que você já aprendeu isso sozinha, não é mesmo?”.


“Não, não –“.


Ele deu mais uma gargalhada ao ouvir minhas reclamações, e apesar de eu estar me sentindo um lixo total, eu tive que rir junto com ele, porque James é simplesmente desse jeito às vezes. “Vamos”, ele disse. “Vamos até a cozinha. Meu estômago está começando a devorar os meus órgãos internos. Você tem algum pergaminho com você? Nós podemos começar a escrever a sua carta para a sua mãe. Querida Senhora Evans...”.


E, então, nós fomos para a cozinha, onde James consumiu mais comida do que eu pensava ser humanamente possível, e também ditou uma carta para a minha mãe, apesar de nós não termos nenhum pergaminho.


E apesar de eu ser intrometida, estar um pouquinho machucada, e atualmente não estar muito bem com a minha alma gêmea, e ser um pouquinho mais maluca do que um monte de malucões do St. Mungos, eu acho legal ter amigos que são bobos o suficiente para me fazerem esquecer de tudo isso por mais ou menos uma hora. Eu acho isso muito legal.


Eu espero que amanhã seja um dia melhor.

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