Capítulo 12 - parte 4

Capítulo 12 - parte 4



CAPÍTULO 12 – PARTE 4


Extremamente tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Décimo oitavo dia


Observações Totais: 127


Hunf.


Estou cansada, estou com dor, tenho detenção amanhã (ai, Merlin, estou começando a me tocar. Detenção. Eu tenho detenção!) e, pior de tudo, eu acho que os Elfos Domésticos estão tentando me matar. Não havia arroz no jantar. Nenhum. É quase como se eles soubessem que eu fiz uma coisa idiota hoje e, portanto, estivessem me castigando. Porque, aparentemente, quebrar o seu tornozelo, ouvir gritos da Pomfrey, pegar detenção e quase estragar completamente qualquer chance que eu tinha de ser a alma gêmea do Amos Diggory não era suficiente. Não, eles tinham que ir e levar imbora o meu arroz. Minha única fonte de consolo.


Maldade.


Maldade pura e inalterável.


E para as coisas ficarem ainda piores, juntamente com o fato de não ter arroz, havia o fato de que James e Amos não foram jantar. Eu odeio pensar que os dois poderiam estar aprontando alguma agora. Se matarem é o meu melhor chute. Ou talvez eles estajam amaldiçoando o dia que me conheceram.


Provavelmente é isso.


Eu vou dormir. E não quero mais acordar.




Sábado, 4 de Outubro, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Décimo nono dia


Observações Totais: 127


Querida Infalível,


Você vai dormir cedo demais para o seu próprio bem. Ainda nem são nove horas! Você é uma vergonha para todos os setimanistas. Ninguém vai dormir assim tão cedo. Ningué entanto, eu sei que foi um dia difíciç, então, eu acho que vou deixar essa passar só dessa vez. Mas precisamos trabalhar nisso. Nenhum amigo meu pode ser pego indo dormir assim tão cedo.


Como está o tornozelo? Pomfrey conseguiu consertá-lo? Aposto que você ouviu umas boas e poucas. E eu sinto muito por ter pisado no seu pé ontem a noite. Eu não tive a intenção. Culpe o seu garoto, Diggory. Eu o culpo.


Eu estou te mandando este bilhere (juntamente com os seus livros, que você, muito convenientemente, deixou comigo depois de nosso curto passeio pela chuva) para informá-la que você vai ter mais companhia amanhã na detenção (ou hoje, eu acho, porque quando você finalmente pegar esse bilhete pra ler, provavelmente já será amanhã). Se você vai fazer alguma coisa, que faça direito, é o que penso. E quem melhor para lhe mostrar tudo do que eu? Vamos fazer de sua experiência na detenção uma experiência memorável. Só Merlin sabe que é essa pode ser a nossa última chance.


Eu vou entregar isso pra Grace, pra ela te entregar. Eu espero que essa carta caia nas mãos certas.


Te vejo no café da manhã. Tente não cair da escada.


Pra sempre o seu escravo pessoal,


J.




Mais tarde, café da manhã no Salão Principal


Lily Observadora: Décimo nono dia


Observações Totais: 127


“James Potter, seu completo idiota, o que diabos você fez?”.


Eu disse a mim mesma que seria racional. Eu me levantei, li o bilhete, olhei para o espelho e disse, “Agora, Lily, só porque James é um idiota completo que quer que vocês dois sejam excluídos do cargo de monitoria, isso não significa que você tem que armar um escândalo”. E eu realmente tinha a intenção de fazer isso. Sério. Eu até mesma me olhei de forma severa para firmar o acordo. Eu não iria explodir. Eu ia ficar calma e controlada. Só porque meu tornozelo ainda estava doendo, meu cabelo estava virado para cima nas pontas e eu ainda tinha detenção essa manhã, isso não significava que eu podia descontar todas as minhas frustrações no meu amigo. Eu não iria ralhar com James por ser o maior idiota em todo o mundo. Sério, eu não ia.


Minha decisão durou por mais ou menos meio minuto. Depois, o sangue subiu pela cabeça.


“Oi, Lily”, foi a resposta seca que o idiota sentado na mesa me deu. A única vez que nós seríamos benefeciados por ele estar no treino de Quadribol, ele não estava. Naturalmente. “Bom dia pra você também. Quer um pouco de torrada?”.


“Você está louco?”, eu exclamei, me sentando ao lado de Marley, olhando furiosamente para James, que estava do outro lado da mesa. “Você sabe o que você fez? Você sabe o que isso significa, seu idiota? Ambos monitores-chefe estão em detenção hoje! Nós dois! Quem vai respeitar um par de idiotas que só se metem em confusão, hum? Quem vai escutar a gente agora? Ninguém, isso sim! Haverá uma revolta, James Potter, uma revolta!”.


“Eu ainda te respeito, Lily”, Marley me provocou, sorrindo por cima do jornal. “Quero dizer, eu acho que é perfeitamente genial vocês pegarem detenção. Todo mundo precisa cumprir detenção pelo menos uma vez”.


Cumprir uma detenção pelo menos uma vez?


Não a Lily Evans!


Qual é o problema dessas pessoas? POR QUE DETENÇÃO VIROU DE REPENTE UMA COISA BOA?


“Eu não sei qual o problema de vocês”, eu murmurei para mim mesma, alternando os meus olhares furiosos para abranger não só James, mas Marley também. “Vocês estão todos loucos. Inacreditavelmente e ridiculamente loucos. Detenção não é algo para se ficar orgulhoso, pelo amor de Merlin! Significa que você é um mau estudante! Vocês não conhecem a queda dos estudantes mais ambiciosos e inteligentes quando eles começam a se comportar mal? Não conhecem? “.


Ao ouvirem essa declaração estilo McGonagall, James e Marley se olharam seriamente.


“Eu não pensei que alguém realmente levasse esse sermão a sério”, Marley comentou pensativamente.


“Eu já ouvi essa milhares de vezes”, James acrescentou. “Eu ainda não caí nessa”.


Ai, ai. Eu estou rodeada por idiotas.


Não, pior que idiotas. Idiotas delinqüentes.


Ai, por que eu ainda me importo?


“De qualquer forma, o que você fez?”, eu o questionei secamente, ignorando o fato de que Marley e James estavam rindo como um casal de babuínos. Eu estava esperando que James não tivesse feito nada horrível demais e que nós pudéssemos, de alguma forma, achar uma maneira de salvar a situação. No entanto, conhecendo James, esse provavelmente não seria o caso.


“Quer dizer que você não ouviu?”, Marley riu, me olhando estranhamente.


Eu neguei com a cabeça, enquanto James respodia, “Ela foi dormir bem antes da festa começar. Teve um dia ruim, não é mesmo, Lil?”.


“Por sua causa”.


“Minha causa? Eu não torci o seu tornozelo. Eu não menti para Hogwarts inteira. Como que isso pode ser minha culpa?”.


“Você respira. Já é o suficiente”.


“Ah, pelo amor de-“.


“Ele soltou fogos Dr. Filibusteiro nas masmorras”, Marley interrompeu, impedindo James de começar qualquer coisa que ele iria falar. Meus olhos se arregalaram ao ouvi-la. Ele estava falando sério sobre isso?! “Eles estavam por toda a parte”, Marley continuou. “Muito alto, também. Filch ficou maluco. Foi hilário”.


Minha boca se boquiabriu enquanto eu encarava James. Ele sorriu inocentemente. “Que foi?”, ele perguntou.


“Que foi?”, eu exclamei. “O que você quer dizer com ‘que foi?’? Eu não te disse para não soltar fogos Dr. Filibusteiro nas masmorras, James Potter?!”.


“Não fui eu”, James insistiu, levantando suas mãos em defesa; “Foram Sirius, Remus e Peter. Foi só minha idéia. Eles me fizeram ir junto com eles”.


Eu bufei em descrença.


Garotos. Sempre culpando seus amigos.


“Se Sirius, Remus e Peter te dissessem para você pular da ponte de Londres, você pularia?”, eu respondi.


James pareceu considerar isso seriamente. “Provavelemente”, ele respondeu depois de um tempo, obviamente não entendendo o meu dizer retórico. “Apesar de que eu duvide que eles me falariam para pular de uma ponte, Lily. A não ser que fosse para fazer bungee jump ou algo assim. Dá pra fazer bung jump da Ponte de Londres?”.


Eu revirei os meus olhos e gemi.


Mais uma vez eu me pergunto: por que eu ainda me importo?


“Er, acho que você não entendeu a idéia, Capitão”, Marley riu, sacudindo a cabeça. Distraidamente, ele coçou a cabeça em confusão. Ele ainda não havia entendido. Meu Merlin. Como esse garoto consegue notas boas?


“Deixa pra lá”, eu murmurei, sacudindo minha cabeça. “Então, você realmente tem detenção hoje?”.


“Uma hora”, James respondeu com um aceno. “Peter e Sirius também. Remus conseguiu escapar, aquele sortudo. Mas, espera um segundo, o que tem a ponte? Eu respondi errado? O que eu perdi? Lily? Marley? Alguém vai me contar?”.


Eu não me importei em responder. Idiota.




Mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Décimo nono dia


Observações totais: 128


Tempo restante: 2 horas até a detenção.


Os ácidos do seu estômago não ficam loucos quando você está nervosa? Eles não gostam de fazer um buraco em seu estômago ou algo assim? Não gostam?


Ai, Merlin. Eu acho que eu tenho úlcera.


Eu vou morrer.


Eu vou com certeza morrer.




Mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Décimo nono dia


Observações Totais: 128


Tempo restante: 1 hora e 45 minutos até a detenção.


Tudo bem, talvez não seja uma úlcera. Mas talvez seja algo ainda pior! Como...como...dano cerebral! Ou um ataque cardíaco! Sim, todo esse stress está, definitivamente, me dando um ataque cardíaco. Eu provavelmente nem vou viver até o fim do dia. Eu provavelmente nem teri que ir para a detenção, porque eu provavelmente vou estar morta até lá. E, sério, qual vai ser a utilidade de um corpo morto na hora de limpar caldeirões?


Nenhuma. Nenhuma mesmo.




Mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Décimo nono dia


Observações Totais: 130


Tempo restante: 1 hora até a detenção.


Estou sofrendo. Eu estou sofrendo demasiadamente. Não por causa do meu ataque cardíaco iminente nem nada, mas porque meu tornozelo idiota se recusa a se curar. Então, não só eu tenho que ir para detenção, mas agora eu vou ter que ir com:


Um tornozelo dolorido e que não cura nunca


Uma andada meio que mancando, devido ao meu tornozelo dolorido e que não cura nunca


Um ataque cardíaco iminente, e


James Potter, Sirius Black e Peter Pettigrew


Com certeza, existem pessoas no inferno que estão se divertindo mais do que eu. E elas estão mortas...e no inferno.


Se isso não diz alguma coisa, eu não sei se outra coisa pode.




Mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Décimo nono dia


Observações Totais: 130


Tempo restante: 10 minutos até detenção.


!!




Muito mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Décimo nono dia


Observações Totais: 130


Eu fiz. Eu fiz mesmo.


E eu não estou morta! Eu ainda estou totalmente viva e tudo mais! Lembra-se daquele ataque cardíaco iminente? É, não tão iminente agora. Porque acabou.


Eu, Lily Christine Evans, acabei de passar oficialmente pela minha primeira detenção.


(E, esperançosamente, minha última detenção, porque apesar de eu ter saído viva dessa, eu realmente não quero fazer outra. Eu simplesmente não conseguiria).


As nove horas em ponto, Emma, eu, meu tornozelo dolorido, meu ataque cardíaco iminente e minha andada meio mancada (com meu convidado especial, recentemente transfigurado inalador, que eu precisava a fim de evitar a hiperventilação), andamos até o Salão Principal para encontrarmos com o Sr. Filch e começarmos nossa detenção. Eu estava, para não dizer tudo, em um estado de pânico.


“Eu não acredito nisso”, eu ofeguei, usando o inalador que eu mandei Grace transfigurar para mim. “Eu realmente não acredito nisso. Eu sou uma pessoa horrível. Sou uma garota terrível. Eu matei aula, Emma! Eu matei aula e fui pega! E agora eu tenho detenção! Ai, meu deus, ai meu deus…”.


“Dá pra se acalmar, Lil?”, Emma perguntou, sacudindo sua cabeça para mim. “Não é nada demais, ok? É só uma detenção. Uma. Por favor, se acalme. Eu não consigo lidar com você quando você está histérica. Apenas – “.


“Ah, não me diga para me acalmar!”, eu exclamei. “Olha o que eu fiz! Eu te trouxe junto comigo! Ai, o que eu fiz de errado? Eu estou a apenas um passo de Azkaban, Emma! Eu estou –“.


“ – sendo dramática demais, Infalível, mas eu suponho que isso não seja uma surpresa”.


Emma e eu nos viramos, olhando para cima e achando três formas familiares de três dos nossos companheiros de detenção indo na nossa direção. ¾ do clã dos marotos estavam prontos para cumprir suas detenções juntamente comigo e Emma. Eu olhei de cara feia para o que estava na frente, o idiota com seu cabelo idiota, seu sorriso prepotente e seus comentários inteligentes.


Maldito idiota.


“Feliz dia da detenção, Evans!”, Sirius exclamou, dandos uns tapinhas nas minhas costas alegremente. Ele olhou para seus amigos sorridentes e acrescentou pensativamente, “Eu acho que a gente deveria comer bolo. Alguém tem bolo?”.


Agindo como se isso fosse pelo menos minimamente plausível, os marotos começaram a procurar em seus bolsos.


“Eu tenho alguns Chicletes de Baba-Bola”, Peter ofereceu.


“Eu tenho...er, clips?”, James acrescentou, segurando o objeto mencionado acima.


O que esse garoto tem com os clips?


Sirius bufou ao ouvir as duas ofertas e sacudiu sua cabeça. “Não, não, não. Vocês são uns inúteis. Chiclete e clips...o que vocês estavam planejando em fazer com essas porcarias?”.


“Geralmente se mastica chicletes, Padfoot”, foi a resposta prepotente de Peter. “Eu estava planejando dar uma mastigadinha”.


“E eu estava...”, James parou no meio de sua resposta irritante, um olhar estranho em seu rosto, enquanto ele observava o clip em sua mão. Depois de um tempo, ele simplesmente deu de ombros. “Nunca se sabe”, ele disse e depois enfiou o clip de volta em seu bolso.


Ai, cara.


“Imbecis”, eu murmurei, “Eu estou rodeada por imbecis”.


Houve um ataque masculino de protestos atrás de mim depois desse comentário, mas eu escolhi ignorar o conjunto de babuínos, enquanto eu agarrava o braço de Emma e continuava a descer com ela os degraus restantes para chegar até o Salão Principal.


Quando eu finalmente cheguei ao Salão Principal, os marotos ainda estavam discutindo como um bando de idiotas, mas sobre o que, eu não sei dizer. Eu vi o Sr. Filch, lá do outro lado, perto das portas e meu estômago se revirou. Era isso. Detenção. Eu estava indo para a detenção.


“Respire fundo”, foi o conselho de James quando viu me rosto ficar pálido. “Você vai conseguir, Evans. Prometo”.


Fácil pra ele dizer. Não era ele que estava prestes a ter um ataque cardíaco.


Respire fundo.


Respire fundo.


“Bom dia, Sr. Filch”, Peter disse quando nosso grupo estava se aproximando dele. “Sempre um prazer!”.


O rosnado do Sr. Filch indicava que era tudo, menos um prazer.


“De volta de novo, pelo que vejo”, foi o que ele disse nervoso, ignorando Emma e eu e olhando por cima dos nossos ombros, em direção aos marotos. “Vocês deviam ter sido expulsos há anos atrás. Desordeiros, todos vocês”.


“Ah, por favor, querido Filch”, James sorriu, com sua voz imitando mágoa. “Pergunte a si mesmo onde você estaria sem nós, hum? Você vai morrer de saudades quando nós formos embora”.


“Como eu sinto falta de uma dor de dente, Potter”.


Mais uma vez achando o que não é nada divertido, incrivelmente divertido, os marotos começarar a rir de novo, suas risadas ecoando pelo corredor quase vazio. Os gritos do Sr. Filch para calá-los foram eficientemente ignorados por vários minutos até que a alegria da coisa toda pareceu morrer.


Receio que nós nunca vamos entender o interior das mentes masculinas.


Ou, seu senso de humor.


Francamente...


“Você”, Sr. Filch disse, apontando para um Sirius ainda sorridente. “Aqui”, ele apontou para o seu lado esquerdo, onde Emma e eu estávamos. Sirius andou calmamente até lá, ficando do lado de Emma, sorrindo de orelha a orelha. Na nossa frente, James e Peter bateram as mãos. “Vocês, seus três desordeiros, vão para as masmorras. E vocês dois”. Filch olhou de cara feia para James e Peter. “Pra fora”.


Ao invés de ficarem chateados com o fato de estarem sendo levados para Merlin-sabe-onde como eu ficaria (apesar de que, francamente, era detenção. Eu ficaria chateada com qualquer coisa), James e Peter parecem absolutamente felizes com com a possibilidade de prestarem sua detenção lá fora. Ao lado de Emma, Sirius deixou escapar um gemido.


De novo?”, ele gemeu, olhando furiosamente para o Sr. Filch. “Maldito favoritismo, isso é que é!”.


“Não se irrite, Padfoot”, James sorriu. “Você terá sua chance de brincar na floresta”.


Brincar na...


O quê?


“Vocês tem que ir para a floresta?”, eu disse, meio engasgada, minha boca boquiabriu-se. “Como na Floresta Proibida?


“Nós temos uma inocente aqui, Prongs”, Sirius riu.


“Mas...mas...é perigoso lá fora!”, eu exclamei, olhando freneticamente de James para Peter e depois para Emma e para Sirius e finalmente para Filch. Ninguém parecia se importar com o que eu estava falando. Ninguém parecia compreender o fato de que se a floresta era proibida devia ter algum motivo muito sério pra isso. “Vocês vão acabar morrendo!”.


“Se acalme, Lily”, Emma disse. “Vocês não vão se esgueirar tanto assim pela floresta, né garotos?”.


“Infelizmente não”, Peter respondeu. James assentiu com a cabeça, sorrindo para o meu sofrimento.


Eu não estava entendo nada. Nadinha. Merlin, eu sabia que dentenção seria ruim, mas eu não sabia que seria perigoso! Se Filch deixasse James e Petter andar pela Floresta Proibida, sozinhos e desprotegidos, que tipo de punição o resto de nós teria que agüentar?Claro, as masmorras pareciam inofensivas, mas quem sabia o que esse pequeno, sádico e pobre homem nos forçaria a fazer? Poderia ser qualquer coisa! Qualquer coisa!


Eu poderia morrer e ninguém nem mesmo iria se importar!


“Já chega!”, Filch finalmente falou, sacudindo suas mãos, apesar de eu ainda não ter terminado, e eu ainda estava impressionada com o fato de que o grupo de idiotas estavam não apenas dispostos a irem caminhar pela Floresta Proibida, mas aguardavam ansiosamente pela sua ida! E eu aqui preocupada com o fato de que eu poderia estar me dirigindo a algo bem pior. “Parem de me fazer perder tempo, vocês todos! Vocês três!”. Uma mão apontou na direção de Emma, Sirius e eu. “Masmorras!”.


“Até mais tarde, caras”, Sirius disse para James e Peter, indo na direção das masmorras. Emma agarrou o meu braço e me puxou junto, vendo como eu estava ocupada demais olhando para James, Peter e o Sr. Filch para me mover.


“Respire, Lily”, James me lembrou, enquanto Emma me arrastava. “Mostre a ela como se divertir, Padfoot!”, foi o grito dele para Sirius. Sempre descolado, Sirius fez um sinal afirmativo com as mãos.


Mesmo no meu estado de hiperventilação, eu sabia que um sinal afirmativo de Sirius era qualquer coisa, menos algo para se aguardar.


Pelo menos, para alguém santinha, em pânico, conservadora e virgem de detenção como eu.


Respire.


Respire.


Eu acho que é seguro dizer que eu já tinha inalado tudo que o meu inalador tinha no pouco tempo que nós quatro – Emma, Sirius, Sr. Filch e eu – gastamos para chegar até as masmorras. As câmaras escuras nunca pareceram tão assustadoras como elas pareciam naquele exato momento, e quando o Sr. Filch nos mandou entrar na sala de poções – uma sala na qual eu estive quase todos os dias dos últimos sétimo anos – eu estava com esse pressentimento repugnante de que eu estava entrando em algum tipo de câmara de tortura. Uma câmara de tortura, onde, poderia muito bem ser o meu fim.


E não seria um fim curto e sem dor.


“Ela realmente está se torturando por causa disso, não está?”, Sirius murmurou para Emma, me apontando como seu eu não estivesse ali, o que, talvez, ele tenha achado que era verdade, por causa do olhar vidrado e por causa da hiperventilação e tudo mais.


‘Ela nunca pegou detenção antes”, foi a rápida resposta de Emma. Sirius bufou e se virou para mim.


“Só você mesmo, Evans”, ele me disse, sorrindo com maldade. “É detenção. Se fosse te matar, confie em mim, eu já teria morrido umas cem vezes”.


Eu não consegui respondê-lo. Estava muito ocupada tendo convulsões. E esperando que o meu ataque cardíaco iminente acontecesse; e ainda estava hiperventilando.


“Estão vendo aqueles caldeirões?”, o Sr. Filch disse, com sua voz maldosa. Meu coração parou. Minhas convulsões aumentaram. Eu não conseguia respirar. Eu não conseguia ver. Eu iria desmaiar. Era isso. Detenção. Detenção! Arrasados e derretados, meus olhos se viraram para onde o dedo do Sr. Filch estava apontando: um conjunto de mais ou menos quarenta caldeirões do outro lado da sala. Havia um monte de coisas sádicas que dava para fazer com caldeirões. Eu engoli seco. Ai, Deus, era isso. Esse era o fim


Adeus, mundo, eu te amava tanto.


“Limpe-os”.


...


Era isso.


Limpá-los.


Limpá-los!


“Espera…limpar…isso é tudo?”, eu exclamei, minha convulsões parando para economizar por um moemnto. ‘Tudo o que a gente tem que fazer é limpá-los?”.


Filch me olhou furiosamente por causa de minha impertinência. “Sem magia”, ele respondeu, como se isso fizesse as coisas ficarem muito piores que eu deveria me encolher de medo. “Varinhas. Agora”.


Varinhas?


Há três segundos atrás ei estava mentalmemte conjurando algum tipo de testamento improvisado e ele acha que eu vou me irritar por causa de uma maldita varinha?


Eu iria sobreviver!


Com uma risada de alívio, eu alegremente entreguei minha varinha para o Sr. Filch, me virando para encarar Emma e Sirius, que estavam me olhando como se eu estivesse um pouquinho maluca.


“Você ouviu isso, Em?”, eu praticamente cantei. “Nós temos que limpá-los! É só isso que emos que fazer! Limpá-los!”.


“Sem magia”, Sirius resmungou, relutantemente entregrando sua varinha. “Isso vai ser uma maldita tortura”.


Ignorando as reclamações de Sirius, Emma riu ao ver minha cara e perguntou, “O que diabos você pensou que nós iríamos fazer? Fazer uma poção venenosa e nos jogar dentro?”.


Er...o pensamento tinha passado pela minha cabeça;


“Eu disse que as detenções não eram nada de mais”, ela continuou, dando de ombros. “Merlin sabe que Grace já passou por isso milhares de vezes”, ela acrescentou secamante.


Eu sabia que o que ela estava dizendo era verdade e me perguntei porque eu não tinha pensado nisso antes. Eu estava tão ocupada me preocupando com o fato de que eu tinha pego detenção e que minha vida estava acabada que eu desconsiderei completamente o fato de que detenções são idiotas. Limpar caldeirões e polir troféus. Escrever coisas e limpar mesas; Eu não iria morrer. Eu iria viver uma vida longa e feliz com o meu parceiro escolhido e minhas oito crianças e meia e minha casa perto do lago e meu cachorro e minha tartaruga.


Eu estava limpando caldeirões!


Era só isso!


“Mas o que os outros vão fazer lá fora?”, eu perguntei, dirigindo essa pergunta para Sirius, já que ele que era o especialista nesses assuntos.


“Pegar ingredientes com o Hagrid”, ele respondeu, dando de ombros.


“Hagrid?”.


“É, o guardião das chaves e terras de Hogwarts. Um cara sensacional, sério. Ele sempre deixa a gente sair mais cedo. Não como esse daqui”, ele murmurou, apontando para o Sr. Filch. De olhos nele, Fich resmungou e apontou para a pilha de caldeirões. Emma suspirou e Sirius gemeu.


Eu ri e praticamente pulei na pilha de caldeirões.


Eu não iria morrer. Eu iria limpar caldeirões!


Limpar!


Ai, ai...cada coisa com que eu me preocupo!


Hunf!


Observação #129) Detenções, ao que parece, não são nada demais. E quando alguém entra em pânico por causa delas – hiperventilação, convulsões, reclamações sobre um ataque cardíaco iminente – essa pessoa está simplesmente agindo como uma idiota.


Observação #130) Eu sou uma grande idiota.




Domingo, 5 de outubro, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Vigésimo dia


Observações Totais: 135


Observação #131) Quando você não pode ir tomar café da manhã porque seu Tornozelo que Não Cura Nunca ainda está doendo, alguma coisa está completamente errada.


Observação #132) Quando você não pode fazer nada para aliviar a dor do tal Tornozelo que Não Cura Nunca, porque a enfermeira da escola ameaçou cortar sua perna se você voltar lá com mais um machucado no tornozelo, alguma coisa está completamente errada.


Observação #133) Quando você tenta dizer a suas duas melhores amigas que elas deveriam ir pegar alguma coisa para você comer, porque você não consegue andar até lá e pegar você mesma por causa do seu tornozelo machucado, e elas se recusam a fazer tal coisa, dizendo que não está doendo, que na verdade é pura preguiça, alguma coisa completamente está errada.


Observação #134) Quando essas mesmas amigas depois te abandonam, te deixando sozinha no dormitório com um tornozelo dolorido, um estômago vazio, e com uma Carrie Lloyd roncando e provavelmente de ressaca, alguma coisa está completamente errada.


Observação #135) Minha vida, no general, está completamente errada.




Mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Vigésimo Dia


Observações Totais: 135


Que droga, ele ficou com meu livro de novo.


Não o meu livro de transfiguração – infelizmente, eu ainda tenho esse, apesar de que se ele tivesse pego esse de novo, eu não teria me importado – mas o meu livro de Poções. Ele o roubou. Ele definitivamente o roubou. Porque estava lá na minha mochila sexta-feira, lá na chuva, e agora não está mais. Agora tem outro no lugar, um que definitivamente não é o meu. E só teve uma pessoa que esteve com a minha mochila nas mãos entre sexta-feira e agora. Portanto, há somente uma pessoa que possivelmente pegou o meu livro de Poções. E considerando o histórico dele com os meus livros e seus dedos pegajosos, eu acho que o Sherlock Holmes não vai demorar muito para descobrir com quem está meu livro neste momento.


James Potter é um ladrão podre e imundo.


Tem que existir algum tipo de lei contra isso. Sério. A cada três dias o garoto pega um livro meu. Isso é ilegal, não é? Posse de propriedade alheia? Eu provavelmente poderia processá-lo. Meio milhão de galeões, pelo menos. Eu poderia ficar rica. Muito, muito rica. E, então, eu poderei susntenar Amos e eu e nossos oito filhos e meio pelo resto de nossas vidas…


...mas eu ainda preciso do meu livro.


Porque se eu não terminar minha tarefa, Abbott vai me espancar com certeza.


Uma vez é inteligente, duas é suicídio.


Que tornozelo idiota. Como que eu vou conseguir...


Ah.


Idéia.


Hum.


Cadê a minha coruja quando eu preciso dela?




Mais tarde, dormitório feminino do sétimo ano


Lily Observadora: Vigésimo dia


Observações Totais: 135


Prezado Sr. James Potter,


Tenho plena certeza de que você está, atualmente, de posse do ótimo e informativo livro de Poções da Senhorita Lily Evans. Como o advogado da senhorita Evans, eu fui encarregado de lhe informar que, caso o senhor não devolva o livro para a proprietária legítimia imediatamente, não entraremos com nenhum processo contra você. No entanto, caso o senhor escolha recusar este pedido, um processo contra você e sua propriedade será instaurado e lhe pediremos a indenização de quarenta e quatro milhões e meio assim que possível.


Obrigado pelo seu tempo e paciência e eu lhe imploro que considere as opções e tome uma decisão rapidamente.


Seu solicitador,


Sr. Harold John William Whittinghamm-Strathimore III


P.S.: - Devolva o meu livro, Potter. Que ladrão que você é. – L


Prezado Sr. Harold John William Whittighamm-Strathimore III,


Bom dia para você, senhor e eu lhe agredeço pela sua carta agradável. De fato, é verdade: eu estou atualmente de posse do ótimo e informativo livro de poções da Senhorita Lily Evans. Mas eu acho difícil eu aceder às exigências de seu pedido. Sabe, é que o livro da Senhorita Evans é de uma variedade especial. Ela tem a mania de escrever informações muito úteis nas margens das páginas e elas estão me ajudando a responder as questões da Professora Abbott, e eu receio dizer que eu estou relutante em desistir de tal tesouro. Como eu tenho certeza que ela (Senhorita Evans) já deve ter percebido, eu coloquei meu próprio livro em sua mochila. Ela poderá usá-lo até que possa retornar o dela.


Eu lhe agradeço pelo tempo e paciência e lhe peço educadamente que informa à Senhorita Lily Evans que eu, de maneira alguma, possuo a quantia de quarenta e quatro milhões e meio de qualquer forma, e lhe peço que reflita que nenhuma das minhas transgressões merece uma quantia tão extraordinária.


Esperando por sua resposta,


Sr. James Thomas Potter, Escudeiro


P.S.: - Eu sou bom e honesto desde o dia que eu nasci. E você não alimenta sua coruja, mulher? O pássaro praticamente arrancou o meu dedo na preça de pegar o doce. – J


Prezado Sr. J. Potter


Saudações para você e sua família. Eu vi e li a sua carta e a discuti com a minha cliente e, infelizmente, nós achamaos vários problemas nela.


Minha cliente, a senhorita Lily Evans, sabe muito bem que o item em questão está cheio de anotações nas margens das páginas. Elas foram colocadas lá com o específico propósito de ajudar a Senhorita Evans a responder as questões para que, assim, a Professora Abbott não a coma viva. Essas anotações deram muito trabalho e demandaram muita inteligência e coração da minha cliente e, ao manter em sua custódia o item em questão, você está não só impedindo que a Senhorita Evans termine sua tarefa, como também está roubando um pedacinho de seu coração e tirando proveito de todo o seu esforço.


Senhorita Evans exige que você devolva o livro imediatamente, e me pediu que lhe informasse que ela não quer de jeito nenhum usar o seu livro, velho, chato e imundo que ela está aguardando ansiosamente a volta de seu próprio livro. Como mencionado acima, se você não cumprir essas exigências um tanto simples, nós entraremos com uma ação pedindo uma indenização de quarenta e quatro milhões e meio de galeões.


Senhorita Evans também me ordenou que lhe informasse que suas transgressões, senhor, começam com o simples fato de você respirar e viver.


Cordialmente,


Sr. Harold J.W. Whittinghamm-Strathimore III


P.S.: Você nunca foi honesto, foi? Winnie está sempre com fome. É por isso que nos damos tão bem. Você, por acaso, não tem nenhuma comida aí com você? Eu estou inválida e morrendo de fome. Eu fui abandonada. – L


Prezado Sr. Harry J.W. Whittinghamm-Strathimore III,


Saudações para você e sua cliente. Eu li e ponderei sobre sua última carta, e nela encontrei algumas dúvidas.


Eu tenho certeza que sua cliente, Senhorita Lily Evans, sabe das anotações contidas no livro. No entanto, eu não consigo entender como a Senhorita Evans não iria querer compartilhar algo tão maravilhoso e tão bem pensado e inteligente como essas esplêndidas anotações com outros em necessidade. E eu, meu caro amigo Harry, estou em precisando desesperadamente. Tenho certeza que quando ela refletir e pensar longamente sobre isso, ela vai reconsiderar suas ordens anteriores e, talvez, será capaz de compartilhar um pouquinho de seu coração com um pobre companheiro em necessidade.


Por favor, informe a sua cliente que eu fiquei muito ofendido com o que ela falou sobre o meu livro, e garanto que, de maneira alguma, as palavras “velho” e “imundo” (eu não conseguiria debater um adjetivo como “chato” neste momento) correspondem ao meu livro lindo e cheio de conhecimento. E se você puder informar a ela também que quarenta e quatro milhões e meio de galeões está fora de meu alcance, eu ficaria eternamente grato.


E também quero acrescentar que as minhas transgressões – viver e respirar – infelizmente não estão sob o meu controle.


Sinceramente,


James T. Potter


P.S.: - Você pode perguntar minha mãe sobre isso. Winnie é um ótimo pássaro quando ela está alimentada. Você só tem que aprender como despentear suas penas...se você sabe o que eu quero dizer. Eu estou te mandando alguns pastéis de abóbora que minha mãe mandou para mim e meus amigos. É por isso que você não estava no café da manhã hoje cedo? Porque seu tornozelo está te incomodando? Você deveria ir ver Pomfrey de novo se for esse o caso. E eu não te abandonei. – J


Prezado Sr. Potter,


Boa tarde para o senhor e espero que tudo esteja bem. Minha cliente e eu lemos e discutimos a sua última carta e gostaríamos de lhe revelar nosso veredicto.


Minha cliente, Senhorita Lily Evans, está determinada a descordar com você a respeito do fato de que ela deveria compartilhar o livro dela e suas maravilhosas anotações com todos os desesperados (ou seja, Sr. Potter, você). Afinal de contas, ela não é nada, se não uma pessoa misericordiosa. Portanto, ela está com raiva, mas disposta a lhe permitir que fique com a posse do item em questão até que o senhor termine as suas questões. Quando terminar, ela lhe está pedindo que devolva o livro imediatamente. Enquanto isso, ela também lhe pede que o senhor compartilhe com ela a resposta da questão 14, já que ela não pode responder com as fontes que possui no momento.


Ela também pede desculpas pelas palavras grosseiras que ela utilizou para se referir ao seu livro, Sr. Potter.É um ótimo livro, mas não tão informativo como o de uma certa pessoa.


Quarenta e dois milhões e meio parece uma quantia mais adequada, o senhor não acha?


As suas transgressões, senhor, são muito famosas.


Atenciosamente,


‘Sr. Harry Whittinghamm-Strathimore III


P.S.—Eu não quero incomodá-la com perguntas tão grosseiras. É claro que ela é um ótimo pássaro, ela é minha. Obrigada pelos pastéis de abóbora. Eu os ingeri bem rápido. Sim, foi por isso que eu não estava no café da manhã. Eu não desceria nem se você me pagasse – apesar de não estar doendo tanto quanto antes, agora que eu estou pensando sobre isso. Eu não posso ir até a Madame Pomfrey porque ela diz que vai amputar o meu pé se eu voltar na enfermaria com mais um machucado no tornozelo. E se você realmente não me abandonou, você vai dar um jeito de pegar uma ótima e grande tijela de arroz e trazer até o meu leito de doente para que eu possa comer de almoço. É só uma idéia. - L


Prezado Harry,


O Senhor pode informar a sua cliente, Senhorita Lily Evans, que eu vou ser sempre e eternamente grato por sua aquiescência aos meus pobres desejos. Ela é, de fato, uma pessoa adorável, maravilhosa e misericordiosa. Por favor, a informe que eu vou tomar muito cuidado com o pedacinho do coração que ela agora abdicou.


A resposta da questão catorze é, como ela deve saber muito bem, a mistura de partes do peixe-bola com heléboro, que, caso não seja neutralizada por ovos de farosutil, criará uma explosão desastrosa.


Desculpas aceitas.


Quarenta e dois milhões e meio parece bom.


Minhas transgressões...o que você está aprontando , Lily?


Sempre seu,


J. Potter


P.S. – Perguntas grosseiras, uma ova. Eu gosto da Winnie. De nada, apesar de que eu acho que ingeri-los rapidamente não deve ser nem um pouquinho saudável. Sinto muito por seu tornozelo, mas estou feliz que esteja um pouquinho melhor. Se ainda estiver doendo na hora da reunião de monitores, você deveria ir ver Pomfrey de qualquer jeito, só caso alguma coisa esteja errada de verdade com ele. Não que eu queria que seu tornozelo seja amputado – é um tornozelo lindo, na verdade – mas pode ser pelo seu bem. E, quanto a abandonar você...o elfo doméstico deve chegar aí a qualquer momento, madame. – J


--


James,


Senhorita Evans lhe agradece muito por manter seguro o pedacinho de seu coração.


Não queremos soar contraditóririos, mas não são os escaravelhos que neutraliza os dois?


É muito bom saber o quanto o senhor vale...caso haja mais algum processo contra você.


Eu não estou aprontando nada. O que eu deveria estar aprotando é algum tipo de medicamento para dor, apesar de que o departamento de saúde desta escola está faltando com suas obrigações e, portanto, não vai fornecer nenhum desses remédios.


-Harry


P.S. – Não posso escrever muito mais porque eu estou morrendo e indo para o céu com essa tijela gigante de arroz que eu acabei de receber. Você é meu herói, James Potter. Meu grande e forte herói e fornecedor de arroz. – L


Harry/Lily,


Eu odeio parecer condescendente, mas se você olhar na página 387 do livro, você vai ver que, na verdade, é ovo de farosutil.


Você não precisa de mais nenhum remédio. Você já é maluca do jeito que é.


-J


P.S.—Isso é tudo que eu sempre quis ouvir, Lily. Minha vida agora está completa.


---


J-


Te vejo na reunião.


-L

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