Natal Cheio
Harry contou tudo que tinha visto a Rony. O amigo ficou muito impressionado. Depois os dois falaram para Hermione. A menina tentou ser lógica e eles decidiram esperar calados. Todas as espadas estariam muito seguras em Hogwarts. Voldemort não teria como entrar na escola.
- Não sei não.- falou Harry- de alguma forma ainda, sinto insegurança. Não lembro muito bem de minha visão, mas acho que Voldemort estava segurando uma espada.
- Será que Você-Sabe-Quem já possui uma delas?
- Não sei. E quanto ao fato de ele não poder entrar aqui... Eu acho que ele pode sim. Você lembra que ano passado Olho-Tonto Moody era das trevas e ninguém percebeu?
- Harry, lembre-se que Dumbledore também sabe das espadas. Afinal, você encontrou a penseira na sala dele! Com certeza ele sabe o que fazer!- lembrou Hermione.
- Tem razão Mione. Não podemos fazer nada a não ser esperar.
O Natal estava próximo... Já era dezembro. E isso só trazia apreensão a Harry. Cada vez mais o segundo jogo de quadribol se aproximava. Ele estava marcado para a primeira semana depois das férias de Natal. O menino estava rabiscando várias possibilidades de uma nova tática para o time na sala comunal, depois de um dia intenso de aula, quando Minerva entrou e reuniu os alunos para as partidas de xadrez que definiriam as chaves. Rony, que estava ao lado de Harry, ajudando-o se animou e correu para sua última partida. A partida de Harry era contra Neville. Pelo menos essa ele esperava ganhar.
Harry posicionou-se em uma mesa, com Longbottom, e iniciou-se a partida. Neville tinha perdido as duas primeiras partidas por W.O., já que não estava em condições de jogar. Ele tinha andado meio depressivo depois que lembrou de seus pais. Só começara a melhorar quando sua avó o enviou uma carta um tanto melodramática. A carta dizia o quanto ela o amava e falava sobre seus pais de uma maneira um tanto exagerada... "Seus pais estão no céu, mas sempre estarão te olhando..." e coisas do gênero. Mas isso foi suficiente para o menino se recuperar até voltar a sua velha maneira de ser... Foi pensando em coisas assim, que Harry se distraiu da partida. Quando se tocou, estava perdendo para Longbottom. Neville estava muito feliz. Provavelmente nunca havia ganho uma partida antes. Harry arregalou os olhos... se perdesse essa, era desclassificação certa. Botou a cabeça no chão e começou a jogar sério... Pelo menos a tentar.
Com as poucas peças que tinha, Harry armou uma jogada, uma armadilha... se Neville não caísse naquela, estaria perdido. Mas ele caiu. E Harry conseguiu o tão esperado Xeque Mate. Longbottom, que estava certo da vitória, ficou pasmo:
- Ei! O quê? Como foi que fez isso, Harry?
Harry, feliz da vida, chamou McGonagall para registrar a vitória...
- Muito bem, Potter! Mas receio que não consiga a classificação! Rose está em segundo com duas partidas ganhas... Você ficou em terceiro, Harry... Melhor sorte na próxima!
Neville olhou para Harry com satisfação. Mesmo tendo perdido para o menino, Potter não conseguira se classificar... Não tinha adiantado nada. Aliás, aquele jogo não valia nada.
Depois da decepção, Harry se encontrou com Rony e Hermione. O Weasley tinha conseguido mais uma vitória, classificando-se em primeiro na sua chave. E Hermione conseguiu o segundo lugar em sua chave com duas vitórias, também estava classificada.
- Quer dizer que só eu não consegui?- indignou-se Harry.
- Sinto muito!- disse Mione.
Minerva voltou a falar:
- Muito bem, aos alunos que passaram para as quartas de final da Grifinória, minhas congratulações.- todos bateram palmas- Eu organizarei quem jogará com quem e prometo que antes do natal, realizarei as quartas! Agora, já é tarde. Boa noite.
Todos seguiram para seus dormitórios. Na cama, Harry continuou pensando no quadribol e não conseguiu dormir até bolar uma tática.
Os treinos iniciais, constituiram-se em treinar bem o goleiro, Otávio, já que ele não estava muito bem. Com isso, Harry aproveitou e treinou os artilheiros. Havia feito uma tática diferente do 1-1-1. A formação nova era uma em que os três artilheiros ficavam na defesa e iam avançando, juntos, quando ultrapassassem o meio do campo, só dois artilheiros prosseguiam, trocando passes até os aros.
O capitão sentiu mais motivação em seu time. depois da derrota humilhante contra a Corvinal, os leões só pensavam em vencer ou vencer. Harry sentiu uma melhorada em Otávio, nada comparado ao velho Olívio, mas pelo menos ele estava se esforçando.
A próxima partida seria contra a Lufa-Lufa, tecnicamente o pior time. Mas como tinha dado um bom trabalho para a Sonserina e não tinha vencido por pouco, já se previa que o jogo seria difícil.
Foi quando Harry estava treinando sozinho, com seu pomo, que foi interrompido por um auror gritando, lá em baixo. Harry pousou e o ministro Tadeu Bravo veio até ele.
- McGonagall me disse que eu o encontraria aqui... Deixe que lhe diga: Não deve ficar treinando sozinho assim... sempre que quiser treinar, Amadeu- apontou o auror- estará a sua disposição. Ele vai cuidar de te proteger.
- Eu sei cuidar de mim mesmo.
- Você é um sortudo, isso sim... Escute, Potter, quero falar que você não vai sair de Hogwarts nas férias de Natal.
- Ok! Eu não estava planejando sair mesmo. - respondeu Harry secamente. Aquele homem já estava lhe dando nos nervos.
- Está certo. Quanto ao seu quadribol, vou permitir que jogue... Acho que apesar de tudo, eu estava certo, não é? Era melhor você não ter jogado aquele jogo... Espero que não repita o fracasso, Potter. Vou botar alguns aurores vigiando a partida e só.
Harry pôde reparar que Dumbledore estava entrando no campo. Ao ver Dumbledore Harry lembrou-se de tudo... Tinha tantas perguntas a fazer... Talvez uma não saísse de sua cabeça... Uma coisa que o menino não mencionara nem aos amigos, acreditando que fosse uma mentira. Com medo da resposta que poderia ouvir, Harry ignorou Bravo e dirigiu-se a Dumbledore:
- Diretor, onde está Hagrid?
O velho bruxo fez cara de espanto e por alguns segundos não soube o que responder. Até que algumas palavras lhe vieram a boca:
- Nem eu realmente sei...
O coração de Harry bateu mais rápido e as lágrimas vieram aos seus olhos. A expressão triste do diretor pareciam confirmar as palavras de Filch. Harry teve que ser mais incisivo:
- Não é verdade que ele morreu, é?
Alvo olhou para as estrelas. Em seguida para Harry. Desta vez, o diretor ficou, definitivamente sem saber o que falar. O ministro da defesa interviu:
- Isso é um assunto em que você não deve se meter, Potter.
Tadeu empurrou Harry até a saída. O menino correu para a sala comunal e lá estavam Rony e Hermione. O menino desabafou. Quando acabou de contar tudo, Mione, com lágrimas nos olhos disse esperançosa:
- Harry, vamos amanhã até a casa de Hagrid... talvez seja um mal entendido! Vamos lá.. talvez ele esteja lá...
- Mal entendido?- perguntou Rony- Hermione! Acorda! está tudo muito claro para mim. Hagrid foi a Azkaban junto com os ministros e foi beijado por um daqueles dementadores...
A essa altura os três já deixavam algumas lágrimas escorrerem.
- Eu prefiro acreditar que foi um mal entendido!- finalizou Harry. O menino subiu perturbado para o dormitório.
"Porque Hagrid?", se perguntava, "Por quê?"...
Weasley e Granger não saíram de Hogwarts no Natal. Ficaram com Harry. Durante toda a semana os três tentaram fazer visitas a Rúbeo, mas estava se tornando inútil. Hagrid não estava em casa. As batidas na porta nunca eram respondidas e a chaminé do sobrado do meio-gigante não expelia mais fumaça. E olha que era inverno. Apesar de estar menos frio aquele ano, a neve ainda castigava... Definitivamente, Rúbeo não estava em casa. Harry ainda permaneceu com a esperança que ele voltasse após o natal.
O natal chegou, e Hogwarts amanheceu cheia, o que não acontecia há muitos natais. Com tudo que estava acontecendo, os pais preferiam deixar os filhos seguros, em Hogwarts. Harry foi acordado por Pomo, seu pelúcio, lambendo-lhe o rosto. O menino não hesitou em acordar, estava ansioso para ver os presentes. Não era apenas por interesse, Potter queria ver se receberia um presente de Hagrid. Como sempre, recebera um suéter da mãe de Rony. Haviam mais dois pacotes com o nome dele escrito. Um tinha que ser de Rúbeo. Harry abriu o primeiro, ansioso: Ficou triste e feliz ao mesmo tempo ao reconhecer o garrancho de seu padrinho em um bilhete que estava em cima de uma caixa menor. Harry leu o bilhete:
Harry,
Feliz natal!!! Espero que goste do que eu estou lhe enviando.
Dumbledore comentou comigo que haveria um campeonato de
xadrez esse ano em Hogwarts...
Tomara que isso lhe traga grandes vitórias.
Um abraço de Sirius Black.
Harry não pôde acreditar quando abriu a caixa e encontrou uma coleção de peças de xadrez, novinhas em folha. As peças eram bem detalhadas, quase perfeitas... Isso deixou Harry mais chateado ainda por ter sido desclassificado do campeonato. Ele nem sequer usaria aquelas peças!
No segundo pacote havia um bilhete e uma porção de pergaminhos. Ao abrir o bilhete, o menino ficou surpreso ao constatar que era de Olívio Wood. A carta desejava Harry um feliz natal. E incentivava o capitão da Grifinória: "No meu primeiro ano de capitão, a Grifinória ficou em último..."- escreveu Wood. Os pergaminhos eram táticas e mais táticas de quadribol que Olívio usara desde que tornou-se capitão.
Harry entendeu o motivo do presente. Provavelmente Olívio não queria ver a Grifinória em último lugar. Potter imaginou que Minerva tivesse pedido a Olívio para que fizesse isso. O menino fechou o pacote, aborrecido. Acreditava em si mesmo e não ia perder tempo lendo todas aquelas táticas. Já havia acontecido o último treino antes do jogo e não seria uma boa hora para mexer no time.
Nessa hora, Rony entrou, com o suéter que havia ganhado de sua mãe:
- Não sei por que acordei cedo hoje... Acho que estou cheio de disposição!
- Só porque ganhou as quartas de final do xadrez, já está se achando o rei da cocada preta!- zombou Harry. Rony havia ganhado as quartas que ocorreram na véspera de Natal. Hermione também ganhara.
- Pois é, agora rumo a fim... - Rony olhou para o conjunto de xadrez que Harry havia ganho e perdeu a fala.- Você ganhou isso, Harry? São incríveis!!!
- Você gostou? Que bom, pois esse é o meu presente de natal para você!
Harry deu as peças à Rony. Rony ficou radiante. Sirius não ficaria chateado, afinal o menino as usaria muito melhor que Potter. Harry tinha que pensar era na partida de quadribol... que estava a poucos dias de acontecer...
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