Mudança de plano
Capítulo 8 – Mudança de plano
- Sou Harry Tiago Potter, filho de Tiago Potter e de Lílian Evans Potter.
A letra brilhou no mesmo vermelho que tomou a porta e a fez desaparecer, deixando a vista um pequeno corredor sem saída. Rony, Gina e Hermione ficaram novamente estupefatos. Ao entrarem, a porta re-apareceu e uma sala ligeiramente pequena pôde ser vista.
Novamente o quadro enorme estava lá, Morgana, linda para toda a eternidade, com seu vestido vermelho e Hogwarts ao fundo. Harry segurou-se para não rir das expressões dos amigos. O moreno olhou profundamente sua antepassada e deu alguns passos a frente, fez uma leve reverência e recebeu outra em troca.
- Bom dia Morgana.
- Bom dia Harry. – desejou ela, risonha – Esses são seus amigos?
- Sim. – Harry se virou para eles – Esse é Ronald Weasley, Hermione Granger e Gina Weasley.
A cada nome pronunciado, Morgana fazia uma reverência e os jovens também.
- Gina, pelo que vejo, é a sua amada.
Harry confirmou com um aceno da cabeça.
- Ela é muito bonita, inteligente e forte. – Morgana olhava a garota.
- Obrigada. – Gina corou.
- Como entro no outro cofre? – perguntou Harry.
- Você tem que demonstrar ao cofre que você realmente ama-a. – explicou Morgana, paciente.
- Que lindo. – sussurrou Hermione ao ouvido da ruiva.
- É. – ela sorriu.
- Como vai o uso dos livros? – questionou Morgana, animada.
- Estamos utilizando-os muito. – respondeu Hermione, atropelada, e, logo depois, tampou a boca com as mãos.
- Não fique assim querida. Foi para ti que perguntei. – Morgana sorriu.
- Desculpe, mas eles realmente estão sendo de bom uso. – Hermione corou.
- Concordo, os livros de oclumência me ajudaram um pouco durante uma batalha. – Harry virou-se dos amigos para a ancestral.
- Que bom. – Morgana sorriu – Agoda vá. Sei que você tem um curto período para fazer muitas coisas.
- Sim. Obrigado Morgana – falou Harry e fez uma reverência, sendo seguido pelos amigos.
- De nada, é sempre um prazer. Espero te ver logo. – desejou Morgana, tristonha.
- É claro. – confirmou Harry com confiança e virou-se para os amigos.
- Vamos então? – Gina fitou-o, ansiosa.
- Sim. – respondeu ele e levou-os até a saída.
Morgana acompanhava-os com o olhar, sorrindo e pensando na grande surpresa que iriam ter.
Eles já estavam à frente da outra porta, Harry e Gina à frente olhando um nos olhos do outro. Sabiam o que tinham de fazer, se aproximaram lentamente. Seus lábios se encostaram finalmente após meses. Não demorou muito para que os braços dela estivessem no pescoço dele, e as mãos dele nas costas dela. Rony e Hermione olharam-nos, ele com ciúmes e ela com carinho.
O “G” gravado à porta brilho, num dourado intenso.
“Esperai, esse não é o mesmo dourado da...” – os pensamentos de Hermione foram interrompidos pela fala de Rony.
- Nossa! – exclamou ele, boquiaberto.
Com a exclamação, Harry e Gina pararam o beijo, e, ainda abraçados, olharam a porta sumindo. Os quatro entraram e a porta surgiu. Uma imensa sala materializou-se aos olhos deles. Nas laterais havia estantes com livros e guarda-roupas em mogno; no centro uma mesa longa com castiçais e velas vermelhas e douradas; e, ao fundo, como no outro cofre, um imenso quadro. Neste havia um homem. Possuía cabelos castanhos que iam até os ombros e olhos castanhos, usava uma armadura prata com um leão no peito, uma capa vermelha e uma espada na cintura. Hogwarts brilhava ao fundo.
- Harry, quem é esse?
- Não sei, Gina. – respondeu ele, os dedos entrelaçados aos dela.
- Hermione, você está bem? – perguntou Rony ao ver a cara de espanto da amiga.
- Harry?!
- Sim, Hermione. – respondeu ele olhando para ela.
- Você, você é o legitimo descendente de...
Ela não pôde terminar.
- É bom vê-lo, Harry Tiago Potter. – falou o quadro fazendo uma reverência.
- Igualmente. – Harry fez o mesmo, sendo seguido dos amigos.
- Vejo que a senhorita Granger leu Hogwarts, Uma História. – falou o homem, olhando-a.
- Sim, senhor. – ela fez uma reverência novamente, incompreendida pelos amigos.
- Afinal, quem é ele? – perguntou Rony para a morena.
- Deixe que eu me apresente. – exclamou o homem – Meu nome é Godric Gryffindor.
Rony e Gina ficaram chocados. Harry paralisara e Hermione ainda sorria.
- Vejo minha espada. – falou Godric, apontando para a cintura de Harry.
- Sim, é sua. – confirmou Harry, retirando a espada da bainha, ainda não acreditando que falava com um dos fundadores de Hogwarts.
- Ela é muito poderosa. – ponderou Godric, olhando a arma – Cuide bem dela, só pode ser usada por um legítimo Gryffindor.
- Creio que sim. – Harry guardou-a.
- É muito bela a vossa amada. – Godric olhou Gina e completou – E forte também.
- Obrigada. – Gina corou violentamente.
- Dois elogios num dia, ela vai ficar impossível depois disso. – sussurrou Rony para Hermione que riu.
- E os senhor Weasley e senhorita Granger! – Godric olhou-os – Estão bem animados hoje, não?
- Perdão. – pediu Rony.
- Não há o que perdoar. – Godric sorriu.
- Senhor... – começou Gina.
- Continue. – ele a olhou.
- Como o senhor sabe que eu sou a amada do Harry e como o senhor sabe os nossos nomes? E... porque o Harry precisava de mim para entrar aqui? – perguntou ela, receosa.
- Por causa de minha mulher. – respondeu Godric, estendendo a mão para fora do quadro.
Sua mão voltou trazendo outra e, esta pertencia à Morgana, que entrara no quadro.
- Olá Harry. – ela sorriu.
- Olá. – retribuiu o sorriso.
- Nosso amor é eterno, - Godric olhou Harry e Gina, enquanto abraçava a mulher – assim como o vosso.
- Assim espero. – Harry abraçou a ruiva, a olhando nos olhos.
- Perdoe a minha curiosidade. – Hermione deu alguns passos – Mas, posso olhar os livros?
- Claro, querida. – Morgana sorria.
- Ela é muito parecida com você. – falou Godric, baixinho, para a mulher, que riu.
- O que há dentro dos guarda-roupas? – perguntou Rony de subito – Senhor.
- Roupas. – respondeu Godric obviamente – Pode ver.
Rony e Hermione caminharam cada um para um lugar e analisaram, curiosos.
- Nossa Harry. – Gina o abraçou novamente.
- O que foi? – ele a olhou.
- Você é mais que eu pensei que fosse.
- Não entendi. – falou ele e ela o olhou.
- Você é o garoto que derrotou Você-sabe-quem com apenas um ano e venceu ele no 1º e 2º ano da escola, ainda criança. – ela falava rápido, olhando-o nos olhos – Você duelou com ele no 4º e 5º ano. É um bruxo excepcional! E agora, - ela olhou de relance para o quadro – descobrimos que também é descendente de Godric Gryffindor. – olhou para ele novamente com os olhos brilhando – Você é praticamente dono de Hogwarts.
- Isso não me interessa. – ele abraçou-a, apertado – O que me importa é que estamos juntos.
- Sim. – concordou ela, aninhando-se nele.
- Hey! Vocês ai vão ficar nesses “loves” e não vão ver o que tem nesse lugar maneiro? – perguntou Rony, indignado.
- Olhem quantos livros! – Hermione poderia ter um ataque fulminante do coração a qualquer momento, enquanto olhava os livros.
- Hermione, não surta! – pediu Gina, rindo.
- Exatamente Mione, não morra. Precisamos de você. – concordou Harry, soltando Gina e indo até a amiga.
- Eu me controlo. – Hermione de um sorriso, respirando fundo.
- O que temos aqui? – perguntou o moreno, olhando a estante.
- Livros e mais livros de feitiços avançados, além de alguns sobre animagia, oclumência e legimência. – respondeu Hermione, rapidamente.
- E aqui? – perguntou Gina ao irmão, parando ao lado dele.
- Pelo que vi apenas capas, sobretudos, e vestes comuns de bruxo. – resndou ele, indiferete e tedioso.
- Não acredite apenas nas aparências senhor Weasley. – ponderou Godric, atraindo os olhares dos jovens.
- Como assim? – perguntou Harry.
- Essas roupas possuem elementos que, creio eu, não existem mais. – explicou Godric, soltando a mulher.
- Quais? – perguntou Gina, os olhos brilhando curiosos.
- Uma magia antiga. – Morgana fitou-a.
- Magia antiga? – repetiu Harry.
- Harry, não é aquela magia que você nos falou? – supôs Hermione.
- Sim, eu acho. – ele a olhou, depois caminhou até os ruivos e olhou as vestes do guarda-roupa.
- São lindas. – exclamou Gina – O que elas podem fazer?
- Elas lhes deixam mais fortes. Vossas magias ficam mais elevadas. – explicou Godric, olhando-os.
- Ficaria perfeito na gente. – sussurrou Rony para Gina.
- Fica quieto. – murmurou Gina, brava – São do Harry.
- São nossas! – corrigiu Harry.
- Não entendi. – Hermione se aproximou.
- Vocês são minha família. – começou Harry – E, como uma família, possuímos um cofre nosso.
- Ora, se fosse seu e da Gina eu entenderia. – ponderou Hermione - “Eles logo irão se acertar de verdade e, certamente, se casarão”.
- Esqueçam! – Harry riu – Podem pegar o que quiser. – ele olhou os antepassados – Podem, não podem?
- Claro querido, tudo isso é seu. Você faz o que quiser com tudo. – respondeu Morgana, carinhosamente – Mas não se esqueça do que eu lhe disse na primeira vez que nos vimos. Os próximos Potters tem o direito de possuir essas coisas.
- Sim Morgana. Eu confio nos meus amigos. – Harry sorriu.
- Acho que vou pegar esse livro, esse, esse... - Hermione ia pegando livros e livros pondo-os na mochila.
- Calma Hermione, não precisa levar tudo agora. – Gina riu.
- Ok, desculpa. – Hermione corou e devolveu alguns.
- Acho que iríamos ficar bem nessas roupas. – disse Rony.
- Concordo. – Harry sorriu.
- Hey, esperem! Eu nem vi isso daí. – Hermione saiu em disparada para o outro lado do cofre, se curvou sobre Rony e olhou as roupas.
- Nossa Mione, sou encosto agora? – desdenhou Rony.
- Ah, desculpa. – ela saiu de cima dele.
- Cada um pegue algumas vestes. – pediu Harry – Talvez precisem delas.
- Perfeito. – falou Gina e se ocultou por detrás das portas de um guarda-roupa com vestes femininas.
- Perai Gina, também quero as bonitas. – Hermione foi até ela, rindo.
- Bem. Vamos lá. – Rony sorriu para o amigo e também se ocultou.
- É. – Harry ficou ao lado do amigo.
Minutos depois, todos haviam pego conjuntos de vestes totalmente pretas e sobretudos igualmente negros, mas com bordados vermelhos e dourados.
- Poderíamos formar um quarteto grifinório. – falou Hermione, rindo.
- Aham, todos somos da casa e estamos com roupas iguais. – concordou Gina, rindo também.
- Queridos? – chamou Morgana, fazendo com que eles a olhassem – Gostariam de ver como as roupas ficam em vocês?
- Claro. Mas... como? – Gina olhou Hermione e Harry.
- Coloquem a varinha sobre o tecido. – explicou Godric, calmamente, como se ensinasse algo – Depois imaginem vocês as vestindo.
- Tentaremos. – falou Harry.
Eles colocaram as vestes sobre a mesa, pegaram as varinhas e tocaram-nas. Fecharam os olhos e imaginaram-se vestindo aquelas roupas.
Silêncio.
Godric e Morgana olhavam atentamente cada um deles. Uma luz branca emergiu das roupas e também dos corpos dos jovens, durara apenas um segundo. Quando a luz sumiu, as roupas não estavam mais sobre a.
“O que é isso? Que sensação é essa?”
Os quatro abriram os olhos e olharam-se. Sentiam-se mais fortes, mais motivados a continuarem na missão. Godric e Morgana se entreolharam. Eles, com aquelas roupas, só poderia significar uma coisa. O casal sorriu feliz por descobrir que aquela magia não estava perdida.
- Ficou ótimo em vocês. – falou Morgana, sorridente.
- Parece até sob medida. – Hermione foi até um espelho ao lado do guarda-roupa.
- Parece mesmo. – Gina se pôs ao lado dela.
- Está sentindo algo diferente Harry? – Rony olhou as mãos.
- Mais ou menos. – Harry olhou confuso para Godric.
- O que vocês sentem ainda é algo pequeno. A sensação vai aumentar, conforme vocês forem usando magia. – Godric emanava sabedoria.
- Então, se treinarmos, nossa força aumentará? – perguntou Hermione, mesmo sabendo a resposta.
- Sim. – Godric a olhou – Vocês irão para Godric Hallow?
- Sim. – respondeu Harry, colocando suas outras roupas na mochila.
Os outros também as guardaram. Harry foi até as estantes com livros e analisou-os com atenção. Surpreendeu-se ao ler o titulo de um.
“Lobisomens e como controlá-los”
- Lupin. – murmurou ele pegando o livro e guardando-o.
- Vamos Harry? Já está tarde. – Gina aproximou-se dele.
- Vamos sim. – ele a olhou, depois olhou os ancestrais.
Morgana possuia o mesmo olhar triste de alguns dias. Godric transmitia- lhe determinação.
- Eu volto. – o moreno falou firmemente – Prometo.
Morgana confirmou com a cabeça, Godric sorriu e ambos fizeram uma reverência. Os quatro jovens retribuiram e saíram.
=-=-=
Andavam pelas ruas de Londres, em um táxi. Imaginavam se os Weasley já estariam loucos por terem fugido. Conversavam animadamente, rumando para um hotel. Ficariam ali até o horário de um ônibus que os levaria para Godric Hollow. Desceram do carro e Harry pagou a corrida.
Ao entrarem no saguão do hotel, todos viraram os rostos para olhar. O lugar era enorme e ricamente mobiliado e decorado. Sobre os olhares, já era comum para Harry, mas para os outros três não. Eles se sentiam desconfortáveis enquanto Harry alugava um apartamento.
Subiram quinze andares por um elevador de ferro. Ninguém além de Harry sabia qual quarto era. Eles cruzaram um corredor pequeno e entraram por uma porta em marfim.
Havia uma pequena sala, a parede pintada de azul céu e uma mesinha central com um arranjo de flores brancas. Mais adiante, podia-se ver uma sala grande, paredes pintadas elegantemente em um verde água, com um sofá bege de três lugares, uma TV de plasma na parede, uma mesinha de marfim entre eles e um belíssimo quadro do lado oposto a TV. Havia uma cozinha, totalmente branca, que possuía uma mesa grande também de marfim com seis cadeiras.
Dois quartos. Ambos suítes e cada uma com um estilo. O do lado esquerdo do corredor tinha uma grande cama de casal em marfim que ficava na frente de uma enorme janela, paredes pintadas com um violeta mais voltado para o azul, um guarda-roupa que combinava com a cama, oposto a esta, uma escrivaninha e uma porta que dava no banheiro. Já a suíte do lado direito era pintada em vermelho-alaranjado, possuía uma cama de casal e um guarda-roupa, ambos em marfim, uma escrivaninha à janela e uma porta para o banheiro.
Os banheiros eram iguais, inteiramente brancos, com uma grande banheira, e tudo o que qualquer banheiro tem.
Os quatro se sentaram no sofá. Rony, Gina e Hermione mirando Harry, que sorria.
“O que significava aquelas camas de casal?” - pensou Hermione, levando em consideração ter duas meninas e dois meninos no grupo.
- Gostaram da surpresa? – Harry quebrou o silêncio que durara minutos.
- Este lugar é lindo! – Gina se levantou e abraçou-o.
- Uma aprovação. Falta duas. – ele olhou os outros.
- Cara... eu amei esse treco ai na parede! – Rony se levantou com um salto.
- Tudo, realmente, é bem bonito. – ponderou Hermione com um tom frio – Mas diga-me, Harry, o que significa aquelas camas de casal?
- Ah... – Harry corou – não sabia que eram de casal.
- Sorte sua que nesse livro aqui... – Hermione mostrou um livro que ele havia trazido do cofre dias antes – tem um feitiço que separa objetos.
- E isso significa? – Rony o olhou com cara de bobo.
- Que eu vou separar as camas, assim o Harry e você ficam em um quarto e eu e a Gina em outro. – respondeu ela, saindo da sala.
- Ela ta com medo do que poderia acontecer se ela e o Rony ficassem no mesmo quarto? – sussurrou Gina no ouvido de Harry.
- Acho que sim. – Harry riu e olhou o ruivo – Rony, esse “treco” ai na parede é uma TV.
- O que é isto, exatamente? – Rony passava a mão pela tela.
- É um transmissor de imagens e sons. – respondeu Hermione, voltando dos quartos.
- Ah. – os olhos de Rony se iluminaram – Como se liga?
Hermione caminhou até a mesinha e pegou o controle minúsculo, apontou-o para a TV e ligou. Rony pulou para traz com o som emitido pelo aparelho, caindo no chão e olhando, com os olhos arregalados, para as cenas que passavam na tela.
Gina também ficara espantada, mas não teve a mesma reação. O som estava alto, Hermione abaixou-o com velocidade e olhou para Rony. Não aguentou ao ver a cara de espantado dele e caiu no sofá, rindo. Harry e Gina fitaram Rony e se juntaram a amiga, caindo no sofá e rindo. Rony se levantou, fitou-os e riu falsamente, fazendo-os parar.
- Bem, eu fiz uma coisa sem contar a vocês. – falou Harry, já de pé.
- O que? – Hermione olhou-o, preocupada.
- Aluguei o apartamento por três dias. – respondeu ele.
- Pra que? – Rony ergueu uma sobrancelha.
- Para treinarmos. Colocaremos feitiços de proteção. – Harry se sentou no braço do sofá.
- Ok. E quando iremos a Godric Hallow? – perguntou Gina curiosa.
- Na manha do quarto dia. – respondeu Hermione e Harry acenou positivamente.
- Ok. – Rony se sentou no sofá também.
Eles assistiram a TV por alguns minutos, até que sentiram fome e pediram o almoço, massas. Uma bela macarronada, uma lasanha de presunto e queijo, outra de carne e outra de frango. Eles realmente se entupiram. Rony principalmente.
Eram três da tarde quando cada um estava com um livro de feitiços. Na sala, os moveis não estavam mais em seus lugares, somente o sofá estava abaixo da TV. O resto, sumira. Hermione, sempre perfeita, colocava feitiços de proteção. Rony e Gina duelavam, com feitiços calmos e não muito graves. Harry, porém, estava sentado em um canto da sala lendo um livro de oclumência.
Hermione depositou o livro de feitiços protetores na bolsa e pegou um outro. Leu o titulo e depois procurou Harry com o olhar. Caminhou até ele e se abaixou. Ele a olhou e ela mostrou o livro.
- Você vai dar a quem eu estou pensando?
- Sim. – ele sorriu – Ele merece.
- O velho Remo. – ela se sentou e ficou pensativa.
- No que você está pensando? – ele abaixou o livro.
- Em nada de produtivo. – ela franziu a testa se levantando e completou sorridente – Ainda.
- Certo. – Harry se escondeu atrás do livro novamente.
Hermione se afastou, olhou intrigada para os dois ruivos que duelavam. Estavam de igual para igual. Até mesmo Rony, que já havia treinado um bocado, estava na mesma linha de força que Gina, que nunca havia mexido com feitiços tão potentes. A morena guardou o livro e pegou um de feitiços, desviou-se dos que os irmãos lançavam, sentou-se no sofá e começou a ler.
=-=-=
A senhora Weasley levantou naquele dia, como todos os outros, beijou a face do marido e se aprontou. Desceu calmamente, cantarolando, entrou na cozinha e ficou intrigada com um pedaço de pergaminho sobre a mesa. Aproximou-se, pegou o bilhete e leu. Ficou em choque, levou a mão a boca e deu um gritinho abafado. Subiu as escadas correndo e entrou no quarto desesperadamente.
- Arthur, eles fugiram!
- O que? – Arthur se sentou na cama e viu a esposa se sentando ao seu lado e lhe entregando um bilhete.
- Leia! – ela possuía lágrimas nos olhos.
“Senhor e senhora Weasley,
Desculpem-me pelo que estou fazendo. Eu não queria levar seus filhos comigo, mas não tive escolha. Peço, contudo, que não se preocupem. Gina retornará em menos de três dias.
Sobre Rony, não posso fazer nada, pois ele já é maior de idade e não me escuta.
Fiquem calmos, eles ficarão bem enquanto estiverem comigo. Por favor, não fiquem bravos comigo, pois eu preciso deles nesse momento.
Dou noticias assim que possível.
Até breve,
Harry Potter”
Arthur leu e teve uma reação totalmente diferente, se levantou rapido e se aprontou. Olhou a esposa e falou calmamente:
- Não fique assim Molly, você sabia que esse dia chegaria. – ele lhe beijou a testa e se afastou – Vou para a sede da Ordem informar isto aos outros, fique calma.
- Vou tentar. – ela esfregou os olhos e viu o marido sair.
=-=-=
- Como assim Arthur?! – Tonks estava de pé, agitada com a notícia recebida.
- Acalme-se, Nimphadora. – falou Arthur, calmo, sentando-se.
- Eu entendo que, mais cedo ou mais tarde, isso ocorreria. Entretanto, não podemos ficar tão calmos assim Arthur. Você sabe que eles são de suma importância para esta guerra. – Remo se encostou a poltrona, sério.
Eles estavam na sala da nova Sede da Ordem, que era uma casa simples, enfeitiçada como o Largo Grimmauld para que os trouxas não vissem.
- Aonde vocês acham que eles irão. – Tonks se sentou novamente, ao lado de Remo.
- Creio que Harry os levará até Godric Hallow. – Remo levou a mão ao queixo, demonstrando preocupação.
- Mas lá é perigoso! – Tonks olhou Arthur.
- Acalme-se, Nimphadora! – pediu Moody, sério – Nós vamos até lá. Não se preocupe, Arthur. – completou o líder da Ordem.
- Espero que eles estejam bem. – Arthur escondeu o rosto com as mãos.
- Fique calmo, - falou Remo, dando tapinhas no ombro do ruivo – Harry, Rony e Hermione não são mais crianças. Você sabe o que eles fizeram no Ministério há dois anos.
- O que me preocupa é Gina. – Arthur colocou as mãos sobre os braços da poltrona e mirou a parede.
- Ela ficará bem, Harry e o irmão cuidarão dela. E além do mais, - Remo esperou que ele o olhasse – ela também não é mais aquela garotinha.
- Assim espero. – Arthur finalmente se encostou confortavelmente na poltrona.
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O dia passou muito lento para os moradores d’A Toca, para a Molly principalmente. Ela andava de um lado para o outro ansiosa. Carlinhos tentava acalmá-la, mas era impossível. Ela esperava pelo marido, que não voltava. Era horrível o que sentia. Seus filhos estavam por esse mundo, nessa guerra.
Contudo, Molly não conseguia ficar brava com Harry. Como ele mesmo dissera, Rony não o obedecia e iria com ou sem o seu consentimento, e Hermione também. Mas Gina. A caçula era um caso a parte. Harry podia tê-la azarado, mas nunca a deixado ir com ele.
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Era manhã do terceiro dia. Dia que estava marcado para a jovem ruiva voltar para casa. Os jovens estavam sentados na mesa para o café da manhã, ela chegou uns minutos depois e a conversa cessou. Os três a olharam e ela se sentou.
- O que foi? – perguntou.
- Acho melhor deixar eles sozinhos. – falou Hermione a Rony.
Eles saíram da cozinha, silenciosos.
- O que foi, Harry? – questionou Gina, preocupada.
- Desculpa Gina, mas você vai voltar para A Toca. – ele não a olhou.
- Como? – ela olhou-o, indignada.
Ele não podia.
- Exatamente o que você ouviu: você vai voltar para casa. Não devia ter ficado aqui todo esse tempo. O combinado foi...
- Foi eu ir com vocês ao Gringotes e depois à Godric Hallow. – ela cortou-o, enraivecida.
- Esse acordo entre nós era mentira. – disse ele friamente, ainda não a olhando.
Gina paralisou. Aquilo não podia estar acontecendo. Ele havia mentido para ela.
“Não!” - pensou.
Olhou-o, esperando alguma reação, que não veio. Ele olhava para o lado, com medo de encará-la e de desistir do que fazia. Mandá-la embora era difícil, pois queria ela ao seu lado, queria vê-la todos os dias a cada minuto. Porém, não podia arriscá-la. Prometera a Sra. Weasley e não iria faltar com sua promessa.
A ruiva se levantou e caminhou até ele. Este virou o rosto para mirá-la. O que não deu tempo. Ela levantara a mão e lhe dera um tapa. Não imaginava que ela era tão forte.
Lágrimas escorriam pelo rosto claro dela. Os olhos estavam meio vermelhos pela raiva e pelo choro. Harry sentia seu rosto arder. Poderia jurar que os dedos dela estavam estampados em sua pele. Levantou-se calmamente e olhou-a, entristecido.
- Perdoe-me, Gina. Mas você não pode ir conosco. – ele sentia a raiva emanando dela.
- Como pôde? Você falou que iríamos juntos até o fim só para que eu fosse até o seu cofre e o abrisse? – falou ela, com amargura.
- Não tive outra escolha. Eu disse a sua mãe que você voltava em três dias. - ele fez uma pausa – Hoje é a manha do terceiro dia e...
- As provas que eu lhe dei não são suficientes pra compreender que eu não sou indefesa? Você não reparou que quando eu treinava com o Rony eu estava no mesmo nível dele? – ela possuía raiva, muita raiva, e falava rapidamente como se aquilo estivesse engasgado a muito tempo – Eu sou forte Harry! Seus ancestrais disseram isso, você ouviu! – ela bateu a mão na mesa, agarrando a varinha dele, e a ergueu, ameaçadoramente.
Ele se afastou assustado, pois não esperava por aquilo. Com um movimento bruto da varinha, ele voou alto e entrou na sala, batendo contra Rony, que conversava com Hermione. Eles bateram na janela. Cacos de vidro se espalharam pelo chão. Hermione deu um grito alto e tampou a boca com as mãos. Gina correu até a porta que separava a cozinha da sala e deixou a varinha cair. Não acreditava no que via, não acreditava no que havia feito. Rony e Harry estavam caídos no chão, o primeiro com um corte no braço e, o segundo, com um corte na cabeça.
As duas garotas correram até eles, Hermione logo empunhava a varinha e cicatrizava o corte de Rony, que estava de pé. Porém, o caso de Harry era mais grave. Sangue escorria de sua cabeça e ele olhava para o teto, estranhamente, sorrindo. Gina se ajoelhou ao seu lado, com pavor nos olhos. Suplicava seu perdão, levantando-o.
- Quem deve lhe pedir perdão sou eu. – ele a olhou, ainda sorrindo, a voz pesada.
- Harry, deixe-me cuidar desse ferimento. – Hermione colocou a mão sobre a cabeça dele, tentando achar o corte.
- Perdoe-me, Harry. – Gina chorava.
- Fica calma, Gina. A culpa foi minha. – disse Harry, carinhosamente.
- Pronto. – murmurou Hermione depois de ver a cabeça do amigo limpa.
- O que aconteceu de verdade? – perguntou Rony mal-humorado.
- A Gina me lançou um feitiço. – Harry ainda a olhava.
- O que?! – Rony a olhou com repreensão.
- A culpa foi minha, já disse. – Harry o fitou, depois voltou o olhar para a amada – Você pode ficar, pode ir conosco.
- Como é que é? – Rony parecia não acreditar.
- Isso mesmo. – confirmou Harry – Ela é mais forte que eu pensava e acreditava. Isto foi uma prova.
- E, enquanto ela duelava com o Rony, eu pude notar que ela estava no mesmo nível de força que ele. Mesmo nunca tendo usado aqueles feitiços. – ponderou Hermione.
- Estranho, mas legal. – Gina sorriu e abraçou Harry.
- Vou ter que mandar uma carta aos seus pais agora. – disse Harry, chateado.
- Não se preocupe, eu me encarrego disso. – Gina o soltou e correu até seu quarto.
- Como é que você pôde fazer isso Harry? – perguntou Rony, baixo.
- Fazendo, oras. – o moreno se levantou.
- Limpa! Reparo! – Hermione limpou os cacos de vidro a concertou a janela – Fica calmo, Rony. Ela é bem forte mesmo.
- Mas isso não muda nada. – Rony cruzou os braços.
- Deixa de ser chato Rony! – gritou Hermione, indo pro quarto também.
- O que deu nela? – Rony olhou o amigo.
Ele não respondeu, olhou-o feio e foi para o quarto das garotas também. Rony olhou a porta se fechar.
- O que deu nele? – ele pensou mais um outro e olhou para o alto – To falando com quem afinal? – caminhou até o seu quarto e se fechou lá dentro.
Enquanto isso, Gina já havia escrito a carta e a lia para Hermione quando Harry entrou.
- O que houve? – perguntou ela.
- Nada, seu irmão que é muito chato às vezes. – respondeu ele, sentando-se ao lado dela – Leia!
- Ok. – ela começou novamente.
“Olá mamãe e papai,
Ocorreu uma leve mudança de planos. Não irei para casa como o Harry falou. Vou com ele e com os outros. Tive que enfeitiçá-lo para conseguir isso. Não se preocupem. Eles todos já afirmaram que eu sou forte e que sei me defender. Mandamos notícias em breve.
Com amor,
Gina Weasley”
- Está ótima. – Hermione sorriu.
- Obrigada. Agora, como mandaremos? – Gina olhou para o amado.
Ele pensou um pouco, deu um sorriso bem maroto e estendeu a mão.
- Dê-me ela. – pediu.
- O que vai fazer? – perguntou Hermione, vendo Gina entregando a carta ao garoto.
- Já volto. – falou ele, aparatando em seguida.
- NÃO ACREDITO QUE ELE FEZ ISSO!!! – berrou Hermione, pulando da cama - Tenho certeza que esta lá na Toca agora.
- Não acredito! – murmurou Gina, raivosa.
=-=-=
Harry aparatara na frente da porta da casa dos Weasleys. Andou até a janela mais próxima e deu uma leve espiada. Molly e Carlinhos conversavam, a mulher estava em péssimo estado, muito pálida. Pelo que parecia o jovem ruivo tentava acalmá-la.
Harry se sentiu péssimo. Andou até a porta e enfiou a carta por debaixo da madeira, bateu e foi até a janela novamente. Carlinhos havia se levantado e caminhava tristemente até a porta. O moreno aparatou no momento em que a porta foi aberta.
- Mãe!
- O que foi, filho? – Molly ergueu-se e olhou o filho.
- É uma carta, e parece que quem a deixou aqui foi um dos “fugitivos”. – falou ele, indo até a mãe.
- Dê-me essa carta então. – ela retirou a carta das mãos dele e leu em voz alta.
- Não acredito! – pronunciou Carlinhos após ouvir-la.
- Muito menos eu. – falou Molly com lágrimas nos olhos – Gina não volta. Como eles podem levar a minha filha para a guerra?!
- Acalme-se mãe. – Carlinhos a abraçou – Eles sabem o que devem estar fazendo.
- Seu pai tem que saber sobre isso. – falou ela, energicamente.
- Sobre o que eu preciso saber? – Arthur estava entrando pela porta naquele exato momento.
- Que sua filha não volta! – respondeu ela, indo até ele.
- Como?! – ele se surpreendeu, contava em vê-la em casa para se animar.
- Isso mesmo. Harry não a trará de volta! – Molly abraçou-o, contendo as lágrimas.
- Como soube? – ele a consolou.
- Ela mandou uma carta. – ela entregou a carta ao marido.
Ele se separou dela e começou a ler. Carlinhos se aproximou e pôs a mão sobre o ombro da mãe.
- Impossível. – exclamou Arthur, sem querer acreditar.
- Mas é verdade. – Carlinhos falou desanimado.
- Porém, ainda temos um palpite de para onde eles irão. – disse Arthur, mais animado – Godric Hollow! – ele foi até a mulher e lhe deu um beijo na testa – Vou cuidar para que a Ordem esteja lá quando eles chegarem.
- Perfeito! Também irei! – Carlinhos correu até o meio da sala e pegou a varinha.
- Se vocês dois vão para a Ordem. Não sou eu quem ficará aqui sozinha. – Molly deu um leve sorriso.
- Então vamos. – falou Arthur.
=-=-=
- Harry, eu vou te matar!
- Só se eu não o fizer antes! – a ruiva pulou da cama, avançando no garoto.
- O que eu fiz? – perguntou ele, abobado, fugindo das duas.
- Você aparatou lá na Toca? Como pôde dar bandeira desse jeito?! – falou Hermione com as mãos.
- ACALMEM-SE!!! – Rony estava na porta e parecia muito irritado.
- Não grite com a gente Ronald Weasley! – gritou Gina de volta.
- Da para vocês dois pararem de gritar? – perguntou Hermione tão alto quanto os irmãos.
Então, como de costume, Rony e Hermione começaram uma discussão. A única diferença era que Gina estava envolvida. Harry olhava tudo aquilo com espanto. Os três jovens estavam gritando uns com os outros. Logo iriam começar um duelo com magia avançada.
O moreno enfiou a mão no bolso segundos antes dos outros fazerem o mesmo. Rony apontava a varinha para Gina e seguia apontando para Hermione, Hermione apontava para Rony e seguia apontando para Gina e a ruiva apontava a varinha para Hermione e seguia apontando para Rony. Harry viu sua varinha nas mãos de Gina novamente, então se colocou no meio dos três e gritou:
- PAREM AGORA!
Eles o olharam e arregalaram os olhos. Os olhos verdes de Harry estavam mais vivos que nunca e os detalhes das suas vestes brilharam intensamente. Os três olharam uns aos outros. A cor dos olhos de cada um estava mais vivo também, suas varinhas faiscavam e os detalhes de suas vestes brilhavam. Os três largaram as varinhas rapidamente e ficaram se olhando até que as vestes e os olhos voltassem ao normal.
- O que foi isso? – Gina ainda olhava as vestes.
- Foi a magia das vestes, lembra? Godric e Morgana falaram que elas possuíam poderes. – Hermione se abaixou e pegou a varinha, guardando-a.
- Bom, pelo menos agora vocês pararam de brigar. – falou Harry mal-humorado, pegando sua varinha.
- Por que a gente começou a brigar? – perguntou Gina confusa.
- Eu te lembro, Rony gritou contigo e você gritou com ele, então a Hermione gritou com você e com ele. Daí vocês começaram a gritar mais ainda. – Harry enfiou a varinha no bolso e saiu do quarto.
- Harry! – falou Gina antes dele sair, mas ele não voltou.
- Que merda, não queria brigar com ele. – Hermione se sentou na cama.
- Muito menos eu. – Gina saiu do quarto.
- Hermione... – Rony a olhou – desculpa por ter gritado.
- Não foi nada Rony, eu também tava estressada. – ela sorriu, puxou um livro e começou a ler.
- Que livro é esse? – o ruivo se aproximou e sentou ao lado dela.
- É algo bem interessante, mas acho que é impossível. – falou Hermione mostrando o livro.
- “O Controle dos Elementos.” – leu Rony – Ah Hermione, pode ser possível sim. – ele sorriu.
- Me convença. – ela mostrou-lhe a língua e pegou o livro de volta.
- To sem argumentos. – ele ergueu as mãos brincando.
- Será que a Gina conseguiu acalmar o Harry? – ela olhou para a porta aberta.
- Você conhece a minha maninha, claro que conseguiu. – falou Rony marotamente, pegando um livro de feitiços que estava sobre a escrivaninha.
=-=-=
- Harry!
Ele não respondeu.
- Perdoe-me, ok?! – Gina ficou de frente para ele – Eu não queria brigar, juro.
- Acalme-se. – pediu ele, abraçando-a – Está tudo bem, até eu me estressei. Ver a senhora Weasley naquele estado me deixou mal.
- Como assim, Harry? O que a minha mãe tem? – Gina se soltou dele, apavorada.
- Não aconteceu nada de ruim. Ela só está com medo que algo aconteça a você e ao Rony. – ele a abraçou novamente.
- Como ela está exatamente? – Gina se aninhou no colo dele.
- Deprimida, pálida. Parecia que estava doente. – contou Harry, triste.
- Não se culpe. – Gina o olhou nos olhos – Não tinha como você impedir o Rony e me impedir.
- Convencida. – desdenhou ele.
- Tenho minhas artimanhas. – disse ela, marotamente.
Ela puxou-o pela nuca e o beijou com carinho.
=-=-=
- Enfim você chegou!
- Acalme-se. – pediu o sábio bruxo para o jovem – Cumpriu sua missão?
- Claro! – ele estava eufórico – Ele virá em menos de cinco dias.
- Por que essa demora? – o bruxo caminhou pelo cômodo, se sentando numa poltrona – Você sabe muito bem que cada minuto que perdemos com o teinamento dele são vidas perdidas na guerra.
- Como o senhor sempre diz, acalme-se! – disse jovem, risonho, sentando-se em outra poltrona – Ele precisa ir a Godric Hollow. Verificar se há algum vestígio da morte dos pais. Eu estarei lá, para cuidar de sua proteção.
- Perfeito. Vá até lá e cuide dele. – o bruxo já ia se esquecendo de algo – Ele irá com os amigos e com a amada?
- É quase certeza que sim. Ele não se separa deles nem por decreto. – falou o jovem tentando manter a conversa descontraída.
- Não brinque com coisa séria garoto! – o bruxo lançou-lhe um olhar gélido – Isto pode ser mal. Ele deve caminhar para o treinamento final sozinho.
- Eu não creio que ele irá sem eles. – ponderou o jovem rapidamente – Agora, se o senhor me der licença, tenho que investigar sobre o novo capanga do Severo Snape. – dito isso, o jovem se levantou e caminhou até a porta.
- Espere! – falou o bruxo, levantando-se – Não acha que é o...
- Tenho quase certeza. Ele falou algo que me deixou à beira da certeza. – o jovem abriu a porta – Volto em breve, com o garoto. – e saiu.
O bruxo caminhou até a lareira que ardia em chamas, olhou o movimento do elemento, tristemente.
- O que será que eu fiz? Merlim, o que eu fiz para ter de lutar contra um filho meu? – ele se sentou na poltrona novamente e afundou-se em suas lembranças mais ocultas.
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