MONITORIA
MONITORIA
- SENHOR, SENHOR!!! CHEGOU A CARTA!!!! VOCÊ TAMBEM RECEBEU? – gritou Lestrange enquanto adentrava ao quarto onde Tom estava deitado lendo.
- Não, para mim ainda não chegou nada... – Disse o menino se levantando para ver a carta na mão do amigo.
- Mas está chegando!!! OLHE!!! Lá longe! É uma coruja, não!?
- Creio que sim! – disse Tom feliz abrindo a janela do quarto.
O quarto ano do menino Riddle passara rápido e cheio de pequenos incidentes, alunos que amanheciam com dores pelo corpo e hematomas, outros que acordavam em lugares diferentes de onde foram dormir, alunos amedrontados que não sabiam se quer o por que de tanto medo. Nenhum deles acusou Tom e nenhum professor sequer desconfiou do garoto. Nenhum exceto Dumbledore. Mas o que um velho professor sem provas podia fazer contra o aluno favorito de todos os outros mestres inclusive o diretor?
Tom estava passando as férias na casa de seu amigo Lestrange. Nem se dera ao trabalho de aparecer no orfanato, pois achava que não sentiriam a falta dele, assim como ele não sentia a falta de lá. Também não fora, como era de costume, à loja do Sr Burke. Desta vez, não tinha nada lá que podia interessá-lo. Ele achava que tudo que tinha para aprender com o velho já fora aprendido e os livros do local, por mais interessantes que fossem, não chegavam aos pés do diário de Grindewald que ainda não terminara de ler. Além do mais, na casa dos Lestranges, livro é o que não faltava. Assim como na casa dos Blacks, havia uma enorme biblioteca que o senhor Tudor Lestrange, pai de Vincent Lestrange, não exitou em liberar integralmente ao menino Riddle.
- Quando iremos ao Beco Diagonal? – perguntou Tom enquanto abria a sua carta.
- Não sei... Tenho que falar com papai, mas acho que podemos ir ainda amanhã se o senhor quiser.
- Seria bom... fale com ele, peça para irmos o quanto antes possível.
Enquanto falava, terminara de abrir o envelope de Hogwarts e abriu um soriso quando retirou o que tinha dentro. Um distintivo com um grande M e o símbolo da Sonserina estava caído na cama na qual estivera deitado até então.
- UAU!!! Monitor!!! Bom, pensando bem não é lá uma grande surpresa, não é mesmo? Você é o melhor aluno da escola desde que entrou, não se podia esperar outra coisa... – Disse Vincent.
- Realmente... Isso é bom... Significa que nossas reuniões ficarão ainda mais tranqüilas, uma vez que não teremos que nos preocupar com os monitores... – Disse Tom alegre.
- Verdade... Certo, parabéns!!! Mas irei ver com o papai quando será possível irmos ao Beco Diagonal. Pedirei, se possível, para irmos amanhã. – disse Lestrange, retirando-se do quarto.
Monitor... Mais do que facilitar suas reuniões, isso lhe daria poder perante os demais alunos, não que já não tivesse, mas aumentaria sensivelmente. Qualquer forma de poder era bem vinda. O garota estava muito feliz.
O pai de Vincent concordou com o pedido e, no dia seguinte pela manhã, os dois garotos estavam se encaminhando ao Beco Diagonal, acompanhados pelo senhor Lestange.
- Meninos, façam as compras necessárias. Eu irei até o Gringotes, tenho assuntos importantes a tratar lá... Parece que terei que comprar um cofre novo, os outros estão cheios. – Disse o senhor, rindo.
Tom não sabia se era uma piada ou se era verdade. Imaginar que alguém tinha tanto dinheiro a ponto de encher mais de um cofre era, no mínimo, irritante para alguém que tinha que contar os nuques que tinha no bolso para comprar o material escolar.
- Eu irei com o senhor. Tenho que retirar minha bolsa-auxilio de Hogwarts. – Disse Tom a contra gosto.
- Não seja bobo, menino. Acha que apenas o senhor Black quer ter participação no seu futuro brilhante? É lógico que não. Guarde aqueles trocados para um sorvete ou algo assim e deixe que Vincent pague seus livros, vestes e o que mais for necessário. Deixei dinheiro suficiente com ele.
- UAU senhor, muito obrigado. – agradeceu Tom feliz.
- Não é nada, menino. Na verdade, encare como o sr Black lhe disse... É uma aposta para o futuro, se não puder ter orgulho do que meu filho se tornará, ao menos poderei ter por você. Ah, e antes que me esqueça, parabéns por se tornar monitor – Disse o senhor, apontando para o distintivo preso às vestes do menino antes de dar as costas aos garotos e ir em direção ao Gringotes.
- O senhor ouviu, não!? TOMAR SORVETE!!! – disse Vincent rindo e correndo até a sorveteria acompanhado por Tom.
Podia ser estranho, para quem conhecesse o garoto Tom, soubesse de suas idéias, pensamentos e grupo de amigos, vê-lo correndo feliz para tomar sorvete. Mas a verdade é que por mais que ele tivesse idéias grandes, um poder gigantesco, fosse motivo de pavor para muitos meninos e tivesse pensamentos muito complexos até para a maioria dos adultos, ele ainda era uma criança... Um adolescente, ou um menino, o que fosse, mas de fato tinha seus 15 anos, era novo e ainda tinha prazer em coisas que todos os meninos dessa idade têm, mas a pergunta é: Até quando?
Após comprarem tudo o que precisavam, incluindo vestes novas, livros, ingredientes e mais sorvete, Tom e Vincent foram até a loja do Sr. Burke. Ainda que lá não fosse mais importante para o menino, não seria bom abandonar totalmente a conexão com o velho dono da loja. Ele já fora útil algumas vezes, quem sabe não voltasse a sê-lo?
- TOM!!! MENINO! Achei que tivesse morrido! Nunca demorou tanto a vir aqui! O que aconteceu? – Perguntou o Sr. Burke, feliz ao ver Tom entrando pela porta da frente acompanhado por Lestrange.
- Lord Voldemort, por favor. – Disse Riddle seco.
- Ah, sim... – Riu-se o sr. Burke – Vejo que achou o novo nome, não? E já o está usando... Já está famoso também?
- Não... Digamos que em processo de... – Disse Tom.
- Mas então, por que não veio me ver antes?
- Fui direto para a casa dos Lestranges... – falou Tom, apontando para Vincent com a cabeça.
- Ahh, sim... preferiu o luxo, não é!?
- Bem... – disse Tom sem jeito.
- Não precisa ficar envergonhado. Eu também preferiria... Mas e os estudos? Continua lendo o diar...
- Sim! E por favor, não comente isso em voz alta. Você mesmo me disse para tomar cuidado com essas coisas. – Cortou Tom com medo que Vincent descobrisse de onde ele vinha tirando seus aprendizados.
- Ah sim, desculpe-me. Pensei que tivesse contado a ele, afinal você dá aulas aos garotos, não?
- Dou aula, mas eles não precisam saber de onde tiro o conteúdo delas.
- Tem razão, menino... Digo... Lord Voldemort. – disse o sr Burke, novamente rindo.
Ria, não poderá fazer isso novamente da próxima vez que nos virmos. – pensava Tom irritado.
- Bem, temos muito o que fazer.. ainda não compramos o material. Só passei para dar um oi e para que não me achasse um ingrato. – mentiu Tom, já irritado com o rumo da conversa.
- Mas nós já com... – disse Vincent.
- VAMOS INDO! – cortou Tom novamente.
- Ah, certo. Desculpe. Adeus, sr. Burke. Até mais ver.
- Até mais ver, garotos. Se precisar nas próximas férias, sabe onde me encontrar. – comentou o velho para Riddle. – Ah, e antes que eu me esqueça, parabéns. Esse distintivo no seu peito não é para qualquer um... Pode pegar algo como presente.
Para não parecer mal agradecido, correu até uma estante qualquer e retirou o primeiro livro que encontrou. Não queria ficar mais tempo em presença do sr. Burke.
O Sr. Burke achava graça na atitude do garoto, achava que era apenas uma fase que não tardaria a passar. Ele pensava que essa mania de grandeza, por mais que justificada em alguns pontos, não duraria para sempre. Acreditava que, por maior que Tom viesse a ser, e certamente seria muito, não insistiria nessa bobagem de: Lord Voldemort.
Como estava enganado... Mal sabia ele que esta “fase” duraria mais do que ele próprio. Não podia imaginar que, futuramente, o único modo de se dirigir seguramente a esse pequeno garoto sem chamá-lo de Lord Voldemort seria como Lord das Trevas ou AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO.
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N.A
Um cap meio chato e parado, mas necessario.. precisava fazer um cap onde Tom se tornava Monitor e precisava mostrar como ele conseguia se deligar de alguem sem se importar, mesmo alguem que fora tao util a ele....
Espero q estejam gostando.... O outro cap nao deve demorar mto....
Beijos e abracos e COMENTEM!!!!! ehuehuehueiheu
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Gabriel Gebara
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