IMORTALIDADE
IMORTALIDADE
- Vocês todos deviam se espelhar nesse garoto. Ouçam o que eu digo! Tom será grande! Nunca vi alguém com tanto potencial. E eu não costumo errar! Em dez anos, cinco se continuar com essa habilidade de bajular as pessoas certas, Tom será conhecido por todos! – comentava Horace Slughorn em um de seus encontros do clube do Slug.
- O que é isso, professor? Se for para se espelhar em alguém, que se espelhem no senhor! – respondeu Tom puxando o saco.
E eles se espelharam. A cada dia que passava, o grupo de amigos de Tom só fazia aumentar. Meninos e meninas do mesmo ano e dos outros, passaram a seguir o garoto. As aulas que o menino dispensava aos seus colegas já não mais podiam ser realizadas no dormitório e passaram a ser ministradas na sala precisa, local que Tom descobrira há alguns dias enquanto procurava pistas da câmara secreta.
- A maldição Cruciatus tem como objetivo causar dor intensa em seu adversário. Existem várias formas para causá-la – dizia Riddle. – mas a principal delas é o ódio. Quando conjuramos a Cruciatus com verdadeiro ódio, vemos que o nível de dor causado é gigantesco. Já quando a lançamos tendo raiva justificada ou quando buscamos vingança por algo amado, o sofrimento não é intenso e sua duração é pequena. Ou seja, para lançarmos essa maldição, temos que realmente querer causar a dor, pelo simples prazer de assistir seu inimigo contorcendo-se em agonia. Não precisa ser muito inteligente para perceber que o ódio é muito mais poderoso que o amor. Por isso, ressalto a vocês, como já fiz inúmeras vezes, que se livrem desse sentimento inútil.
- Mas senhor, o professor Dumbledore diz que a magia mais poderosa do mundo é o amor. – questionou um garoto do sexto ano.
- Por isso ele é um reles professor. Se ele soubesse o que diz, seria um bruxo verdadeiramente grande. – Disse Tom com raiva.
- Mas ele é um dos maiores bruxos da atualidade. – volta a questionar o menino.
- CRUCIUS – gritou Tom, apontando a varinha para o garoto.
Se a sala não fosse magicamente protegida contra a propagação de sons, o castelo inteiro teria escutado os gritos do menino, que se retorcia no chão em franco desespero.
Ninguém moveu um dedo sequer para evitar que a tortura continuasse. Todos os presentes observavam a cena como se fosse apenas um exemplo prático dado em sala de aula. Não deixava de ser.
Com um displicente movimento da varinha, Tom fez com que a maldição fosse interrompida.
- Continua achando que o amor pode ser mais poderoso que isso, Troy? – perguntou Riddle, de forma sarcástica.
- Não, senhor... Desculpe-me, fui idiota. – Disse o loiro, ainda caído no chão.
- Certamente que foi. Alguém mais tem alguma dúvida? Não? Bom, espero que pratiquem. Não posso lhes dar detenções, como fazem os professores de verdade, mas tenho minhas formas de punir aqueles que não levarem a serio o que acontece aqui. Relembro-os de que não devem comentar com ninguém sobre nossas aulas e tenho certeza de que nenhum de vocês será tolo o suficiente para tal.
Os empenhos para achar a câmara secreta continuavam, todavia Tom não estava tendo nenhum êxito.
- Nada. Nem uma cobrinha, nem um pequenino detalhe sequer do símbolo da Sonserina. – Comentou Lestrange para Tom, enquanto jogava-se em uma cadeira exausto na sala comunal da Sonserina.
Riddle e seus amigos já haviam buscado na maioria das salas de aulas, em cada canto do salão comunal, em todas as passagens secretas que conheciam. Já haviam adentrado alguns metros na floresta proibida, mesmo com os protestos de medo de cada um dos garotos, com exceção de Tom.
- Senhor, já parou para pensar que talvez a câmera secreta seja apenas uma estória? Sabe, uma lenda? – disse Vincent.
Quem ouvisse essa conversa, pensaria que o garoto era maluco, no mínimo. Chamar um amigo de classe, com quem já dividia dormitório por quatro anos, de senhor? Coisa mais sem fundamento. Não para Tom. Desde que voltara para Hogwarts, só aceitava ser chamado de senhor, Lord ou Voldemort. E os outros meninos nem ousaram argumentar contra. Eles aceitaram de imediato. Tom sempre fora superior e nenhum deles era idiota o suficiente para não obedecer.
- Não é uma lenda! E não se atreva a repetir isso. Meu antepassado me deixou uma missão, a qual eu cumprirei. Se você é fraco demais para me ajudar com ela, talvez queira se juntar ao insignificante do Fudge. – Disse Tom irritado.
- Perdoe-me, não foi minha intenção. Só estou achando muito difícil.
- Então supere-se! Esforce-se! E faça o mesmo nas aulas em que ensino a vocês a verdadeira magia! Seu desempenho tem caído, e muito.
- Farei o possível. – Disse Lestrange se retirando para o quarto.
“Nem se ele fizer o impossível. São todos uns inúteis, não há ninguém que preste”. – Pensava Tom.
Riddle continuava o leitor voraz que sempre fora, continuava o melhor aluno e o mais querido pela maioria dos professores, exceto por Dumbledore.
Ninguém conseguia entender o por quê de o professor de Transfigurações não se encantar pelo simpático órfão tão promissor e dedicado com os estudos. Tom, contudo, não tinha dúvidas sobre os motivos. Deixara escapar muita coisa quando conheceu o velho bruxo e, com isso, até hoje o professor o vigiava. Apesar de nunca admitir, sentia-se amedrontado com isso. Não estava acostumado a ter alguém que o enfrentasse, mas não seria um mero professor que o atrapalharia. Ou seria?
- Tom, posso falar com você um minuto? – Disse Dumbledore ao final da aula de Transfiguração.
- Claro, professor. – respondeu o garoto indo até o professor.
Dumbledore esperou que todos os outros alunos saíssem então contornou sua mesa e parou em frente ao menino.
- Sabe Tom, ontem aconteceu algo a um garoto do sexto ano chamado Troy. Você o conhece, não? – perguntou Dumbledore, displicentemente, enquanto limpava as lentes dos seus óculos.
- Sim, senhor. Ele é da Sonserina também. – disse Tom, como se não houvesse importância na informação.
- Sim, ele é. Ele foi à enfermaria reclamando de dores no corpo, dizendo que estava dolorido. Você sabe o por quê disso? – Perguntou o professor, olhando profundamente nos olhos do garoto.
Tom sabia o que ele estava tentando fazer. Dumbledore estava tentando usar a Legilimência nele. Não daria certo, há muito ele já dominava a Oclumência.
- Não consigo nem imaginar, senhor. – respondeu firmemente o menino.
- Hum, certo então. Apenas por precaução gostaria de lembrar-lhe que magia negra e algumas maldições como a Cruciatus, por exemplo, são proibidas nesta escola. Como lhe disse uma vez, existem leis no mundo mágico e elas devem ser respeitadas. Não temos aqui, um armário no qual eu possa atear fogo, mas certamente você é capaz de entender uma mensagem apenas por palavras, não?
- Entendo completamente qualquer mensagem. Entretanto, senhor, não vejo sentido nesta uma vez que sei de tudo o que disse, professor.
- Que bom que sabe, Tom. Pode ir. – dispensou o professor com um leve sorriso.
O diário de Grindewald era, de longe, a melhor fonte de informações sobre magia que Tom já tivera em sua vida. Ele o lia toda noite antes de dormir e sempre descobria algo novo que o fascinava. Mas nada chamou tanto a atenção do garoto quanto o que lia esta noite.
Horcruxes; A imortalidade.
Tom releu o título da página que se iniciava mais de duas vezes para, enfim, conseguir assimilar o que aquilo significava.
A vida eterna! Viver mais que o tempo. Vencer as barreiras da morte, ser tanto quanto um deus.
Desde que começara a se interessar por magia negra, a imortalidade fora o ponto que mais o atraia. Afinal, se não pudesse ser morto seria o mais poderoso dos bruxos.
Começou a ler o capitulo do diário.
“Há anos, sei que, para me tornar o bruxo mais poderoso de todos os tempos, tenho que alcançar a longevidade eterna, ser imortal. Venho pesquisando maneiras de superar a morte e, até agora, encontrei três. Infelizmente, cada uma delas se mostra menos adequada do que a outra. A primeira, que é talvez a mais imprópria, é o uso do sangue de unicórnio. Digo que é imprópria por que não traz a vida eterna de forma verdadeira, ela apenas evita que a pessoa morra por mais doente que esteja. Além desse problema, há também que se levar em conta que aquele que bebe o sangue de um unicórnio leva uma vida maldita, pois como dizem: Tirou a vida de um ser puro.
Outra forma de se aumentar o tempo na Terra é com a Pedra Filosofal, que produz um elixir da vida. Este elixir fornece longevidade a quem o bebe. Um fator contra o elixir é que apenas estaremos prolongando nossa existência superficialmente, pois se morrermos de modo súbito, como por exemplo, um Avada Kedavra, uma decaptação ou algo assim, o elixir não impedirá. Ele é apenas uma forma de nos manter imortal perante os anos da vida.
A última forma que encontrei, aliás muito recentemente, foi a Horcrux. Uma magia negra de extrema dificuldade em ser realizada. Digo isso por experiência própria, pois já tentei duas vezes e até agora não obtive êxito, mas a dor foi gigantesca.
A Horcrux consiste em dividir a alma e esconder um pedaço dela em algum objeto previamente preparado com um feitiço receptor.
Mas como se divide a alma?
Na teoria é algo simples. Basta cometer o ato supremo da maldade, ou seja, assassinar um ser humana. Ao matar alguém, é gerada uma ruptura na alma, fragmentando-se. Deve-se, então, aproveitar essa brecha para separar o fragmento de alma do corpo. Para isso, deve-se fazer como quando retira-se um pensamento para a penseira. Com todo seu poder negro deve-se desejar que o pedaço de alma saia. Depois disso, coloca-se o fragmento de alma no objeto escolhido.
Como eu disse, parece simples, mas não é. Eu, que já coleciono mortes e atos de maldade em minha longa vida, ainda não obtive êxito em tal tarefa. Não sei onde estou errando, mas agora que paro para pensar creio que talvez tenha sido melhor assim. Não se pode esperar que romper a alma não traga nenhum problema. Ela foi feita para permanecer no corpo, imaculada e inteira. É antinatural o que buscamos, basta pesar o lado bom e o ruim e fazer a escolha.
Continuarei buscando outras formas, assim como continuarei minha missão para dominar o mundo bruxo. A magia negra vence todas as coisas e vencerá, inclusive, a morte.”
Despedaçar a alma. Seria isso algo tão horrível assim? – pensava o garoto após terminar a leitura do capitulo. – Certamente que não. Mesmo que traga coisas ruins, o que se obtém é inigualavelmente superior a qualquer coisa. Na busca pela vida eterna não se pode medir barreiras. – acreditava Tom.
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NOTA DA BETA!!!!
Bernardo, Feba, Carina Monteiro, Rafael Marvolo, Lee Harume, Thali Pakua, José Vitor, Rugero e Sarah Neves: Obrigada pela força, pelo carinho e pelo tempo que vocês dedicaram ao parar e ler a fic! A opinião de vocês faz com que queiramos melhorar sempre. Continuem lendo e comentando.
NOTA DO AUTOR!!!!
Eh isso ai pessoal, faco minha as palavras de minha beta linda!!!!!
E INCLUO UM FELIZ NIVER ALESSANDRA!!!!!!!!! PARABENS PRA VC, lallalalal la la la!! iuehiuehiuehueihiuehiuehueih CAP DEDICADO A TI!!!!!!!!!
SEJA FELIZ!!! SE CUIDE!!!! E NUNCA ME ABANDONE!!! EIUHEIUHEIUUEUEH
VALEU PESSOAL!!!
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Gabriel Gebara
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