GRINDEWALD
Grindewald
O terceiro ano de Tom em Hogwarts passou extraordinariamente rápido. Mais uma vez foi o aluno com as melhores notas. Mais uma vez foi o aluno mais querido dos professores e, como era de se esperar, mais uma vez causou medo em outras crianças. Ele e sua turma já não eram mais apenas garotos bobos com idéias malucas. Não que um dia Tom tenha sido realmente um garoto bobo, mas agora suas idéias se mostravam mais claras. Passaram de pequenas brincadeiras de mau gosto para verdadeiras torturas com os mais fracos. E, como antes, ninguém conseguia provar nada contra ele.
Tom passou de colega a professor. Ensinava seus amigos modos mais eficazes de trazer o medo, aprimorava nos seus colegas a crueldade e, com isso, o respeito que todos tinham por ele crescia. E era disso que ele mais gostava.
Riddle estava percebendo a utilidade de ter amigos, não no sentido literal da palavra, talvez a palavra mais adequada fosse “seguidores”. Começava a ver que talvez devesse tê-los em mais abundância. Estava certo de que muitos gostariam de ter essa chance uma vez que não eram poucos os que o bajulavam. Alguns buscando ajuda em alguma matéria, outros procurando proteção. Ou seja, enfim a população Sonserina estava vendo que ali estava alguém a quem deviam seguir.
Quando o trem chegou à estação, Riddle estava decidido a não retornar ao orfanato. Não lhe importava se a senhora Cole aprovaria ou não. Simplesmente iria direto para a Travessa do Tranco, onde pretendia hospedar-se, mais uma vez, com o Senhor Caratago Burke. Caso este não permitisse, daria outro jeito. Talvez fosse para casa de um de seus colegas. Tinha certeza de que eles não se atreveriam a dizer não a ele.
Ao chegar à loja do senhor Burke, Tom surpreendeu-se com a porta fechada. Atitude estranha, considerando-se que era dia e todas as lojas encontravam-se abertas.
Tom resolveu ver se havia alguém lá dentro. Tentou enxergar algo pelas frestas da porta e pôde ver que havia algum movimento no local. Ao prestar mais atenção e colocar o ouvido na porta, pôde constatar que realmente havia alguém lá, no mínimo duas pessoas. Sabia que, para a porta estar trancada no meio do dia, só podia ser algo muito importante para o senhor Burke. Mas não se importou, o velho senhor não escondia nada dele. Resolveu bater na porta.
Após alguns segundos, a porta foi aberta pelo próprio senhor Burke, que aparentava estar assustado.
- Garoto!? O que faz aqui? A cada ano chegando antes. – comentou o senhor surpreso.
- Incomodo? – Perguntou Tom fingindo educação.
- Não chegou na melhor hora, mas não há problemas. Vamos, entre.
- O senhor não estava sozinho, não é?
- Deu para ser xereta agora, foi?
- Não é isso, é que ouvi vozes.
- Ouviu é? Hum. Estou ficando velho e talvez maluco. Estava falando sozinho. – disse o velho de modo pouco convincente.
- Ah, sim. Creio que sim. – Disse Tom, percebendo que não devia insistir no assunto. – Mas então, posso ficar aqui? A cada ano letivo que se passa, vejo que minha permanência naquele orfanato torna-se mais impossível.
- Compreendo. É, vejo que não tenho opção, não é? Já veio de mala e tudo o mais. Mas me conte, como foi o ano no colégio, estudou muito? – Perguntou o senohr não muito interessado.
- Ah, sim. Obtive, novamente, as melhores notas. – Disse Tom presunçoso
- Não estou falando disso, menino. Quero saber se estudou o que realmente importa.
- Ah, sim, claro. Não podia ser diferente. Estou ensinando um pouco a alguns amigos meus.
- Como assim? Não lhe disse que não devia contar a mais ninguém? Que deveria apenas manter entre nós dois? – Perguntou Burke irritado.
- Acha que sou idiota? Sei disso. Contei apenas ao Black, Crable e Lestrange. Sei que eles não serão tolos de darem com as línguas nos dentes. Sei também, que os pais deles são muito ligados às artes das trevas.
- Quieto! Não fale isso. Você sabe que pode causar problemas falando disso assim.
- Você mesmo disse que estamos sozinhos aqui. Ou devo entender que há mais alguém a quem não me apresentou? – perguntou Tom desconfiado.
- É claro que não, menino. Não seja idiota. – retrucou o Senhor Burke, irritado. – Mas, como eles se saíram? Demonstram talento?
- Não passam de idiotas. Lestrange ainda tem alguma habilidade, mas os outros não são lá grande coisas. São muito medrosos. Acredita que eles temem Grindewald? – Disse Tom rindo.
- Ah, sim. E devo entender por isso que você não o teme? – Disse o senhor Burke sarcástico.
- É claro que não! Ele está longe, e não é realmente poderoso. Se fosse, aterrorizaria à distância, apenas com a menção de seu nome. – Disse Tom displicente.
- Acha mesmo, garoto? – disse uma voz rouca vinda do fundo da loja, onde costumava ser o quarto de Riddle enquanto estava lá.
Tom se surpreendeu, mas não demonstrou medo, ao ver à sua frente um rosto já conhecido através de inúmeras fotos de jornais. À frente de Tom, estava nada mais nada menos que o mais temido bruxo da atualidade: Grindewald.
- Isso por que estávamos sozinhos, não é? – Disse Tom sarcástico ao senhor Burke. – Sim senhor, acho. – disse Tom encarando o bruxo à sua frente.
- Incrível! É a primeira vez, em anos, que alguém não se aterroriza em minha presença. É um garoto muito corajoso, ou talvez um tolo. – Disse o bruxo das trevas. – Pois então, devo entender que me considera fraco?
- Não fraco, apenas acho que poderia ser mais poderoso, senhor. – disse Tom formalmente.
- Entendo. Quer dizer que crê que serás mais poderoso do que eu?
- Sim, certamente que o serei. – Disse Tom confiante.
- És presunçoso. Gosto disso. Há pouco, conversava com Burke e ele me falou sobre você. Disse-me que tens habilidade, talento e o principal: sede de poder. Não sei ainda sobre o talento e a habilidade, mas quanto à sede de poder, vejo que ele não exagerou em nada. Eu podia e devia, te matar por tanta ousadia, mas sabe, vejo que seria mais interessante fazer outra coisa. – Comentou o bruxo das trevas enquanto media o garoto.
- Outra coisa, como o quê, senhor? – Disse Tom indiferente à ameaça de morte.
- Talvez algo pior que a morte. – Comentou sorrindo Grindewald.
- Não há nada pior que a morte. Pois, com ela, em mais tempo ou menos tempo você acabará esquecido. – falou Tom como se discutindo um ponto interessante durante uma aula de poções.
- É o que acha? E se fores grande? Grande como nenhum outro jamais foi.
- Ainda assim, serás esquecido. Um dia aparecerá outro maior. Por isso, um bruxo realmente poderoso deve ser imortal. Para garantir que será o maior para sempre.
- Você me assombra menino. E olhe que isso não é fácil. Gostaria de ter você ao meu lado. Não agora, ainda não me é útil. Mas posteriormente, quando acabar a escola. Poderei ensinar-lhe muito. Quem sabe futuramente governemos a Alemanha juntos? – Disse Grindewald caindo na gargalhada logo depois.
- É, quem sabe. – Assentiu Tom.
- Você o está ensinando direito, Burke? Esse menino tem futuro, ser-me-á de muita valia!
- Na verdade, já não tenho mais o que ensiná-lo. – comentou o velho senhor.
- Imagino que não. Infelizmente, não tenho tempo para ensiná-lo, menino. Quem sabe mais para frente. Creio que és autodidata, não? É próprio dos gênios. Tenho algumas anotações que fiz pela minha vida à fora. Nelas, conto um pouco da minha vida, meus feitos. Como um diário, compreende? Deixá-lo-ei para você. Cuide bem dele, afinal apesar de grandioso, ainda é só tinta e papel. – Disse o bruxo enquanto tirava um livrinho do bolso da capa e entregava a Tom.
‘’ ainda é só tinta e papel.” - Realmente, pensou Tom, se o bruxo fosse tão grandioso assim suas memórias seriam dignas de algo melhor que um monte de folhas velhas.
- Muito obrigado, senhor. Fico feliz pelo presente. – Agradeceu Tom.
- Não pense nisso como um presente. É mais um investimento. Agora tenho que ir. Obrigado pela conversa, menino. Até mais, Burke. Depois eu o recompensarei pelos artigos arranjados.
E sem dizer mais nada, com um giro da capa, desaparatou.
- Menino, você tem sorte. Podia ter morrido hoje, mas conseguiu agradar ao maior bruxo das trevas da atualidade.
- Ele é burro. Não devia me dar essa chance. Poderei e serei maior que ele. Um bruxo de verdade dever ser temido e, para isso, não pode ter misericórdia, como ele teve comigo. – Disse Tom com desprezo.
- Nunca vi alguém mais mal agradecido do que você. Ele não só te poupou a vida, como te deu um tesouro, cuide bem dele! Agora vá preparar seu quarto. Desta vez, trabalhará de graça para mim, só pela cama e comida. Já ganhaste um presente grande demais, não precisa mais de meus livros.
Tom assentiu e retirou-se para seu pequeno quarto enquanto pensava no ocorrido. Acabara de estar frente a frente com o bruxo considerado o mais temido do mundo e não sentiu nada. Realmente, aquilo seria muito pouco para ele.
Após arrumar suas coisas no quarto, Tom retornou para ajudar a arrumar as estantes da loja e como não podia deixar de ser, aproveitava para dar uma olhada nos livros. Interessou-se por um e o abriu. Logo na primeira pagina lia-se:
Nicolas Flamel
Ordem de Merlim primeira classe, grã-chefe do grupo dos alquimistas da Grã Bretanha, indicado ao prêmio de bruxo do ano 13 vezes, vencedor do mesmo 12 vezes, primeiro e único a produzir a pedra filosofal.
Tom ficou parado, encarando aquela página por um bom tempo, até ser chamado a realidade pelo senhor Burke.
- Ei, menino! Pirou? Você lê mais rápido que isso. Já está há 5 minutos na mesma página.
- Ah, sim. Estou imaginando como deve ser legal ter seu nome reconhecido por grandes feitos.
- Mas não é você quem vive dizendo que serás assim? – ironizou o velho.
- Sim, e o farei. O problema é o nome.
- Ah, esse problema novamente? Escolha outro, sei lá. Invente um.
- Inventar como!? Do nada? A partir de agora, me chamem de João Grandão! – satirizou Tom.
- Está certo, João Grandão. Você é mais inteligente do que isso. Pois invente algo melhor. Por que não mistura as letras do seu nome, tipo um anagrama? - Sugeriu rindo, o senhor Burke.
- DDLER SOELOVR MOT? Parece-me um pouco difícil de pronunciar, não acha? – disse Tom aborrecido,
- Não seja tolo. Procure algo que faça sentido. Tens inteligência suficiente para fazer feitiços não verbais aos 14 anos. Não é possível que não consiga inventar um nome!
Apesar de tudo, Tom gostou da idéia. Dividiria seu tempo em ler o diário de Grindewald, praticar feitiços e inventar um nome para si próprio. Agora, era questão de tempo para nascer o nome mais temido de todos os tempos.
NA: EU SEI!!! ME PERDOEM!!!! DEMOROU!! FOI!!!! MAS ME DESCULPEM... desculparam? Alias, tem alguem ai? ieuheiuhe
Eh... nada do que eu falar fara com que o cap seja postado antes do q foi... entao nao vou ficar perturbando.. em suma ocorreu pq estive fora do brasil e sem mto saco pra escrever.. mas agora td mudou e tals e prometo voltar a atualizar frequentemente, como sempre fiz!!!!
Espero que gostem, nao acho que esta assim tao bom, mas... serviu para desenferrujar ieuhueiheihe
Abracos, comentem!!! e ate mais!!!
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Gabriel Gebara
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