FERIAS



FERIAS
Era um dia claro e bonito e que não se assemelhava em nada com o humor do pequeno Tom naquela manhã. Mais uma vez, o garoto passara a noite quase toda acordado, lendo sobre famílias bruxas. Desde sua reunião com o professor Slughorn no clube do Slug, o garoto dedicava-se exaustivamente a pesquisar sobre a origem do nome Riddle no mundo mágico. Para seu desapontamento, não encontrava nada.

Provavelmente, os livros que não eram suficientemente completos. Com certeza, logo acharia algo. – pensava o menino com raiva.





-Tom, você já leu praticamente todos os livros sobre famílias bruxas que tem em Hogwarts. Já nos fez perguntar a nossos pais, e aos nossos conhecidos se alguém conhece o sobrenome Riddle, e todos disseram a mesma coisa: que não, que nunca ouviram falar nele. Não acha que está na hora de aceitar que seu pai era trouxa? – perguntou Lestrange receoso.

- Vicent, o que você e seus pais não sabem é o suficiente para provocar a total estupidez no mundo bruxo e no trouxa. E ‘’quase todos os livros’’ está bem longe de ser TODOS OS LIVROS. – respondeu Tom de uma forma rude e fria.

Mas com a chegada de dezembro, Tom teve que acabar concordando que Vicent Lestrange talvez estivesse certo. Lera tudo o que tinha disponível na biblioteca a respeito de famílias e até conseguira com o diretor Dippet uma autorização para procurar nos documentos da escola. E, em nenhuma vezinha sequer, o nome Riddle fora mencionado.

- É, Lestrange, dessa vez você estava certo. Acho que Tom Riddle era mesmo um trouxa imundo. Mas isso não quer dizer que eu seja um também! Afinal, em minhas veias, queiram ou não corre sangue mágico! – comentou Tom com uma incrível fúria.

- Certamente que sim, Tom! E, além disso, sua mãe pode ter sido bruxa não é mesmo?! – disse Vicent tentando conter o menino.

-É lógico! Ela deve mesmo ter sido bruxo! Passarei a buscar pelo nome Servolo! E nunca mais me chame de Tom. Para mim esse nome imundo morreu! – Disse Tom determinado.

A partir desse dia, nenhum dos membros da Sonserina ousou chamar o menino pelo seu nome de batismo. Tom Riddle passou a ser chamado apenas de Servolo. Entretando, tal atitude não se estendeu ao professores, que continuavam a chamá-lo de Tom, uma vez que desconheciam o profundo ódio que o menino nutria pelo próprio nome. E, para Riddle, não seria conveniente todos na escola conhecessem seus sentimentos.

A rotina de ler livros sobre famílias bruxas voltara mais uma vez. Contudo, agora procurava por alguma pista que levasse o garoto a descobrir suas origens maternas.

Essa rotina estendeu-se por um longo período de tempo. Chegara o verão e com ele as férias e o final do ano letivo. Isso significava que, independentemente de querer ou não, Tom deveria voltar ao orfanato.




- Mas, senhor Dipped, eu não gosto de lá. Não há como eu ficar aqui? Seria excelente para os meus estudos. Eu poderia aprofundar-me muito mais com a escola vazia. Com certeza, seria muito mais fácil me concentrar. O orfanato em que vivo é um lugar horrível. Todos me odeiam! – pediu Tom, com urgência na voz, ao saber que seria obrigado a voltar ao orfanato.

- Perdoe-me, Tom. Sei que gosta muito daqui, mas não há nada que eu possa fazer. Afinal, a escola estará fechada e sem nenhum professor, não posso deixá-lo aqui sozinho. Certamente você deve sentir saudades de alguém de lá, assim como eles devem sentir de você. E nem será tanto tempo assim, menino. Aproveite suas férias! Você não precisa de mais estudos. Pelo que vi em suas notas, você teve o melhor desempenho dos últimos anos. Igualou-se ao do professor Dumbledore em sua idade, que foi um dos melhores alunos de Hogwarts. Você obteve 100% em todas as matérias!

- Mas, professor... – voltou a pedir o garoto.

- Perdoe-me Tom, mas já está decidido. Por mais que eu queira, não tenho como ajudá-lo. – disse o professor em tom de quem encerra a conversa. Levantou-se e saiu de sua sala sendo seguido por um Tom de cabeça baixa.




- E ai Servolo, conseguiu? – Perguntou Avery curioso.

- Não! Aquele babaca não me deixou ficar aqui. Terei que voltar para aquelas pessoas de sangue imundo.Ao menos, levarei o máximo de livros que eu puder, para continuar minhas pesquisas. Ah! Mas tenho certeza de que voltarei de lá com as respostas sobre minha família.


- Só podemos torcer por você. – disse Claudius desanimado.




A viagem para Londres foi incrivelmente triste para Tom. Praticamente não conversou com os garotos. Só deu atenção aos colegas quando chegaram à estação, onde Riddle fez questão de cumprimentar e conversar com cada uma das famílias de seus “amigos”.

-Bom garoto esse. Muito esperto e adorável. Boa amizade para o meu filho. – pensou cada um dos familiares de seus colegas.

Ao sair para a parte trouxa da estação, Tom viu a Senhora Cole parada em um canto, parecendo meio confusa. Certamente, a responsável pelo orfanato se perguntava onde seria a tal plataforma 9 e 1/2.

Tom não esperava vê-la lá. Achava que teria que se virar para voltar ao orfanato, mas a visão da mulher transmitiu a Tom algo que ele não esperava: sentiu nojo.

- AH! Olá, Tom. Há quanto tempo, garoto! Você cresceu bastante, hein?! Afinal de contas, onde fica essa plataforma de onde você veio? Eu não consegui achá-la de forma alguma. – comentou feliz, a Senhora Cole.

- Ah, fica mais ao fundo da estação. – mentiu Tom.

Ambos caminharam até um ponto de ônibus e, após algum tempo, entraram em um ônibus que os levaria para a pequena cidade de Small Village. Durante todo o trajeto, a diretora do orfanato fez perguntas a Tom sobre a escola. E o menino as respondia com mentiras e sem paciência.




A visão do orfanato foi, para Tom, como um gigantesco balde de água fria caindo em sua cabeça. Ele tinha saído de Hogwarts, um incrível castelo mágico, com comida da melhor qualidade. Um lugar não o olhavam com nojo e tinha voltado para o orfanato, onde passara os piores momentos de sua vida. Isso seria o suficiente para deixar qualquer um decepcionado.

Assim que entrou no orfanato, Tom correu para seu quarto, buscando evitar qualquer um dos seus antigos conhecidos. Lá chegando, ficou feliz em constatar que ninguém ousara hospedar-se em seu quarto, o qual continuava como sempre fora. Muito provavelmente, as crianças ainda tinham medo do quarto do menino anormal.

Tom passou a maior parte dos dias lendo, pesquisando e tentando, a todo custo, obter respostas sobre sua família materna. Todavia, os dados de que dispunha eram muito pouco precisos. Sabia apenas o nome do seu avô, mais nada. E os livros que tinha, não se mostravam suficientes para ajudá-lo.

O convívio no orfanato ficava mais difícil a cada dia, pois agora, mais do que nunca, Tom odiava cada membro daquele lugar. Resolveu, então, ir ao Beco Diagonal. Tinha mesmo que comprar seus livros escolares. E lá, ao menos, não seria maltratado. Além de poder descobrir algo sobre seus antepassados.



Ao chegar a Londres, Riddle se dirigiu ao Caldeirão Furado. Entrou no bar de aspecto estranho e sentiu-se estranhamente bem ao lembrar-se de que os trouxas imundos não podiam ver o pub. Ah! Como era bom estar entre seus iguais. Cumprimentou com um aceno de cabeça o dono do bar e caminhou em direção aos fundos do estabelecimento, onde ficava a entrada para o Beco Diagonal.

Felizmente agora, Tom poderia fazer isso sozinho. Não suportava a idéia de ficar dependendo de alguém. Tirou sua varinha do bolso e, dando leves batidas nos tijolos certos, a parede começou a se abrir, como da primeira vez que fora lá.

Mesmo já tendo visto isso antes, Tom não conseguiu deixar de se admirar. Aquele lugar era incrível, assim como tudo que envolvia a magia.

Tom não demorou a fazer todas suas compras. Tinha a ajuda de custos recebida ao final do ano letivo e, como da primeira vez, teve que comprar seus materiais de segunda mão. Mesmo já tendo feito tudo que precisava, resolveu dar uma passada na loja do Senhor Burke. Há tempos queria conversar com ele sobre os livros que lhe foram dados.

Chegou lá rapidamente, e encontrou o velho senhor sentado, examinando algumas adagas com estranhos formatos. Ao entrar, a sineta da porta tocou, tirando o Burke dos seus afazeres.

- Oh, olá! Que boa visita. Esperava mesmo que você retornasse. – comentou o dono da loja, com um olhar de visível alegria.

Tom não gostava de ser considerado previsível, mas, ainda assim, manteve-se educado.

- Sim, voltei. Li todos os livros que o senhor me deu e aprendi muito com eles. Vim aqui porque quero entender mais sobre a magia negra. Percebi que ela é realmente muito mais poderosa do que qualquer outra espécie de magia que eu vi na escola.

- Certamente que é garoto. E o que você sabe dela não é nem a metade. Existem artes negras ainda muito mais poderosas, capazes de matar de forma imediata e de lhe dar a vida eterna! – Falou o Senhor Burke excitado .


- A vida eterna? Quer dizer, ser imortal!? – Perguntou Tom impressionado.

- Sim, ser imortal!

- E o senhor é? – perguntou com assombro na voz.

- Não, eu não... é necessário muito poder para isso, não é algo fácil para se fazer.

- Um dia eu conseguirei isso! – Comentou Tom determinado, mais pra ele próprio do que para o sr Burke.

- É isso ai garoto!
Mas, se não me engano você veio aqui também buscando algo, novos livros talvez? – disse o senhor astutamente.

- Sim, eu queria mesmo novos livros...

- E se não me engano não tem dinheiro para comprá-los, certo?

- Certo...

- Dessa vez eu não os darei pra você... Mas você poderá te-los, se me ajudar na loja, o que acha?

Humm não era assim uma idéia ruim, ganharia os livros, ficaria mais tempo longe dos trouxas do orfanato, e aprenderia bastante.

- Certo, eu topo! – disse Tom feliz.

- Ótimo! Você me ajudara aqui com os afazeres básicos da loja, todos os dias ate a sua ultima semana de férias, em troca darei a você alguns livros, e certamente você aprendera muita coisa enquanto trabalha. Tem um quarto no fundo da loja, você pode usá-lo. Começara amanha de manha. Ate lá!

- Ate.




Tom voltou ao orfanato e disse a Sra Cole que passaria um tempo na casa de um amigo da escola, voltando somente na ultima semana de férias, como isso significava uma boca a menos para alimentar, e Tom era o garoto que mais metia medo nos outros a Sra Cole aceitou de imediato.

Riddle adorou essa idéia, aprenderia muito em uma loja de magia, ainda ganharia alguns livros, e lá, certamente, de alguma forma, descobriria sobre sua origem.








NA: Não sei se esta bom... mas é isso ai... eiuheuihe Espero que estejam gostando, continuem lendo e comentando!!!
AHHH gostaria de agradecer por desta fez ter conseguido ficar um tempo decente na top 10 da semana!!! Iuehuehe

Ah, eu sei que Tom Riddle comecou a trabalhar apenas depois de formado em hogwarts, mas isso nao eh um trabalho propriamente dito, eh soh um meio que eu arranjei pra coloca-lo mais ligado as artes das trevas.

Beijões.

[email protected]

Gabriel Gebara

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