ENFIM HOGWARTS
ENFIM HOGWARTS
Indiferente. Esse era o melhor modo para caracterizar aquele dia que nascia. Não era bonito e não era feio, não estava calor, mas também não estava frio. Apenas uma coisa o tornava especial, era dia primeiro de Setembro. O dia em que Tom embarcaria para Hogwarts, para um novo mundo e também para uma nova vida.
Desde que voltara do Beco Diagonal, Riddle passava todos os dias, e também as noites, lendo. Com isso aprendera muito. Coisas incríveis e inimagináveis. Em seus livros escolares lera sobre feitiços para consertar objetos que se quebrassem, sobre plantas incríveis e sobre a história desse novo mundo e dessa nova escola. Mas de tudo o que lera o que mais o impressionou foi, certamente, o que viu nos livros dados pelo senhor Burke. Como o velho havia lhe dito, a magia negra era capaz das coisas mais poderosas. Havia relatos de poções poderosíssimas, maldiçoes fatais, feitiços para causar dor e controlar as pessoas. Era um absurdo isso não ser ensinado na escola – pensava Riddle.
Riddle sempre odiou a todos no orfanato, achava-os idiotas e inferiores. Mas desde sua visita ao Beco Diagonal, passou a odiá-los ainda mais, se é que isso era possível. Isso porque, além de inferiores, idiotas e indignos de confiança eram, também, o pior de tudo: eram TROUXAS.
Tom, como qualquer pessoa que não conheceu seus pais, sempre pensou muito em como eles eram e no por quê de não estarem com ele. Sabia que sua mãe havia morrido ao seu nascimento e sabia que seu pai tinha o mesmo nome que ele. Fora isso, o passado de sua família era desconhecido. Mas agora, conhecendo o mundo dos bruxos, certamente descobriria algo sobre sua família. Afinal era provável que um deles também tivesse sido bruxo, principalmente o seu pai. Sua mãe havia morrido, o que praticamente descartava-a, pois um bruxo poderoso certamente seria capaz de vencer a morte – pensava o pequeno garoto.
Tom levantou-se praticamente de madrugada. O trem partiria às 11 horas da plataforma 9 e meia na estação de King Cross em Londres. Para estar lá no horário teria que sair do orfanato no máximo às 8h. Não que fosse uma tarefa impossível, já que já havia arrumado todo seu material no dia anterior, mas a excitação não o deixava dormir. Tom estava ansioso como nunca antes estivera.
Após tomar um banho e arrumar-se, o garoto desceu para a cozinha, onde se deparou com a Senhora Cole.
- Bom dia, Tom. Já acordado? Aposto que é porque está ansioso, certo? – Perguntou bondosa a Senhora Cole.
- Sim, senhora... E estou com fome...
- Sente-se, então. Vou preparar algo para você.
A senhora começou a preparar um café com algumas bolachas.
- Sabe Tom, fico muito contente que esteja tendo essa oportunidade. É a chance de você se tornar alguém na vida! Mas espero que saiba que estarei aqui sempre que precisar. Não despedisse essa chance...
Ele não desperdiçaria.
Tom chegou à estação de King Cross exatamente às 10h da manhã. Teria uma hora para achar a plataforma e se acomodar no trem. Rapidamente colocou suas malas em um carrinho e foi procurar pela plataforma, mas teve uma surpresa. Não existia plataforma 9 e 1/2. Lá estava ele, ao lado da plataforma 9 e da plataforma 10, a 9 e 1/2 deveria ser entre elas!
Riddle ficou por alguns momentos estagnado, olhando para a parede sólida e esperando que algo acontecesse, mas nada aconteceu. Se ficasse ali sem fazer nada, por mais cedo que tivesse chegado, perderia o trem.
Maldito Dumbledore. Esquecera-se de mencionar algo – pensava Tom.
Aconteceu bem rápido. Tom viu uma família com uma menina pequena deslocar-se em direção à parede entre as plataformas e sem mais explicações sumiram.
Decidiu fazer o mesmo.
Devagar, Tom caminhou em direção à parede sólida até aproximar bastante o carrinho. Então o empurrou contra a parede e para seu espanto ela cedeu!
Sem pensar mais, tomou alguma distância e correu em direção à parede. Estava chegando perto, atravessaria a em alguns segundos. Será que doía bater a essa velocidade na parede de tijolos?
Mas antes que tivesse uma resposta, Tom viu-se em uma nova plataforma, apinhada de gente com malões e uma grande locomotiva vermelha, próxima a uma placa onde se lia: PLATAFORMA 9 E 1/2.
Lá estava Tom. Conseguira achar a plataforma, agora não havia mais dúvidas. Era verdade, ele embarcaria para outro mundo. Seu coraçãozinho saltitava com um sentimento que ele não conhecia muito bem. Seria orgulho por ter chegado lá? Vontade de se provar? Não, isso ele conhecia... Seria, talvez, felicidade?
Dentro do trem, Tom não tardou a encontrar um compartimento vazio. Colocou seu malão no bagageiro e sentou-se com um livro, à espera da viagem.
Pouco tempo se passou até que o trem começasse a andar. Mais alguns minutos passaram e alguém abiu a porta da cabine onde Tom estava.
- Olá. Vamos ficar aqui. – claramente não era um pedido, era uma ordem.
Tom parou de ler seu livro e encarou os garotos que adentravam seu vagão. Eram três, mas não eram grandes ou fortes, nem mesmo aparentavam serem muito inteligentes. Entretanto, não parecia que estivessem acostumados a serem desobedecidos. Provavelmente vinham de famílias ricas.- pensou Tom.
- Vocês ficarão aqui se, e somente se, eu autorizar. – Disse Tom, mas de uma forma tão cortante e firme que ninguém em perfeita consciência desobedeceria.
Via-se naquele vagão um menino com vestes de segunda mão, e com livros igualmente velhos e surrados, mas aquelas ordens foram ditas com tamanha força que nenhum dos garotos pensou em descumpri-las.
- Perdoe-nos. Podemos ficar aqui? Os outros compartimentos estão lotados... – adiantou-se para falar um garoto de cabelos negros e feições duras.
- Humm, sem problemas.
Por mais que lesse e estudasse, Tom não tinha conhecimento prático do mundo bruxo. Sendo assim, viu ali um modo de aprender muito mais.
- Qual é seu nome? - perguntou o garoto a Tom
- Tom Riddle. – respondeu seco.
- Chamo-me Vincent Lestrange. Aqueles são Claudius Avery e Orion Black – apresentou o garoto enquanto apontava para o maior e mais forte menino do grupo e para um outro com rosto bonito, cabelos negros e olhos da mesma cor.
- Prazer em conhecê-los. – disse Tom por educação.
- Nunca ouvi falar em Riddle – comentou o garoto com sobrenome Black – é sobrenome trouxa? – perguntou o garoto com cara de nojo.
Tom gostou disso. Não era apenas ele quem não gostava desses trouxas, mas não poderia dizer que vinha de uma família deles, resolveu omitir-se.
- Não sei, não conheci meus pais, sou órfão e criado pelos trouxas imundos.
Aparentemente essa frase agradou a todos os outros garotos. Tom podia não ser rico, ou até mesmo não ser bem nascido, mas odiava trouxas e os achava inferiores. Certamente foi o suficiente para conquistar a simpatia dos garotos.
- Já sabe em que casa gostaria de ficar? – Perguntou Avery
Tom lera sobre as casa de Hogwarts no livro que comprara com o dinheirinho que sobrara: Hogwarts, uma história. E não tinha duvidas sobre a qual pertenceria, SONSERINA.
- Sonserina, certamente. – respondeu Tom confiante.
- Boa escolha, é sem duvidas a melhor!!!!
Passaram o resto do tempo conversando sobre amenidades. Tom estivera certo ao pensar que eram garotos de famílias ricas, todos de sangue-puro. Seriam ótimos para introduzir Tom ao mundo bruxo.
Já estava escuro, quando a porta da cabine tornou-se a abrir.
- Pessoal, se troquem que estamos chegando. – disse um garoto com um distintivo no peito.
Eles se trocaram e esperaram. Tom estava prestes a conhecer Hogwarts, o local com que ele vinha sonhando há algum tempo.
O problema de se ter muita expectativa por algo é que normalmente acabamos nos decepcionando. Mas não foi isso que aconteceu com Riddle. Cada descrição que lera sobre a escola agora vinha a sua mente e se mostrava inteiramente ridícula. Nenhuma delas conseguira sequer aproximar-se de Hogwarts real.
Era um castelo gigantesco e incrível, com grandes torres e centenas de janelas cintilantes ao luar. Era perfeita de mais para existir. Sentia-se no ar o poder da magia que ela guardava e o simples fato de olhá-la era de um prazer quase doloroso.
- Bonita, não é? – Comentou Lestrange ao ver Tom de boca aberta.
Com certeza esse garoto não era muito inteligente – pensou Tom. – Classificar aquela visão como bonita era no mínimo ridicularizá-la. Mas ainda assim concordou com um aceno de cabeça
- Primeiro ano comigo!!! – gritava um homem de aparência selvagem.
Os alunos do primeiro ano acompanharam o homem e se viram diante de centenas de barquinhos. Entraram neles, conforme mandava o homem e magicamente puseram-se a navegar em direção ao castelo.
N.A e ai gente, tao gostando? espero que sim...
esse cap foi dificil de escrever... principalmente pq nao sabia quem poderia ter estudado com o tom...
conversando com outros autores cheguei a conclusao de que seria o pai do avery, o pai do lestrange, o pai de sirius ( mas ele nao fara parte dos futuros comensais...), murta, uma amiga dela citada no livro, Minerva ( estara no ultimo ano e tom no primeiro), Hagrid, Barto pai, e mais alguns que eu inventarei.... se alquem souber de mais personagens me de um toque...
abracos e ate mais!
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Gabriel Gebara
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