ALVO DUMBLEDORE
ALVO DUMBLEDORE
Pouco mais de um mês havia se passado, desde o dia dos estranhos incidentes envolvendo Tom e mais duas crianças na praia. Faltavam poucos dias para o pequeno Riddle completar 11 anos.
É comum à todas as crianças a euforia tomar-lhes conta da cabeça ao se aproximarem seus aniversários. E nisso, também, se diferenciava Tom. Ao contrário de todas as pessoas de sua idade, ele não ligava para seu aniversário. Para ser bem realista, ele até odiava essa data. Chegava a ser compreensível o porquê disso: Tom nunca teve uma festa de verdade, e também nunca ganhou um presente decente.
Por ser muito pobre, o orfanato não tinha como proporcionar uma festa para cada um dos órfãos. Então, quando era aniversario de algum deles, os amigos se reuniam e cantavam um parabéns na hora do jantar. Mas como Tom não tinha amigos, passava seu aniversário sempre sozinho. Quando possível, o orfanato dava um uniforme novo ao interno. Tom odiava os uniformes, os via como uma marca de inferioridade, e ele não suportava ser inferior. Nascera para comandar.
Faltavam três dias para Tom completar 11 anos. Ele estava em seu quarto lembrando-se do mês anterior, de como amedrontara aqueles idiotas. Lembrava-se também do dia em que conversou com as cobras. Sempre gostara desses animais, finos como um dedo, mas eram mais poderosos do que o dedo de um Rei.
Tom já descobrira outras habilidades. Além de falar com cobras, comandar e amedrontar pessoas, ele descobriu, também, ser capaz de mover objetos apenas com o seu querer.
TOC TOC
Do nada , Tom foi retirado de seus pensamentos. Alguém batia à sua porta.
- Tom? Tem uma visita para você. Este é o senhor Dumberton... desculpe, Dunderbore. Ele veio lhe dizer... bem, vou deixar que ele mesmo diga. – Falou a Senhora Cole com voz pastosa e foi saindo do quarto sem conseguir manter o corpo a 90 graus exatos.
Dumbledore, Tom logo percebeu, era uma pessoa diferente de qualquer uma que ele já havia visto. Não porque usava um terno cor de ameixa, nem por que tinha barbas e cabelos anormalmente compridos de cor acaju, mas por aparentar uma presença extremamente forte. Certamente essa não era uma pessoa fácil de intimidar.
- Como vai, Tom? – perguntou o tal Dumderbore estendendo a mão.
Ainda inerte em seus pensamentos sobre a pessoa que lhe era apresentada, Tom hesitou um momento, mas acabou por aceitar a mão.
- Sou o professor Dumbledore. – Anunciou o velho senhorr com um sorriso no rosto.
-Professor? Como um doutor? Ela trouxe o senhor para me examinar? – Perguntou Tom de modo acusatório, enquanto apontava para a porta por onde a Senhora Cole acabara de sair.
-Não, não. – repondeu o tal professor ainda sorrindo.
-Não acredito no senhor. Ela quer que me examine, não é? Fale a verdade! – Perguntou Tom de forma enérgica, não sei deixaria examinar por um velho com cara de maluco.
- Quem é o senhor? – indagou novamente Tom.
- Eu já lhe disse. Meu nome é Dumbledore, e trabalho em uma escola chamada Hogwarts. Vim lhe oferecer uma vaga em minha escola, sua nova escola, se quiser ir. – Disse Dumbledore com bondade.
- O senhor não me engana! O hospício, é de lá que o senhor é, não é? ‘’Professor’’, é claro, pois eu não vou, entende? Aquela gata velha é que deveria estar no hospício. Nunca fiz nada a Amandinha nem ao Denis Bishop, e o senhor pode perguntar, eles dirão ao senhor.– Gritou Riddle pulando da cama.
- Eu não sou do hospício, sou professor, se você sentar e se acalmar, posso lhe falar sobre Hogwarts. É claro que se você preferir não ir, ninguém ira forçá-lo. – Continuou o velho sr, como se não tivesse ouvido as respostas grosseiras de Tom.
- Gostaria de ver alguém tentar – desdenhou Tom.
- Hogwarts é uma escola para pessoas com talentos especiais... – continuou Dumbledore.
- Eu não sou louco! – berrou novamente o garoto.
- Eu sei que não é. Hogwarts não é uma escola para loucos, é uma escola de magia.
Tom congelou, seria então essa a resposta para o porquê de seus dons, seriam eles magia?
- Magia? – Repetiu Tom meio abobado.
-Exato.
-É... é magia, o que eu sei fazer?
- Que é que você sabe fazer?
-Muita coisa – sussurrou Riddle excitado. – Sei fazer as coisas se mexerem sem tocar nelas. Sei fazer os bichos me obedecerem sem treinamento. Sei fazer as pessoas sentirem dor, se quiser.
Tom a essa altura já tremia, estava maravilhado. Enfim descobrira o porquê de seus dons, e iria a uma escola, onde aprenderia como melhorá-los! Enfim, uma chance, uma chance de se tornar grande, tão grande quando se é possível imaginar.
- Eu sabia que era diferente. Sabia que era especial. Sempre soube que havia alguma coisa.
- Bem, você estava certo – Disse Dumbledore – Você é um bruxo.
Dumbledore já não mais sorria, encarava o menino, estudando-o.
- O senhor também é bruxo? –perguntou curioso
- Sou.
- Prove! – pediu Riddle energicamente.
- Se, como imagino, você estiver aceitando a vaga em Hogwarts... – Começou Dumbledore
-Claro que estou!
-Então, vai se dirigir a mim, chamando-me de’`professor`` ou de ``senhor``.
Tom não estava acostumado a levar broncas por falta de educação, e não gostava de receber ordens, mas não era nenhum idiota. Deveria se mostrar uma boa pessoa, não queria dar motivos ao bruxo para não gostar dele, apesar de já sentir que seus gênios não batiam.
-Desculpe-me, senhor. Eu quis dizer: por favor, professor, pode me mostrar...?
Dumbledore ficou quieto por um momento, mas então tirou de suas vestes um pedaço de madeira, apontou-a para o guarda roupas do garoto e com um aceno displicente este se incendiou.
Tom urrou, de fúria e choque. Todos os seus pertences estavam lá, e não esperava tamanha demonstração de poder.
Com a mesma rapidez que começou, acabou, as chamas sumiram e o guarda roupas permanecia intacto.
- Onde posso arranjar uma dessas? – Perguntou Tom cobiçoso.
-Tudo a seu tempo. – Respondeu Dumbledore.- Acho que tem alguma coisa querendo sair do seu guarda roupa.
De fato, ouvia-se chocalhando baixinho.
Nesse momento, pela primeira vez no dia, talvez até em sua vida, Tom teve medo. E odiou a sensação.
Como esse velho poderia saber? – pensava Tom.
- Abra a porta – Ordenou o senhor.
Ah! como Riddle odiava receber ordens.
Uma pequena caixa chocalhava.
-Tire-a daí. Tem alguma coisa nessa caixa que você não deveria ter? – Perguntou Dumbledore
Tom sabia que o velho já tinha a resposta, não adiantaria mentir.
- Suponho que sim, senhor.
-Abra-a.
Dentro da caixa estavam os troféus de Tom, o dedal de prata de Amanda, o ioiô de Denis e a gaita de boca de Carlinhos.
- Você os devolverá aos donos com suas desculpas – disse Dumbledore calmamente, tornando a guardar a varinha no paletó. – Saberei se fez isso. Em Hogwarts, não toleramos roubos.
- Sim, senhor.
- Em Hogwarts, ensinamos não apenas a usar a magia, mas a controlá-la. Você tem usado seus poderes, de certo, sem saber, de um modo que não é ensinado nem tolerado em nossa escola. Você não é o primeiro, nem será o ultimo a deixar que a sua magia fuja ao seu controle. Mas é preciso que saiba que Hogwarts pode expulsar alunos, e o Ministério da Magia, porque existe um Ministério, castiga os que desrespeitam as leis, ainda mais severamente. Todos os novos bruxos têm que aceitar que, ao entrar em nosso mundo, se submetem as nossas leis.
- Sim, senhor. – respondeu Tom tendo que se controlar para não brigar com o professor. – Não tenho dinheiro.
-Isso é facilmente remediável, há um fundo em Hogwarts para os que precisam de ajuda para comprar os livros e vestes. Você talvez tenha que comprar alguns livros de segunda mão, mas...
- Onde é que se compram livros de feitiços? – Perguntou Tom interessado.
- No Beco Diagonal. Trouxe a sua lista de livros e materiais escolares. Posso ajudá-lo a encontrar tudo...
- O senhor vai me acompanhar? – Perguntou Tom não gostando da idéia, afinal, não era dependente de ninguém.
- Certamente, se você...
- Não preciso do senhor, estou acostumado a fazer tudo sozinho, ando por toda a Londres desacompanhado. Como se chega a esse Beco Diagonal, senhor?
Dumbledore orientou Tom como chegar ao tal Beco Diagonal, e terminou dizendo.
-... no Caldeirão Furado fale com o dono, o nome é Tom, ele lhe ajudara, é fácil decorar, afinal, tem o mesmo nome que você.
Riddle fez uma careta ao ouvir seu nome, o odiava, era muito comum, até mesmo no mundo mágico tinha pessoas com esse nome, e um misero dono de bar.
-Você não gosta do nome ``Tom``? – perguntou Dumbledore, que percebeu a careta do garoto ao ouvi-lo.
- Tem muita gente com esse nome... – murmurou o garoto, não gostava da idéia de contar seus sentimentos a um estranho. – Meu pai era bruxo? Ele também se chamava Tom Riddle, me disseram.
- Receio não saber dizer – respondeu o professor bondosamente.
- Minha mãe não deve ter sido bruxa ou não teria morrido... – comentou Tom mais pra si mesmo. – Deve ter sido ele. Muito bem, depois de comprar o que preciso quando vou para Hogwarts?
- Todos os detalhes estão na segunda folha de pergaminho no seu envelope, você embarcara na estação de King`s Cross no primeiro dia de Setembro. Há também um bilhete de trem ai dentro.
Riddle assentiu. Dumbledore se levantou e estendeu mais uma vez a mão. Segurando-a, Riddle disse:
- Posso falar com as cobras. Descobri isso quando fui ao campo. No passeio, elas me chamavam, sussurram para mim. Isso é normal nos bruxos?
- Não é normal, mas existem ocorrências. – Disse Dumbledore com uma voz meio misteriosa - Até mais Tom. Verei você em Hogwarts.
Dumbledore virou-se e se retirou do quarto, deixando lá o garoto Tom Riddle mais feliz do que jamais se lembrara ter estado um dia.
Não somente descobrira o porquê de seus dons, mas também ficara sabendo que mesmo entre os bruxos ele teria um dom raro.
Iria para essa tal Hogwarts. Jogaria esse jogo. Faria o papel de bom garoto, afinal, sempre soubera fazer isso muito bem. E lá, conseguiria o que sempre buscou, se tornar grande.
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N.A E ai pessoal, blz? Sei la, esse cap nao foi dos mais legais, tanto para vcs como para mim... afinal, vcs jah leram praticamente td que esta ai no livro 6... e eu passei mo tempo copiando.. puta saco... mas eh logico q foi super importante esse cap pro resto da historia... e jah estamos chegando a hogwarts.,..
de qualquer modo, espero que estejam gostando, tanto quanto eu estou gostando de escrever...
eh isso ail.. soh terminar pedindo para comentarem, aceito ate comentarios do tipo: se eh um bosta e tem uma fic ridicula..
oq importa eh comentar iuhuehueiheiuhueheuiheuiheiueh
beijoes, muito obrigado a tds e ate mais...
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Gabriel Gebara
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