Outros Negócios
Meus sinceros agradecimentos a Sheri, Gardengirl, Chartreuse e Southern_Witch_69 concordarem em participar desse capítulo.
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Capítulo 11 – Outros Negócios
“O que você quer dizer com esse ‘nós estamos noivos’?”
“Por que outro motivo, Minerva, você pensa que eu estaria no meu escritório particular com a Senhorita Granger em meu colo, tentando realizar uma cirurgia de amígdalas com a minha língua?”
“Tenha piedade, Severo, não diga tal coisa. Esta situação é totalmente inaceitável. Você realmente espera que eu acredite que vocês estão noivos, só porque eu peguei vocês se beijando e se agarrando dentro da escola?”
“Nós já fizemos mais do que isso, Minerva, eu lhe asseguro.”
“Oh, não! Diga que isso não é verdade.”
“Pare de provocá-la, Severo.”
“Bem, nós fizemos mesmo.”
“Não ultimamente,” ela disse tristemente. “Olha, Professora McGonagall, eu sinto muito por a senhora ter descoberto desse jeito-”
“Não se desculpe, Hermione, ela deveria ter batido antes de entrar.”
“Eu bati, e três vezes. Quando foi que vocês supostamente ficaram noivos? No que vocês estavam pensando? Por que vocês mantiveram segredo? Quem mais sabe?”
Severo cruzou os braços e olhou desaprovadoramente para sua colega. “Nosso noivado foi formalizado a um tempo considerável. Preferimos manter nossos assuntos privados em particular. O conhecimento de nossas intenções permanecerá estritamente confinado aos interessados.”
“Espere só até eu contar a Alvo. Verei você ser jogado pelos portões desta escola ainda hoje!”
“Alvo sabe.”
Minerva lutou para permanecer de pé em sua posição mal-equilibrada contra a parede. Ela segurou-se à moldura da porta. “Hermione, diga-me sinceramente, ele a forçou a entrar nesse noivado?”
“Não, Professora. Eu o escolhi. Se alguém deve ser considerado culpado, esse alguém sou eu. Severo é um partido e tanto – desde que você consiga ver além do cabelo oleoso e da Marca Negra.”
Snape virou-se lentamente e dirigiu-lhe um daqueles olhares cortantes. “Você me faz parecer tão atraente, querida. Lembre-me de não deixá-la escrever minha lápide.”
“Desculpe-me Severo. Eu deveria ter dito que você é digno, distinto, desejável, perpetuamente inteligente e superior de todos os modos.”
“Isso servirá,” ele disse, satisfeito, e voltou-se para McGonagall.
”Falarei com Alvo imediatamente, vocês dois estão totalmente irracionais,” Minerva reclamou. “Eu não acreditarei nesta baboseira ridícula de noivado até ouvi-lo pessoalmente do Diretor. Não esperem presente de noivado da minha pessoa!” Ela marchou secamente do escritório e seus passos podiam ser claramente ouvidos nos degraus da escada e através do piso da sala de aula.
Snape fechou a porta com um movimento de sua varinha. Ele deu as costas à sala e olhou através de uma das janelas.
Hermione recostou-se na cadeira. Ela olhava para o chão. “Ninguém nunca acreditará que estamos juntos,” ela disse solenemente.
“Mais uma razão para não reveler nosso segredo. Quaisquer que sejam suas motivações para me conquistar, e eu descobrirei quais são, elas não devem valer toda essa...” ele falhou em encontrar a palavra adequada.
“Severo, você nao estava me ouvindo? Eu me esforcei para conquistar você porque você é tudo o que eu quero num homem.”
“Ah, sim," ele resmungou. "Um partido e tanto. Você parece ter esquecido meus intermináveis serviços ao Lorde Negro. Como isso aparece na sua escala de eligibilidade?”
“Isso não é uma coisa insuperável.”
“Então talvez você devesse me esclarecer. Qual você acha que seria a reação do Lorde Negro ao saber da minha associação íntima com a famosa amiga de Potter?”
”Eu espero que ele nunca descubra. Se ele descobrisse, você poderia dizer que foi uma tática sua para obter informações.”
Severo pensou por um momento. Ele pousou as mãos sobre a mesa e se inclinou para frente. E baixou a voz a um cuidadoso sussurro, “Então esperemos que ele nunca descubra.”
Esticando o braço, ele pegou um pacote embrulhado em papel marrom e amarrado com um cordão. Jogando-o para Hermione, ele disse, “Tome, Gudgeon mandou isso para você.”
Rasgando o embrulho, ela primeiro viu apenas um tecido negro. Parecia de boa qualidade, pesado e macio ao toque. Levantando-se, ela esticou a vestimenta e outros dois pedaços caíram no chão. Hermione juntou-os e colocou-os na mesa cheia, e se afastou por um momento para apreciar verdadeiramente o que era.
Ela olhou para Snape. “Eu acho que essas roupas são suas.”
Ele andou e parou atrás dela, acessando a roupa mui-familiar. Um terno negro longo e cheio de botões, obviamente feito sob encomenda, com calças bem cortadas e uma volumosa capa combinando.
“Não são minhas – são muito pequenas e abotoam à esquerda. Esse é o senso de humor de Gudgeon. Essas são suas vestes de negócios.”
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Hermione olhou o próprio reflexo. Ela estava realmente elegante. As calças tinham um corte ótimo e faziam-na parecer mais alta. Terminavam sobre suas botas negras e macias de couro italiano.
Havia demorado muito para abotoar todos os pequenos botões do terno. Ela permitiu que a gola de sua blusa branca vitoriana aparecesse através da abertura, tornando sua aparência mais feminina. Colocando a capa sobre um braço, ela saiu do dormitório em direção à Sala Comunal.
Harry, Ron e Neville estavam voltando do café. Ron a viu primeiro e ficou boquiaberto. Harry olhou na direção em que Ron estava olhando. Neville sorria.
“Aonde você vai vestida assim?” Neville perguntou, tentando conter a gargalhada.
“Você está virando gótica?” perguntou Ron.
Harry deu uma volta ao redor dela. “Roupa muito legal. Está indo a alguma entrevista?”
“Dificilmente,” ela respondeu, passando pelos meninos. “Convenção de Dickens. Estou lendo excertos de Conto de Duas Cidades a uma platéia de convidados ao meio-dia. Papai organizou. Melhor eu ir, não quero chegar atrasada.”
“Boa sorte, então, eu suponho.” Disse Ron. “Quebre a perna.”
“Obrigado.”
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Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos. Ela havia encontrado Snape além dos portões de Hogwarts e eles andaram em silencio na direção de Hogsmeade. Ainda que ela se sentisse muito feliz por estar indo a outras ‘viagem de campo extra-oficial’ com ele, ela se sentia um pouco mal e queria que ele apenas diminuísse um pouco os passos e dissesse o que estava chateando ele. Snape andava confiantemente, a capa flutuando atrás dele. Estava frio como em Janeiro, e Hermione tentava manter o passo logo atrás dele. A capa menor, porém idêntica fazia o que podia para flutuar com os passos, mas não se comparava à outra.
“Eu me sinto como o Frei Tuck nesta capa estúpida,” ela sussurrou na respiração rápida.
“O Xerife de Nottingham nunca teve que andar pela Escócia rural, eu posso assegurá-la,” murmurou Snape, andando em zigue-zague para desviar-se de algo. “Malditos buracos de coelhos! Sua capa é para disfarce, Hermione, não para embelezar. Tente ter a razão e a sensibilidade para compreender isso.”
"Não vestir-se para embelezar-se," ela repetiu, "É o seu dogma?"
“Suponho que conversar besteira é o seu, meu amor? Na verdade, acho essas capas práticas e o tecido é muito durável."
"O melhor da galáxia. A questão é: essa roupa é realmente necessária para uma aventura enormemente grande como essa?"
"É tudo que tenho em meu armário. Você está com um homem de gosto repreensível, não é? Elas são, entretanto, perfeitas para nossa viagem à área de Portsmouth.”
Hermione manteve-se em silêncio pelo resto do caminho seguindo Snape até a vila, desejando verdadeiramente, loucamente, profundamente que eles pudessem recuperar o clima de liberdade que eles tinham tido ao visitar a mãe dele.
Eventualmente, eles chegaram fora do Cabeça de Javali. Snape colocou a capa, cobrindo a cabeça e o rosto, indicando que ela fizesse o mesmo. Aberforth saudou a entrada deles com a cabeça e indicou uma sala nos fundos. Hermione gostou daquilo – parecia um encontro clandestino.
Eles viajaram pela velha lareira da rede de Flu do estabelecimento. “Still and West!” Snape falou, jogando o pó de flu no chão da lareira.
Hermione entrou na lareira quando ele desapareceu. Fechando a capa e juntando os cotovelos ao corpo, ela repetiu, “Still and West!”
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Still and West Public House ficava junto à area portuária desde o tempo em que a Inglaterra começara a mandar naquelas ondas. Hoje, modernos barcos navegavam por aquelas águas, junto de navios altos e outros barcos de lazer. Do mesmo modo que o Caldeirão Furado, o Still and West ligava o velho mundo ao novo, o mágico ao Trouxa.
Hermione saiu da lareira e limpou as cinzas das próprias roupas. Ar marítimo penetrou suas narinas junto ao odor de bebida derramada. O cheiro agridoce de vinagre de malte fê-la fazer uma careta.
Saindo para a rua de pedras, Hermione olhou através das águas do porto para onde uma centena de navios altos estava ancorada, seus mastros tentando tocar o céu. Eles poderiam ser de duzentos anos atrás, se não fossem os ocasionais navios Trouxas modernos que passavam. “Velha Portsmouth?” ela perguntou.
Ele confirmou com um aceno de cabeça. “Praça Bath, Ilha Spice, para ser mais exato. É quase impossível ir mais a sul de Hogwarts sem acabar na França.”
“Era para cá que os navios costumavam trazer suas especiarias para serem vendidas há muitos anos?” ela perguntou, acelerando o passo para poder acompanhá-lo.
“Infelizmente, não. Foi assim chamada devido aos bruxos da época, que lançavam feitiços aromáticos e espalharam rumores que as águas dessa parte da cidade era tremendamente inadequadas e sujas. Os Trouxas evitavam a área, o que deu à comunidade bruxa o anonimato que eles desejavam durante três séculos.”
Eles passaram por outra estalagem, a ‘Spice Island’, descendo uma rua e entrando numa outra com casas de quatro andares que davam para o mar. Snape parou em frente de uma delas e tocou a porta com a varinha. Uma placa de metal polido confirmava que eles estavam na ‘Residência Netuno’.
O hall de entrada era claro e arejado. Luz do sol entrava por largas janelas. O piso era de Madeira polida. A sensação geral era que a casa tinha um ar marítimo e acolhedor.
“O que você sabe sobre etiqueta de reuniões?” ele virou-se e perguntou para ela quando eles estavam subindo as escadas.
“Bem, eu nunca-”
“Como imaginei.” Ele soltou um suspiro e se inclinou, colocando um braço sobre o ombro dela. “Você sentará ao meu lado, colocará sua varinha sobre a mesa, à sua frente. Nenhum feitiço deve ser usado, sob nenhuma circunstância. Nem mesmo um Aguamenti. Se você quiser água, a secretária atenderá você.” Ele pausou e esperou pelo assentimento dela. “Davy estará conduzindo a reunião e apresentará você. Ele sem dúvida preparou alguma papelada para você ler mais tarde, de modo que você possa se inteirar dos quinze anos de negócios que perdeu. Tenho sido diligente em manter seu nome em todas as atas das reuniões. Imagino que os outros executivos ficarão surpresos ao vê-la aqui. Desde que eles foram contratados que você tem sido conhecida por eles apenas como: Sinto muito – H. Granger.”
Um relógio marcou as onze na sala de baixo. Snape pegou-a pelo cotovelo e guiou-a escadas acima. “Tente manter suas questões ao mínimo, pois queremos fechar a reunião para o almoço à uma hora. Prometo que explicarei quaisquer pontos que atraiam sua curiosidade insaciável após a reunião – de modo privado.”
Ele parou em frente a uma porta larga de madeira polida com fechaduras imaculadamente polidas, e tirou a capa dela e dele mesmo. “Pronta?” ele perguntou. Ela assentiu e ele abriu a porta cortezmente para ela.
A sala dos diretores era dominada por uma janela em arco com vista para o mar e por uma mesa de madeira tão larga que poderia ser virada de cabeça para baixo, acoplar um motor e navegar até a Bélgica. Cinco bruxas vestidas em diferentes estilos e de diferentes idades estavam sentadas ao redor da mesa e olharam quando os dois entraram.
Davy apressou-se a recebê-los. “Snape, você veio, e trouxe sua pequena Snape também,” ele disse, com um sorriso largo. Hermione apertou a mão dele e aproveitou a oportunidade para estudar seu rosto. Ele havia se tornado um homem bonito. A cicatriz no rosto conyinuava lá, mas havia clareado consideravelmente com o passar do tempo. Ele também estava estudando-a. “Meu deus, Hermione. O tempo foi bom para você, meu amor. Você não está diferente em nada do dia em que conheci você.”
Snape deu um passo à frente quando Davy chamou Hermione de ‘meu amor’ e retirou as mãos das dela. “Obrigado pela colaboração, meu amigo. Vejo que sua inteligência continua tão obtusa como sempre.”
Davy riu para si mesmo e virou-se para os ocupantes da mesa. “Devo apresentá-los a Hermione Granger, uma das donas e fundadora desta companhia.” Ele guiou Hermione para uma cadeira vaga antes de ir para o próprio assento na cabeceira da mesa. Ela seguiu o costume e posicionou a varinha ao alcance da mão à sua frente. Sentando-se ao lado dela, Snape fez o mesmo.
“Para benefício da Senhorita Granger, devemos fazer as apresentações. Onde está minha querida Geórgia? Ali está... Sunshine, você poderia começar?”
Uma bonita e jovem loira sentada do lado oposto da mesa deu um sorriso de boas-vindas a Severo, ignorando claramente Hermione. “Sou Sunshine Southern, a Bruxa do Sul. Gerente da Marca Vanity, baseada nos Estados Unidos. Meu trabalho é o de comercializar os Produtos Pégasus pelo mundo bruxo.” Ela abaixou a cabeça timidamente e falou num tom lento e macio, acentuando seu sotaque sedutor, “Olá, Sev, como você está?”
“Southern,” ele respondeu.
“Senhorita Celine Chartreuse,” anunciou a mulher sentada ao lado de Southern. “Executiva financeira. Trabalho deste escritório.” O cabelo dela era uma cascata de ondas cor de canela, que lembraram a Hermione um pouco de Ginny. Suas vestes decotadas mostravam uma ampla visão de seu colo enquanto um par de óculos caros emolduravam o rosto dela e davam-lhe a aparência geral que dizia: ‘Inteligente. Classuda. Geniosa’.
Hermione notou que Severo se remexia na cadeira e olhava para o chão. Interessante, parece haver uma história entre ele e a Senhorita Chartreuse.
A próxima bruxa falou, tirando Hermione de seus pensamentos. “Gigi, sou a responsável pelo desenvolvimento dos produtos. Baseada em Lancashire.” Ela tinha um sorriso sincero e o cabelo ruivo mais brilhante e selvagem que Hermione já havia visto. Ela estava vestida num jaleco de laboratório e tinha uma pena atrás de cada orelha. Definitivamente uma cientista.
“Wartcap,” disse uma bruxa velha e feia, apresentando-se. Ela tinha um sinal cabeludo na ponta do nariz e cabelo bagunçado verde saindo debaixo do seu chapéu de bruxa alto e preto. “Sou a diretora do setor de logística. Se você quiser mandar seu carregamento a qualquer lugar do mundo, eu sou sua bruxa.”
“Senhorita Granger, pode me chamar de Sheri,” disse a última bruxa numa voz tímida. “Sou sua secretária. É um prazer finalmente conhecê-la.” Seu cabelo cor de avelã estava preso num coque e suas vestes eram conservadoras. A lapela dela estava adornada com um botton que denotava que ela era membro da Sociedade Nacional de Aritimancia. Uma pena de repetição dançava no ar à frente dela, registrando cada palavra.
“Severo…?” Davy chamou.
“Não me peça para…”
“É o protocolo, Severo. Vamos lá.”
Snape suspirou, “Severo Snape, um dos donos junto com minha noiva aqui, Senhorita Granger.”
A palavra noiva gerou uma pequena onda de tomada de fôlegos ao redor da mesa. Hermione tinha certeza de ter ouvido Southern sussurrar ‘Piranha’, ao respirar.
“Davy Gudgeon, Gerente de Operações da Pegasus Produtos Pessoais e chamo a mesa à ordem. Gostaria de começar com o marketing. Southern?”
A bruxa do Sul ajeitou seus papéis e limpou a garganta, “Anúncios nos jornais diários renderam resultados menores que os esperados. No entanto, nossa campanha-amostra no Semanário das Bruxas e na Bruxa-Cosmo subiu em onze por cento a consciência da marca.”
Ela gesticulava muito ao falar, o que fez Hermione sentar-se alarmada no encosto da cadeira. O vermelho-sangue das unhas de Southern cortava o ar como garras preparadas para matar. “Estudos demográficos sugerem um aumento da quantidade de bruxas solteiras e financeiramente independentes em todo o mundo até o ano 2000. Isso se segue ao baby boom da década de 1980 depois da derrota de Você-Sabe-Quem. Atualmente, essas jovens mulheres estão no meio da adolescência, receptivas à propaganda e à pressão de seus iguais. Proponho um aumento dos anúncios na mídia pelos próximos quatro anos e requisito um aumento da minha cota em vinte e cinco por cento.”
“Treze e nem mais um sicle,” disse Snape simplesmente.
Hermione viu Southern dar um sorriso satisfeito com os lábios perfeitamente pintados e inclinar-se e marcar algo em seu pergaminho. Não havia muito o que discutir neste negócio. Peça o dobro do que você realmente quer, deixe o chefe pensar que está certo ao dar a você a metade; você sai ganhando.
“Desenvolvimento?” Davy chamou.
Gigi levantou-se bruscamente, o que fez Chartreuse revirar os olhos. Gigi não parecia notar as tentativas de seus colegas de deixarem-na nervosa quando ela começou a ler suas notas, que ela segurava a apenas dois centímetros dos olhos. “Terminamos a linha de camomila antes da campanha do Ano-Novo. Nosso shampoo de mudança de cor continua em desenvolvimento e tem demonstrado resultados encorajadores em cabelos loiros, mas não em escuros,” ela disse rapidamente e sentou-se antes que alguém pudesse fazer qualquer pergunta.
“Obrigada, querida,” Davy disse com uma piscadela e um sorriso caloroso. Gigi sorriu de volta. Hermione notou aquela rápida troca de sorrisos. Se algo não estava acontecendo entre aqueles dois, estaria antes do Halloween.
“Como andam as coisas no mundo da logística, Warty?” Davy perguntou.
“Um maldito pesadelo,” disse a velha bruxa, dobrando os braços sobre a mesa. “A África é nossa maior dor de cabeça. Uma carga ficou presa em Dacar por quatorze dias, depois foi mandada a Lagos, onde foi roubara pelos Yorubás. Eu juro, Sev, precisamos dar uma pequena ‘festa de trabalho’ lá por Niger, mostrar para esse pessoal do juju que eles não devem brincar conosco.”
“Darei a assitência que puder, Wart, mas a magia deles é Negra e muito diferente da nossa. Não há legislação e eles são corruptos. Eles lançam feitiços para o Trouxa que pagar mais, pelo bem de Merlin. Nós não podemos passar pelo Oeste da África?” Severo perguntou.
“Teremos que fazer isso. Mudarei a rota para Fortaleza, no Brasil, e mandarei a carga por Chave de Portal para a Cidade do Cabo. Será mais caro, mas diminuirá nossas perdas.”
“Quanto mais caro?” perguntou Chartreuse, pegando a pena.
“Um terço a mais, se tivermos sorte. Pode se o dobro. É bom que o mercado Sul-africano valha a pena.”
Southern pegou a deixa. “E vale. É o de maior crescimento per capita em todo o mundo mágico.”
“Que assim seja,” disse Severus, autoritariamente. “Warty, quero corujas diárias. Southern, deixe-me saber se acontecer alguma mudança negativa no mercado. Não jogarei meus bons galeões fora assim tão fácil.”
Davy observou para ter certeza que Severo havia terminado antes de seguir em frente. “Finalmente, o financeiro. Chartreuse?”
Pressionando a ponte dos óculos firmemente com um dedo, Chartreuse preparou-se para falar. “O primeiro quarto do ano financeiro dos anões tem mostrado um aumento de rendimento de quatorze por cento. A diminuição no empacotamento, com a campanha ‘Salve uma árvore’, diminuiu custos controláveis em três por cento. Isto nos dá uma linha de setecentos e sessenta mil galeões. O lucro, por baixo, por assim dizer, foi de duzentos mil galeões, dezesseis sicles e dois nuques.”
“É sempre bom chegar aos seus dois nuques,” Davy disse com um sorriso.
Hermione não conseguia respirar. Ela havia agarrado a manga de Severo fortemente ao ouvir Chartreuse. Eles eram milionários. Estava carregados de dinheiro – podre de ricos. Nunca em seus sonhos mais selvagens ela havia imaginado esse tipo de sucesso. Eles provavelmente tinha sua própria suite no Gringotes.
Severo olhou para a mão dela. As juntas estavam brancas aonde ela se agarrava a ele, a face dela estava pálida. Preocupado de que ela estivesse para desmaiar, ele olhou para ela e perguntou, “Tem algum outro negócio Gudgeon?”
“Nada que precise de você, Sev. Terminaremos por aqui. Leve a pequena Snape e mostre tudo a ela,” ele disse, com um brilho nos olhos.
Snape levantou-se e ajudou Hermione a fazer o mesmo. Ele recolheus as varinhas dos dois e colocou a mão trêmula dela na dobra de seu braço.
“Oh, Severo, um pequeno favor antes de você sair,” interrompeu Southern, levantando um dedo imaculadamente manicurado que exigia atenção. “Meu livro, você ainda está com ele?”
Ele colocou a mão num bolso interno da veste e tirou um pequeno tomo com a capa em couro vermelho. Hermione pegou-o da mão dele. ‘O Succubus’, dizia o título em letras douradas.
“Obrigada, Southern. Foi bastante…esclarecedor.” Ele disse furtivamente.
Ela piscou para ele, “Fico realmente feliz que você gostou.”
“Sobre o que é?” perguntou Hermione, virando as páginas.
“Oh, é uma leitura excelente!” disse Davy entusiasticamente. “É sobre esse professor e-”
“Obrigado, Gudgeon, não vamos entregar o enredo,” disparou Severo, pegando o livro de volta de Hermione e passando-o por cima da mesa para sua dona. “É um estudo sobre certos demônios, minha querida. Muito informativo.”
Com aquilo ele guiou Hermione para fora da sala, muito consciente do olhar perplexo no rosto dela.
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O aposento do último andar servia como quarto-escritório de Snape. O teto era curvo, uma lembrança visual de que eles estavam numa construção do século dezoito. A janela havia sido enlarguecida quase até a largura da parede toda, e tinha cinqüenta por cento a mais de altura. Uma poltrona compacta e uma antiga mesa de jogo ficavam em frente a janela com uma ampla vista para o mar. À distância Hermione podia ver a Ilha Wight.
Era perceptível o motivo de Snape escolher aquele lugar como seu santuário – era tranquilo. A mobília era prática e em alguns casos tinha mais de um uso. Isso se adequava perfeitamente à atmosfera marítima, o velho marinheiro que só precisava de poucas coisas. Não havia besteiras de decoração para acumular poeira. Não havia retratos ou quadros. Das paredes brancas ao edredom confortável da cama, o ambiente era limpo e acolhedor.
As pernas de Hermione não suportavam mais o peso. Ela deixou a mão dela escorregar do braço de Severo e sentou-se na beira da cama.
“Quão ricos estamos?” ela perguntou. Era a pergunta que ficava se repetindo na mente dela desde antes deles deixarem a sala de reuniões.
“Muito. Somente a rede de distribuição da companhia vale mais de vinte e cinco milhões de galeões.”
“Eu nunca imaginei-”
“Bem, você devia ter tido alguma idéia, afinal, foi seu plano. Segui suas instruções ao pé da letra.”
“Mas Severo, eu nunca planejei distribuição mundial.”
Ele foi até a poltrona, virando esta na direção de Hermione antes de sentar-se. Ele pousou os cotovelos nos joelhos e olhou para ela com toda a sinceridade. “ Eu queria provar a você que a confiança que você depositou em mim não estava sendo desperdiçada. Comecei pequeno, reinvesti cada nuque que ganhamos nos primeiros nove anos. Eu tinha meu salário de Hogwarts, morava sem pagar aluguel, não tinha grandes despesas, então dei a nossa companhia o melhor início possível.”
“E por que você continua trabalhando como professor agora que temos toda essa riqueza advinda da Vanity?”
“Até que o Lorde Negro seja finalmente derrotado, meu lugar é com Alvo e a Ordem. Nem sequer uma alma sabe de meu envolvimento privado com esta empresa, e nem saberão.”
“E como Davy Gudgeon entra nessa história?”
“Ele é o Gerente de Operações, dirige a companhia a nosso serviço. Você não encontrará ninguém mais leal ou trabalhador do que Davy, ele é o lufa-lufa típico. Eles são honestos demais para nos roubar e sem sutileza nenhuma, e também não esqueça que eu o conheço há vinte e cinco anos. As outras pessoas estão tão presas à minha imagem de ‘Comensal da Morte em estágio probatório’ que não conseguem ver além das minhas antigas amizades com Lestrange e Avery. Confio nele. Gudgeon sempre foi uma das poucas pessoas que me entenderam.” Ele fez uma pausa e olhou-a nos olhos. Passando os dedos pelos cabelos, ele acrescentou, “Assim como você.”
“Eu compreendo você mais do que eu penso que você se dá conta, Severo.”
“Eu estava lá, na semana passada, vendo você - quando você voltou do passado. Antes de sair do Salão Comunal você deu adeus aos Cavalheiros de Walpurgis. Vi suas lágrimas ao lamentar as mortes de Régulo, Wilkes e Rosier. Foi quando eu soube com certeza que sua ida ao ano de 1977 havia ensinado a você uma valiosa lição e que havia deixado uma impressão duradoura. Você andou um quilômetro pelo caminho da minha vida e agora me conhece melhor que qualquer outra pessoa viva.”
“Você estava lá? Me vendo?”
“Quem mais saberia que deveria destrancar a porta do seu quarto precisamente naquele momento? Hermione, quando eu assumi a posição de Diretor da Casa Sonserina eu tranquei seu antigo quarto. Ele quardava muitas memórias preciosas para mim. Eu não podia permitir que ninguém mais dormisse lá. Minha única preocupação era que você voltasse a salvo do passado e era nesse momento que eu iria confrontar você. Até que você falou aquelas palavras de perda e arrependimento que me fizeram silenciar. Você falou com cada um dos garotos, lamentando suas mortes e mostrando o arrependimento pelas decisões deles. Você não tinha mais medo deles.”
“Eu comecei a ver os Comensais da Morte como pessoas falíveis ao invés de monstros. Régulo e eu éramos bem próximos. Eu não tinha mais nenhuma razão para temê-los, eles não eram realmente diferentes dos garotos na Torre da Grifinória do meu tempo.”
“A sistemática e desnecessária destruição dos meus amigos foi o que me levou a procurar a ajuda de Dumbledore. Eu tinha vinte e um anos, Régulo mal tinha feito vinte. Ele estava ficando cada vez mais nervoso perto dos outros Comensais; eu sabia que ele estava assustado. Ele havia testemunhado as mortes de Wilkes e Rosier e queria sair do serviço do Lorde Negro.”
“Então ele fugiu?”
“Por assim dizer. Pelo que pude entender, o tio dele, Alfardo, tinha uma teoria sobre como o Lorde Negro poderia ser derrotado. Eu procurei, mas quando não pude encontrá-lo, temi o pior. Todos os meus amigos sonserinos estavam mortos, desaparecidos ou capturados. Numa tentativa de salvar Régulo, fui a Dumbledore e implorei pela ajuda dele.”
“Você foi à escola? Mas você já não era um Comensal?”
“Aberforth e eu sempre nos demos bem. Ele é um bom juiz de caráter e apreciara minha discrição num pequeno problema relacionado a uma garota da Caxemira com longos cílios e um passado muito duvidoso. Quando Alvo era esperado no Cabeça de Javali para entrevistar uma nova professora ele me avisou e eu o encontrei lá. O Diretor me aceitou de volta de braços abertos. Tentamos em vão encontrar Régulo. Apenas meses depois seu corpo foi encontrado. Por essa época, o Lorde Negro havia caído e eu havia feito meu papel em sua derrota.” Severo pareceu saudoso por um momento, antes de sair daquele estado de alienação das memórias e sorrindo para ela. “Dez anos sem eventos até que uma primeiranista de cabelos arrepiados apareceu em Hogwarts, e ela se chamava Hermione Granger.”
“Deve ter sido um choque,” ela disse, corando levemente.
“Não tanto quanto quando ela foi sorteada para a Grifinória. Eu pensei que você era uma Sonserina em tudo e por tudo.”
“Ah. Me desculpe por essa parte. Eu tinha que ser da sua Casa na sua época para poder me aproximar de você. Eu ameacei o Chapéu Seletor – e com sucesso – para me colocar na Sonserina.”
“Sim,” ele disse, levantando-se e juntando-se a ela na cama. “Vamos discutir isso depois, pode ser?” Ele fez um carinho no rosto dela com as costas da mão. “Exatamente por que você viajou ao passado?”
“Para estar com você.”
Ele desfez o primeiro botão do terno dela. Ela olhou para os dedos dele. “O que você está fazendo?”
“Estou recompensando você por seu bom comportamento. Se você me responder com a verdade, um botão será desabotoado. Eu prometo que valerá a pena você obedecer. No entanto, não espere maior leniência. Exigirei respostas muito mais detalhadas de você. O primeiro botão é apenas para dar um gostinho da minha generosidade. Vamos tentar de novo. Por que você viajou ao passado?”
“Você não me notava. Eu queria que você me notasse,” ela disse, um pouco ruborizada. Outro botão foi desabotoado.
“Por que você queria que eu notasse você?”
“Porque você é bonito.” Nenhum botão foi tocado desta vez. Ele olhou para ela com uma sombrancelha erguida.
“Eu pedi a verdade.”
“Aconteceu naquela noite no final do ano passado. Você ainda era o Mestre de Poções e eu estava criando a Vanity.”
“Lembro-me bem.” Outro botão foi solto.
“Você segurou meus pulsos. Eu...nunca…tinha…” Foi difícil engolir. “Você olhou para mim, olhou para minha alma. Fiquei excitada, com medo e apreensiva ao mesmo tempo. Eu podia ver você naquele momento como um homem e não só como meu professor. Percebi que queria mais de você, mas você nunca me olharia duas vezes. Eu era uma estudante e bem distante de estar na sua lista de perspectivas românticas.”
“Provavelmente,” ele confirmou com a cabeça, desfazendo os dois próximos botões, para a felicidade dela.
Encorajada, ela continuou. “Dei um jeito de conseguir o Vira-Tempos especificamente para voltar no tempo e encontrá-lo de igual para igual. Eu queria que você me visse como uma igual.”
“Então,” ele disse, soltando os últimos dois botões e tirando lentamente o terno dela por sobre os ombros dela. “Quer dizer que somos iguais?”
“Se removermos a convencionalidade de nosso relacionamento na escola, então sim. Nós dois temos disposições singulares e taciturnas. Aderimos às regras apenas para quebrá-las quando nossas necessidades assim o ditam.”
Ele inclinou-se e beijou-a. Ela encontrou os lábios com os dele, e a cada movimento exigente dele ela respondia com os próprios. Correndo as mãos por sobre o peito dele, ela redescobria as linhas do agora definido corpo dele. Ela lutou com a gola da camisa dele até achar o primeiro botão. Ela afastou-se para desabotoá-lo. Ele sorriu para ela, chateado por ela ter interrompido aquele momento.
“Você deixou a sua história à minha mercê. Um botão será desfeito a cada resposta verdadeira. O que passou pela sua mente quando eu entrei em Hogwarts – como sua percepção de mim mudou?”
“No começo me ressenti com você, Eu queria afastar você o máximo que pudesse de mim.” O primeiro botão foi desfeito. “Mesmo assim, eu não conseguia evitar olhar para você. Era um sentimento paternal em princípio; você não era mais que uma criança. Quando você teve aquela altercação com aquele troll…” a voz dele falhou e ele teve dificuldade para engolir a saliva.
“Você lançou para Harry um olhar muito mal, eu lembro bem disso.”
“Você poderia ter sido morta. Culpei-o por colocá-la em perigo. Depois daquilo meu ressentimento diminuiu e eu quis compensar isso me tornando mais exigente com você.”
Hermione havia esquecido dos botões, então desfez três numa rápida sucessão.
“Ao correr atrás da Pedra Filosofal você se colocou num perigo desnecessário. No segundo ano você andou fazendo a Polissuco. Eu fiquei quase aliviado quando você foi petrificada.”
“O quê?!”
“Bem, pelos menos assim você não pôde entrar naquela Câmara esquecida por Deus para ficar na companhia de um Basilisco gigante. Aquela passou perto para o Potter, você sabia?”
“E para a Ginny também. Você está certo,” ela suspirou.
“No terceiro ano você ficou refém do Black na Casa dos Gritos. Se eu não tivesse seguido Lupin naquela noite-“ Ele fez outra pausa e olhou para ela com sinceridade. “Sua habilidade mágica não era a metade do que eu sabia que iria se tornar… eventualmente. Quando eu a vi sendo ameaçada por aquele animal eu perdi o controle completamente. Vocês três tiveram que me segurar, e isso é uma das coisas que eu não lhe perdôo, mocinha.”
“Dois botões, então, para me desculpar. Se você tentar se lembrar, eu realmente tentei conversar com você naquela noite.” O terno dele agora estava meio aberto e Hermione fez carinho no peito dele por cima da camisa de algodão e sem gola dele. “Você está se saindo muito bem. Mas eu sinto que ainda há mais coisas que eu preciso saber.” Ela retirou a mão e olhou para ele numa imitação de severidade.
Ele suspirou. “Muito bem. Ao final do seu quinto ano, fui chamado ao escritório de Dolores Umbridge. Você e seus amigos haviam sido emboscados por Malfoy e seus capangas-mirins. A Senhorita Bulstrode demonstrava a situação segurando você. Foi tudo que pude fazer para manter meus olhos em Potter, senão teria tentado resgatar você. Não havia nada que eu pudesse fazer que não comprometesse cada detalhe que o Diretor e eu havíamos criado. Saí do escritório assim que possível, com a intenção de retornar, uma vez que eu havia confirmado que Black havia sumido e tinha que alertar Alvo.”
“Você disse ao Crabbe para diminuir a pressão com que estava segurando Neville.”
“Eu esperava que a mensagem penetrasse o crânio impressionantemente grosso da Bulstrode também.”
“E foi o que aconteceu.”
“Um outro botão, talvez?” ele arriscou.
“Não. Suas técnicas sutis de salvamento são contrabalanceadas pelo comentário ‘Não vejo nenhuma diferença’ sobre os meus dentes. Suponho que você estava apenas dizendo aquilo para cobrir seu status como agente duplo na frente do Malfoy?” ela perguntou com alguma esperança.
“Não, eu disse aquilo porque me divertia,” ele respondeu. O sorriso dele enlargueceu. “Foi a coisa mais engraçada que eu havia visto em anos! Mas me ajude a lembrar, qual é mesmo a forma que o seu Patrono assume?”
Hermione tentou parecer ofendida. “Uma lontra,” ela disse quietamente.
“Impagável!” Snape gargalhou.
Hermione o encarou seriamente.
Ele ergueu o queixo dela e conteve o riso. “Eu fui procurar você, Hermione. Aquele dia na floresta, eu estava desesperado para encontrá-la. Nem você, nem Potter nem mesmo a detestável Dolores podiam ser vistos em lugar algum. E então você apareceu gravemente ferida depois da batalha no Ministério. Dolohov recebeu uma retaliação por aquilo. Minha própria marca indetectável de vingança que torna o fato de eu ser um Mestre de Poções muito recompensador.”
O último dos botões foi desabotoado e Hermione levantou-se para remover o casaco dele.
"Hermione, eu não vou fingir que me sinto confortável com esse aspecto professor-aluno da nossa relação; na verdade, isso me dá asco. Eu peço que você me permita tal desconforto e reticência neste ponto."
Ela pegou a camisa dele e desabotoou-a. Ele fez o mesmo com a dela, negociando com o laço da blusa que escondia os pequenos botões perolados.
“Na noite em que eu cozinhava Vanity pela primeira vez. Quais eram seus sentimentos quanto a mim?”
Ele parou o movimento das mãos. “Eu sabia que era só uma questão de semanas até que você viajasse ao passado. Era tudo que podia fazer para não possuí-la ali mesmo na minha mesa.”
“Você é um garoto mau.”
“Você não pode culpar-me, já faz dezenove anos.” Ele abriu a blusa dela e piscou surpreso quando viu que ela não usava nada por baixo. “Estamos um pouco sem roupas, não estamos?”
“Humm, eu gostei da sensação de vestir um terno e calças – sentir como se tivesse trocado de roupa com alguém – ainda que tenha preferido não usar o sutião hoje. Gosto dessa sensação de liberdade.” Ela o provocou passando as costas de uma das mãos sobre um dos próprios mamilos. Ele levantou a mão para tocá-la, usando as pontas dos dedos para acariciar lentamente os seios dela. Quando ela falou de novo, o fez numa voz muito mais baixa. “O que você quis dizer com ‘já faz dezenove anos’? Eu não esperava que você ficasse sem ver outras mulheres. Chartreuse parece ser um exemplo da velha chama.”
“Você realmente não sabe, não é?” ele disse, a voz rouca.
“Sei o quê?” Ela esticou a mão e sentiu a ereção dele. Ela alisou-o através do tecido das calças dele, tocando e encorajando-o com toques levíssimos.
“Hermione, aquele pergaminho de compromisso possuía um feitiço de fidelidade acoplado. As duas fitas do selo? Descobri isso cinco anos depois quando eu... bem, eu estava tendo certos problemas quando o assunto eram mulheres.”
“Você não quer dizer que por quase vinte anos você não--”
“Exatamente isso. Wiggleworth pesquisou o pergaminho; eles não tinham idéia que ele possuía tal magia. Nós dois assinamos e consumamos o noivado, e isso por si constituiu um compromisso de união. Tudo que a mágica antiga necessitava eram quatro palavras mágicas para condenar-me à vida solitária de um monge.”
“Que quatro palavras? Quem as disse?”
“Você lembra-se da nossa conversa sobre cerimônias e casamento e de um fantasma como padrinho?”
“Você não achou um fantasma - oh!” A compreensão finalmente chegou – “Que assim seja feito.”
Ele assentiu, “Quatro palavrinhas. Colocando de outro jeito: Amém.”
“Merda.”
“Sim, esse foi exatamente meu sentimento.”
“Severo, me desculpe.”
“Eu odiei você, mas só nos primeiros quinze anos,” ele disse com um sorriso. “Honestamente, o que passou, passou. É passado.”
“E como eu poderia compensar você?”
Ele correu os dedos pelos seios dela em direção à virilha dela e ficou brincando com o primeiro botão da calça dela. “Essas calças são bem masculinas, não são?”
“Bastante. Eu fico me sentindo uma garota bem danada com elas. Você gosta?”
“Elas são interessantes, mas só porque você está dentro delas. Agora, apesar de todos os esforços do Conselho de Leis Mágicas, ainda estamos unidos por nosso noivado, e eu gostaria muitíssimo de tomar o que é meu por direito. Penso que devemos começar descobrindo que dia da semana é hoje.”
“Domingo. Do que você está falando, Severo? Hoje é Domingo.”
“Ah, mas suas calcinhas sempre foram muito incertas sobre que dia da semana elas deveriam ser vestidas. Nunca pensei que calcinhas com os dias da semana pudessem ser tão enganadoras. A lembrança delas tem sido minha fantasia erótica durante muitos anos, o que é uma coisa que muitos homens adultos não estariam prontos a admitir.” Ele desabotoou as calças dela, mas parou antes de abri-las. “Vamos ver. Eu arrisco... Quarta-feira.”
“Não prestei atenção ao vesti-las. Ok, eu arrisco Segunda-feira.” Ela apoiou as costas na cama e levantou os quadris para que ele pudesse remover completamente as calças.
“Ah, Sexta, minha favorita.” Ele traçou as letras gravadas com um dedo antes de se levantar e remover o próprio cinto. “Você me parece tão convidativa. Quase me sinto com dezessete de novo.” Ele desabotoou e removeu as próprias calças e cueca. Sua ereção era faminta e rígida.
Ele se tocou um pouco enquanto Hermione olhava. A excitação dela mesma fazia com que os nervos dela ficassem sensíveis ao extremo, e seu corpo tremia em antecipação. Ela olhava o corpo nu dele e lambeu os lábios. As mãos dela voaram para as calcinhas, desesperadas para removê-las. Ela precisava dele, queria aquela sensação maravilhosa de ser tomada e possuída por ele. Enquanto ela deslizava a calcinha pelas coxas, ele ajoelhou-se na cama, agarrou o pedaço de algodão, puxou e jogou-o ao chão.
Ele abriu as pernas dela acariciando a parte interna das coxas dela, exercendo pressão apenas o suficiente para que ela se abrisse para ele. Ela recostou-se e deu um profundo suspiro. Isso era maravilhoso. Ela precisava disso, que ele a completasse de novo. Ele era a parte que a completava, e os encontros anteriores deles foram as experiências mais incríveis que ela já tinha tido. Ela sentira saudade dele.
Ele estava se ajoelhando entre as pernas dela, gentilmente tocando-a, espalhando seus líquidos, preparando-a. “Hermione, faz dezenove anos que estive com você,” ele disse numa voz entrecortada. “Não espere que isso dure muito.”
Ela esticou os braços e alcançou os lados dos quadris dele. Guiando-o à frente, ela ajustou a própria posição para encaixar na dele. Ele deitou-se sobre ela, enquanto Hermione posicionava o membro pulsante dele em sua entrada. Ela arqueou as costas para encorajá-lo, mas ele não precisava disso. Ele abriu caminho para dentro dela, soltando um gemido quando a passagem apertada dela o envolveu. Ela mexia-se sob ele, desesperada por ele, querendo que ele a preenchesse inteiramente.
Ele deu apenas algumas estocadas antes de parar. O cabelo dele caía sobre o rosto e o corpo dele estava coberto de suor. “Se você se mover,” ele conseguiu dizer, “eu vou chegar lá.”
Ela afastou o cabelo dele do rosto, de modo que ela pudesse olhá-lo. Severo estava se controlando com todas as forçass. Ele estava tão tenso que parecia estar sentindo dores. Ele precisava daquela libertação, e rapidamente. “Então venha,” ela disse, e apertou a musculatura vaginal tão forte quanto podia. Ele agarrou-a fortemente. A cabeça dele foi jogada para trás. Gritando, ele chegou ao clímax tão esperado.
***************
Eles ficaram deitados, entrelaçados.
Ela sentiu os dedos de Severo acariciarem-na delicadamente no braço enquanto ela explorava o peito dele com as pontas dos dedos. Ele inclinou-se, cobrindo a boca dela com a dele, procurando, relembrando.
O braço esquerdo dele estava sobre o peito dela. Quando eles terminaram o beijo, Hermione olhou desgostosa para a marca horrenda deixada pelo insidioso Lorde. Ela levantou a mão numa fascinação mórbida e segurou o pulso dele, virando o braço dele. A marca era muito parecida com uma tatuagem, exceto que dava a impressão que estava sempre se mexendo. Marcado em sua pele antes límpida estava agora uma horrorosa caveira com uma enorme serpente que simbolizava uma língua muito longa.
Hermione soltou o pulso dele e deslisou a mão ao longo do antebraço dele. Ela esperava sentir a Marca deslizar sob seu toque, mas apesar da aparência, ela não sentiu nada.
"Exótica, não é?" ele perguntou, desdenhosamente.
"Eu sinto muito em vê-la. Não fingirei que é uma coisa particularmente prazerosa de se ver. Eu posso tentar aprender a viver com isso, tolerar isso, aceitar isso como parte de você. Porque é você que eu quero, Severo, exatamente como você é, e isso quer dizer com defeitos, história de vida e tudo que vem junto.” Ela soltou o pulso dele e levantou a mão na direção do rosto dele.
Ele se afastou com os olhos faiscando incrédulos.
Hermione levantou a mão e acariciou lentamente o cabelo dele, “Você não está usando Netuno?”
Ele não pôde evitar de levantar uma sombrancelha. “Eu estou disfarçado. E não quro que ninguém suspeite dos meus interesses no mundo dos negócios. Isso arruinaria minha imagem; melhor que meu assim do que eu andando com um cabelinho glorisamente sedoso.”
Ele correu as mãos pelo cabelo dela. “Faz tanto tempo.”
Ele baixou o rosto, os lábios dele devorando os dela. Ela atiçava a língua dele com a dela, diminuindo depois para suaves lambidas, guiando-o com as mãos.
“Calma, Severo, agora temos tempo; todo o tempo do mundo.”
Ela sugou o lábio inferior dele e acariciou-o com a língua, enquanto a mão dela massageava a pele macia e os pelos finos do peito dele. Ela correu os dedos ao redor do mamilo dele e então substituiu os dedos pela boca, sugando gentilmente. Severo deixou escapar um gemido baixo, alisando desesperadamente os cabelos dela.
Ele levantou o rosto dela e beijou-a gentilmente. Hermione pensou tê-lo ouvido sussurrar, “Eu sempre amei você.”
Os olhos castanhos dela arregalaram-se ligeiramente ante à declaração inesperada do homem à sua frente. Ele não olhava para ela; não conseguia olhar para ela; ele enterrou o nariz na pele delicada do pescoço dela, espalhando pequenas e delicadas lambidas provocativas com a língua. “Se não me engano,” ele continuou facilmente, como se não tivesse dito nada demais, “essa era uma região particularmente sensível.”
Hermione engasgou-se àquele contato, entregando-se à sensação da língua sedosa dele.
“Oh sim, parece-me familiar, isso mesmo,” ele disse, ao passar levemente as mãos pelos pêlos arrepiados que estavam gravados em sua memória.
Ela estendeu o braço e envolveu com a mão a ereção pulsante dele, brincando com a glande úmida. “Se não me engano, meu ‘Rei-das-Serpentes’, esse era um local particurlamente sensível em você.” Ela riu baixinho quando Severo fechou os olhos e pressionou o corpo na direção da mão dela.
Ela queria reaprender cada contorno do corpo dele; explorá-lo, prová-lo, ver se os gostos dele eram os mesmos. Ela conhecera o jovem Severo; para ela fazia apenas uma semana, mas ele estava diferente agora, a situação era diferente. A pele do peito dele não era mais tão macia quanto a de um garoto; parecia quase mais grossa, marcada pelas sombras das cicatrizes e marcas de ferimentos passados ao longo de anos tão difíceis. Ela não sabia o que havia ocorrido nesses anos que ela não dividira com ele – e não tinha certeza se realmente queria saber – tudo o que ela sabia era que queria ele agora.
Ela apertou o pênis dele gentilmente, acariciando-o, correndo a mão para cima e para baixo. Ela tentou posicionar-se para recebê-lo na boca, mas ele interrompeu-a. “Espere, Hermione,” ele olhou para ela desejoso, “Deixe-me saboreá-la, é algo que eu tenho... desejado há muito.”
Hermione voltou a se deitar na cama, posicionou os pés e permitiu que suas coxas se abrissem, e jogou os braços ao lado. Ela ofereceu a ele a vista que ele havia querido todos esses anos. Ele afundou o nariz nos pelos escuros dela e inalou seu cheiro. Ele explorou lentamente os lábios rosados com a ponta do dedo e testou os mornos líquidos entre as dobras da carne dela. Severo trouxe o dedo até a altura da boca e, num ato de curiosidade inconsciente, lambeu da ponta do dedo a substância branco-perolada. Hermione lambeu os lábios enquanto mantinha os olhos fixos nos movimentos deliberados dele. Ele mergulhou o dedo mais uma vez no calor acolhedor dela, mas desta vez ofereceu o líquido a ela. Ela inclinou a cabeça e lambeu a ponta do dedo, experimentando, e então engoliu e sugou o dedo dele. Severo empurrou o dedo para dentro e para fora da boca dela, enquanto Hermione gemia em aprovação, perdida numa bruma de luxúria.
Encorajado, Severo abriu mais ainda abriu mais ainda as pernas dela e continuou explorando-a, desta vez usando a língua. Ainda que os movimentos dele não fossem guiados por ela, ele estava fazendo algo muito, mas muito bom.
Hermione tremeu sob ele, “Sim, oh Deus, sim – aí, bem aí.” Mais um movimento da língua dele naquele lugarzinho e ela com certeza... Ah, ela precisava respirar...
Pensando bem, Hermione se deu conta que estava despreparada para isso; despreparada sobre como ela se sentiria, exposta não ante ao Severo adolescente, mas ante seu professor. Era erótico ter aquele homem mais velho, aquele com quem ela havia fantasiado, com seus longos e oleosos cabelos movendo-se entre suas pernas.
Ela queria chegar lá – a língua dele estava deixando-a louca. Ao memso tempo, ela queria esperar e saborear o orgasmo com ele enterrado nela. A boca de Hermione estava sedenta para sugar a carne dura e quente dele.
“Espere,” os olhos de Hermione estavam ardendo. “Eu poderia… enquanto você… podemos tentar…?” Ela mexeu-se na direção do agora gotejante membro dele e passou incoscientemente a língua pelo lábio superior.
Ele parou e olhou para ela. O membro dele retorceu-se ante a idéia de sua linda e jovem bruxa dando-lhe prazer enquanto ele fazia o mesmo por ela. “Então eu penso que é melhor que você me deixe deitar.”
Hermione moveu-se para o lado enquanto Severo deitava-se. Seu ex-mestre de Poções era definitivamente diferente do jovem que ela conhecera, em todos os sentidos. Ela ainda não havia tido tempo para realmente olhar para o pênis dele, mas a hora da exploração havia chegado. Ela passou a mão pelos pêlos negros dele. Definitivamente ele tinha mais pêlos agora, e eles eram mais grossos, diferente do que ela lembrava.
Ela esfregou um pouco uma mão na outra para aquecê-las um pouco, e então esticou a pele do membro quente dele com os dedos. A pele dele estava mais escura; o pênis dele, mesmo em seu estado ereto, não estava tão pálido e fino quanto costumava ser. Ela passou as pontas dos dedos pela pele fina dos testículos dele. Estava mais escura que antes, mas só um pouco. Severo soltou um gemido frustrado ante à investigação quase científica das veias dele. “Hermione – você poderia começar, por favor?”
Ela olhou por cima do ombro e viu a expressão ansiosa na face dele. Ele nunca tivera muita paciência e, aparentemente, certas coisas nunca mudam. Ela sentou-se melhor, abaixou a cabeça e aplicou-se à tarefa. Ele puxou os quadris dela para cima e apertou a pele macia do bumbum dela. Ele ajeitou melhor o ângulo mexendo no travesseiro para ficar mais confortável. E partiu os lábios dela com dois dedos, esticando a língua. Num rápido movimento, ele enfiou-a nela.
Hermione entregou-se a essa nova sensação que ele estava dando a ela. Querendo que ele se sentisse tão bem quanto ela, ela pegou o membro dele e lambeu-o pelo lado até chegar em cima do membro. Circulando a língua pela glande, ela reuniu os líquidos dele. Sugando o topo, ela abriu a boca e começou a trabalhar o membro, engolindo-o até onde conseguiu. Então ela relaxou a garganta, forçou a própria cabeça para baixo e engoliu-o mais. Esticada até o limite, ela gradualmente foi soltando-o. O aumento da pressão tirou gemidos de Severo.
Ele agora estava lambendo e sugando os grandes lábios dela, traçando uma linha até o ânus dela. Hermione engasgou-se quando sentiu a língua dele circulando a sensível área ao redor do anel, enquanto as mãos dele mexiam com o bumbum dela. O gemido dela passou por todo o membro dele, o prazer irradiando-se da virilha em direção da espinha e das costas. Ele redobrou os esforços, levantando-a mais alto de modo que ele pudesse trabalhar com a língua ao redor do clitóris, sugando firmemente o botão inchado. Enquanto Hermione gemia com o pênis dele na boca, os quadris dele subiram desesperados por mais. Os gemidos de prazer dele mandavam faíscas de intenso prazer que a instigavam mais ainda.
Hermione estava num estado de abençoada agonia. Seus seios balançavam ao ritmo dos movimentos combinados, mexendo com seu ventre. O toque nos bicos dos seios dela mandou mais prazer para o local onde a boca de Severo estava. O maxilar dela tremeu, mas ela continuou sugando-o, provocando-o. Eles estavam ambos tremulando no prazer compartilhado.
“Hermione, vire-se.” A voz dele falhava, de modo tão pouco característico ao seu comportamento normal que a excitou mais do que ela achou possível. Ela deslizou o membro dele para for a de sua boca, deu um beijo no topo dele e virou-se para ver um Severo ofegante e de lábios inchados, com a boca coberta com os líquidos dela.
Hermione mudou de posição e passou a língua pelos lábios dele, limpando-os, saboreando a si mesma ao fazer isso.
Severo agarrou os quadris dela e ajudou-a a posicionar-se sobre ele, para ele deslizar para dentro de seu calor. Hermione fechou os olhos ante a sensação de completude dele dentro dela. Ela inclinou-se, capturando os lábios dele num beijo, acariciando a língua dele com a própria, enquanto ele se mexe ritmicamente sob ela. As estocadas dele estavam se tornando mais rápidas.
Estavam os dois tão excitados que ela sabia que eles não agüentariam muito. As mãos dele envolveram os seios dela e provocaram os mamilos escuros e proeminentes. Ela inclinou-se levemente para frente, pressionando seu clitóris contra o osso púbico dele.
“Severo…” Os olhos de Hermione fecharam-se quando as ondas de prazer passaram por ela. As estocadas dele tornaram-se desencontradas até que qle deu uma mais forte e longa, e engasgou-se, segurando os quadris dela firmemente junto a ele.
Ela colapsou sobre ele, a respiração entrecortada contra o peito dele. Ele envolveu-a num abraço e beijou a têmpora dela. Ela virou a cabeça, olhou para ele e sorriu.
“Você…?” ele perguntou, revivendo o velho adágio deles.
Ela deu-lhe um leve sorriso. “Você sabe que sim.”
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Os leitores me pediram um capítulo mais longo, espero não tê-los desapontado.
Minha trisavó nasceu no The Still and West. Spice Island era assim chamada devido ao saneamento ruim. Haviam portões largos separando-a do resto da Velha Portsmouth, só se podia entrar nela pelo mar. Ela se tornou um antro de prostituição, conhecidamente. (Apesar de termos aprendido assim… Aqueles magos espertinhos!) - warty x
Agradeço muito a Gardengirl, minha beta [em inglês].
Um abraço enorme à Chartreuse, que co-escreveu o capítulo. É realmente uma raposa.
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Eu tinha que acrescentar isso porque quase todos os reviews são sobre as referências filmográficas do Alan Rickman. Têm doze neste capítulo. Uma é de Robin hood, todas as outras são nomes de filmes atuais e todas elas ocorrem na caminhada para Hogsmeade, antes deles chegarem ao Cabeça de Javali. Boa Caçada! Warty.
Gente, demorou, mas chegou. Espero que gostem da tradução. Considerem também que foram 22 páginas somadas à falta de tempo...
Vocês viram as aparições (pelos menos dos nomes) da nossa autora wartcap e de sua beta-writer Chartreuse? Na reunião? Achei muito legal!!
Continuem lendo!! Qualquer coisa me contatem pelo e-mail!!
Abraços,
Júbis.
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