Rumo a Hogwarts
Esse capítulo vai ser narração da Lily, ok?
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Cap.5- Rumo a Hogwarts!
O dia já havia amanhecido faz tempo, mas eu continuava na cama. Não queria deixar o aconchego dos cobertores e ir para o frio. Estava tentando calcular quantas horas seriam, quando senti um peso sobre os cobertores e no segundo seguinte estava sendo sacudida como um globo de vidro. Não foi surpresa ver que a responsável por essa tortura matinal era ninguém menos que a morena mais estressada de Hogwarts.
-Bom dia, ruivinha dorminhoca!- Riu Juliet me atacando com o travesseiro. Logo eu,
fraca e indefesa...
-Certo Smith!Já estou acordada! Não precisa mais me usar como alvo. – Disse falsamente indignada.
-Tudo bem preguiçosa. –Ela apontou para o relógio na parede. – Mas já são dez horas e temos que estar na estação às onze.
Então me dei conta de que hoje voltaríamos a Hogwarts. Juliet tinha passado a ultima semana de férias na minha casa e iríamos juntas até a estação encontrar ao outros. Não sabia se ficava feliz por reencontrar os amigos ou triste por voltar às aulas...
-Agora vai se arrumar porque eu não quero chegar atrasado como no ano passado. – Disse Juliet me empurrando para o banheiro.
Em meia hora depois eu estava no do meu pai enquanto ele levava-nos até o nosso destino. Em quinze minutos já estávamos correndo apressadas pelas plataformas, desviando das pessoas. Antes de passar pela barreira, conferíamos se não havia ninguém olhando e fomos em direção a coluna das plataformas 9 e 10. Mal acabamos de passar, duas cabeleiras loiras nos abordaram puxando-nos para o trem.
-Não acredito que vocês são sempre as últimas a chegar! –Reclamou Belinda fazendo bico assim que assentamos na cabine.
-Nem vem colocar a culpa em mim! Foi essa dorminhoca que atrasou a gente. - Defendeu-se Ju, enquanto pegava um sapo de chocolate do bolso e dava uma grande mordida.
-Que feio, Lily. O que diriam se soubessem que a certinha mor de Hogwarts não consegue nem acordar no horário?- Ah, esse Philipe... Tão ingênuo!Como se alguém fosse se importar com o que eu faço. E foi isso que respondi.
-Está se esquecendo de um certo Potter, Lily?Ele adoraria saber tudo o que você faz... - Disse Ju com um sorriso (muito) sacana nos lábios. Ela sabia me irritar.
Devem estar se perguntando o que o Potter tem para me deixar tão irritada. Pois bem, ele é simplesmente uma pedra no meu sapato. Não sei se foi pelo nosso primeiro encontro, mas ele me persegue há anos, sempre tentando descobrir meus segredos. O fato de praticamente metade da população feminina da escola estar aos pés dele também não ajudava em nada o meu trabalho. Obviamente o Cupido (nesse caso eu) só deve juntar casais em que o amor seja recíproco. Como muitas meninas o amam e ele não corresponde (pode até sair com elas, mas não as ama), eu não tenho muito que fazer por essas garotas. A situação piorou quando ele começou a me chamar para sair no ano anterior. Como já deve ter percebido para ser Cupido você deve ser discreta. Uma quase desconhecida, para que ninguém suspeite de nada. E ser o principal alvo de James Potter não me faz exatamente desaparecer na multidão.
Como já estou cheia de falar sobre seres indesejáveis (tradução: Potter), vou falar agora sobre meus queridos amigos.
Juliet Smith é uma garota alta, morena de cabelos curtos e que adora roupas largas. Não vive sem um moletom. Para quem a vê pela primeira vez ela parece uma garota delicada e educada. Grande ilusão!Quando está irritada ela é pior que uma manada de hipogrifos!Ela adora Transfiguração, Sirius Black, Defesa Contra as Artes das Trevas, comer, Sirius Black, aprontar, desenhar, lutar (me usa como alvo) e eu já disse Sirius Black? Ela diz que são só amigos, mas, enquanto eu tiver o Pergaminho é impossível ela me esconder uma coisa dessas.
Belinda Turner é baixinha, loira de cabelos medianos e muito tímida com quem não conhece. Mas se ela vira sua amiga você nem a reconhece, pois ela fica muito solta. Tem uma paixonite aguda por Remus Lupin, mas não se declara nem sobre ameaça de morte. Ah... Essas amigas que só me dão trabalho.
Por último há Philipe Turner, o primo da Bel. Ele é bem bonito. Tem cabelos loiros que caem displicentes sobre os olhos verdes, um físico até bem invejável. Aposto que se ele fosse heterossexual faria tanto sucesso com as garotas quanto os Marotos. Isso mesmo. Ele é gay assumido desde o terceiro ano. Quando ele finalmente assumiu houve muitas garotas com os corações despedaçados...
Voltando a viagem, nós conversamos um pouco antes da Bel ter que sair para ir à reunião dos monitores. Ela havia sido escolhida como monitora do quinto ano durante as férias. Fiquei tão orgulhosa quando soube!
Eu, Ju e Phi ficamos as próximas duas horas conversando sobre diversos temas como o que aprenderíamos no quinto ano até a melhor forma de dar uma chave de braço em alguém. Quando Juliet estava nos contando em detalhes a luta que tivera nas férias com o primo mais velho dela, a porta se abriu e por ela entrou Bel. Ela estava corada até os cabelos e parecia prestes a explodir. Não era difícil imaginar o motivo.
-Parece que nossa Belzinha encontrou um certo Maroto!- Juliet se divertia enquanto o rosto da nossa amiga ficava cada vez mais vermelho. Ela é muito cruel.
-Provavelmente o amado dela também foi nomeado monitor. - Phi disse comendo alguns doces enquanto sua prima se sentava emburrada.
Como Bel estava er... impossibilitada de falar, não sei se devido raiva ou vergonha e parecia que Ju e Phi iam começar uma disputa pelo último chocolate, achei melhor me despedir temporariamente deles e começar a usar minhas “flechas”. Já havia planejado no ano anterior que meus primeiros alvos depois das férias seriam Bernad Lovegood e Anna Burnett, ambos do sexto ano. Andei um pouco pelo trem até encontrar a cabine em que Anna estava. Eu já sabia que Bernad estava sozinho, duas cabines ao lado. Não seria difícil por meu plano em ação. Antes de entrar fiz alguns feitiços em mim mesma de forma que quem me olhasse visse a monitora-chefe da Corvinal. Quando entrei Anna, que estava escrevendo algo me olhou surpresa.
-Algum problema, monitora?- Ela estava surpresa por alguém entrar na cabine dela.
-Uma garota duas cabines à direita me pediu para te chamar. Alguma coisa sobre um livro da biblioteca. –Não pense mal de mim! Era melhor que a desculpa das corujas raivosas...
Anna parece se lembrar de algo e se levantou rapidamente, murmurando um “Até logo” e indo a direção da cabine de Bernad. Assim que ela entrou lancei um feitiço para que a porta só abrisse em duas horas, Tempo suficiente para eles se acertarem. Depois fui até uma cabine vazia e retirei os feitiços que alteravam minha aparência. Antes de voltar para minha cabine parei no carrinho de doces e comprei vários sapos de chocolate, na esperança de que Ju e Phi ainda não tivessem se matado pelo último.
Quanto abri a porta, qual não foi minha surpresa ao ver meus amigos e ninguém menos que os Marotos jogando Snap Explosivo? Não seria exagero dizer que meu queixo foi ao chão.
-O-o que vocês estão fazendo aqui?- Ótimo Lily. Gaguejar vai, com certeza, impor muito respeito.
-Olá, cara ruivinha! Nós estamos bem, obrigado. – O Sirius não muda mesmo.
- Bom dia Lily. É que estávamos por perto e resolvemos parar para jogar um pouco. - Como sempre, o Remus é o único a dar respostas coerentes.
-Está tão feliz em me ver que não consegue falar, minha flor?- Não é à toa que o Potter é o único Maroto que eu não gosto. Nunca vi mais cara-de-pau!
-Para a sua informação, Potter, eu estava apenas espantada que coubesse aqui dentro com esse seu ego enorme. – O ser deplorável chamado Potter fez uma cara tristonha enquanto os outros seguravam o riso (ou tentavam, como pude comprovar ao ouvir um inicio de gargalhada de Sirius seguido de um tapa e um “Calado, Pulguento!”) e eu simplesmente me virei para a janela.
Após Sirius finalmente voltar ao seu estado “normal” e o Potter se animar um pouco, eles continuaram a jogar. Eu fiquei tentando ignorar uma certa presença.
Eles jogaram até o final da viagem. Quem mais ganho foi Philipe seguido pela Bel. Pelo que entendi, eles praticaram muito nas férias, ficando presos em casa por causa da chuva, sem mais nada para fazer. Eu disse que eles poderiam ter me chamado, mas eles responderam que além deles, estavam na casa seus outros dez primos, todos menores que treze anos, e não haveria espaço para mais ninguém. Não que a casa deles fosse pequena. Bem ao contrario. É uma casa antiga, que há muitos anos havia sido um hotel. Mas a baderna era tanta que nenhum dos quartos ficava mais de três horas arrumado.
É nessas horas que invejo meus amigos. Eles têm famílias enormes, cheias de primos, tios, avós, avôs e tudo que você imaginar. Eu só tenho minha irmã para fazer companhia nas férias, o que não é grande consolo, pois ela odeia bruxos e vive me chamando de “aberração”. E enquanto eu estava desfrutando meu quarto ano em Hogwarts, ela arrumou um namorando barril e eles se juntaram para me infernizar.
Como não adianta chorar pela poção derramada, esqueci tudo isso e conversei animadamente sobre quadribol com a Ju, enquanto descíamos do trem e nos despedíamos dos Marotos. Na nossa carruagem ficamos só eu, Ju, Bel e Phi, o que foi muito bom porque podíamos conversar sem a intervenção de ninguém.
Quando chegamos ao castelo fomos ao salão principal onde ouvimos o discurso do diretor, assistimos a seleção dos novatos e nos enchemos da melhor comida que essa reles mortal já teve o prazer de provar.
Logo que todos estavam tão enjoados que não poderíamos ver comida por uma semana, o diretor nos liberou para os dormitórios. Bel levou os novatos e Remus nos informou a senha. “Coração de dragão”
Nós havíamos comido tanto que não demorou para as meninas dormirem. Mas eu me segurei forte. Assim que tive certeza de que todas haviam dormido fui até o meu malão e peguei minha Capa de Invisibilidade. Tive que percorrer com muito cuidado todo o caminho até a estátua da “Bruxa da Poção do Amor” (nome carinhosamente colocado por mim) para que o zelador não me notasse, mesmo com a capa.
Assim que a vi proferi a senha e o túnel se abriu. Logo tinha chegado a um dos lugares que mais sentia falta durante as férias. Seu ambiente místico e as luzes fracas que passavam pelos vidrais me encantavam. Lá havia toda a história de uma lenda há muito esquecido. Só quando ia até aquela sala sentia que tinha voltado a Hogwarts.
-Estou de volta...
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Esse capítulo ficou maior, mas nem tanto...
Demorei a postar porque estou em época de prova.
Para quem tem alguma duvida a Lily está no quinto ano. Preferi assim a começar no sexto.
Queria agradecer aos comentários da Beatriz (Você também é muito simpática), Jessi, wheeziii (Preferi começar no quinto ano), Lulu Star e Babi Black (Como você esqueceu que foi você que me ajudou a criar a Ju?)
Até logo,
Motoko Evans
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