Descobertas
Caopitulo 04 - Descobertas
Ravenah abriu os olhos preguiçosamente e constatou com pesar que já havia amanhecido. Dormira pouco, pensando nos últimos acontecimentos. Ouviu um barulho no corredor, e em seguida uma batida na porta.
— Entre. - convidou Ravenah.
Elise entrou e foi logo se acomodando na cama da amiga.
— Bom dia Lis! - Saudou-a Ravenah.
— Quero saber tudo sobre ontem à noite. – Elise falou indo diretamente ao ponto - E bom dia para você também, Venah.
— Saber tudo? - perguntou Ravenah se sentando. - Tudo o que?
— Tudo o que... - disse Elise. - Você acha que eu não vi as suas roupas amassadas ontem? Ninguém convence o Mestre de Poções tão facilmente.
— O que aconteceu? Não me venha com a historia da agressão física que eu nem vou acreditar. – perguntou Elise
Ravenah olhou para Lis e sentiu o rosto esquentar.
— Ele me beijou. - Confessou ela. - Quero dizer, ele me agarrou!
— Ele te beijou, ou vocês se beijaram? - perguntou Elise. - Me desculpe Venah, mas você não é uma mulher que deixa alguém te agarrar. - falou Elise
— Está bem, eu confesso. Ele me beijou e eu gostei. - afirmou Ravenah. - Gostei mais do que deveria.
— Quem diria! Ravenah McCormarck beijando Severus Snape. - falou Elise sorrindo.
— Lis! Isso não é engraçado! - disse Ravenah.
— Mas eu creio que não foi só um beijo. - falou Elise. - Um beijo não amassa roupas.
— Claro que não, ele me alisou inteira. - disse Ravenah ficando ruborizada. - Para conseguir a poção eu tive que prometer que faria o que ele quisesse. - Ravenah disse. - E ele aceitou de imediato.
— Você disse que faria qualquer coisa? - perguntou Elise incrédula - Para um homem? Para um homem sonserino?
— Disse. - disse Ravenah se sentindo uma tola.
— Você é louca - falou Elise. - Ou muito ingênua.
— Não sou louca, tampouco ingênua. - disse Ravenah. - Só juntei a fome com a vontade de comer. - sorriu Ravenah. - Quero ter um filho e ele quer ter prazer. Simples não?
— Se você acha... - falou Elise meio assustada com o jeito da amiga falar.
— Elise não seja boba. Jogos foram feitos para serem jogados. - disse Ravenah jogando a colcha para o lado e se levantando.
— Eu sei disso. - falou Elise. - O seu jeito de jogar que está me assustando. Aonde você pensa que vai? - perguntou Elise.
— Como assim? - perguntou Ravenah.- A lugar nenhum. Só queria me levantar.
— Sei... - falou Elise. - Eu ainda quero saber os detalhes de ontem.
— Elise! - Ravenah estava escandalizada. - Não há detalhes. Já te relatei o que aconteceu.
— O que você fez foi tão, assim... - disse Elise. - Que você não quer contar nem para a sua melhor amiga?
— Elise, eu não fiz nada. - disse Ravenah. - Pelo menos ainda não. Conhecendo Severus Snape tenho a certeza que ele vai exigir o prometido.
— Ninguém mandou você prometer.. - disse Elise. - Mas me diz uma coisa: Ele beija bem?
— Elise! Que pergunta! - disse Ravenah. - Por que o interesse?
— Não posso nem perguntar? - falou Elise escondendo um sorriso. - Não precisa ficar com ciúmes!
— Que ciúmes! - Ravenah bateu o pé no chão tamanha era sua impaciência.
— Eu fiz uma simples pergunta. - falou Elise. - Não precisava se alterar.
— Nunca fui beijada antes. E, apesar dele ser extremamente estúpido e violento, eu adorei aquele beijo. - confessou Ravenah entregando os pontos.
— Tinha me esquecido que você não "ficava" com ninguém na escola. - disse Elise. - Mas eu não acredito que você nunca tinha beijado ninguém?
— Não. Nunca. - disse Ravenah se sentando na beirada da cama.
— Não posso acreditar. - disse Elise. - Nem nesse 14 anos que você passou andando pelo mundo?
— Sou casada Lis. Nunca faria nada que corrompesse minha moral. – falou Ravenah
— Corrompesse a sua moral? - disse Elise. - Você é muito puritana
— Nem tanto. – falou Ravenah
— Nem tanto? - perguntou Elise divertida
— Se eu fosse puritana não teria me oferecido para Snape. – falou Ravenah
— Isso foi bem estranho. Principalmente vindo de você - falou Elise
— Até conseguir o que quero, vou usar todas as minhas armas. – disse Ravenah
— Eu que não quero estar na pele no Snape. - falou Elise. - Quando você encarna com uma coisa...
— E o Sirius? - perguntou Ravenah mudando de assunto.
— Sirius? - perguntou Elise. - Ah Não! Lá vem você com esse assunto de novo.
— Você não percebeu nada ontem? - perguntou Ravenah.
— Ontem? - perguntou Elise sem olhar a amiga.Lembrando-se da sensação que sentiu ao abraça-lo
— Sim. Sirius ficou muito incomodado quando você estava consolando Lupin. Isso não passou desapercebido para mim. Estou sempre ligada. - sorriu Ravenah.
— Você está vendo coisas - falou Elise.
— Ah, não estou não. - Disse Ravenah.- E tem mais, quando você abraçou Sirius. Corou violentamente. E, logo se afastou. Pensa que não vi. - Ravenah estava impossível.
— Eu não corei, coisa nenhuma. - disse Elise desviando o olhar
— Não mesmo? - disse Ravenah. - Lis, não fique nessa indecisão por muito tempo. A vida é muito curta. Aproveite enquanto ainda há tempo. Você não é a única mulher no mundo, e Sirius Black é um homem solitário. Um dia vai aparecer alguém que vai lhe dar o amor que você insiste não sentir. E aí não vai haver mais jeito.
— Pense nisso. - disse Ravenah deixando o quarto e se dirigindo para o banheiro. - Agora vou tomar banho.
Elise ficou sentada um tempão pensando no que a sua amiga havia lhe dito.
Depois de arrumarem elas aparataram na frente do Largo Grimmauld. Entraram. Lupin estava na sala. Estava mais pálido e abatido do que na noite anterior.
— Olá Remus. - o cumprimentou Ravenah e sentou-se a seu lado. - Como está hoje?
— Oi! - falou Elise.
— Bem. - respondeu ele tentando sorrir.
— Bem!? - Ravenah o olhou compadecida. - Pois não parece.
— Estou melhor agora que vocês chegaram - falou ele.
— Ora, obrigada. - agradeceu Ravenah. - Só você mesmo para alegrar o dia.
— Só você mesmo, Remus. - falou Elise.
— Onde está o Sirius? - perguntou Elise, ignorando o olhar cheio de significados que Ravenah lhe deu.
— Está lá na cozinha, tentando fazer o almoço - falou Remus sorrindo.
— Sirius Black sabe cozinhar? - perguntou Ravenah incrédula.
— Não! - falou Remus. - Mas está tentando.
— Eu não consigo imaginar o Sirius cozinhando - falou Elise.
— Tampouco eu! - concordou com ela Ravenah.
— Lis? Por que não vai ajudá-lo - sugeriu Ravenah.
Elise lançou um olhar mortal para Ravenah e concordou.Elise chegou na cozinha e encontrou uma bagunça.Tinha mais de 10 panelas sujas empilhadas, fumaças cobrindo todo o fogão e um Sirius todo sujo e suado.
— Er.. Oi! - disse Elise depois de sair do estado de transe.
— Oi! - disse Sirius deixando mais uma panela em cima da pilha e abrindo um enorme sorriso ao ver Elise.
— O que você está cozinhando? - perguntou Elise se aproximando do fogão.
— Estou tentando fazer uma carne assada com batatas. - falou ele.
— E está tendo sucesso? - perguntou Elise se abaixando para ver a carne que estava dentro do forno.
— Acho que sim! - falou ele. - Pelo menos ainda não queimei nada.
— Pelo menos a aparência está boa. - disse ela se levantando e olhando para ele.
— Você quer ajuda? - perguntou ela.
— Se você puder pegar essa carne ai no forno pra mim... - falou ele
— Claro. - disse ela pegando a luva e se abaixando para pegar a carne.
Elise pegou a carne e pôs em cima do balcão. O cheiro estava realmente delicioso.
— Você vai cortar essa carne? - perguntou Elise.
— Vou.- disse ele pegando a faca e indo cortar a carne.
— Não faz assim! Você vai despedaçar a carne! - falou Elise indo na direção dele.
— Faz assim.. - mostrou Elise pegando na mão dele e ensinado como cortar a carne.
Depois que eles acabaram de cortar a carne, Elise percebeu que seus corpos estavam praticamente colados. Ela estava segurando a mão dele
Elise viu Sirius se virar e o encarou. Seu coração disparado. Perdeu-se na profundidade dos olhos azuis dele e se inebriou com seu cheiro.Sentiu seus lábios tocando os dele num beijo doce
Aos poucos o beijo foi se intensificando, Elise sentiu o chão sumir sob seus pés, se sentia flutuar, agarrou-se mais a ele, colando seu corpo ao dele. Parecia que ambos iam se fundir tamanha a paixão.
Suavemente Sirius circundou sua cintura com os braços enquanto Elise delicadamente acariciava suas costas.
Ravenah conversava alegremente com Remus, ele era uma companhia muito agradável.
— Elise foi e ficou. Vou lá na cozinha dar uma olhada para ver a quantas anda a preparação do almoço. - disse Ravenah se levantando. - Só um minuto e já volto.
Ravenah achou estranha não estava ouvindo nenhuma conversa. Ela estranhou muito.” Elise quieta, impossível.“ pensou ela. Justo ela que sempre falava pelas tabelas. Sorrateiramente Ravenah chegou a porta de acesso a cozinha. Não se surpreendeu com o que viu. Elise e Sirius estavam envoltos em um abraço quente, se beijando. Ravenah sorriu. Sabia que cedo ou tarde aquilo acabaria acontecendo. Achou melhor não interromper, e pé ante pé voltou para a sala.
O melhor seria esperar até que um dos dois viesse até a sala chamá-los para se juntar a eles.
Quando eles se separam estavam ofegantes. Sirius se afastou de Elise e falou:
— Me desculpe. - disse Sirius sem olhar nos olhos dela
— Não precisa se desculpar - disse ela caminhando até ele e o beijando.
— Eu queria que esse beijo acontecesse desde o dia em que você caiu em cima de mim. – confessou ele
— Eu também, mas tive vergonha. - disse ela.
— Estou com fome, vamos chamar a Venah e o Remus? - perguntou Elise.
— Sim. - disse ele.
Eles desceram as escadas como se nada tivesse acontecido.
— Vamos almoçar? - perguntou Elise.
— Vamos. Estou faminta. - disse Ravenah sorrindo.
— Vamos! - disse Lupin
Eles subiram e sentaram-se à mesa enquanto Elise servia o almoço.
— Espero que esteja bom! - falou Elise.
— Está uma delicia, já que fui eu que preparei. - disse Sirius sorrindo
Ravenah comeu um pedaço da carne e estava maravilhosa.
— Que delícia. - disse Ravenah. - Tinha que está bom, já que demoraram tanto para preparar.
Elise corou e Sirius sorriu.
— Nós não demoramos para preparar. - falou Elise.
— Ah, não? - Ravenah deu uma de sonsa.
— Não! - disse Elise. - Nós não demoramos para fazer o almoço
— Vocês acham que não demoraram porque não viram o tempo passar. - disse Remus. - Mas que você demoraram, demoraram
— Que é isso Aluado! - disse Sirius. - Se a comida está boa para que reclamar da demora!
Ravenah mantinha um sorriso nos lábios e um ar divertido no olhar.
— O que você está achando tão engraçado, Venah? - perguntou Elise
— Ora, nada! - disse Ravenah não contendo o riso. - Talvez vocês tenham demorado, porque estavam ocupados fazendo outra coisa. - Ravenah não se conteve.
Elise corou furiosamente e Lupin percebeu.
— O que vocês estavam fazendo? - perguntou Remus divertido.
Elise não respondeu e Sirius só sorriu
— Estavam se beijando. - disse Ravenah.
— Venah! - falou Elise
— Ora, Elise. - falou Ravenah no mesmo tom da amiga.
— É verdade, Sirius? -perguntou Remus se fingindo de sério
— Sim - falou ele simplesmente
— Nossa! - disse Ravenah. - Que falta de entusiasmo.
— Quem disse que falta entusiasmo? - perguntou Sirius. - Só por que eu afirmei uma coisa já afirmada? Não tenho culpa se o Aluado demora para entender as coisas! - disse Sirius gargalhando
— Agora, aproveitando o momento de confraternização... - começou Sirius. - Eu gostaria de fazer uma pergunta: Elise Marie Beauregarth você quer ser minha namorada? - perguntou Sirius olhando para Elise
Ravenah e Lupin ficaram olhando para Elise esperando a resposta.
— Sim! - respondeu Elise alegremente. - Eu quero ser a sua namorada.
Ravenah e Lupin bateram palmas tamanha a alegria que se instalou entre eles. Elise que estava sentada ao lado de Sirius, se virou e lhe deu um grande beijo.
Eles passaram a tarde conversando e se divertindo, e quando deu cinco e meia Remus foi tomar a poção mata-cão. Nessa hora as garotas resolveram ir embora.
— Tchau, Remus - disse Elise abraçando o amigo. - Se cuida, hein?
— Tchau, Sirius. - disse Elise dando um beijo no namorado. - Até a próxima reunião, ou até o fim de semana.
— Tchau Remus. - despediu-se Ravenah. - Se precisar de alguma coisa pode mandar me chamar. Molly sabe onde nos encontrar.
— Até mais Sirius. - disse Ravenah sorrindo.
— Até mais! - disse Remus. - Pode deixar. Qualquer coisa eu mando chamar vocês.
— Tchau Ravenah - disse Sirius - Até mais.
As duas saíram do Largo Grimmauld e aparataram em casa. Elise estava radiante. Estava namorando o Sirius. Não só o Sirius e sim o Sirius Black, homem que ela caçou incessantemente durante 3 anos.
Chegando em casa Ravenah não esperou muito para abordar a amiga.
— Você hein, se fazendo de durona. - disse Ravenah rindo - Não resistiu ao charme de Sirius.
— Eu nunca me fiz de durona - falou Elise. - E realmente eu não resisti ao charme do Sirius
— Estou tão feliz por você! - disse Ravenah abraçando a amiga.
— Eu também estou tão feliz. - disse Elise.
— Foi assim tão... - disse Elise. - Bom
— Vai me conta. Como tudo aconteceu?
— Foi assim: - começou Elise. - Eu fui ajudar ele a fazer o almoço, mas já estava tudo pronto. Ai eu tirei a carne do forno e ele começou a cortar. Ou melhor, a despedaçar a carne.
— Eu pedi para ele parar e fui ensinar para ele. - E quando nós acabamos de cortar a carne a gente tava tão pertinho... Eu me perdi nos olhos dele e a gente se beijou
— Ele ficou envergonhado e pediu desculpa - falou Elise. - Eu falei que não precisa se desculpar e beijei ele. Depois disso a gente desceu para chamar vocês.
— Que lindo começo! - disse Ravenah.
— Eu também achei! -disse Elise.
— Num foi fofo ele pedindo para namorar comigo? - perguntou Elise.
— Claro que foi. - respondeu Ravenah.
— Acho que eu estou apaixonada! - disse Elise.
— Eu tenho certeza. - disse Ravenah.
— O que você ficou conversando com o Remus? - perguntou Elise. - Eu demorei muito mesmo?
— Demorou. - confirmou Ravenah. - Fiquei contando minhas aventuras em outros países durante o tempo que permaneci fora.
— Ah, sim. - disse Elise. - Como você soube que a gente estava se beijando?
— Eu fui ver porque vocês estavam demorando tanto. - Ravenah sorriu maliciosamente e continuou. - Aí me deparei com aquela cena linda.
— Você ficou nos espiando? - perguntou Elise.
— Não!!! - disse Ravenah. - Claro que não. Voltei rapidamente para a sala.
— Ah, sim! - disse Elise.
— Por isso que quando eu fui te chamar para almoçar você estava com aquele sorriso? - perguntou Elise.
— Sim. - respondeu Ravenah
— E, aí? - o sorriso de Ravenah se intensificou. - Ele beija bem?
— Nossa, tá ai uma coisa que eu nunca imaginaria você perguntando a alguém! - disse Elise. - Sim, ele beija muito bem.
— Você perguntou a mesma coisa para mim hoje de manhã. - disse Ravenah.
— Eu sei! Mas eu nunca imaginaria você perguntando isso para alguém! - disse Elise.
— Eu acho que ele beija melhor do que o Snape. - falou Elise só para provocar. Ela sabia que a amiga havia adorado o beijo do Snape.
— Para ter certeza, eu teria que beijar Sirius também. - disse Ravenah aceitando a provocação e provocando Elise.
— Se você quiser... - disse Elise.
— Eu hein! Você deve estar me confundindo. - disse Ravenah.
— Você é que propôs.. - disse Elise rindo
— Nunca beijaria seu namorado. – falou Ravenah
— Sério? Que bom. - Disse Elise. - Porque eu nunca beijaria o seu marido.
— Sei. - disse Ravenah.
— Você acha que eu beijaria o Snape, tendo o meu Sirius? - perguntou Elise.
— Acredito que não. - disse Ravenah pouco a vontade.
— Então está tudo certo! Você com seu marido, e eu com meu Sirius. - disse Elise gargalhando.
— Estou com fome! - disse Elise mudando de assunto - O que nós vamos comer?
— Não sei. – respondeu Ravenah
— Vamos sair, comer em algum lugar? - perguntou Elise.
— Vamos. - disse Ravenah empolgada.
— Aonde nós vamos? - perguntou Elise. - Não conheço nenhum restaurante aqui por perto.
— Lis, quem tem boca vai a Roma. - disse Ravenah abrindo a porta. - Vamos encontrar um lugar muito bom se procuramos.
As duas saíram pelas ruas de Londres a procura de um bom restaurante. Depois de andarem umas cinco quadras acharam um restaurantezinho pequeno e bem escondido.
Entraram. Dentro era bem elegante. Sentaram em uma mesa no fundo do restaurante e escolheram os pratos. Depois de comerem, conversaram um pouco e resolveram voltar para casa.
Andaram duas quadras e quando estavam atravessando a rua ouviram um barulho de pessoas aparatando e se viram cercadas por um monte de pessoas encapuzadas.
Ravenah estacou paralisada, um ataque de comensais era o que ela menos esperava naquele momento. O que eles podiam querer com elas
Elise puxou a varinha, seria muita imprudência ficar desarmada na frente de comensais. Ravenah seguiu o exemplo de Elise e empunhou sua varinha.
— O que vocês querem aqui? - perguntou Elise
Eles murmuram entre si e ouve-se a pergunta: tem certeza que é a mulher que procuramos é uma delas?
Elise ao ouvir o comentário do comensal, se aproximou mais de Ravenah. Uma das duas estava correndo perigo.
— Acho que uma de nós está em apuros. - murmurou Ravenah de forma que só Elise a pudesse ouvir.
— Sim. - disse Elise. - E eu desconfio que é você. - respondeu Elise no mesmo tom
— Eu??? - disse Ravenah no mesmo tom, cheia de surpresa.
Elise não teve tempo de responder pois um feitiço paralisante passou a centímetros da sua cabeça.
— Estupore! - gritou Elise apontando para um comensal.
— Protego! - gritou o comensal bloqueando o seu feitiço
Elise pode ver os cabelos loiros e lisos por baixo do capuz. "Lucius" pensou
— Expelliarmus! - gritou Ravenah, e atingiu o comensal que vinha em sua direção pela direita.
— Lucius! Há quanto tempo! - ironizou Elise. - Impedimenta!
— Protego! - disse Lucius. - Como ousas dirigir a palavra a mim? Sua Aurorzinha de quinta. Crucio.
— Protego! - disse Elise a tempo.
Elise mandou um feitiço prateado que acertou em cheio no peito de um comensal que estava atrás de Lucius.
— Sectusempra! – um comensal enfeitiçou Ravenah.
Ravenah se distraiu e foi atingida em cheio, sangue espirrou do seu rosto e do peito como se ela tivesse sido cortada por uma espada invisível. Ela recuou vacilante e caiu no chão deixando a sua varinha cair da mão direita.
— Estupore! Impedimenta! - Elise acertou dois comensais. - Expelliarmus!
Lucius não conseguiu desviar do feitiço e ficou desarmado
— Vamos! - gritou ele e os comensais desaparataram.
— Venah! - Elise correu para socorrer a amiga.
Ravenah mantinha os olhos fechados tentando se recuperar. Sentia seu corpo doer por inteiro. Elise se aproximou da amiga. Ravenah estava caída no chão tremendo descontroladamente em uma poça do próprio sangue. Ela parou de se debater e ficou imóvel. Elise se desesperou. Sua amiga não podia ter morrido
Abraçou a amiga ignorando o sangue aparatou na frente do Largo Grimmauld.
Entrou na casa do Sirius correndo ignorando o barulho. Gritou por ajuda, superando os gritos da senhora Black. Elise chorava compulsivamente.
Depois de uns 5 minutos Sirius apareceu no topo da escada. Ele tinha um sorriso enorme que foi morrendo ao ver a aparência da namorada. Ao ver o sangue e a Ravenah desmaiada no colo de Elise, ele desceu as escadas correndo e ajudou a colocar a Ravenah no sofá.
— Mas o que aconteceu com vocês? - perguntou Sirius preocupado
— Comensais! - respondeu Elise entre as lágrimas
— Esperem um minuto que eu já volto! - Falou Sirius subindo as escadas rapidamente.
Ele voltou 5 minutos depois. E avisou:
— O diretor chegará daqui a pouco.
— Agora me expliquem direito, o que aconteceu com vocês? - perguntou Sirius abraçando Elise.
— C-comensais - respondeu Elise. - Eu estava duelando com Lucius e de repente eu vi a V-enah ser atingida.
— Comensais? Atacando vocês? Mas por quê? - perguntou Sirius.
— Num sei. - disse Elise. - Nós estávamos saindo de um restaurante e fomos cercadas.
— Um deles, se eu não me engano o Lucius, disse que o "Lorde" queria uma de nós. - disse Elise. - E pelo visto era a Ravenah.
— Não consigo entender. - continuou Sirius.
— Nem eu. - respondeu Elise.
— O que ela tem para oferecer a Voldemort? Até agora não vi nada de extraordinário nela. - Sirius pensava alto.
— Ela é uma bruxa poderosa. - disse uma voz calma vinda da porta
— O que aconteceu com vocês? - perguntou o diretor.
— Comensais - respondeu Sirius. Elise estava chorando.
Ele caminhou até Ravenah, puxou a varinha e começou a murmurar um feitiço. Uma luz branca envolveu o corpo dela por alguns segundo.
— Sectusempra. - falou o diretor. - O estado dela é muito grave. Não há nada que eu possa fazer.
O diretor saiu pela porta e voltou alguns minutos depois com o Mestre de Poções. Severus Snape olhou para o estado de Ravenah e perguntou:
— Onde ela se meteu?
— Foram os seus amigos comensais! - acusou Sirius.
Snape deu-lhe um olhar mortal, ajoelhou-se ao lado de Ravenah, rasgou a sua blusa e começou a passar a varinha por cima dos profundos cortes murmurando um encantamento que parecia uma canção.
O fluxo de sangue pareceu diminuir, Snape limpou o coagulo do rosto da mulher e repetiu o encantamento. Os cortes pareciam estar se fechando.
Depois de executar o contra feitiço pela terceira vez os cortes se fecharam completamente e Ravenah começou a voltar a si.
Ravenah abriu os olhos devagar, demorou um pouco para se lembrar do que aconteceu e para reconhecer o lugar em que estava.
— Venah? - perguntou Elise com uma voz chorosa
— Estou bem. - Ravenah tratou de acalmar a amiga.
— Que bom, amiga! - disse Elise indo abraçar a amiga. - Pensei que tinha te perdido.
— Acredito que não vai se livrar de mim tão cedo. - brincou Ravenah.
— Bem, agora que a “senhora” já acordou... - falou Snape se levantando e indo embora sem dar chances para ninguém falar nada.
Ravenah viu a nuvem de tecidos negros desaparecer pela porta, sem entender nada.
— O que deu nele? - ela perguntou.
— Nada. - respondeu Elise.
— Tem certeza? Ele não parecia ser ele. - comentou Ravenah.
— Como assim? - perguntou Elise
— Estava estranho. O que ele fazia aqui? - perguntou ela.
— Ele veio ajudar - falou Elise vagamente. Não queria irritar a amiga.
— Ajudar? - Ravenah estava confusa.
— Como se sente? - perguntou Elise mudando de assunto
— Mas o que... Estou fazendo aqui. Minha blusa, quem a tirou? - Ravenah perguntou se cobrindo com as mãos, algo que foi impossível de se fazer, totalmente envergonhada.
— Você está aqui porque ficou muito ferida. - explicou Elise.
— Disso eu me lembro, ainda dói um pouco. - disse Ravenah.
— Você desmaiou e eu fiquei muito preocupada e trouxe você para cá. - falou Elise
— Sim. Mas, isso ainda não explica o fato de eu estar sem blusa. - disse Ravenah.
— Ah, sim... - disse Elise.
— O feitiço que te atingiu é magia negra muito forte... - disse Elise. - O diretor tentou te curar, mas não conseguiu.
— Então... Ele chamou... - Elise hesitou um minuto.
— Chamou Snape. - Ravenah completou por ela. Ela já começava a dar sinais de impaciência.
— É. - disse Elise. - E para curá-la ele rasgou a sua blusa.
— Ele r-rasgou a minha blusa? - Ravenah quase engasgou ao repetir as palavras de Elise.
Elise concordou com a cabeça.
Ravenah se sentou com certa dificuldade pois a dor persistia, foi então que ela se deu conta de que Dumbledore e Sirius também estavam na sala. Ela cruzou os braços sobre os seios se sentindo muito envergonhada.
— Lis, será que você pode buscar algo para eu me vestir? - pediu ela.
— Claro. - falou Elise tirando o casaco e dando para a amiga.
Ravenah rapidamente se vestiu.
— Diretor, você sabe porque que isso nos aconteceu? - perguntou Elise.
— Sim, srta. Beauregarth, eu sei. - disse o diretor. - A senhora Snape é uma bruxa com poderes extraordinários, e Tom a quer junto a ele. - disse o diretor. - Ele quer você para usá-la, para usar seus poderes. - falou o diretor para Ravenah.
— Nossa! - disse Elise. - Isso é muito sério
— Poderes extraordinários? - perguntou Ravenah. - Que poderes?
— A senhora tem grandes habilidades. - disse Dumbledore
— Tenho? - perguntou Ravenah um tanto aborrecida, não estava gostando daquela conversa.
— Tem - disse Dumbledore simplesmente.
— Eu tenho que voltar para Hogwarts. - disse Dumbledore olhando para o relógio. – Deixei a escola nas mãos de Minerva, mas com Umbridge lá... É melhor eu não me ausentar por muito tempo.
— Senhoras, para a maior segurança de vocês, eu sugiro que passem a noite aqui na sede da ordem - disse Dumbledore
— Tudo bem, diretor – disse Elise
— Nada me faria sair daqui hoje, estou toda dolorida e muito cansada. - disse Ravenah.
— Tenho que ir - disse Dumbledore. - Adeus.
— Tchau, diretor - disse Elise
— Adeus diretor, tenha uma boa noite! - se despediu Ravenah.
O diretor virou-se e saiu pela porta.
— Nossa! Eu estou morta de cansaço! – disse Elise. – Duelar com Comensais da Morte e depois aparatar com um corpo inerte cansa! Eu quero dormir.
— Eu também estou exausta – disse Ravenah
— Têm um monte de quartos vagos lá em cima. – disse Sirius – O único problema é a sujeira. Ele não deve ser limpo desde quando a minha mãe era viva.
— Tudo bem. Do jeito que eu estou com sono... – disse Elise
— Então, é só vocês escolherem o quarto que eu dou um jeito – disse Sirius. - Vamos? – disse ele fazendo uma reverencia exagerada, fazendo elas rirem.
— Sim. – responderam as duas em coro.
Elas subiram as escadas e pararam em um corredor sujo, escuro e cheio de portas. Depois de entrarem em uma dezena de quartos empoeirados e mofados, acabaram escolhendo um entre os quartos de Remus e Sirius. Depois de limpar o quarto elas se despediram de Sirius e dormiram quase que imediatamente.
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Elise acordou cedo no dia seguinte. Sentia dores no corpo inteiro e não tinha vontade nenhuma de se levantar. Olhou para a cama ao lado e constatou que Ravenah ainda dormia. Fechou os olhos para tentar dormir de novo.
— Oh meu deus! - ela gritou sentando-se na cama. - Hoje é segunda! Eu tenho que trabalhar.
— O que aconteceu? - perguntou Ravenah pulando da cama.
— Hoje é segunda-feira - disse Elise desesperadamente. – Tenho que trabalhar e eu não tenho nem roupas e nem nada!
— Elise use um pouco essa sua cabecinha linda. - disse Ravenah com um meio sorriso. - Você é uma bruxa. Converta o que está usando em outras vestes.
Elise estacou e virou-se para Ravenah
— Venah, você é um gênio! - disse ela correndo para o banheiro
— Eu sei que sou. - respondeu Ravenah se jogando novamente na cama.
Quinze minutos depois Elise voltou arrumada para o quarto.
— Acorda!!! - disse ela. - Vamos tomar café.
— Ai, ainda estou dolorida. Quero ficar mais um pouco na cama. - resmungou Ravenah.
— Nada disso! - disse Elise. - Eu não vou tomar café da manhã sem você. Eu acho que o Remus está lá na cozinha, você não quer falar com ele?
— Ah, está bem. Está bem! - Ravenah pulou da cama e correu para o banheiro. Voltou momentos depois devidamente arrumada. — Vamos descer. Quero conversar com... Como é mesmo que o Sirius se refere a ele? Ah, sim... Quero conversar com o Aluado. Apelido bem incomum, eu diria até divertido. Você não acha Lis? - disse Ravenah.
— Sim. - disse Elise já saindo do quarto.
— O que há com você Lis? - perguntou Ravenah. - Nunca é tão evasiva.
— Eu estou atrasada - respondeu ela já no corredor
Entraram na cozinha, Sirius e Remus já estavam acordados, sentados na mesa tomando uma xícara de café cada um.
— Bom Dia! - disse Elise. - Já tomaram café da manhã?
— Bom dia! - Ravenah entrou na cozinha logo depois de Elise.
— Bom dia - responderam os dois
— Não. Ainda não comemos nada – respondeu Sirius
— E você Remus, como está? - perguntou Elise ao amigo
— Estou bem, obrigada. - respondeu ele. - Já estou acostumado.
Ravenah só deu uma olhada para ele, mas não fez nenhum comentário.
— E vocês, como estão? – perguntou Remus. – Fiquei sabendo do ataque de ontem.
— Nós estamos bem – disse Elise. – Só um pouco cansadas e doloridas.
— Sim, mas nenhum dano permanente – disse Ravenah. – Nós tivemos sorte.
— Sim, muita sorte. – disse Sirius.
Depois de preparar o café da manhã Elise se juntou aos três para comer. Durante a refeição eles conversaram banalidades, Sirius contou histórias e aventuras da época dos marotos e Elise contou como era estudar em Beauxbatons.
Quando acabou de comer Elise olhou no relógio e viu que estava atrasadíssima.
— Eu preciso ir trabalhar! Estou muito atrasada. – disse Elise se levantando. – Tchau, Remus; Tchau Venah; tchau Sirius. – ela pegou a bolsa beijou o namorado e saiu para o Ministério.
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Após lavar as louças do café da manhã, Ravenah despistou e saiu da mansão dos Black sem que Sirius ou Remus percebesse.
Ela usou de muita cautela, para que não fosse vista por nenhum trouxa, apesar de a manhã estar chuvoso, havia muitas pessoas nas ruas, e já deviam ser umas dez horas. Caminhava devagar para não chamar a atenção e também para observar se não estava sendo seguida, depois dos últimos acontecimentos, todo cuidado seria pouco.
Não demorou muito até se ver diante do prédio onde Elise morava. Ao passar pelo hall cumprimentou o velho porteiro que sempre a recebia com um sorriso cordial.
— Bom dia, senhora! - cumprimentou ele
— Bom dia, Sr. Miles! - retribuiu ela. - Como foi seu fim de semana? - Quando não tinha o que fazer sempre descia e conversa um pouco com o bom homem.
— Muito bom, obrigada. – respondeu ele. – E o da senhora?
— Bom também. Agora vou subir. Até outra hora Sr. Miles. - Ravenah se despediu do homem e se dirigiu ao elevador.
— Até mais. - respondeu o homem
O elevador subiu rápido até o nono andar. Ao sair do elevador uma sensação estranha tomou conta de Ravenah. Bem devagar ela pegou a varinha e calmamente andou até a porta do apartamento, ao tocar a maçaneta percebeu que estava aberta. Empurrou a porta até o canto e de lado deu uma breve olhada no interior do cômodo e percebeu que ali além da bagunça não havia ninguém.
— Por Merlin, o que aconteceu aqui? - sussurrou ela. - Parece que um trasgo esteve por aqui. Que bagunça!
Devagar andou por entre os móveis quebrados, pensando que Elise não ia gostar nada daquilo.Provavelmente os comensais estiveram ali antes de as ter atacado na saída do restaurante.Não havia um cômodo sequer que não tenha sido bagunçado.
Ravenah se dirigiu para seu quarto e não acreditou no que viu.
— Oh, mais que droga!! – Ela praguejou
— Espera só até eu por minhas mãos nos idiotas que fizeram isso. Vão se arrepender do dia que nasceram. - Ravenah não se conteve e falou bem alto. - Meus livros, minhas poções, minhas roupas!!! Malditos infelizes. Ravenah estava furiosa.
Ao se virar e chutar uma almofada ela percebeu que a mesa de canto que ficava perto da janela estava inteira.
Aproximou-se devagar e percebeu um pergaminho sobre a mesa.
Apanhou o pergaminho de sobre a mesa e o abriu.
" Cara senhorita McCormarck,
A senhorita foi convidada a comparecer na Travessa do tranco segunda-feira as 11:00hs para tomar um chá. A sua presença é fundamental e indispensável.
Mande lembranças a Senhorita Beauregarth.
Espero que tenha apreciado a nova decoração.
L.V.”
— Maldito cretino! - esbravejou Ravenah amassando o pergaminho e jogando-o longe.
Ela se encostou na parede e escorregou até o chão e permaneceu sentada por um bom tempo pensando no que fazer. A ameaça estava subentendida, teria que ir ao tal “chá” de qualquer forma, caso contrário Elise sofreria as conseqüências.
Como eles puderam fazer isso? Ravenah não se conformava. Como seus pais puderam entregá-la assim nas mãos do Lorde? Só podia ter sido aqueles dois, só eles sabiam da grande amizade entre ela e Elise.
— Malditos! - disse Ravenah. - O que fiz para que me odiassem tanto?
Ravenah andou até a cozinha onde também estava uma bagunça e visualizou o relógio na parede que marcava 10:55. Nem o tempo estava a seu favor. Teria que aparatar. E, foi o que fez.
Ravenah aparatou em frente a um Herbarium, de dentro exalava o odor de ervas frescas, sem dúvida um paraíso para qualquer manipulador de poções.
Ela estacou quando viu alguns metros a sua frente uma pessoa alta com capa e capuz a cobrir a cabeça, com certeza deveria ser um comensal, já que os demais bruxos que transitavam por ali estavam com os rostos expostos.
A pessoa se virou e caminhou em sua direção. Ela parou de andar e esperou que o comensal chegasse até ela. Ele a segurou pelo cotovelo a arrastando pela rua estreita esbarrando em quem aparecia pela frente, até uma casa de dois andares que não era habitada a tempos.
Ela foi grosseiramente empurrada até um cômodo que estaria totalmente vazio, não fosse uma velha cadeira.
Ravenah parou perto da cadeira e se virou para o comensal. O homem tirou o capuz e ela não ficou surpresa ao ver Lucius Malfoy.
— Ora, ora, quanta honra, ser recepcionada pelo pior de toda a corja. - Ravenah quase que cuspia as palavras.
— Não me tente. Por mim você já estaria morta. - disse Malfoy com um sorriso irônico a lhe estampar o rosto. - Mas não sem antes tirar bastante proveito da situação. Sorte a sua o mestre querer vê-la... viva. Agora, segure a cadeira.
— O quê? - Ravenah não entendeu.
—Toque a cadeira. É uma chave de portal. Vai nos levar até o Lorde. - Malfoy gritou.
Ravenah tocou a cadeira e se sentiu puxada e tudo começou a rodar. Agora se lembrava o porque de não gostar de chaves de portal.
Aterrisou em uma sala escura, iluminada apenas por uma lareira. No centro dela havia uma cadeira e um tapete onde uma cobra descansava enrolada
— Senhorita McCormarck! - saudou a voz fria e cortante de Voldemort - Que prazer em vê-la.
— Com certeza o prazer não é nada meu. - Cortou ela. - Vamos direto ao ponto. O que quer comigo?
— O que foi? - Ravenah ironizou. - Esqueceu o que quer de mim? Ou será que mordeu a língua?
— Olha como fala comigo sua insolente - disse Voldemort. - Quem dita as regras aqui sou eu
— Vamos. Chega de lengalenga. Diga a que veio, ou melhor, diga por que cargas d'água estou aqui? - Ravenah estava cheia de uma fúria que jamais imaginou sentir.
— Eu te chamei aqui para lhe fazer uma proposta - continuou ele - Junte-se a mim e você terá tudo o que quiser: poder, glória, dinheiro.
— Já tenho tudo isso. - Ravenah respondeu.
— Como ousa recusar a minha oferta. – sibilou ele.
— Não preciso de você. - ela sorriu maliciosamente. - Mas pelo que percebo, você, precisa de mim.
— Quem disse que eu preciso de você? – desdenhou ele. - Eu sou o Lorde Voldemort, eu não preciso de ninguém.
— É mesmo? Então por que ainda estou viva se não precisa de mim? - ela perguntou.
— Não seja por isso - Voldemort tirou a varinha das vestes e antes que Ravenah pudesse pensar sua varinha já estava na mão do Lorde.
— Crucio. - falou Voldemort apontando para Ravenah
Ravenah visualizou a emanação do feitiço vindo em sua direção. Uma confusão de sentimentos tomou conta dela, não suportava aquele feitiço, aliás não suportava sentir dor, ainda se sentia dolorida devido ao sectusempra, foi então que começou a sentir um formigamento tomar conta de seu corpo e ela desejou que aquele feitiço fosse repelido.
Ela se pôs de pé e afastou-se dois passos, esperando pelo inevitável. E foi com tamanha surpresa que ela observou o feitiço ser repelido como se houvesse uma barreira entre ela e o raio que vinha em sua direção.
O raio ricocheteou e atingiu a janela fazendo os vidros se estilhaçarem.
A surpresa tomou conta do rosto ofídio de Voldemort
— Ora, ora. - sibilou Voldemort. - Vejo que seus poderes são mais extensos do que eu fui informado.
— Foi informado? - Ravenah não entendeu. - Acredito que foi muito mal informado. Precisa rever seu quadro de informantes, eles são péssimos.
Para alguém estar informando Voldemort precisava ser alguém de sua confiança. Mas quem? - pensou Ravenah. - Seus pais com certeza, não foram os informantes, já que não tinham conhecimento de seus poderes. Quem?
— Tenho que concordar com a senhorita. - disse Voldemort - Mas pode ficar tranqüila eles vão ter um corretivo.
— Assim espero. - Disse ela. - Agora se me der licença, já que o assunto era só esse, tenho que ir, pois já deve ser muito tarde.
Ravenah se virou em direção a porta, mas foi interceptada por Lucius Malfoy.
— O mestre ainda não terminou, sua insolente. - disse ele a empurrando para o centro da sala.
— Se você tocar em mim novamente, vai ser a última vez que vai tocar algo, seu lambe-botas de uma figa. - Ravenah sibilou. - Se não sabe tratar uma mulher, então é melhor nem tentar. E, até onde eu sei, já foi posto um ponto final nesta conversa.
Lucius partiu para cima dela com a varinha em punho, mas foi parado por uma voz:
— Pare!
— Sim, mestre. - respondeu ele a contragosto voltando para o seu lugar nas sombras.
Ravenah a contragosto voltou a se sentar. Ficou observando o ser desprezível que se encontrava a sua frente. Ele havia se transformado em um monstro. Estava deformado. Não poderia dizer se era um homem em forma de cobra, ou ser era uma cobra em forma de homem, só sabia que ambas as espécies haviam se misturado. Voldemort percebeu que ela o analisava.
— E, eu não sinto prazer algum em ficar aqui olhando algo tão asqueroso. - disse ela erguendo o canto esquerdo dos lábios esboçando um meio sorriso. - E, tampouco estou aterrorizada. Confesso que pensei que ficaria, mas agora, aqui, diante de você, percebo que não sinto nada.
— Então, quer dizer que você sentia medo de mim?- perguntou ele friamente, mas visivelmente divertido.
— Medo? - desdenhou ela. - Eu não tenho medo de você.
— Nem do seu nome e nem da sua pessoa. - falou ela. - Talvez das barbaridades que você já cometeu.
Ravenah ficou o ficou observando para ver qual seria a reação dele.Como ela parecia impassível ela continuou. - Agora me diga o que ainda quer de mim?
— Eu já fiz a minha proposta - disse ele. - Você tem dois dias para aceitar
— E, se eu não aceitar? - ela perguntou.
— Você sabe o que é melhor para você. - disse ele simplesmente. - Agora pode ir. - disse ele fazendo um sinal para o Malfoy.
Lucius pegou Ravenah pelo braço e a arrastou até a chave de portal.
Ao tocar a chave Ravenah se viu novamente no cômodo que estivera antes. Dessa vez Malfoy não a acompanhou, o que intimamente ela agradeceu. Ao sair da casa ela se deu conta que a noite já havia caído, o que era muito estranho, o tempo havia corrido muito rápido. Ravenah decidiu ir o mais rápido para a mansão dos Black.
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Elise saiu do Ministério e aparatou na frente da Sede. Entrou na sede e encontrou um Sirius anormalmente nervoso.
— Sirius? - Elise chamou o namorado. - Você está bem?
— Elise!Que bom que você chegou! - disse Sirius aliviado. - Você viu Ravenah?
— Não! A Venah estava aqui com vocês. - disse Elise. - Onde ela está?
— Não sei! Depois do café-da-manhã, eu e o Aluado viemos para a sala e ela ficou lavando a louça. - disse Sirius - Quando fomos procura-la ela tinha sumido.
— Desde 11:00 que eu não a vejo. - concluiu Sirius.
— Mas como ela saiu e vocês não viram! - Disse Elise. - Ela pode estar correndo perigo!
Elise começou a se desesperar, quanto mais pensava, mais ela ficava nervosa. Afinal Ravenah estava sendo procurada pelos comensais.
— Eu vou até o meu apartamento! - disse ela de repente assuntando o Sirius - Ela pode ter ido para lá.
— Não! Você não vai a lugar algum! - disse Sirius firmemente. - Pode ser uma armadilha ou qualquer outra coisa. Acho melhor avisarmos a Ordem.
— Não. Não precisa. - disse Elise. - Se não voltar em 30 minutos nós avisamos a Ordem, ok?
— Ok - respondeu Sirius contrariado.
Ravenah aparatou no Largo Grimmauld. Subiu as escadas correndo e abriu a porta devagar, aparentemente estava tudo tranqüilo, mas ao se dirigir para a cozinha, de onde ela estava ela viu Elise sentada a mesa com a cabeça apoiada nas mãos e Sirius falava sem parar e gesticulava muito.
— Estou de volta. - disse ela entrando na cozinha.
— Venah!! -gritou Elise com a voz embargada pelo choro. Ela correu em direção da amiga e a abraçou fortemente.
— Lis, não fique assim, estou bem. - disse Ravenah se sentindo culpada.
— Onde você estava? - perguntou Sirius. - Você quase nos matou de susto.
— Fui até o apartamento de Elise, precisava de minhas coisas. - ela respondeu. - Infelizmente os comensais chegaram lá antes de mim, e não sobrou nada inteiro.
— O que??? - perguntou Elise. - Não me diga que aqueles infelizes destruíram o meu apartamento!
— Não sobrou nada. - confirmou Ravenah.
— Sirius. - chamou Ravenah. - Preciso falar com Dumbledore, e é urgente.
— Pode deixar que eu aviso.- disse Sirius saindo da cozinha
— Elise, os comensais deixaram uma mensagem de Voldemort, para que eu a encontrasse. - disse Ravenah, sem saber se deveria dizer que a vida de sua única amiga corria perigo, e por sua culpa.
— Estava até a pouco na companhia dele. - ela confessou.
— Você o que?????? - perguntou Elise
— Não tive escolha.
— Você só pode estar louca - disse Elise sentando pesadamente na cadeira.
— Não tive escolha, ou eu me apresentava perante ele, ou você sofreria as conseqüências. - Ravenah não viu o porque omitir os verdadeiros motivos que a levaram perante Voldemort.
— Você sabe muito bem que eu não me importo com as conseqüências. - disse Elise. - Sua vida é mais importante.
— Eu sei como você pensa. Mas não quero que aconteça nada a você. Você é tudo o que eu tenho. E, enquanto eu for viva nada de ruim vai te acontecer. - disse Ravenah indo se sentar em uma cadeira do lado de Elise. - Voldemort me propôs uma aliança.
— Eu sou uma auror, Venah - disse Elise. - A minha vida vive em risco! Eu caço bruxo das trevas.
— Não faça essa aliança! Você é um membro da Ordem. - disse Elise. - Não venda a sua alma a Voldemort só para me salvar.
— Elise eu enfrentei Voldemort hoje, e ele não é nenhum desses bruxos das trevas que você caça. Ele é muito poderoso.
— Eu sei disso! - disse Elise. - por isso você não deve se meter com ele
— Ele me deu dois dias para pensar. - disse Ravenah. - Depois desses dois terei que estar novamente diante dele.
— Por favor, Venah - Apelou Elise. - Não aceite.
— Se for preciso, eu irei. E, ninguém vai me impedir, nem mesmo você. Eu sinto muito. - disse Ravenah decidida.
— Se você vai, eu vou também! - afirmou Elise.
— Não. Não vai. – afirmou Ravenah
— Claro que eu vou. E ninguém vai me impedir - disse Elise firmemente.
— Se for preciso eu impedirei você. Sabe que não estou brincando. – respondeu Ravenah
Sirius voltou para a cozinha a tempo de ouvir Elise.
— Aonde você vai? - perguntou Sirius.
—A lugar algum. - cortou Ravenah furiosa com a teimosia da amiga.
— Sim eu vou! - rebateu Elise. - Tente me impedir.
— Eu acho que se você continuar com essa idéia maluca, vou ser obrigada a ir embora. - disse Ravenah se levantando.
Quando Elise foi responder, ouviu-se um barulho no andar de baixo e minutos depois a porta da cozinha se abriu revelando uns 10 membros da ordem.
— Boa noite, senhoras - disse o diretor sorrindo. - Vocês queriam falar comigo? Eu convoquei uma reunião de emergência da Ordem.
— Sim. Eu queria falar com você diretor. - se pronunciou Ravenah.
— Eu presumo que o assunto seja muito importante? - perguntou Dumbledore
— Muito. - ela confirmou. - Hoje, estive diante de Voldemort.
Muitos membros estacaram ao ouvir o nome do bruxo das trevas.
— Oh, sim! Isso é muito importante. - disse Dumbledore - Eu acho melhor esperarmos todos os membros chegarem para começarmos a reunião.
Depois que o Mestre de poções e os Weasley's chegaram a reunião começou.
— O assunto que nos traz aqui hoje nessa reunião de emergência é muito importante. - começou Dumbledore. - Um membro da ordem esteve diante de Voldemort...
Vários "oh" foram ouvidos. Até que Tonks perguntou:
— Quem foi o membro da Ordem?
— Eu. - Ravenah se pronunciou.
Ravenah recebeu olhares de todos os membros da ordem. Alguns espantados, outros assustados, Tonks a olhou incrédula e Snape lhe deu um olhar de desprezo. Elise apenas a encarou desafiadoramente.
— Como eu ia dizendo... – disse Dumbledore. – A Sra. Snape esteve diante de Voldemort. A senhora poderia nos esclarecer como aconteceu?
Depois de Ravenah terminar de contar o acontecido, fez-se um silêncio entre os membros da Ordem.
— Sra. Snape – perguntou Dumbledore. – A senhora está ciente do perigo que correu?
— Sim, diretor – respondeu ela.
— A senhora está ciente que teve muita sorte? – perguntou Dumbledore. – Que poderia ter dado tudo errado? Que a essa hora você poderia estar morta?
— Sim, diretor, estou ciente de tudo isso, mas valeu a pena todo o risco. – respondeu Ravenah novamente.
— E eu estou certo ao afirmar – perguntou Dumbledore. – Que mesmo sabendo dos riscos, você não pensará duas vezes antes de se arriscar para salvar seus amigos?
— Sim, o senhor está certo. Eu faria tudo novamente. Já passei por situações semelhantes antes. O medo não é meu fiel companheiro. Não corro riscos em vão. Só quando o motivo é de valor inestimável. – respondeu Ravenah.
— Concordo com a Sra. Assunto encerrado. – disse ele - próximo assunto: Nesse fim de semana houve uma visita ao povoado de Hogsmeade. Mundungo?
— O jovem Harry, junto com os Weasley’s, a senhorita Granger e uma dezena de alunos, estão planejando um grupo de Defesa Contra as Artes das Trevas. Eles vão se reunir e praticar feitiços e azarações e Harry será o professor.
— Mundungo, você está dizendo que meus filhos estão fazendo parte de um grupo ilegal e secreto que pratica magia? – perguntou Molly alterando a voz.
— Foi o que eu vi, e ouvi – respondeu Mundungo.
Depois que todos os outros assuntos da Ordem foram discutidos os turnos estabelecidos à reunião foi encerrada.
— Vocês ficam para o jantar? – perguntou Molly
— Claro Molly – respondeu Elise. – nós teremos que morar aqui por enquanto.
— Oh! É mesmo! – disse Molly. – O seu apartamento...
— Sim. – respondeu Elise.
— Eu espero que você fique por muito tempo. – disse Sirius abraçando ela por trás.
— V-vocês...? – perguntou Molly surpresa.
— Nós...? - incentivou Elise
— Vocês estão juntos? – perguntou Molly finalmente
— Sim, estamos – respondeu Elise sorrindo.
— Oh, que boa notícia – disse Molly indo abraçar os dois. – Parabéns
— Obrigado – responderam os dois
— Agora, se me derem licença, eu vou preparar o jantar - falou Molly.
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Ravenah levantou-se assim que a reunião acabou. Saiu da cozinha e desceu em direção a sala de estar. Quando acabou de descer a escada, sentiu um par de mãos fortes puxando-lhe pela cintura para um canto escuro. O primeiro pensamento que lhe ocorreu foi gritar. Mas a surpresa foi tão grande que ela perdeu a fala. Em uma tentativa de escapar ela começou a se debater.
— Acalme-se, mulher – vociferou ele.
— Snape? – perguntou Ravenah recuperando a voz.
— O que você tem na cabeça? – perguntou ele furioso. - Se encontrar com o Lorde das Trevas sozinha?
— Não havia outra alternativa. Se não fosse estaria pondo em risco a vida de Elise. – respondeu ela
— Você tem noção do perigo que correu? – perguntou Snape.
— Está muito preocupado para quem não se importa. – respondeu Ravenah – É claro que tenho noção. Fiz e faria de novo. E quer saber, o que eu faço não é da sua conta! – disse ela desvencilhando-se do aperto dele.
Snape fitou atentamente o rosto da mulher a sua frente. Incrível que com o passar dos anos ela continuasse tão linda como quando tinha apenas dezoito anos. Os olhos verdes dela brilhavam tanto quanto duas esmeraldas. Os cabelos estavam revoltos devido a luta que travara com ele a poucos instantes.
— Ainda não descobri se você é maluca, estúpida ou idiota. Talvez seja as três coisas, embora eu esteja inclinado a acreditar que você seja uma maníaca suicida muito corajosa. – Snape esboçou o que de longe se assemelhava a um sorriso. – Não sou do tipo que dá conselhos, mas, não se meta com o Lorde. Sei das artimanhas dele. Vai jogar sujo para conseguir o que quer. Eu sugiro que, vá para bem longe de tudo isso.
— Do que tem medo? – Ravenah perguntou. – Sei que não me quer por perto. Se sente ameaçado. O fato é que não estou entendendo essa sua súbita preocupação com a minha segurança.
Ravenah fixou os olhos nos dele, e por alguns segundos conseguiu visualizar o terror que ele carregava, Snape percebeu o que ela pretendia e se afastou quebrando o vinculo visual.
— Muito bom Sra. Snape! – Snape bateu palmas e um sorriso irônico tomou posse de seus lábios. – Legilimência! Nunca ninguém havia derrubado minhas barreiras antes. Sem dúvida é muito boa! Mas não o suficiente para entrar na mente do Lorde.
— Você é um desmancha prazeres. – resmungou ela. – Até mais ver, Sr. Snape.
Ravenah o deixou parado no corredor e seguiu para a cozinha. Quando chegou na cozinha o jantar já estava pronto e ia ser servido.
— Quer ajuda, Molly – ofereceu Ravenah
— Não precisa querida – disse Molly servindo a ultima travessa e sentando-se de frente para Elise e Sirius.
Depois do jantar Elise, Sirius e Ravenah foram para a sala da lareira para conversarem. Enquanto Molly arrumava a cozinha.
Minutos depois, Molly apareceu avisando que iria sair.
— Vai pegar o turno da noite, Molly? – perguntou Sirius
— Sim, vou substituir Dédalo. – respondeu ela. – Se você falar com os garotos, mande o seguinte recado: Ronald, Fred, Jorge e Ginevra estão proibidos de participar do grupo ilegal e que com certeza eles serão descobertos e expulsos e seus futuros estarão arruinados. Diga que mais tarde eles terão tempo o suficiente para aprender a se defender, eles ainda são muito crianças para se preocuparem com isso. E diga também para o Harry e a Hermione que eu os aconselho a desistirem dessa idéia. Não esqueça!
— Sim, Molly – respondeu Sirius. – Eu mandarei o recado.
— Obrigado, Sirius – disse Molly indo para a porta. – Tchau.
— Até mais. – respondeu Ravenah.
— Tchau – responderam Sirius e Elise.
— Então... – falou Elise depois de um tempo, quebrando o silêncio. – No primeiro final de semana livre o Harry e os amigos já criaram um grupo ilegal e secreto?
— Sim. – respondeu Sirius sorrindo. – Ele é muito parecido com o James, sempre atrás de encrenca.
— Harry me parece ser um garoto legal. – disse Elise. – Apesar de ter que viver sempre alerta e com um monte de pessoas o vigiando.
— Sim, ele é um bom garoto. – falou Sirius.
O silencio voltou a reinar na sala. Elise estava deitada no colo de Sirius e Ravenah parecia perdida em seus pensamentos.
— O que está acontecendo aqui? – perguntou Sirius.
— Nada – respondeu Elise. – Por quê?
— Nada? – perguntou Sirius. – Você não falou uma só palavra durante reunião e agora o silencio continua. Sem contar que você e Ravenah não se olham desde a reunião, não trocaram nem uma palavra.
— É impressão sua, Sirius – respondeu Elise. – Só estou sem assunto.
— É, pode ser. – respondeu ele.
Ficaram em silencio mais alguns minutos até que Elise avisou que iria dormir.
— Você vem Venah? – perguntou Elise do alto da escada.
— Sim, já estou indo. – falou Ravenah se levantando. – Boa noite, Sirius.
Ravenah chegou no quarto e Elise já estava deitada.
— Lis, você vai ficar me tratando assim por quanto tempo? – perguntou Ravenah
— Até você tirar da cabeça essa idéia estúpida de que tem que se aliar a Voldemort – respondeu Elise sem se virar
— Lis, não vou pedir para que entenda, pois já vi que não vai dar em nada. Lamento muito por sua atitude e... – começou Ravenah, mas foi cortada por Elise.
— Não tem o que entender Venah – falou Elise. – Você não vai se aliar a ele só para me salvar. Eu sempre correrei riscos, faz parte da minha profissão.
— Eu sei. – rebateu Ravenah - Mas enquanto eu puder te salvar, eu irei salvar. E, se for preciso me aliar a Voldemort para que continue viva, pode ter certeza que o farei. Boa noite.
Ravenah saiu do quarto batendo a porta com força.
SRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRS
Está aí mais um capítulo, nos perdoem pela demora. Devo confessar que a culpa foi minha. Sabe, faculdade e trabalho as vezes tomam muito de nosso tempo. Espero que apreciem.
Agradecimentos especiais a Lady Gray nossa beta e a todos que comentaram.
Obrigada:
Ninha Snape
Ginny Malfoy
Lady Gray
Carina Snape
B. Black
Aaamahmda
Ariadne Lasombra
Angela
SESESESESESESESESESESESESESESESESESESESESESESESESESES
Oi Gente, como a Ana já disse ai encima, desculpa pela demora. Esperamos que o capítulo esteja bom. Obrigada todo mundo que comentou:
Ninha Snape: Na... muito obrigada por sempre estar acompanhando e nos cobrando. Te adoro.
Ginny Malfoy: Dani... Valeu pelos coments, viu? Te adoro muito.
Lady Gray: Fê, minha beta querida, obrigada por tudo...
Carina Snape: Obrugada por comentar, espero que goste do capítulo
B. Black: que bom que você gosotu. Beijos
Aaamahmda: Está sumida, né? Obrigada pelo comentário.
Ariadne Lasombra: Amei o coment, valeu
Angela
Comentem please!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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