Lembranças de Um Passado

Lembranças de Um Passado



Capítulo VI

Lembranças De Um Passado

"Gina sentia seu corpo inteiro doer. Era sufocante e insuportável demais para ela agüentar por muito mais tempo.

-DRACO!- ela gritou, sentindo seus joelhos cederam e baterem contra o chão. Seu ventre doía, agora, mais do que nunca.

Ela sentiu algo viscoso e quente escorrer por entre suas pernas, e seu desespero apenas aumentou quando ela constatara que era sangue. Uma quantidade abundante de sangue acumulava-se no tapete da sala.

Draco desceu as escadas de três em três degraus, e logo parou na porta da sala, assustado por encontrar sua mulher sentada fragilmente no chão, com muito sangue em volta.

-Virgínia...

-Eu... estou sangrando, Draco...- ela disse, num fio de voz, olhando desesperada para o marido. Ele, claro, já notara que ela estava sangrando...

Mais do que rápido, Draco foi até a mulher e apanhou-a no colo o mais delicado que pôde, e pôs-se a correr para o carro.

-Hospital Witch Anna, Alderley Edge...- ele ordenou, e o carro acelerou, sozinho- RÁPIDO!

Ele virou-se para a mulher, no banco do passageiro, e viu que a cada instante mais sangue manchava suas vestes, além do banco do automóvel.

-Eu estou perdendo...o nosso bebê, Draco...- ela disse, a voz fraca e desesperada, lágrimas incessantes escorrendo pelo seu rosto.

-Shhh!- ele pediu- Não fala, meu amor...

O carro parou em frente à emergência do hospital bruxo. Draco saltou do carro e pegou Virgínia no colo, correndo pelo corredor da recepção, gritando a plenos pulmões por ajuda.

Um grupo de médi-bruxos fez Draco colocar a mulher numa maca e se afastar, ao que ele protestou.

-É A MINHA MULHER!- ele gritou, acompanhando a maca levada pelos médicos.

Eles não disseram nada, apenas levaram a maca para longe de Draco, ultrapassando uma porta indicando ‘Emergência’.

Draco deu um soco violento na porta, indignado por não poder acompanhar a mulher. Passou as mãos nos cabelos, sem se preocupara se estava sujando-os de sangue ou não.

Uma...duas...três...quatro horas se passaram até que uma médi-bruxa saísse da sala de emergência e lhe dirigisse a palavra.

-Luna, me diz o que a Virgínia tem...- ele pediu, segurando a mulher loura pelos ombros, que olhava-o com um semblante sério e compenetrado, exaltado pelos seus olhos azuis, grandes e expressivos demais- O que ela tem? Meu filho está bem?

-Draco,- ela começou, desvencilhando-se dos braços dele- a Gina está melhor, e não, ela não perdeu o filho de vocês- Draco soltou um longo suspiro- mas...- ele olhou para a mulher à sua frente, sobressaltado.

-Mas o que, Lovegood?- Draco lembrou-se de, dessa vez, chamar a mulher como sempre chamara: pelo sobrenome.

Luna mantinha os olhos expressivos em cima de Draco. Ela pegou o braço dele e guiou-o para a porta onde tinha a placa ‘Emergência’, e logo depois passaram por mais duas portas, chegando a um enorme corredor deserto, muito iluminado, mas mesmo assim parecendo sombrio. Ela, então, fez um sinal adiante, apontando para que Draco olhasse.

Ele olhou, e viu uma grande janela de vidro, separando-o do quarto onde Gina estava. Ela parecia muito fraca, a julgar pela cor cadavérica que ostentava sua face, além dos fios que ligavam seu corpo a máquinas de aparência estranha.

-Ela está bem?- ele insistiu em perguntar, não confiando na palavra da ‘médica esquisita, velha Di-Lua’.

-Ela vai ficar, não se preocupe.- novamente Luna mirou seus olhos azuis em Draco.

-O que mais tem de errado, Lovegood?- ele perguntou, desconfiado. Ela resolveu ir direto ao ponto:

-Você lembra das palavras ‘dele’?- Draco apertou as mãos, e não fez o mínimo esforço para saber do que Luna estava falando.

-O que ‘ele’ ainda tem a ver com a Virgínia?- Draco quase gritou- Ele já não se foi?

-‘Ele’ sim, Malfoy, mas as suas palavras ficaram como marcas em Gina, você deveria saber disso mais do que ninguém.

-Eu sei, eu sei!- ele disse, impaciente.

-Acalme-se, Malfoy- Luna mandou- desse jeito você não vai me ajudar com as coisas.

-E quem disse que eu pretendo te ajudar?- Luna deu de ombros- Eu pretendo ajudar a minha mulher, isso sim.

-"timo, então coopere e me ouça, certo?- e antes que Draco pudesse falar mais alguma coisa, Luna prosseguiu- Desde que a Gina me disse sobre as palavras ‘dele’, há muitos anos, eu venho tentando entendê-las. Eu sabia que o que ‘ele’ queria dizer era sobre os filhos que ela teria, claro, está dito nos últimos versos. Mas eu não entendia o que ‘ele’ queria dizer com ‘Ao primeiro salvarás, e este será tua fortaleza, tua vida’.

-E agora você entende?

-Não me atrapalhe, Malfoy.- ele falou algo grosseiro para ela, mas que passou longe de afetá-la- Durante cinco anos eu pesquisei essa frase, estudei-a, recorri aos mais diversos livros, conheci profecias milenares e, finalmente, alguns meses atrás eu encontrei a resposta.

-Você o quê??

-Cala a boca, Malfoy! Eu estou falando, certo? Seja educado ao menos uma vez na sua vida!- Luna ralhou, mais impaciente do que gostaria- Deixa eu me explicar melhor. Gina está com doze semanas, não é mesmo?- Draco apenas assentiu com a cabeça- Desde o começo eu soube que seria uma gravidez de risco, e eu falei isso a ela. Os desmaios freqüentes, enjôos excessivos, tonturas... tudo estava anormal demais na gravidez dela. Está certo que algumas grávidas têm todos esses sintomas, mas em Gina estava realmente anormal. Aos poucos ela ficava fraca, e vitaminas e poções não mais bastavam, você deve ter percebido.- Luna guiou Draco até um dos consultórios, onde ela sentou-se de frente a ele, um de cada lado da escrivaninha- Consultei um livro de profecias, nem sei mesmo porque, mas o fato é que a explicação para tudo o que se passa com Gina estava lá. A frase ‘Ao primeiro salvarás, e este será tua fortaleza, tua vida’ estava lá, com todas as letras.

-Mas...- Draco apenas sussurrou, mas desistiu de falar quando Luna ergueu sua mão.

-A Gina deve ter te explicado toda a história, não é mesmo?- ele assentiu- Apenas alguém muito poderoso que a tenha tocado com seu sangue no sangue dela poderia ter proferido tal frase, e executado o feitiço que ela carrega com perfeição.

-Então é isso?- Draco sentiu-se péssimo com o que Luna lhe havia falado.

-O sangue de Gina circula no sangue do filho de vocês, mas será preciso que, imediatamente após o nascimento, ele sinta o sangue dela em suas veias, para assim poder continuar a viver.

-Eu não entendo, Luna...- voltou a chamá-la pelo primeiro nome num momento de fraqueza- Quero dizer, o que vocês pretendem fazer...

-Seria algo como uma transfusão de sangue, Malfoy, minutos depois de o bebê nascer.

-Mas a Virgínia vai estar fraca demais para isso...

-‘...e este será a tua fortaleza, tua vida’- Luna repetiu as últimas palavras da frase- o bebê é a vida da Gina, Malfoy, assim como Gina é a vida do bebê.- Draco sentiu-se afundar na cadeira, seu coração falhando alguns batimentos e, como se já não bastasse, Luna ainda disparou- Se o bebê morrer, Malfoy, a Gina também morre, e vice-versa. Não há como reverter o feitiço ‘dele’.

-Para sempre?- Draco perguntou, num fio de voz.

-Creio eu que nada seja para sempre, Draco. Mas Gina e o filho de vocês estarão ligados por muito tempo. Haverá um elo, um laço entre os dois que dificilmente será desfeito. Mas...

-Mas...?

-Mas nunca se sabe.- ela disse, por fim."

Peter entrou por debaixo das cobertas na cama da mãe, pousando sua cabeça no travesseiro ao lado dela, e depois ficou a olhá-la. Gina parecia aflita instantes antes, como se estivesse sonhando algo ruim. Aliás, Peter sabia que era exatamente isso o que acontecia com a mãe, pois ele próprio acabara de ter um pesadelo.

Virgínia não dava sinais de que fosse acordar tão cedo. No momento, ela não mais parecia estar tendo pesadelos, ao invés disso, estava bem mais calma e serena.

A campainha tocou. Peter perguntou-se quem seria àquela hora da manhã. Seu pai não poderia ser, já que ele ficara de ir buscá-lo apenas ao fim da tarde, se não, só depois que anoitecesse.

-Senhorzinho Malfoy?- os olhos do tamanho de bolas de tênis de Hally, a elfa, acompanhados de perto pelas orelhas pontudas, apareceram por detrás da porta do quarto- A Sra. Potter está aí, quer falar com a Sra. Malfoy...- a criatura disse timidamente. Peter ergueu-se com cuidado da cama, para não acordar a mãe, e dirigiu-se à sala de entrada.

-Tia Loony!- Peter gritou, antes que chegasse ao pé da escada. Luna olhou para o afilhado e sorriu, apanhando-o nos braços e beijando-lhe a bochecha em seguida.- Faz tempo que eu não vejo a senhora...- ele reclamou.

-Quatro meses, eu sei...- ela disse, rolando os olhos extremamente azuis, e logo depois fitando de uma maneira sonhadora os olhinhos cinzas de Peter. Luna ainda mantinha algumas características de adolescente, como o jeito sonhador e, por vezes, distraído- A tia Loony andou ocupada fechando negócios para vender a revista The Kibbler para as empresas d’O Profeta Diário...

-Não vai haver mais The Kibbler?- ele perguntou, com um semblante triste no rosto. Luna sorriu-lhe carinhosamente.

-Claro que vai. A tia Loony só não vai mais ser a dona dela, entende? Acho que a revista não precisa mais de mim. Sou mais a profissão de médi-bruxa curandeira, se quiser saber.- Peter riu- É sério, é muito mais divertido ver sangue do que procurar matérias sensacionalistas sobre os Agulhões Bicórnios, por exemplo...- então ela parou, revisando a frase que acabara de falar, e depois acrescentou- Caramba, eu sou sádica!- Peter riu mais ainda, divertindo-se com o jeito da madrinha.

-Veio ver a mamãe?

-É, eu vim ver como ela está.

-Ela tem tido muitos pesadelos ultimamente.

-E você também, não é?- ele assentiu.

-Mas eu não me preocupo comigo, eu não me importo com esses pesadelos. Mas ela se assusta muito, e fica agitada também... e eu acho que isso não é bom, sabe, para... o bebê...- Luna franziu o cenho.

-Sua mãe está grávida?- o garotinho fez que sim com a cabeça, ao que Luna mostrou uma expressão preocupada no rosto.- ", Céus...- Luna botou Peter no chão e ajoelhou-se perante o afilhado- Eu posso vê-la?

"Gina parou ao lado da porta, encostando-se no batente. Olhou para o filho e o marido, sentados no tapete da sala, próximos à lareira, brincando com um jogo chamado ‘Witchcraft - Bolsa de Valores’.

Peter, à época com quatro anos, parecia perfeitamente o que fazer quando comprou as ações do pai, do Gringotes, por 1.000 galeões e vendeu-as por não menos que 10.000.

-Hei, garotão. Você está muito esperto para o meu gosto, sabia?- Draco passou as mãos nos cabelos, e Gina viu o filho repetir exatamente o mesmo gesto do pai, segundos depois.

Os dois pareceram não notar a presença dela ali, pois ainda continuavam a jogar, comprando e vendendo ações da Dedosdemel, do Três Vassouras, Gemialidades Logros & Brincadeiras, e até do Museu Harry Potter de Arte e História da Magia.

Ela aproximou-se lentamente, sentando-se numa poltrona logo atrás deles. Inconscientemente ela levou a mão à barriga, sentindo, vez por outra, o bebê de cinco meses mexer-se.

Alguns minutos se passaram até que, de repente, Peter olhou para a mãe, parecendo assustado. Draco olhou para a mulher, notando-a ali, e sem entender muito o olhar do filho, apenas sorriu.

Gina mordeu os lábios, sentindo uma pontada forte no seu ventre. Peter correu para a mãe, segurando-lhe a mão com carinho, na tentativa vã de fazê-la acalmar-se.

-Draco...- ela arfou, segurando a barriga.

Ele olhou para o ventre da mulher e viu que o sangue que escorria das pernas dela já se acumulava na poltrona e em suas vestes. Virgínia pegou uma almofada mais próxima e colocou-a no colo, tampando o sangue para que Peter não visse.

-Filho, vamos para a casa da vovó Cisa, certo?- a criança ia protestar algo, mas não teve tempo. Draco apanhou o filho e botou-o na lareira, jogando um pouco de Pó de Flu e ele mesmo disse- Casa de Narcisa Lupin!- e Peter foi sugado pelas chamas verdes.

Sem demorar, Draco correu até a mulher, vendo-a sangrar desesperada no sofá. Não havia tempo para carros. Pegou Virgínia no colo e desaparatou para o Hospital.

Inferno. Era exatamente assim que se podia definir aquele lugar, somado ao seu estado de espírito, angustiado e preocupado com a mulher, que já estava na sala de emergência há duas horas.

-Draco...- ele olhou para quem o chamara e viu Luna. Suas expressões contorcidas e tristes juntaram-se ao ausente brilho do seu olhar e Draco soube que as notícias não poderiam ser piores."

Gina revirou-se na cama, sentindo-se desconfortável. Ela abriu os olhos, encontrando o filho a fitá-la. E, logo atrás dele, um par de olhos azuis a olhavam, Luna parecia muito preocupada com a amiga.

-Olá, ruiva.- Luna mostrou um meio sorriso, ainda mantendo um tom sério na voz.

-Luna...?!- Gina piscou algumas vezes antes de se sentar na cama e olhar melhor para a amiga- O que você está fazendo aqui?

-Bem, se eu soubesse que eu seria recebida desse modo pela dona da casa eu nem teria vindo...- Luna brincou.

-Não faz drama, Luna Lovegood!- ela sentou-se na cama, esfregando os olhos.

-Você está bem?

-Meu braço dói...- ela comentou- acho que dormi em cima dele.- Gina virou-se para o filho e sorriu- Peter, meu amor...

-Tá bom, tá bom, já estou indo, mamãe...- o garotinho disse com graça, dando um beijo na mãe, um na madrinha, e logo depois saindo do quarto.

-Seu filho é ótimo.- Luna falou.

-Eu sei disso.- Gina viu a amiga adquirir uma expressão séria, incomum ao seu rosto sonhador.

-Por que você não me contou, Gina?

-Porque não deu?- ela tentou, e Luna fez uma cara de que não acreditava em uma letra de suas palavras- Certo, porque eu esqueci, e afinal das contas, eu já sei como termina essa história toda, Luna. Não ia adiantar nada eu te contar que estou grávida de dois meses se... se...- Gina suspirou fundo, antes de abraçar Luna e começar a chorar.

-Hei! Hei! Vamos nos acalmar?- Luna pediu.

-Eu disse pro Draco que o filho não era dele, Lu... eu menti pra ele porque eu estava com raiva...é claro que é dele, aquele idiota... eu queria que ele sentisse na pele um traição... mas parece que ele não se afetou, ele está frio e estranho... o que fizeram com o meu Draco, Lu? Ele não era assim...- Luna abraçou a amiga com força, na tentativa frustrada de fazê-la se acalmar.

Palavras cruéis começaram a atormentar a mente de Gina. Palavras ditas a ela quando ela era apenas uma adolescente, de 17 anos. Frases maldosas, ditas com malícia.

Imagens obscuras penetraram sua mente e corroeram seu coração, fazendo-a lembrar-se de épocas que ela queria simplesmente esquecer.

"-Voltamos a nos encontrar, doce Gina...- a garota tentava se soltar das cordas que a prendiam, mas era inútil.- Doce Weasley... será que teu querido e amado Potter virá salvar-te? Ah, não, talvez aquele parvo Malfoy venha... é com ele que namoras, não?

Voldemort aproximou-se de Gina, que sentiu seu corpo tremer. Ela olhou para os lados, observando os corpos caídos de seus amigos, se mortos ou desmaiados, ela não saberia dizer.

As mãos pálidas e frias do bruxo tocaram seu rosto, acariciando-o de uma maneira quase obscena e possessiva. Ela sentiu-se enojada, querendo mais do que tudo que aquele martírio acabasse.

-És bela, Virgínia, muito bela...- um sorriso fino e malicioso surgiu na face cadavérica do bruxo, e Gina sentiu medo, mais do que em qualquer outra fase de sua vida.

Ela sentiu as mãos dele percorrerem seu rosto e seu pescoço, passando pelos ombros e pelo colo, descendo à curva dos seios. Ela sentiu seu corpo retrair-se, assustado. O medo crescente a fazia desejar morrer, somente isso. Morrer.

-Ao primeiro salvarás, e este será tua fortaleza, tua vida- Voldemort sussurrou ao ouvido dela, descendo suas mãos pela barriga dela e parando em sua cintura- O segundo não chegarás a ver. Já ao terceiro, nada se pode dizer, vitória perdida.- o bruxo fitou os olhos castanhos da garota, e aproximou seu rosto do dela, até que seus narizes se tocassem- O quarto será concebido durante os desconexos de uma noite- ela sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto no momento em que Voldemort levava a mão à calça dela e desabotoava-lhe o botão- E a este, chamarei de meu filho.

Uma das mãos do bruxo acariciou a curva do pescoço de Gina. A mão dele era fria e cortante, passava-lhe uma sensação de angústia, desespero e dor. E então, como se a dor a consumisse, ela fechou os olhos, e não sentiu mais nada.

Quando acordou, a primeira coisa que viu foi um par de olhos cinzas a fitar com preocupação.

-Virgínia...

-Draco...- ele a abraçou, com força, temendo perdê-la.

-Eu te amo...- e esta foi a primeira vez que Draco Malfoy dissera que a amava, ou melhor, ela foi a primeira garota para quem ele dissera tais palavras."

-E a mamãe?- Peter perguntou, estendendo uma caneca de chocolate quente para a madrinha.

-Está dormindo.- Luna respondeu, saboreando o chocolate- Ela estava muito agitada então, eu dei um calmante para ela.

-Ela vai ficar bem?

-Ela só está agitada, Peter...- a campainha tocou, e foi ouvida por toda a casa.

-É o meu pai.- Peter deu de ombros, largando a caneca em cima da mesa. Em poucos segundos Draco apareceu na porta da sala, e encarou Luna e o filho.

-Vamos, Peter- ele disse seriamente.

-Olá pra você também, Malfoy.- Luna falou educadamente e Draco deu com as mãos.

-Dê adeus para a Lovegood, Peter, e vamos embora.

O garoto abraçou a madrinha de um modo carente, como se pedisse ajuda a ela, para que não deixasse que o pai o levasse dali.

-Dá um beijo na mamãe por mim, OK?- ele disse.

Draco pegou a pequena mochila do filho, quase esquecida no sofá, e chamou-o novamente para irem embora. Luna viu Peter suspirar profundamente antes de sair pela porta da sala, segurando, desconsolado, a mão do pai.

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