Motivos
Capítulo III
Motivos
N/Rbc: Certo, certo... algumas pessoas acharam exagerado o desmaio da Gina no capítulo anterior... e querem a verdade? Eu também achei! E meio que eu o fiz mais por impulso, porque esta é uma FanFic do gênero drama..., do que por qualquer outra coisa... Mas então, eis que eu resolvi explicar o desmaio... e outra, eu acho que eu exagerei neste capítulo, não sei, acho que em certas partes ele ficou pesado demais e tudo. Mas peço: me desculpem se eu tiver exagerado, não foi por mal! Mas o comecinho eu achei romântico, só pra quebrar o clima dramático... mesmo assim: eu odiei esse capítulo!
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"Gina sentou-se no parapeito da janela, admirando o seu marido distraído na cozinha. Ela jamais imaginara ver Draco Malfoy, algum dia, parado à frente de um fogão, preparando ovos mexidos com bacon.
E o melhor de tudo não era ver que ela era responsável por fazê-lo cozinhar, ato esse que tornara-se constante de uns tempos para cá, mas ver Draco apenas de calça, com um meio avental e um chapéu de chef... aquela visão aguçava-lhe os sentidos...
A calça preta colada ao corpo, pouco mais apertada no traseiro... ah... aquilo era realmente uma perdição... o peito do lado de fora, mostrando o tórax bem definido e, sobretudo, aqueles finos pêlos negros que subiam-lhe pela barriga...
E, subindo mais um pouco, Gina podia ver Draco de perfil: os lábios, que se juntavam num sorriso misterioso, os olhos cinzas, que às vezes olhavam-na de soslaio, como se a intimidasse..., os cabelos louros, que se juntavam atrás da orelha, sob o chapéu branco de chef... aquela visão era tentadora demais...
-Draco...- ela chamou, surpresa por ter perdido a voz antes mesmo de terminar de falar o nome dele.
Ele olhou-a e sorriu. O mesmo sorriso misterioso que tanto a encantava... Draco piscou um olho para ela e mandou-lhe um beijo no ar.
-Sim...- ele tornou a virar-se para o fogão e, segundos depois, retirou a panela do fogo, colocando a porção de ovos num prato e levando-o à mesa. Logo depois ele foi até ela e abraçou-a pela cintura, trazendo-a mais para perto do seu corpo- Você está linda hoje, sabia?
Ele passou os dedos levemente na nuca dela, sentindo o corpo dela reagir instantaneamente. Ela nunca saberia explicar como um simples toque de Draco pudesse levá-la à loucura, fazendo-a esquecer do que estava prestes a falar instantes antes. Ele, mais do que depressa, puxou-a para o seu colo e beijou-a, de uma maneira apaixonada.
Gina passou a mão no peito nu de Draco, sentindo os músculos dele enrijecerem. Ela sorriu, junto aos lábios dele.
-E você, com toda essa pose de chef de filme erótico me deixa louca...- ele fitou os olhos castanho-avermelhados dela.
-Chef de filme erótico, é?- perguntou, com os lábios retraídos a um canto- E qual é o seu papel nesse filme?
-Deixe-me pensar... que tal a ‘cliente morta de fome’?- ele apanhou os lábios dela, parecendo excitado demais...
Gina mantinha suas mãos passeando pelo peito de Draco, enquanto ele explorava o corpo da mulher. Até que ela levou as mãos à calça dele, desabotoando-a, e ele, mais do que depressa, tratou de tirar a saia dela e depois desabotoou-lhe a blusa.
-Sabe aquele meu sonho?- Draco sussurrou ao ouvido dela- Podemos tentar de novo agora, talvez dê certo...- ela parou com as carícias e fitou os olhos cinzas dele, sorriu e disse:
-E se nós já tivermos conseguido?- ele franziu o cenho- Podemos tirar a prova em sete meses...
-Então podemos fazer um irmãozinho pra ele agora...- ela sorriu divertida.
-Você é um bobo, Draco Malfoy...- ele olhou-a de um jeito sedutor, dando um meio sorriso.
-Um bobo chef de cozinha de filme erótico..."
Gina se mexeu desconfortável na cama, sentindo-a dura e elevada demais. Ao longe, quase que num sussurro, ela ouvia vozes:
-Ela vai ficar bem?
-Deve acordar em algumas horas, Sr...
-Lupin, por favor.
-Claro, Sr. Lupin, ela irá acordar em algumas horas. Nós já demos uma poção para que ela dormisse um pouco mais, é, não deve acordar em menos de três horas.
-E vocês já sabem por que ela desmaiou?...- mas a voz pareceu longe demais para que ela ouvisse o resto da conversa.
"Ela parou à frente de casa e riu consigo mesma. Provavelmente, se aos dezesseis anos tivessem dito a ela que em dez anos ela estaria casada com Draco Malfoy e com um filho, ela gargalharia na cara da pessoa.
E no entanto, ela estava mesmo casada com o mimado Draco Malfoy, e tinha um filho maravilhoso...
-Bom dia, Sra. Malfoy.- o segurança da casa falou, muito sério, para a mulher ruiva que acabara de chegar.
-Meu marido está em casa?
-Ah, sim senhora, e ele tem visitas.- Gina pareceu pensar melhor sobre o que o segurança lhe dissera. Visitas? Para Draco? Em casa?
Raramente Draco recebia visitas em sua própria casa. Na maioria das vezes ele nem recebia visitas mesmo, e quando recebia, eram de trabalho e, por isso, ele marcava reuniões no escritório, mas nunca em casa.
-Hei, hei, calma, garotas...- Gina foi em direção à cozinha, seguindo as vozes alegres e ‘altas’ que vinham de lá- Vão com calma, certo? Parkinson, não pegue... nesse lugaaaar...
-Ah, Draquinho... já te disseram que você é lindo?- Gina franziu o cenho, não querendo acreditar que aquela voz, vulgar e histérica, era de quem ela estava pensando que era.
-Hei, Chang... você está exagerando colocando a mão aí, eu posso não resistir... Parkinson... não, dentro da calça não...
Gina sentiu seu coração parar por alguns breves segundos. Sua mente raciocinava rapidamente, de modo a duvidar que tinha mesmo ouvido os nomes Parkinson e Chang numa mesma frase, e pior ainda fora a frase ‘dentro da calça não’.
Ela adentrou a cozinha, cautelosamente. A princípio ela viu Draco, próximo ao fogão. Uma visão bela. Fazia anos que ele tornara-se um ótimo cozinheiro, e Gina apreciava os dotes, todos eles, do marido.
A costumeira calça preta, o meio avental, o chapéu de chef... o peito nu... Porém, o que ela não esperava era ver duas mulheres ao lado dele. Uma delas era Pansy Parkinson e outra era ninguém menos que Cho Chang.
Ambas se vestiam vulgarmente, com saias muito curtas e blusas muito decotadas. Mas o pior de toda aquela cena, era ver a Parkinson se esfregando no peito dele, enquanto a Chang o tocava por dentro das calças, e ver que ele estava gostando das investidas delas, fazia Gina corroer-se por dentro. Pela segunda vez naquele dia ela sentiu seu coração parar...
-Ora, ora... olha quem está aqui, Draquinho...- Cho fitou os olhos de Gina e sua voz saiu fria, machucando a ruiva ainda mais.
-Querida...- Draco virou-se para ela e sorriu- por que não vem até aqui, meu amor? Junte-se a nós...- ele falou, um tanto embriagado demais, soando ao mesmo tempo irônico e frio. Um tanto que há mais de dez anos Gina não ouvia sair da boca dele.
Gina sentiu sua respiração ficar pesada demais, e seus olhos começarem a lacrimejar. Mas, mesmo assim, ela manteve-se forte e, com dez anos de convivência com um Malfoy, aprendera muito bem a esconder seus sentimentos e dissimular suas ações.
-Eu não achava que você era tão vil, Draco.- ela soou o mais fria possível. Chang e Parkinson começaram a gargalhar. Draco tomou Cho Chang nos braços e a beijou, de um jeito vulgar, enquanto ela ainda o tocava por dentro das calças.
Logo depois Pansy entrou em toda aquela brincadeira erótica, fazendo Draco sucumbir aos toques das duas. Gina não soube exatamente quanto tempo ficara vendo toda aquela cena, mas não esperou que Draco terminasse de brincar com elas na sua frente."
Gina abriu os olhos, fitando as luzes acesas no teto. Ela ainda piscou algumas vezes, sentindo, em alguns momentos, sua visão se distorcer, fazendo-a enxergar tudo em dobro.
-Gina, você está bem?- ela fitou o homem à sua frente, reconhecendo-o pela voz: Lupin.
-Estarei quando você parar de rodar...- ela disse, com a voz embargada- Eu... o que aconteceu?
Lupin ainda hesitou por alguns instantes, olhando para Gina à sua frente, que agora parecia tão vulnerável.
-Você se lembra do que aconteceu, Gina?- foi então que as lembranças invadiram a mente dela.
-O juiz deu a guarda do Peter pro Draco...- ela sussurrou, num fio de voz- e depois eu... não sei... eu desmaiei... eu acho...
-E você sabe por que você desmaiou?
-Por causa da emoção, creio... eu fiquei abalada demais quando ouvi a voz do juiz...
-Gina,- Lupin falou num tom ao mesmo tempo grave e carinhoso- você está grávida.
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