A Invasora
Ellen abriu a porta respirando profundamente. Ela não cabia de felicidade, pela primeira vez, ao menos UMA VEZ!
Quando entrou, percebeu uma estranha movimentação no quarto. Ela sabia que não era o Lorde dessa vez, pois tinha certeza de que ele estava jantando. Ela virou-se e encarou o quarto vazio. Alguém estava escondendo-se ali. Ela olhou para a penteadeira e percebeu que realmente alguém estivera ali.
— Quem está aqui? – Ellen falou enquanto estreitava os olhos, tentando enxergar no escuro. Não acendera a luz, mas depois de tanto tempo no escuro, seus olhos se acostumaram. Ela percebe um vulto no canto onde o armário e a outra parede faziam um canto.
Sorrateira ela se aproxima até onde a pessoa parecia não vê-la. Quando ela chegou bem perto, a pessoa se desesperou, mas Ellen foi mais rápida e pegou a varinha da mão da invasora.
— Lumus! – ela falou apontando a varinha para a cara da pessoa.
Uma garota! Ela apontava a varinha para a cara da menina que era do seu tamanho também e parecia assustada.
— Quem é você? – Ellen perguntou novamente, estreitando os olhos desconfiada.
A menina empinou o nariz. Será que naquela casa só existia esse tipo de pessoa? Ellen até agora não conseguira achar uma pessoa que não fosse arrogante lá dentro.
— Do que lhe interessa?
— Eu habito esse quarto agora e quero saber quem entra e sai dele. – se era pra vestir a carapuça de arrogante, ela vestiria.
— O Draquinho foi quem me falou para usar este quarto. Este quarto é só meu e dele! – ela tinha uma voz melosa e horrível.
— Bom, infelizmente este quarto “seu e do seu Draquinho” foi ocupado por mim e pelo Lorde das Trevas. Então eu sugiro que vocês escolham outro quarto para suas relações – ela falou com um sorriso maldoso, pois acabara de lembrar que o nome do filho dos Malfoy era Draco. Que romântico aquele apelido... Draquinho! Ellen ri internamente e é tirada de seus devaneios pela voz irritante da garota.
— Como ousa inventar uma barbaridade dessas? O Lorde das Trevas?
— Olha, pelo que vejo acho que o pai do “Draquinho” – ela não conseguiu conter um risinho perverso – não esta sabendo das relações amorosas dele. Se soubesse não teria escolhido justo esse quarto para hospedar-me.
A garota ficou vermelha quando Ellen disse aquilo, mas logo ficou lívida de raiva com o que ela falara. Ela estava utilizando o apelido de Draco para tirar um sarro da cara dela e ainda insultando-o!!
— Não fale o apelido do Draco! Só eu posso falar!
— Ah! Quer dizer que só as amantes falam? Obrigado por me avisar, pois se eu for a próxima, vou mudar esse apelido! – ela não conseguiu conter a gargalhada, segurando a barriga e sentando-se na cama.
A garota tinha ficado furiosa e partiu para cima de Elle,n que atirou a varinha pro lado para brigar. Fora uma luta furiosa entre as duas até ser interrompida por alguém. Ellen estava apenas descabelada, mas a outra tinha arranhões profundos nos braços e os cabelos estavam piores que os de Ellen. No rosto havia um arranhão que atravessava sua face de um canto á outro. Valia a pena ter experiência em briga de rua! Quando Ellen foi afastada, não tentou voltar á briga. Apenas se afastou enquanto a outra era segurada pelo apartador.
Ela ria abertamente, enquanto arrumava seu cabelo com estilo. Não acontecera nada com ele, mas a menina tinha perdido um tufo de cabelo, que jazia no chão. Havia sangue em uma parte do cabelo dela. Ellen percebe alguns fios de cabelo de sua oponente em suas mãos e tira-os, jogando junto dos outros.
A luz de repente se acende. O apartador da briga era o tal “Draquinho”. Isso só fez Ellen sorrir ainda mais, nos seus olhos havia uma perversidade inigualável, que nem ela pensou que poderia ser capaz daquilo.
— Que romântico! O amante veio salvar a pobre donzela... e a beleza dela foi arruinada por uma medíocre “criança”. – ela tornou a rir. Ela não conseguia parar, aquela situação era de chorar de rir.
— O que você fez com ela!? – ele falou alto para Ellen. A garota começou a chorar, encostada no peito dele.
Ellen deitou-se de lado, apoiando o cotovelo no travesseiro e apoiando a cabeça.
— O que eu fiz? Fiz mais do que minha obrigação, salva-guardei meu território, ou seja, este quarto, de uma invasora! Além disso, ela tem muita sorte que eu vim primeiro que o Lorde, meu bem, pois se ele tivesse vindo junto, ela ia é estar agora no caixão e não em seus braços! – ela tinha um sorriso indiferente para aquela cena que provavelmente deveria ser comovente.
Ele tinha os olhos postos em Ellen, que ainda sorria. Ele então pegou a varinha da garota, que estava jogada no chão, e foi caminhando para fora, carregando–a junto, provavelmente indo dá-la um calmante. Ellen virou-se para a janela que mostrava as estrelas. Dia Perfeito! Ela sorri e apóia a cabeça no travesseiro, logo depois se virando para deitar. Infelizmente perdera todo o sono depois daquela briga emocionante. Apesar de ser fácil, ela tivera uma coisa realmente emocionante para fazer.
Ela ainda contemplava as estrelas quando o Lorde entrou no quarto. Ellen tinha um enorme sorriso ainda e o quarto estava todo revirado. O armário estava aberto e algumas roupas estavam caídas, outras rasgadas. A penteadeira estava torta. O quarto inteiro estava bagunçado, incluindo sua cama.
— O que aconteceu aqui, Ellen? – ele falou, existia já um sinal de que ele se irritaria dali uns minutos, qualquer resposta que desse.
Ela olhou angelical, retirando o sorriso.
— Fiquei um pouco nervosa. Aquele garoto estava me irritando. – ela falou novamente olhando para a janela.
— VOCÊ BRIGOU COM O MALFOY? – ele falou indignando-se com a resposta dela, deixando-a em duvida sobre o porquê.
— Claro, não ia deixar barato. – ela falou parecendo que aquilo era muito normal.
— E POR QUÊ?
— Ele veio aqui e ficou me assediando.
Ele não acreditou nela, mas ainda estava com raiva. Ela praticamente tinha destruído o quarto! Se as destruições que ela fazia com ele perto já eram ruins, essa que ela fez sozinha, COM CERTEZA foi a pior de todas. Ele pensara que ela já tinha desistido de aprontar, já que estava “quieta” por uns bons três meses.
Foi quando ele olhou aos pés da cama, onde haviam cabelos espalhados por todos os lados, e não eram loiros e nem negros. Ellen tinha brigado com outro alguém e não queria dizer. Ele então se aproximou dela.
— Com quem você brigou? – ele falou, imediatamente tentando ler a mente dela. Infelizmente, dessa vez ele conseguira. Viu toda a briga, todos os insultos que ela tinha feito á menina e como ela estava se divertindo com a situação.
Ellen não estava muito interessada em ficar escondendo uma coisa daquelas, e também não queria se dar o trabalho de ficar falando o que tinha acontecido. Ela apenas observou-o bem e depois se virou para dormir.
Será que o dia seguinte seria emocionante que nem aquele? Ou tão divergente? Começando tedioso e se transformando naquela emoção? Tomara, assim teria mais coisas em que devanear e fazer...
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