O Diario de um Potter



Sou Tiago Potter, estou aqui escrevendo essas merdas de palavras porque acabei de ver a pior cena da minha vida, mas primeiro vamos falar da minha garota. Ela se chama Lílian Evans que por acaso é a garota que eu amo. Não posso desabafar com meus amigos, pois seria pior... Se falasse com Sirius provavelmente ele iria dizer “Bem feito... Quem mandou gostar de uma doida daquelas!”, Com o Remo não ia adiantar, ele ia escutar enquanto lia um livro e nem prestaria atenção no que eu digo. O Rabicho... Hmm... Não, o cara só sabe comer...

Estava eu indo para mais um aula chata de Herbologia, eu e meu lírio estávamos meio brigados. Quer dizer, ela estava chateada comigo porque eu roubei um beijo dela na frente da escola inteira. Pois é, eu tava indo pra aula quando eu vejo o seboso andando do lado da Lily, fiquei furioso como de costume e quando eu fui tirar alguma satisfação, a Lily beijou ele... Tenho certeza que foi só para me fazer ficar mal desse jeito, mas mesmo assim ela beijou o ranhoso!

Pois é, imagina se eu contar isso pro Sirius, ele vai dizer pra eu nunca mais chegar perto dela porque ela vai ta infectada... Eu vou fazer isso mesmo. Ela sabe que eu a amo porque eu já disse isso, se ela me ama também ela que corra atrás de mim!


Harry lia atentamente o diário, e até ria de como seu pai escrevia aquela angustia. Ele agora estava na parte onde Tiago contava como bateu no ranhoso depois da cena. Nunca se sentiu tão próximo de seu pai, de sua mãe. De uma família, continuava a ler todos os acontecimentos narrados por Tiago.

Tiago depois de se casar com Lílian continuou alimentando seu diário, na maioria das vezes era ele quem engolia suas tristezas, apesar de que agora só tinha alegrias junto de seu lírio...

Acabo de chegar de uma das maiores batalhas da minha vida. Graças a Mérlin Lílian está para ter nosso bebe e não podia trabalhar naquelas condições. Bom apesar de eu não estar muito ferido estou um pouco amedrontado. Sim Diário, estou amedrontado.

Estava eu trabalhando em minha sala, fazendo o relatório de uma missão que havia completado, quando fui informado sobre um ataque ao Beco Diagonal, claro que como um dos melhores aurores do ministério, tive de ir parar aquele ataque. Havia mais ou menos 20 bruxos vestidos de preto e que se auto-intitulavam Comensais da Morte. Eles eram liderados por um cara feioso que Dumbledore disse se chamar Voldemort.

Éramos os primeiros reforços, Sirius tratou de derrubar três caras que estavam de costas a ele, eles estavam torturando uma criança. Quando vimos àquela cena nosso sangue esquentou e já estávamos furiosos. Iríamos derrubar até Mérlin se ele estivesse ali, mas aqueles bandidos eram bons, desgraçados, mas bons. Eu e Sirius éramos os últimos ali que lutavam firmemente, nosso grupo já havia caído perante aqueles vagabundos. Estávamos encurralados e o líder deles veio falar com a gente.

Foi nessa hora que minhas pernas ficaram bambas. Aquele sujeito conseguiu me deixar mais furioso ainda, ele disse que ia matar meu filho que iria nascer, iria matar a minha família, iria torturá-los. Ele só não conseguiu falar mais nada porque eu saí igual doido mandando feitiços. Mas eu estava desestruturado e perdi facilmente, Dumbledore chegou nessa hora e parece que esse tal de Voldemort tremeu diante daquele velho mago... Dumbledore sempre surpreende. Depois disso ele fugiu rapidamente.


Harry já estava meio triste com o desenrolar da história. Antes seu pai quando escrevia no diário se mostrava um Tiago forte e brincalhão, mas agora a situação já mudara, Tiago estava receoso e cheio de incertezas. Nessa hora o garoto exclamou uma de suas frases preferidas, “Maldito Voldemort!”.

Hoje meu pai deixou, finalmente, que eu entrasse no cofre principal da família. Agora entendo porque ele havia esperado tanto tempo até ter me deixado entrar. Hoje descobri que sou um Griffindor, isso me deu forças pra continuar nesta guerra e proteger minha família com unhas e dentes! Não vou deixar Voldemort chegar perto deles, ainda mais agora que o pequeno Harry acabara de nascer.

Harry deixou as lágrimas correrem pelo seu rosto. Tiago continuava a contar tudo àquilo que Harry havia passado ao entrar no cofre, como foi saber que era um Griffindor, mas Tiago deixava claro que seu pai lhe escondia muitas coisas. Harry chegou ao final do diário, que ocupava só metade do livro. Resolveu ir passando as páginas em branco para ver se achava algo.

Não tenho tempo de escrever, Harry, lute com todas as suas forças, sei que um dia virá este diário e lerá esta parte. Não fique triste, pois morremos para salvar sua vida. Sei que sua vida não será fácil e sei que você terá de matar o cara de cobra, mas não desista! Estaremos sempre com você.
Dumbledore me falou sobre a profecia, Harry e agora Voldemort está vindo nos matar, não temos tempo de fugir então teremos de enfrentá-lo. Sei que vamos morrer, por isso deixo este diário no Gringotes para um dia você o ver. Vá atrás do passado Harry, o poder está no passado! Procure o Livro que você viu nas memórias de Godric, ele pertencia a Biblioteca de Alexandria. Vá atrás do conhecimento dos antigos sábios, o futuro depende dele. Adeus, meu filho.


Aqueles eram os momentos finais, Tiago deu sua vida para escrever aquele parágrafo, Harry viu isso pelo sangue que havia incrustado no papel. Voldemort deve tê-lo matado enquanto ele terminava de escrever. A letra era tremida, ele estava escrevendo o mais rápido que podia, Harry largou o diário sobre uma mesinha ao lado e escondeu o rosto entre as mãos chorando compulsivamente.

Seu pai fora um grande homem e morrera para salvar-lhe a vida. Harry teria de ir atrás daquele livro de capa vermelha, faria isso por seu pai, por sua mãe e principalmente por seus amigos. Levantou-se e se jogou na cama caindo em um sono profundo e pesaroso.

Despertou se sentindo cansado e logo as lembranças daquele diário lhe afetaram, sua garanta revirou e seu estômago deu um solavanco, sentia vontade chorar, mas não iria chorar mais. Ao invés de pensar, teria de agir e agora era a hora de começar! Tomou um belo banho e desceu para tomar o café. Foi aí que viu que já se passava das 2 da tarde. Precisava sair dali o mais rápido possível, mas antes de tudo precisava saber aonde ir, e também não poderia continuar sua jornada sem magia, precisava arrumar um jeito de fazer magia sem ser pego pelo ministério.
Se o ministério podia identificar quem fazia magia sem permissão, eles poderiam identificar quando e que comensal fazia uma maldição. Precisava dar um jeito na sua varinha para que pudesse se proteger. Então decidiu que o primeiro passo seria ir a Travessa do Tranco.

Precisava se ocultar, se entrasse na travessa do tranco para que todo mundo visse sua cicatriz, provavelmente eles tentariam o pegar para dar sua cabeça a Voldemort. Quando estava tocando os tijolos para entrar no Beco Diagonal ele sentiu alguma coisa as suas costas, virou levemente e viu que um capuz se formara. Agradeceu mentalmente aos leões e o sobretudo remexeu levemente com a brisa, como se desse uma resposta. Puxou o capuz e cobriu seu rosto entrando na ruela que dava na Travessa do Tranco.

Havia muitos bruxos e bruxas o olhando entrar, mas logo em seguida desviavam o olhar, pois Harry entrava com a cabeça levemente abaixada e postura imponente. Ele olhava para tudo tentando encontrar alguma loja em que pudesse achar o que procurava e viu uma livraria. Provavelmente teria algum livro sobre isso.

- Você tem algum livro sobre varinhas? – Fala de modo áspero provocando calafrios no balconista. – Um livro que ensine a burlar os feitiços impostos pelo ministério nas varinhas. – Conclui vendo que o balconista não o havia entendido antes.

- Ah sim, Tenho este. – O homem fala mostrando um livro pequeno intitulado “Burlando a Lei”. Harry pagou o homem e saiu da loja.

O garoto saiu andando pela ruela lendo o livrinho. Logo viu que o “ritual” para se tirar os feitiços da varinha precisavam de alguns ingredientes e os comprou ali mesmo na Travessa do Tranco. Precisava sair do Caldeirão Furado e precisava ser rápido. Recolheu todas as suas coisas e saiu de lá, ele carregava uma mala de viagem trouxa, porém modificada para caber mais coisas e outra maleta contendo muito dinheiro bruxo e trouxa.

Harry fez muito bem em sair dali o mais rápido possível, pois enquanto o garoto ia para o aeroporto, Dumbledore aparatava no Caldeirão Furado. Ele sabia que Harry iria para o Caldeirão Furado caso saísse de sua casa.

- Olá Dumbledore! – Tom cumprimenta alegremente. – A que devo a honra desta visita? Quer alguma coisa?

- Não muito obrigado. – Dumbledore responde em tom sereno, mas levemente preocupado. – Queria saber se o Harry está aqui?!

- O Harry foi embora há pouco menos de 40 minutos, creio que ele não volta hoje, até pagou a diária...

- Obrigado Tom. – Alvo fala já se virando, mas sendo parado por Lupin que acabara de aparecer.

- Ele está aqui? – Lupin cuspia as palavras de tão preocupado que estava e Dumbledore apenas balançou a cabeça negativamente. – Agora eu to perdido! Imagina se o Sirius tivesse aqui, eu estaria ferrado! Tenho certeza que o Tiago e a Lílian onde estiverem estão me amaldiçoando profundamente.

- Acalme-se Remo. – Dumbledore pede serenamente apresentando um leve cansaço na voz.

- Mas o que iremos fazer? Precisamos ir atrás dele!

- Não Remo... Agora é tarde, se formos atrás dele será pior. Voldemort saberá que ele não está conosco e irá caçá-lo. – Dá um leve suspiro. – Tudo que nos resta é confiar nele, não há mais nada que possamos fazer.


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Harry andava em um caminho estreito, olhou para baixo e constatou ser uma montanha. Um livro de capa vermelha flutuava a sua frente, o garoto estava com as mãos próximas ao livro, mas não pretendia pegá-lo, apenas carregá-lo por meio de magia. Harry analisou suas próprias mãos e constatou que aquelas não eram suas mãos. Estava no corpo de outra pessoa ou apenas revivendo lembranças de seu antepassado? Reconhecia aquele livro... Sim! Era o mesmo do qual devia procurar, estava nas memórias de Godric. Precisava reconhecer aquele lugar!

Entrou em uma caverna próxima ao topo de uma montanha, ela era escura e fria. Harry podia sentir o mau cheiro, as vibrações negativas, aquele não era um bom lugar. Ele deu 3 passos rumo ao interior e sentiu uma movimentação próxima. Seu corpo não dava comandos apenas assistia tudo em primeira pessoa.

Um leão saiu da penumbra e investiu contra ele que apenas desviou do ataque habilmente. Um outro leão tentou atacá-lo pelas costas, mas Godric ainda com a postura altiva e imponente deu um giro de pés deixando o leão no vácuo. Os dois leões rosnavam, viam-se as sombras naqueles olhos. Godric continuava com a mesma postura, Harry olhava no fundo dos olhos dos leões. Não podia ver a expressão de Godric, mas via o efeito que ele causava nos leões.

Aqueles dois animais pararam de rosnar, eles olhavam incansavelmente nos olhos daquele homem com porte superior. O homem nada fez e eles pararam de rosnar. Godric deu um passo à frente e os leões ficaram apreensivos, em seguida deu outro passo e mais outro. Os dois leões trocaram olhares e se voltaram para o homem, estavam preparados para devorá-lo. Godric levantou as mãos e acariciou a cabeça dos leões. Esses perderam todo o instinto assassino, perderam a vontade de matar aquele homem.

- Acompanhem-me nessa jornada – Analisou a expressão dos leões - não precisam mais ficar sozinhos. – Harry viu as palavras saindo de sua boca, com uma voz poderosa e serena. Parecia-se muito com o tom de Dumbledore, só que mais suave e demonstrava um poder incrível.

Toda apreensão havia sumido dos leões, toda desconfiança e todo o ódio que carregavam apenas tinha desaparecido no momento. Eles apenas abaixaram levemente a cabeça sinalizando que o acompanhariam. Mesmo com tudo que aqueles leões estavam sentindo no momento, não iriam demonstrar afinal um leão é um leão.

Harry sentiu um sentimento de fraternidade dentro de si subitamente, sabia que aquele devia ser o que Godric sentiu naquele momento. Ele se levantou e os leões também o fizeram andando lado a lado com ele para o fundo da caverna. Não se via um palmo a sua frente e mesmo assim Godric andava com a cabeça erguida. Parecia enxergar naquele breu.

Harry viu “seus” braços se elevarem a altura de seu peito, o livro de capa vermelha veio e ficou entre eles. Uma luz intensa o cegou, parecia passar por todo aquele recinto, Harry sentiu vontade de colocar as mãos sobre seu rosto para se proteger da claridade, mas “seu” corpo não se moveu, continuava na mesma posição.

Abriu os olhos depois de tudo voltar ao normal e notou um pequeno altar junto da parede do fundo da caverna. O livro jazia flutuando a centímetros da superfície do altar, Harry viu as mãos de Godric se juntar e ele começou a pronunciar palavras em uma língua arcaica que Harry nunca vira, mas entendia o que ele estava falando.

Minha alma está neste livro
Minha magia está neste livro
Nenhum que não tenhas o meu sangue,
Poderá transpassar está redoma.

Com o meu sangue esta proteção será formada
E com o meu sangue ela será desfeita.
Quando o término de uma era chegar
O meu descendente escolhido lutará junto a mim
Contra as trevas que envolvem o sangue de meu amigo

Com a minha magia, esta caverna será protegida,
Com minha sabedoria, ela será aberta
E com meu destino, ela será selada!


- Chegamos... – O taxista avisava ao garoto que acabara de perceber onde estava.

- Ah... Muito obrigado. – Harry agradeceu-o e lhe pagou.

Entrando no aeroporto o garoto se dirigiu ao balcão para comprar sua passagem, sabia aonde deveria ir e onde o livro jazia. Iria agora começar a sua aventura.



Espero que o capitulo tenha ficado massa... hehehe proximo cap teremos uma açãozinha hehehehe esse cap eh pequeno mas eh importante... o outro será melhor e espero que estejam curtindo a fic! Comentem por favor!!!!! Agradecimentos a Nayra minha Beta... sempre me ajudando nas fics hehe Bye Bye pessoal... COMENTEM

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